sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
ULTIMA HORA-PRISOES-CASO VARELA/MATERIAIS RAROS: Ministerio Publico faz razia no ministerio dos Recursos Naturais: na cadeia estao o actual e ex-director geral da Geologia e Minas, a directora financeira e o chefe de gabinete do ministro. Ministerio Publico alerta para a possibilidade de novas detencoes. AAS
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Das duas, três!
Ontem, fiquei a conhecer melhor como é Bissau quando a noite cai. E explico. Da sede do SB Benfica até à 'Mãe D'Água', o transito é cortado; toda a área que circunda o Estado-Maior General das Forças Armadas, também. Resta-nos as estradas secundárias, por assim dizer.
Hoje, assisti a algo completamente fora do comum: como se sabe, está cá o manda-chuva dos militares angolanos, um dos Van-Dunem, família poderosa em Angola. Então, numa visita, hoje, ao ministério do Interior, assisti a maravilhas. Contei mais tropas que toda a comitiva que acompanhava o ministro e a delegação guineense: show-off, é o que é!
Bissau, não parece, está sitiada. Amanhã, apresentarei um mapa que mostra as avenidas e ruas que os militares fecham durante a noite, são muitas - mais do que os bandidos que enlouquecem esta cidade à beira mar plantada.
Ontem, por volta da uma da manhã, cruzei-me com um carro patrulha com oito militares, a andar em relanti, patrulhando a cidade sitiada. Chegado à esquina do estádio 'Lino Correia', havia dois militares de camuflado, AK 47 a tiracolo, caras de poucos amigos. Assobiei para o lado e segui o meu caminho.
O País não está bem, nota-se, ainda que os que mandam tentem mostrar alguma serenidade, e normalidade, no meio do caos que se instalou a 26 de dezembro. Percebe-se. Eu entendo-os. Num País onde a oportunidade tende a ser a mãe de todas as batalhas - desgraças - um descuido, um limpar de espingarda pode ser a morte do artista...
O 'outro' artista, por seu lado, está bem - e recomenda-se: põe os incompetentes no seu devido e respectivo lugar; não dá abébias aos analfabetos, e, quanto aos analfabrutos... Uma boa noite a todos os meus verdadeiros amigos: os leitores do meu blog!
Antonio Aly Silva
Hoje, assisti a algo completamente fora do comum: como se sabe, está cá o manda-chuva dos militares angolanos, um dos Van-Dunem, família poderosa em Angola. Então, numa visita, hoje, ao ministério do Interior, assisti a maravilhas. Contei mais tropas que toda a comitiva que acompanhava o ministro e a delegação guineense: show-off, é o que é!
Bissau, não parece, está sitiada. Amanhã, apresentarei um mapa que mostra as avenidas e ruas que os militares fecham durante a noite, são muitas - mais do que os bandidos que enlouquecem esta cidade à beira mar plantada.
Ontem, por volta da uma da manhã, cruzei-me com um carro patrulha com oito militares, a andar em relanti, patrulhando a cidade sitiada. Chegado à esquina do estádio 'Lino Correia', havia dois militares de camuflado, AK 47 a tiracolo, caras de poucos amigos. Assobiei para o lado e segui o meu caminho.
O País não está bem, nota-se, ainda que os que mandam tentem mostrar alguma serenidade, e normalidade, no meio do caos que se instalou a 26 de dezembro. Percebe-se. Eu entendo-os. Num País onde a oportunidade tende a ser a mãe de todas as batalhas - desgraças - um descuido, um limpar de espingarda pode ser a morte do artista...
O 'outro' artista, por seu lado, está bem - e recomenda-se: põe os incompetentes no seu devido e respectivo lugar; não dá abébias aos analfabetos, e, quanto aos analfabrutos... Uma boa noite a todos os meus verdadeiros amigos: os leitores do meu blog!
Antonio Aly Silva
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
FIFA nomeia José Medina Lobato, Membro da Comissão de Fair Play e Responsabilidade Social
JOSÉ MEDINA LOBATO: O Presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, viu o seu trabalho reconhecido pela instância maior do futebol mundial.
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
Mensagem de Ano Novo do Presidente de Cabo Verde, S. Exª Dr., Jorge Carlos Fonseca
«Caros concidadãos,
Ao longo dos tempos a Nação Cabo-verdiana tem sido exemplo de coragem, determinação e de uma criatividade única para ultrapassar obstáculos da mais diversa natureza e se projectar no Mundo., conquistando respeito e admiração dos outros Povos.
É a esta força que nos caracteriza que apelo neste momento em que é preciso fazer o balanço e traçar os caminhos para o futuro próximo.
Ao dizermos adeus ao ano 2011 devemos reconhecer que grandes problemas nacionais continuam à espera de soluções mais eficazes e duradouras. O insuficiente crescimento económico, o desemprego, a pobreza, o custo de vida, a violência e insegurança nas cidades, a morosidade da justiça, a erosão de referências morais e as dificuldades do sector energético são algumas das grandes preocupações dos cidadãos e cujo reconhecimento constitui um primeiro passo para encontrar-lhes solução.
Cabo-verdianos,
A ideia de vos dar o retrato da situação interna e internacional em que vivemos não tem a finalidade de vos desencorajar. O que se quer é que todos estejam devidamente informados acerca da conjuntura económica e financeira que o mundo vive nos dias de hoje e se envolvam no esforço colectivo de resistência à crise e do aproveitamento das oportunidades. Vamos todos começar o novo ano com um caderno repleto de preocupações e precisamos enfrenta-lo com a mesma garra e determinação de sempre.
O ano 2012 não será fácil. Os problemas e dificuldades que enumerei, e outros que não referi, irão conviver connosco ao longo do próximo ano. Somos ainda um país vulnerável e frágil. Mas, como já tive oportunidade de referir noutros momentos, a fibra de um povo vem à tona nos momentos mais difíceis, e a nossa geração não pode permitir-se cruzar os braços.
Meus caros concidadãos,
A força de transformação de uma Nação reside, justamente, na capacidade de se situar (saber onde está) e de se projectar no tempo e no espaço (saber para onde quer ir). Nós sabemos onde estamos e sabemos, igualmente, para onde queremos ir. Temos, pois, a força que faz mover as Nações. Vamos apenas precisar traçar, com criatividade, realismo e rigor, o caminho a seguir, de ONDE ESTAMOS para ONDE QUEREMOS IR, definindo recursos e parcerias, e acelerar o passo para que os problemas não se agudizem, o nosso nível de vida continue a crescer e todos tenham a oportunidade de realização pessoal que cada ser humano almeja no fundo de si próprio. Neste processo precisamos estar todos envolvidos.
Ao Governo compete agir para resolver os problemas de fundo da sociedade. Mas a sociedade civil não pode ficar distanciada, ausente. Pelo contrário. Tenho plena consciência das divergências e das fracturas que existem na esfera política e social em Cabo Verde. Não pretendo sugerir que as forças políticas ponham de lado as suas diferenças fundamentais. Seria o mesmo que pedir o fim do regime de democracia por que optámos viver. Mas considero que um esforço sério de aproximação deve ser feito em matérias de alto interesse nacional.
Uma das áreas onde o interesse nacional deve sobrepor-se a todos os outros, no ano de 2012, é o do combate à violência e à insegurança. O povo das ilhas precisa de um ambiente de paz e tranquilidade sociais e isso será um recurso que tem de ser disponibilizado. Uma sociedade com o nível de violência que actualmente conhecemos em Cabo Verde, não pode ser considerada uma sociedade sã. Neste ambiente, o que podemos esperar das gerações que crescem neste momento? Que valores defenderão quando forem adultos? Como irão resolver os seus problemas? Na base da violência? Uma sociedade violenta é capaz de oferecer paz, trabalho, respeito e dignidade às pessoas? De garantir efectivamente a liberdade?
Incumbe ao governo organizar e realizar o essencial desse combate. As autoridades governamentais estão cientes disso e têm desenvolvido esforços meritórios nesse sentido. Mas é preciso ir mais longe, é preciso envolver outras forças políticas e a sociedade civil na definição de uma estratégia nacional de combate a todo o tipo de violência. Temos que mostrar, convencer que a violência não é necessária e que será combatida.
O grupo familiar é esfera central neste processo, capaz de contribuir de forma fundamental na criação de condições ao saudável desenvolvimento das pessoas e à equilibrada realização humana, e como tal deve ser revitalizado e protegido.
Outras áreas de concertação política e envolvimento da sociedade civil podem ser recortadas. Falo da luta contra a corrupção e o enriquecimento ilícito, a promoção da família e dos valores de uma sociedade democrática, capaz de garantir em definitivo a democracia como sistema e regime. Um tal desiderato deve ser prosseguido com firmeza e determinação, mas sempre no quadro dos princípios que constituem núcleo irredutível do estado de direito.
Caros Amigos,
No ano que vai começar, impõe-se, igualmente, um amplo e descomplexado debate sobre a descentralização. Tivemos, há vinte anos atrás, um processo de descentralização administrativa que tem dado, reconhecidamente, os seus frutos. Hoje, sente-se uma forte movimentação no sentido do aprofundamento da descentralização, acompanhada dos necessários recursos. Todos as possibilidades que, de há anos a esta parte, vêm sendo aventadas, devem ser postas em cima da mesa para discussão e subsequente assumpção da solução mais consensual e que assegure a realização adequada do interesse nacional e das aspirações legítimas das comunidades locais.
Concidadãos,
A morosidade da Justiça é outra questão central a ser resolvida. O diagnóstico está, no essencial, feito, urge agora a adopção corajosa das soluções. Elas são muitas e entrelaçadas. Entre elas – e permitam-me repetir o que tenho dito noutras ocasiões – sublinho a necessidade de uma maior capacitação técnica de todos os agentes da justiça, a criação de verdadeiros e autónomos serviços de inspecção extensivos a todo o sistema, para além de outros mecanismos de responsabilização do sistema no seu todo.
Espera-se, igualmente, que neste novo ano os actores políticos encontrem as soluções e os compromissos que permitam a rápida instalação do Tribunal Constitucional e a investidura de um Provedor de Justiça, independente e tecnicamente habilitado par servir de mediador entre o cidadão e o Estado, dando, assim, um passo importantíssimo no sentido da realização da Constituição e da efectivação de direitos de cidadania. Sei do que falo, sobretudo nestes poucos meses de exercício do cargo, pois tenho sido, na prática, procurado como se também fosse um provedor de cidadania.
Meus caros Compatriotas,
As dificuldades actuais não devem abalar a nossa confiança no futuro. A nossa sociedade fez progressos importantes que devem ser valorizados. Temos que ser realistas e positivos. A qualidade da nossa democracia acaba de ser graduada como a vigésima sexta do Mundo e a primeira da CPLP, em vésperas do vigésimo aniversário da Constituição Política da República de Cabo Verde, o que muito nos deve orgulhar. Estamos satisfeitos. Mas, temos o potencial para ir bem mais longe.
Já o disse e repito. Somos um povo corajoso, temos que almejar alto. Somos um povo ambicioso e devemos demonstrar que somos capazes de atingir os nossos objectivos ambiciosos, com visão, com estratégia e com acção sistemática e coerente. Por isso, os homens e as mulheres que gizam, gerem e se interagem no processo do desenvolvimento têm de ser forjados em um sistema de educação altamente qualificado, calibrado para formar técnicos e cidadãos, com a responsabilidade de agir, no seu dia-a-dia, como verdadeiros agentes de mudança.
À juventude cabo-verdiana, no país e na diáspora peço que ponham toda a vossa inteligência, criatividade e irreverência ao serviço da Nação. Entre ser parte do problema e ser parte da solução, optem sempre por fazer parte das soluções. O país precisa de vós como agentes de mudança para que possamos nos desembaraçar das teias geradoras do subdesenvolvimento.
Aos cabo-verdianos vivendo no estrangeiro quero deixar uma mensagem especial: que continuem com a determinação de sempre por saberem que estão a ter uma oportunidade de vida melhor, mas que ela não caiu do céu, antes a conquistaram com o vosso trabalho, a vossa inteligência e o vosso espírito de entrega.
Mesmo em tempos reconhecidamente difíceis, o país conta convosco na mobilização das energias, meios e vontades para, juntos, erguermos o Cabo Verde desenvolvido com que todos sonhamos.
Concidadãos,
Os países pequenos e abertos ao mundo, como o nosso, só conseguem progredir e oferecer condições de vida dignas ao seu povo, se forem capazes de identificar as oportunidades que a situação internacional oferece, por mínimas que sejam, e mobilizarem as energias internas latentes para aproveitar essas oportunidades.
“Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Este refrão de uma canção brasileira devia ser também o nosso lema.
Conto com todos os cabo-verdianos e ofereço-me para, com a lealdade que me caracteriza e caracteriza a função, trabalhar com todos os actores políticos, designadamente com o Governo no sentido do aprimoramento do Estado de Direito democrático e da construção de um país moderno, avançado e, sobretudo, competitivo. Com lealdade institucional e respeito mútuo pelas funções que a cada um deve caber o caminho torna-se mais facilitado. Sobretudo quando o futuro parece incerto em diversas frentes, a partilha do espaço público deve fundar-se numa ética pautada pela lucidez e pela responsabilidade, mas também pela competência e afecto.
Esperemos e trabalhemos para que esta atitude se afirme e se expanda entre nós.
A todos, votos de Boas Festas e de um bom e feliz 2012.»
Ao longo dos tempos a Nação Cabo-verdiana tem sido exemplo de coragem, determinação e de uma criatividade única para ultrapassar obstáculos da mais diversa natureza e se projectar no Mundo., conquistando respeito e admiração dos outros Povos.
É a esta força que nos caracteriza que apelo neste momento em que é preciso fazer o balanço e traçar os caminhos para o futuro próximo.
Ao dizermos adeus ao ano 2011 devemos reconhecer que grandes problemas nacionais continuam à espera de soluções mais eficazes e duradouras. O insuficiente crescimento económico, o desemprego, a pobreza, o custo de vida, a violência e insegurança nas cidades, a morosidade da justiça, a erosão de referências morais e as dificuldades do sector energético são algumas das grandes preocupações dos cidadãos e cujo reconhecimento constitui um primeiro passo para encontrar-lhes solução.
Cabo-verdianos,
A ideia de vos dar o retrato da situação interna e internacional em que vivemos não tem a finalidade de vos desencorajar. O que se quer é que todos estejam devidamente informados acerca da conjuntura económica e financeira que o mundo vive nos dias de hoje e se envolvam no esforço colectivo de resistência à crise e do aproveitamento das oportunidades. Vamos todos começar o novo ano com um caderno repleto de preocupações e precisamos enfrenta-lo com a mesma garra e determinação de sempre.
O ano 2012 não será fácil. Os problemas e dificuldades que enumerei, e outros que não referi, irão conviver connosco ao longo do próximo ano. Somos ainda um país vulnerável e frágil. Mas, como já tive oportunidade de referir noutros momentos, a fibra de um povo vem à tona nos momentos mais difíceis, e a nossa geração não pode permitir-se cruzar os braços.
Meus caros concidadãos,
A força de transformação de uma Nação reside, justamente, na capacidade de se situar (saber onde está) e de se projectar no tempo e no espaço (saber para onde quer ir). Nós sabemos onde estamos e sabemos, igualmente, para onde queremos ir. Temos, pois, a força que faz mover as Nações. Vamos apenas precisar traçar, com criatividade, realismo e rigor, o caminho a seguir, de ONDE ESTAMOS para ONDE QUEREMOS IR, definindo recursos e parcerias, e acelerar o passo para que os problemas não se agudizem, o nosso nível de vida continue a crescer e todos tenham a oportunidade de realização pessoal que cada ser humano almeja no fundo de si próprio. Neste processo precisamos estar todos envolvidos.
Ao Governo compete agir para resolver os problemas de fundo da sociedade. Mas a sociedade civil não pode ficar distanciada, ausente. Pelo contrário. Tenho plena consciência das divergências e das fracturas que existem na esfera política e social em Cabo Verde. Não pretendo sugerir que as forças políticas ponham de lado as suas diferenças fundamentais. Seria o mesmo que pedir o fim do regime de democracia por que optámos viver. Mas considero que um esforço sério de aproximação deve ser feito em matérias de alto interesse nacional.
Uma das áreas onde o interesse nacional deve sobrepor-se a todos os outros, no ano de 2012, é o do combate à violência e à insegurança. O povo das ilhas precisa de um ambiente de paz e tranquilidade sociais e isso será um recurso que tem de ser disponibilizado. Uma sociedade com o nível de violência que actualmente conhecemos em Cabo Verde, não pode ser considerada uma sociedade sã. Neste ambiente, o que podemos esperar das gerações que crescem neste momento? Que valores defenderão quando forem adultos? Como irão resolver os seus problemas? Na base da violência? Uma sociedade violenta é capaz de oferecer paz, trabalho, respeito e dignidade às pessoas? De garantir efectivamente a liberdade?
Incumbe ao governo organizar e realizar o essencial desse combate. As autoridades governamentais estão cientes disso e têm desenvolvido esforços meritórios nesse sentido. Mas é preciso ir mais longe, é preciso envolver outras forças políticas e a sociedade civil na definição de uma estratégia nacional de combate a todo o tipo de violência. Temos que mostrar, convencer que a violência não é necessária e que será combatida.
O grupo familiar é esfera central neste processo, capaz de contribuir de forma fundamental na criação de condições ao saudável desenvolvimento das pessoas e à equilibrada realização humana, e como tal deve ser revitalizado e protegido.
Outras áreas de concertação política e envolvimento da sociedade civil podem ser recortadas. Falo da luta contra a corrupção e o enriquecimento ilícito, a promoção da família e dos valores de uma sociedade democrática, capaz de garantir em definitivo a democracia como sistema e regime. Um tal desiderato deve ser prosseguido com firmeza e determinação, mas sempre no quadro dos princípios que constituem núcleo irredutível do estado de direito.
Caros Amigos,
No ano que vai começar, impõe-se, igualmente, um amplo e descomplexado debate sobre a descentralização. Tivemos, há vinte anos atrás, um processo de descentralização administrativa que tem dado, reconhecidamente, os seus frutos. Hoje, sente-se uma forte movimentação no sentido do aprofundamento da descentralização, acompanhada dos necessários recursos. Todos as possibilidades que, de há anos a esta parte, vêm sendo aventadas, devem ser postas em cima da mesa para discussão e subsequente assumpção da solução mais consensual e que assegure a realização adequada do interesse nacional e das aspirações legítimas das comunidades locais.
Concidadãos,
A morosidade da Justiça é outra questão central a ser resolvida. O diagnóstico está, no essencial, feito, urge agora a adopção corajosa das soluções. Elas são muitas e entrelaçadas. Entre elas – e permitam-me repetir o que tenho dito noutras ocasiões – sublinho a necessidade de uma maior capacitação técnica de todos os agentes da justiça, a criação de verdadeiros e autónomos serviços de inspecção extensivos a todo o sistema, para além de outros mecanismos de responsabilização do sistema no seu todo.
Espera-se, igualmente, que neste novo ano os actores políticos encontrem as soluções e os compromissos que permitam a rápida instalação do Tribunal Constitucional e a investidura de um Provedor de Justiça, independente e tecnicamente habilitado par servir de mediador entre o cidadão e o Estado, dando, assim, um passo importantíssimo no sentido da realização da Constituição e da efectivação de direitos de cidadania. Sei do que falo, sobretudo nestes poucos meses de exercício do cargo, pois tenho sido, na prática, procurado como se também fosse um provedor de cidadania.
Meus caros Compatriotas,
As dificuldades actuais não devem abalar a nossa confiança no futuro. A nossa sociedade fez progressos importantes que devem ser valorizados. Temos que ser realistas e positivos. A qualidade da nossa democracia acaba de ser graduada como a vigésima sexta do Mundo e a primeira da CPLP, em vésperas do vigésimo aniversário da Constituição Política da República de Cabo Verde, o que muito nos deve orgulhar. Estamos satisfeitos. Mas, temos o potencial para ir bem mais longe.
Já o disse e repito. Somos um povo corajoso, temos que almejar alto. Somos um povo ambicioso e devemos demonstrar que somos capazes de atingir os nossos objectivos ambiciosos, com visão, com estratégia e com acção sistemática e coerente. Por isso, os homens e as mulheres que gizam, gerem e se interagem no processo do desenvolvimento têm de ser forjados em um sistema de educação altamente qualificado, calibrado para formar técnicos e cidadãos, com a responsabilidade de agir, no seu dia-a-dia, como verdadeiros agentes de mudança.
À juventude cabo-verdiana, no país e na diáspora peço que ponham toda a vossa inteligência, criatividade e irreverência ao serviço da Nação. Entre ser parte do problema e ser parte da solução, optem sempre por fazer parte das soluções. O país precisa de vós como agentes de mudança para que possamos nos desembaraçar das teias geradoras do subdesenvolvimento.
Aos cabo-verdianos vivendo no estrangeiro quero deixar uma mensagem especial: que continuem com a determinação de sempre por saberem que estão a ter uma oportunidade de vida melhor, mas que ela não caiu do céu, antes a conquistaram com o vosso trabalho, a vossa inteligência e o vosso espírito de entrega.
Mesmo em tempos reconhecidamente difíceis, o país conta convosco na mobilização das energias, meios e vontades para, juntos, erguermos o Cabo Verde desenvolvido com que todos sonhamos.
Concidadãos,
Os países pequenos e abertos ao mundo, como o nosso, só conseguem progredir e oferecer condições de vida dignas ao seu povo, se forem capazes de identificar as oportunidades que a situação internacional oferece, por mínimas que sejam, e mobilizarem as energias internas latentes para aproveitar essas oportunidades.
“Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Este refrão de uma canção brasileira devia ser também o nosso lema.
Conto com todos os cabo-verdianos e ofereço-me para, com a lealdade que me caracteriza e caracteriza a função, trabalhar com todos os actores políticos, designadamente com o Governo no sentido do aprimoramento do Estado de Direito democrático e da construção de um país moderno, avançado e, sobretudo, competitivo. Com lealdade institucional e respeito mútuo pelas funções que a cada um deve caber o caminho torna-se mais facilitado. Sobretudo quando o futuro parece incerto em diversas frentes, a partilha do espaço público deve fundar-se numa ética pautada pela lucidez e pela responsabilidade, mas também pela competência e afecto.
Esperemos e trabalhemos para que esta atitude se afirme e se expanda entre nós.
A todos, votos de Boas Festas e de um bom e feliz 2012.»
'Só, no meio desse vespeiro'
«Caro amigo,
Cumprimentos.
Uma vez mais comunico consigo. Não sou guineense, como sabe, mas sabe que amo essa terra como a minha. E dói-me, dói-me muito, ver que alguns dos seus filhos são os seus piores inimigos, maltratando-a, chicoteando-a, ferindo-a de morte.
Isto não pode continuar assim. O povo, o pacífico e ordeiro povo da Guiné-Bissau, aquele mesmo que há anos atrás se levantou na defesa do seu “chão”, tem que se levantar novamente. Afastando os caciques, afastando os criminosos, os bandidos, os sanguessugas.
Sei quanto deve passar para fazer chegar aos quatro cantos do mundo as verdadeiras noticias daquilo que dia a dia se vai passando e que a comunicação social “pacificada” filtra antes de chegar até nós. Sei que tem sido ameaçado de morte, o que não admira. os tiranos, os caciques, os bandidos têm medo da verdade! sempre assim foi.
O meu bravo por todo o trabalho que está a fazer em prol da sua querida terra. Sei que o faz porque a sua consciência o impõe e não porque busca louros. Pena que esteja só, no meio desse vespeiro.
Um bom ano para a Guiné é o que mais ardentemente desejo. Um bom 2012, repleto das maiores venturas para si e para toda a sua família, é o meu desejo muito sincero.
J.C.»
Cumprimentos.
Uma vez mais comunico consigo. Não sou guineense, como sabe, mas sabe que amo essa terra como a minha. E dói-me, dói-me muito, ver que alguns dos seus filhos são os seus piores inimigos, maltratando-a, chicoteando-a, ferindo-a de morte.
Isto não pode continuar assim. O povo, o pacífico e ordeiro povo da Guiné-Bissau, aquele mesmo que há anos atrás se levantou na defesa do seu “chão”, tem que se levantar novamente. Afastando os caciques, afastando os criminosos, os bandidos, os sanguessugas.
Sei quanto deve passar para fazer chegar aos quatro cantos do mundo as verdadeiras noticias daquilo que dia a dia se vai passando e que a comunicação social “pacificada” filtra antes de chegar até nós. Sei que tem sido ameaçado de morte, o que não admira. os tiranos, os caciques, os bandidos têm medo da verdade! sempre assim foi.
O meu bravo por todo o trabalho que está a fazer em prol da sua querida terra. Sei que o faz porque a sua consciência o impõe e não porque busca louros. Pena que esteja só, no meio desse vespeiro.
Um bom ano para a Guiné é o que mais ardentemente desejo. Um bom 2012, repleto das maiores venturas para si e para toda a sua família, é o meu desejo muito sincero.
J.C.»
domingo, 1 de janeiro de 2012
EXCLUSIVO: Tentativa de entrada nas instalações das Nações Unidas
Ontem, por voltas 23:45 horas, quatro indivíduos, todos eles civis, tentaram entrar no edifício das Nações Unidas, em Bissau, para, como disseram, procurar protecção. Foi-lhes recusado a entrada pelos oito seguranças da West Africa, de serviço na portartia das NU.
Contactado o Geoff Wiffin (representante da UNICEF e susbtituto de Joseph Mutaboba), foi dito taxativamente que qualquer entrada na sede da ONU, em Bissau, carece de autorização de Nova Iorque.
As forças armadas, curiosamente, deixaram de patrulhar a área das NU ontem pela tarde. Hoje, são 12 os seguranças da West Africa nas NU. Ditadura do Consenso tentou, em vão, saber os nomes. Os seguranças nao os conhecem. AAS
Contactado o Geoff Wiffin (representante da UNICEF e susbtituto de Joseph Mutaboba), foi dito taxativamente que qualquer entrada na sede da ONU, em Bissau, carece de autorização de Nova Iorque.
As forças armadas, curiosamente, deixaram de patrulhar a área das NU ontem pela tarde. Hoje, são 12 os seguranças da West Africa nas NU. Ditadura do Consenso tentou, em vão, saber os nomes. Os seguranças nao os conhecem. AAS
sábado, 31 de dezembro de 2011
Brincadeira de (muito) mau gosto
Num momento em que Bissau esta como que sitiada, disparar tiros para celebrar a passagem de ano foi de muito mau gosto. Dezenas de tiros - de pistola e de AK 47 - ouviram-se durante alguns minutos na cidade de Bissau. Eu, e todos os que ouviram os tiros, nao gostamos. E fica aqui registado.
E quem disparou mesmo? Imaginem...
Feliz Ano Novo a todos. Antonio Aly Silva
E quem disparou mesmo? Imaginem...
Feliz Ano Novo a todos. Antonio Aly Silva
Palhaçada Político/Militar
«Aly,
É normal nesta fase conturbada do pais, aliás, em mais uma fase conturbada, haja opinioes de várias sensibilidades com o único intuito de encontrar respostas - se é que ela vai ser encontrada - uma vez que, nas inúmeras situaçoes anteriores e apesar dos prometidos inquéritos tudo desembocou em nada e, o povo, o principal interessado nesta explicaçao nao foi tido nem achado. Curiosamente, e apesar dos prevaricadores serem sempre os mesmos e conhecidos por todos, o que se vê, no final de tudo isso, sao promoçoes dos mesmos a altas patentes, servindo, como estímulo a mais situaçoes como as que acabamos infelizmente de assistir.
Se todos os inquéritos levados acabo pelas entidades competentes resultaram deliberadamente inconclusivos ou pouco credíveis, então, uma pergunta faz sentido: A quem se subordinam esses militares? Em que critérios se devem basear a nomeaçao de um militar a alta patente? Ou seja, o que é que um militar deve ter, como relevante, para ser incluido no lote dos possiveis promovidos? Quem tem a competência para os promover? Como podem ver, existem infindáveis perguntas para respostas também sem fim. Mas, a resposta, creio eu, existe na lei magna do país. Assim sendo, alguém deve ser responsabilizado por este estado cíclico de palhaçada.
E, para mim, esta responsabilidade deve ser imputada à pessoa do Senhor Presidente da República e ao Senhor Primeiro Ministro na medida em que são os responsáveis pelas nomeações das altas patentes militares. Por outro lado, parece evidente que o Presidente da República na qualidade de Comandante em Chefe das forças armadas, está a perder controlo da mesma. Isto vê-se pela forma como todos os CEMGFA se apresentam com as suas escoltas, chegando a ser maior em número comparativamente às do próprio PR ou PM.
Estou em crer que se todas as promoções tivessem assentes em critérios que não aqueles que servem outros fins, muitas destas palhaçadas nao teriam acontecido.
Do Primeiro Ministro se espera uma explicação ao país, e, desta vez, não se esperam explicações simplistas como a que nos tem habituado: "... apenas houve um mal entendido entre os militares nos quartéis ". Este tipo de explicações, Sr Primeiro Ministro, são inaceitáveis. O país e o mundo querem acções concretas e s aplicação exemplar da lei e que os culpados sejam entregues à Justiça. E, não bastaria. Seria preciso que a justiça funcionasse! O sr não é o único guineense porquanto, não tendo nada mais a dar ao país, o melhor que se deve fazer é retirar-se!
Quero lembrar-lhe sr Primeiro Ministro que aquando do encerramento do convite da Câmara de Comércio e Industria da Guiné-Bissau aos empresários Portugueses, o Sr apelou ao investimento dos empresários Portugueses na Guiné. Que empresário aceitaria investir num país instável como a Guiné-Bissau?
Sr Primeiro Ministro, é preciso mais do que um simples apelo. O que o país espera de si, é uma coragem política capaz de promover uma ruptura neste status quo. No passado defendi que o país precisa de abrir e fechar um ciclo eleitoral sem interrupçoes por forma a cimentarmos ainda mais a nossa maturidade democrática. Aqui, devo dizer-lhe sr Primeiro Ministro que estou a ficar desapontado com a sua inércia ou falta de visao política. E porquê? Porque ao aceitar indicar uma pessoa para eventual alto cargo militar e o Presidente conferir-lhe a posse, pese embora nao reunir condiçoes académicas mínimas, os senhores estao, isso sim, a cemear vento para depois, mais tarde, o país colher tempestade! As pessoas nao podem continuar a morrer assim Sr Presidente, Sr Primeiro Ministro!
Em Cabo-Verde duvido que haja um Capitão que não saiba falar o português correctamente. E porque é que isso continua acontecer na Guiné? São estas e outras coisas por isso a escola não tem o devido destaque que merece! Sr Primeiro Ministro, não podia terminar sem antes desejar-lhe felicidades e que o país se encontre no novo ano 2012 que aí está, a paz e a tranquilidade necessárias para que possa desempenhar e resolver os desafios que o mundo e o país espera de si.
Exmo Sr Presidente,
Vossa excelência prometeu na sua tomada de posse que caso fosse necessario, daria sua vida para que certos casos sobejamente conhecido e que envergonham o país fossem esclarecidos. Pessoalmente, creio que nao é preciso ir tao longe pois cada guineense continua válido e com tarefa a desempenhar no processo de recontruçao do país. Ao envez disso, use a sua influência para que deixemos de nos matar pois cada guineense morto gratuitamente, constitue um retrocesso na nossa aspiraçao do desenvolvimente de que o sr tanto se fala.
Concretamente neste último aparato militar, a somar outros tantos, infelizmente nao vejo os principais actores como culpados mas sim, as pessoas que permitiram que essas pessoas ocupassem esses lugares. Ao dizer isso, estou a imputar-lhe a grande parte de responsabilidade por razoes que atrás invoquei. A Guiné possui pessoas capazes e, em relaçao as forças armadas, a soluçao passa em adoptar altos cargos ás pessoas bem preparadas academicamente pois sao menos propensos as influências externas das forças armadas que , quanto a mim, está na base de todas estas situaçoes.
As reformas de que tanto se fala e que depende em grande medida das ajudas internacionais só terá efeito se fizermos a nossa parte, se assumirmos a nossa responsabilidade. Da minha parte nao espantaria se os mesmos subversivos militares voltarem a ocupar os seus anteriores cargos. Entao, como estranhar se algo de semelhante voltasse a acontecer.
Para terminar, desejo-lhe a mais rápida recuperaçao do problema de saúde de que o sr padece e que o novo ano 2012 lhe trague mais garra e energia para melhor puder desempenhar de forma sábia o cargo da mais alta magistratura de que foi incumbido.
Ao país e o povo guineense, agradeço e desejo profundamente que o ano 2011 seja o fim de todos os conflitos internos, e que o novo ano 2012 seja o início de uma convivência fraterna entre todos os imaos. Paz, paz, paz sempre!!
Caro Aly, Saúde é o meu maior desejo para que continue a dar-nos, na Guiné e aqui na diáspora, o privilégio de acompanhar a par e passo tudo o que se passa no nosso país. Tarefa difícil sim, mas quem corre por gosto... aquele abraço.
M.A.L.»
É normal nesta fase conturbada do pais, aliás, em mais uma fase conturbada, haja opinioes de várias sensibilidades com o único intuito de encontrar respostas - se é que ela vai ser encontrada - uma vez que, nas inúmeras situaçoes anteriores e apesar dos prometidos inquéritos tudo desembocou em nada e, o povo, o principal interessado nesta explicaçao nao foi tido nem achado. Curiosamente, e apesar dos prevaricadores serem sempre os mesmos e conhecidos por todos, o que se vê, no final de tudo isso, sao promoçoes dos mesmos a altas patentes, servindo, como estímulo a mais situaçoes como as que acabamos infelizmente de assistir.
Se todos os inquéritos levados acabo pelas entidades competentes resultaram deliberadamente inconclusivos ou pouco credíveis, então, uma pergunta faz sentido: A quem se subordinam esses militares? Em que critérios se devem basear a nomeaçao de um militar a alta patente? Ou seja, o que é que um militar deve ter, como relevante, para ser incluido no lote dos possiveis promovidos? Quem tem a competência para os promover? Como podem ver, existem infindáveis perguntas para respostas também sem fim. Mas, a resposta, creio eu, existe na lei magna do país. Assim sendo, alguém deve ser responsabilizado por este estado cíclico de palhaçada.
E, para mim, esta responsabilidade deve ser imputada à pessoa do Senhor Presidente da República e ao Senhor Primeiro Ministro na medida em que são os responsáveis pelas nomeações das altas patentes militares. Por outro lado, parece evidente que o Presidente da República na qualidade de Comandante em Chefe das forças armadas, está a perder controlo da mesma. Isto vê-se pela forma como todos os CEMGFA se apresentam com as suas escoltas, chegando a ser maior em número comparativamente às do próprio PR ou PM.
Estou em crer que se todas as promoções tivessem assentes em critérios que não aqueles que servem outros fins, muitas destas palhaçadas nao teriam acontecido.
Do Primeiro Ministro se espera uma explicação ao país, e, desta vez, não se esperam explicações simplistas como a que nos tem habituado: "... apenas houve um mal entendido entre os militares nos quartéis ". Este tipo de explicações, Sr Primeiro Ministro, são inaceitáveis. O país e o mundo querem acções concretas e s aplicação exemplar da lei e que os culpados sejam entregues à Justiça. E, não bastaria. Seria preciso que a justiça funcionasse! O sr não é o único guineense porquanto, não tendo nada mais a dar ao país, o melhor que se deve fazer é retirar-se!
Quero lembrar-lhe sr Primeiro Ministro que aquando do encerramento do convite da Câmara de Comércio e Industria da Guiné-Bissau aos empresários Portugueses, o Sr apelou ao investimento dos empresários Portugueses na Guiné. Que empresário aceitaria investir num país instável como a Guiné-Bissau?
Sr Primeiro Ministro, é preciso mais do que um simples apelo. O que o país espera de si, é uma coragem política capaz de promover uma ruptura neste status quo. No passado defendi que o país precisa de abrir e fechar um ciclo eleitoral sem interrupçoes por forma a cimentarmos ainda mais a nossa maturidade democrática. Aqui, devo dizer-lhe sr Primeiro Ministro que estou a ficar desapontado com a sua inércia ou falta de visao política. E porquê? Porque ao aceitar indicar uma pessoa para eventual alto cargo militar e o Presidente conferir-lhe a posse, pese embora nao reunir condiçoes académicas mínimas, os senhores estao, isso sim, a cemear vento para depois, mais tarde, o país colher tempestade! As pessoas nao podem continuar a morrer assim Sr Presidente, Sr Primeiro Ministro!
Em Cabo-Verde duvido que haja um Capitão que não saiba falar o português correctamente. E porque é que isso continua acontecer na Guiné? São estas e outras coisas por isso a escola não tem o devido destaque que merece! Sr Primeiro Ministro, não podia terminar sem antes desejar-lhe felicidades e que o país se encontre no novo ano 2012 que aí está, a paz e a tranquilidade necessárias para que possa desempenhar e resolver os desafios que o mundo e o país espera de si.
Exmo Sr Presidente,
Vossa excelência prometeu na sua tomada de posse que caso fosse necessario, daria sua vida para que certos casos sobejamente conhecido e que envergonham o país fossem esclarecidos. Pessoalmente, creio que nao é preciso ir tao longe pois cada guineense continua válido e com tarefa a desempenhar no processo de recontruçao do país. Ao envez disso, use a sua influência para que deixemos de nos matar pois cada guineense morto gratuitamente, constitue um retrocesso na nossa aspiraçao do desenvolvimente de que o sr tanto se fala.
Concretamente neste último aparato militar, a somar outros tantos, infelizmente nao vejo os principais actores como culpados mas sim, as pessoas que permitiram que essas pessoas ocupassem esses lugares. Ao dizer isso, estou a imputar-lhe a grande parte de responsabilidade por razoes que atrás invoquei. A Guiné possui pessoas capazes e, em relaçao as forças armadas, a soluçao passa em adoptar altos cargos ás pessoas bem preparadas academicamente pois sao menos propensos as influências externas das forças armadas que , quanto a mim, está na base de todas estas situaçoes.
As reformas de que tanto se fala e que depende em grande medida das ajudas internacionais só terá efeito se fizermos a nossa parte, se assumirmos a nossa responsabilidade. Da minha parte nao espantaria se os mesmos subversivos militares voltarem a ocupar os seus anteriores cargos. Entao, como estranhar se algo de semelhante voltasse a acontecer.
Para terminar, desejo-lhe a mais rápida recuperaçao do problema de saúde de que o sr padece e que o novo ano 2012 lhe trague mais garra e energia para melhor puder desempenhar de forma sábia o cargo da mais alta magistratura de que foi incumbido.
Ao país e o povo guineense, agradeço e desejo profundamente que o ano 2011 seja o fim de todos os conflitos internos, e que o novo ano 2012 seja o início de uma convivência fraterna entre todos os imaos. Paz, paz, paz sempre!!
Caro Aly, Saúde é o meu maior desejo para que continue a dar-nos, na Guiné e aqui na diáspora, o privilégio de acompanhar a par e passo tudo o que se passa no nosso país. Tarefa difícil sim, mas quem corre por gosto... aquele abraço.
M.A.L.»
Tipo a Guiné-Bissau me pertence
«A nossa realidade, o que aconteceu no passado dia 26 não, significa que as pessoas queriam causar grandes danos. Eu acho que não. Pode ser que a população simplesmente não quer ver o que está a acontecer? Será que as pessoas não estão a ver a realidade? Será que a Guiné-Bissau é uma terra de certas pessoas? Se assim for, temos que deixar o Pais e irmos embora daqui.
Como é possível que quase tudo o que funciona normal na Guiné-Bissau pertence a uma única pessoa? Como é possível que para uma empresa ser boa tem que ter a participação dessa pessoa? Então o nosso Pais é democrático ou não? Então vamos mudar a nossa constituição, assim seria mais fácil. Porque e que não deixam as outras pessoas também trabalhar na terra natal, tem que estar no estrangeiro, por quê?
Que tipo de líder pensa assim... ’tudo só para mim’- todos estão a dar culpa nas pessoas que tentaram, ou, que organizaram o que aconteceu no dia 26... mas talvez não são essas pessoas os gatunos da história...talvez o que queriam fazer não fosse isso...talvez alguém aproveitou dessa ocasião para mostrar que ele era que nem um santo, o ideal ... talvez não estejamos a ver o verdadeiro lado dessa história, que, como acho...talvez que só queriam conversar...tirar certas duvidas...
Claro que a população Guineense merece um País estável, um País alegre, um País digno, com respeito, isso não, mas também não podemos cruzar os braços e ver o nosso País que estão a transformar num ‘business-centre’.
M.I.»
Como é possível que quase tudo o que funciona normal na Guiné-Bissau pertence a uma única pessoa? Como é possível que para uma empresa ser boa tem que ter a participação dessa pessoa? Então o nosso Pais é democrático ou não? Então vamos mudar a nossa constituição, assim seria mais fácil. Porque e que não deixam as outras pessoas também trabalhar na terra natal, tem que estar no estrangeiro, por quê?
Que tipo de líder pensa assim... ’tudo só para mim’- todos estão a dar culpa nas pessoas que tentaram, ou, que organizaram o que aconteceu no dia 26... mas talvez não são essas pessoas os gatunos da história...talvez o que queriam fazer não fosse isso...talvez alguém aproveitou dessa ocasião para mostrar que ele era que nem um santo, o ideal ... talvez não estejamos a ver o verdadeiro lado dessa história, que, como acho...talvez que só queriam conversar...tirar certas duvidas...
Claro que a população Guineense merece um País estável, um País alegre, um País digno, com respeito, isso não, mas também não podemos cruzar os braços e ver o nosso País que estão a transformar num ‘business-centre’.
M.I.»
Atinadinho
«Aly,
Hoje, tu és o jornalista mais antinado de África, mas não esperes louros por isso...
Como já dizia Villa Lobos, «componho minha obra como quem escreve uma carta à posteridade, sem esperar resposta». Sucesso meu amigo, você merece!!! A História há de te fazer justiça, sabes disso. É triste para essa África que não encontra a paz!
Feliz ano novo, se é que isso é possível, enquanto as pessoas não renovam os seus pensamentos e atitudes.
Engo. E. Matos
Salvador – Bahia – Brasil.»
Hoje, tu és o jornalista mais antinado de África, mas não esperes louros por isso...
Como já dizia Villa Lobos, «componho minha obra como quem escreve uma carta à posteridade, sem esperar resposta». Sucesso meu amigo, você merece!!! A História há de te fazer justiça, sabes disso. É triste para essa África que não encontra a paz!
Feliz ano novo, se é que isso é possível, enquanto as pessoas não renovam os seus pensamentos e atitudes.
Engo. E. Matos
Salvador – Bahia – Brasil.»
Informação que conta
«Oi Aly,
Muito obrigado pelo teu trabalho de infromar nao só aos guineneses, mas a todos os interessados sobre os assuntos da Guiné-Bissau. Admiro muito a tua coragem. Há pouca gente na Guiné-Bissau, diria mesmo até em toda a África com coragem como a tua.
Nem aqueles que estão armados com RPG-7, AK 47 ou coisas semelhantes. Talvez saibam apenas atirar traiçoeiramente para tirar a vida aos outros. Mas tu fazes-nos viver a situação, dia-a-dia, no nosso País. Sei que te ameacam de morte, como tu mesmo dizes, e que a única forma de te silenciar é matar-te.
Creio que ninguém na Guiné- Bissau terá coragem de o fazer. Que Deus te proteja a cada dia, a cada hora, a cada minuto e a cada segundo. Tu és muito importante, pelo menos para nós na Diáspora.
Abracos J.B.»
Muito obrigado pelo teu trabalho de infromar nao só aos guineneses, mas a todos os interessados sobre os assuntos da Guiné-Bissau. Admiro muito a tua coragem. Há pouca gente na Guiné-Bissau, diria mesmo até em toda a África com coragem como a tua.
Nem aqueles que estão armados com RPG-7, AK 47 ou coisas semelhantes. Talvez saibam apenas atirar traiçoeiramente para tirar a vida aos outros. Mas tu fazes-nos viver a situação, dia-a-dia, no nosso País. Sei que te ameacam de morte, como tu mesmo dizes, e que a única forma de te silenciar é matar-te.
Creio que ninguém na Guiné- Bissau terá coragem de o fazer. Que Deus te proteja a cada dia, a cada hora, a cada minuto e a cada segundo. Tu és muito importante, pelo menos para nós na Diáspora.
Abracos J.B.»
Preocupado e triste
«Nem sei o que dizer, tens sido os olhos e os ouvidos de todos os que estão ausentes dessa terra que nos é tão querida, mesmo para alguns dos que SÃO "estrangeiros", como eu, mas que abracei esse País como sendo também meu.
E é por isso que me sinto preocupado e triste pelos recentes acontecimentos, será que nunca mais vão terminar? Será que devemos virar as costas, todos, e abandonar o País, deixando-o às trevas sem qualquer tipo de esperança? Será que ninguém pensa neste Povo, farto de sofrer às mãos dos homens e parece esquecido de Deus?
Amigo, sinceramente, obrigado por relatares o que tens observado, tens sido o único de uma forma realista, embora apaixonada, a dizê-lo. A falares da tua terra, que também é um pouco minha. Desejo sinceramente que o próximo ano te traga tudo de bom, assim como para a nossa querida Guine-Bissau, pelo menos uma Paz duradoura.
Um forte abraço
MC.»
E é por isso que me sinto preocupado e triste pelos recentes acontecimentos, será que nunca mais vão terminar? Será que devemos virar as costas, todos, e abandonar o País, deixando-o às trevas sem qualquer tipo de esperança? Será que ninguém pensa neste Povo, farto de sofrer às mãos dos homens e parece esquecido de Deus?
Amigo, sinceramente, obrigado por relatares o que tens observado, tens sido o único de uma forma realista, embora apaixonada, a dizê-lo. A falares da tua terra, que também é um pouco minha. Desejo sinceramente que o próximo ano te traga tudo de bom, assim como para a nossa querida Guine-Bissau, pelo menos uma Paz duradoura.
Um forte abraço
MC.»
Bissau, 18 graus
Bissau adormeceu calma e fria, e acordou ainda mais fria, embora tensa. Ha tensão em cada rosto e desconfiança em cada chiar de pneus ou numa rotação de motor mais acentuada. O nosso eterno problema: ninguém confia em ninguém, por mais que digam o contrário.
Eu estou bem, não temo nada porque nada devo temer. Nunca matei ou conspirei para matar quem quer que fosse; nunca alinhei nem nunca participei em nenhum golpe de Estado - condenei todos. E condená-los-ei sempre!
Nunca traí - nem em relacionamentos! - nem nunca traírei. Comigo, será sempre oito ou...oitocentos. Pouco me importa o que pensam outros. Sou feliz como sou, sorrio quando quero e me apetece, vivo de maneira espartana e estou bem assim.
Bissau, nome de mulher, ofegante e quente, com todas as suas curvas, está fria, mas continua bonita, elegante, charmosa. Bissau não se compara, sinuosa como os rios que a cercaram em tempos, velha como a ponte elevadiça que lhe tolheu um dia, faz tempo, a designação de ilha - que a deixaria ainda mais charmosa!
Feliz Ano Novo a todos os guineenses e aos amigos da Guiné-Bissau.
António Aly Silva
Eu estou bem, não temo nada porque nada devo temer. Nunca matei ou conspirei para matar quem quer que fosse; nunca alinhei nem nunca participei em nenhum golpe de Estado - condenei todos. E condená-los-ei sempre!
Nunca traí - nem em relacionamentos! - nem nunca traírei. Comigo, será sempre oito ou...oitocentos. Pouco me importa o que pensam outros. Sou feliz como sou, sorrio quando quero e me apetece, vivo de maneira espartana e estou bem assim.
Bissau, nome de mulher, ofegante e quente, com todas as suas curvas, está fria, mas continua bonita, elegante, charmosa. Bissau não se compara, sinuosa como os rios que a cercaram em tempos, velha como a ponte elevadiça que lhe tolheu um dia, faz tempo, a designação de ilha - que a deixaria ainda mais charmosa!
Feliz Ano Novo a todos os guineenses e aos amigos da Guiné-Bissau.
António Aly Silva
Feliz ano novo!
«Boa noite, Aly!
Certamente este não será momento de elogio. Tenho a certeza que o nosso passado, o nosso presente e o nosso futuro, saberá reconhecer o teu árduo trabalho ao prol deste povo sofredor, com as letras maiúsculas. Senti o sabor amargo desta tensão e o sabor envenenado da morte, que dia e noite nos transmites, neste último acontecimento do dia 26 de Dezembro.
A única palavra que tenho a dizer é RESPEITO! Respeito a tua coragem, respeito a tua profissão e definitivamente tenho mais admiração por tudo o quanto escreve. Tenho-te visto em Bissau durante estes dias, com um perfil próprio e singular.
Avante Irmão, Deus será o teu refúgio e a tua protecção. Confia Nele, Ele é o Pai e o Todo-poderoso!
Obrigado Irmão!
Até então não tenho a oportunidade de cumprimentar-te.»
--------------
«Muito obrigado pelo o que tens feito
Que Deus lhe proteja o que eles querem "é misti mata td djintis ku ta conta eles bardade e td djintis ku ka medi eles pa é pudi fica a vontade"
Mas Deus é Maior e que Ele esteja contigo Ticha.
Abraço»
-------------
«Aly,
Cuida-te muito, muito, muito. A insónia e a dor estao na fase ascendente, por toda a conjuntura e porque também eis a minha preocupaçao, por favor cuida-te.
Beijos
S.P.T.»
-------------
«Aly
Hola!!!!! Paisano!!!!!, gracias por ternos imformados de la situación del pais, mas una vez te agradesco por tu lavor y corragen. Feliz navidad y próspero año nuevo, quí deus te bendiga en la vida, un saludo de my parte.
F. E.»
--------------
«Aly
Tenho estado a seguir os ultimos acontecimentos atravéz do teu blog....... que coisa, mas entao é verdade que a nossa Guiné tem "mufuneza" e parece nao querer acabar. QUE TRISTEZA!! Bem apesar de tudo queria-te desejar Boas Festas juntamente à tua Familia e amigos.
Esperamos que o proximo ano traga a esses malucos guerrafundaios a possibilidade de poder utilizar a cabeça antes de fazer os diaparates que infelizmente teem caraterizado a guine ultimamente. E que Bissau volte a ser a cidade onde se vivia em paz apesar das dificuldades e onde todos faziam parte de uma grande familia.
Bom 2012!!! Beijocas.
P. V.»
Certamente este não será momento de elogio. Tenho a certeza que o nosso passado, o nosso presente e o nosso futuro, saberá reconhecer o teu árduo trabalho ao prol deste povo sofredor, com as letras maiúsculas. Senti o sabor amargo desta tensão e o sabor envenenado da morte, que dia e noite nos transmites, neste último acontecimento do dia 26 de Dezembro.
A única palavra que tenho a dizer é RESPEITO! Respeito a tua coragem, respeito a tua profissão e definitivamente tenho mais admiração por tudo o quanto escreve. Tenho-te visto em Bissau durante estes dias, com um perfil próprio e singular.
Avante Irmão, Deus será o teu refúgio e a tua protecção. Confia Nele, Ele é o Pai e o Todo-poderoso!
Obrigado Irmão!
Até então não tenho a oportunidade de cumprimentar-te.»
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«Muito obrigado pelo o que tens feito
Que Deus lhe proteja o que eles querem "é misti mata td djintis ku ta conta eles bardade e td djintis ku ka medi eles pa é pudi fica a vontade"
Mas Deus é Maior e que Ele esteja contigo Ticha.
Abraço»
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«Aly,
Cuida-te muito, muito, muito. A insónia e a dor estao na fase ascendente, por toda a conjuntura e porque também eis a minha preocupaçao, por favor cuida-te.
Beijos
S.P.T.»
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«Aly
Hola!!!!! Paisano!!!!!, gracias por ternos imformados de la situación del pais, mas una vez te agradesco por tu lavor y corragen. Feliz navidad y próspero año nuevo, quí deus te bendiga en la vida, un saludo de my parte.
F. E.»
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«Aly
Tenho estado a seguir os ultimos acontecimentos atravéz do teu blog....... que coisa, mas entao é verdade que a nossa Guiné tem "mufuneza" e parece nao querer acabar. QUE TRISTEZA!! Bem apesar de tudo queria-te desejar Boas Festas juntamente à tua Familia e amigos.
Esperamos que o proximo ano traga a esses malucos guerrafundaios a possibilidade de poder utilizar a cabeça antes de fazer os diaparates que infelizmente teem caraterizado a guine ultimamente. E que Bissau volte a ser a cidade onde se vivia em paz apesar das dificuldades e onde todos faziam parte de uma grande familia.
Bom 2012!!! Beijocas.
P. V.»
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
ULTIMA HORA: Franca e Espanha nao 'engolem' a versao governamental de 'tentativa de alteracao da ordem constitucional'. N'bom, kussas patchari! Oposicao (15 partidos) acusaram hoje o Governo, em comunicado, de "eliminacao de adversarios politicos". Bissau esta calma tirando o facto de, agora, os militares montarem barricadas com arvores...que os proprios abatem! Este final de ano promete... AAS
Nunca vi punheta igual: afinal, era o director-geral da Radiodifusao Nacional da Guine-Bissau ou o correspondente da RDP-Africa quem entrevistou o primeiro-ministro? Da nisto, quando incompetentes pegam no microfone. Mais: como pode alguem ser director-geral de uma radio estatal...e ao mesmo tempo correspondente de outra radio - estatal - estrangeira??? Tenham vergonha: o Califa, a RDN e a RDP Africa!!! O que realmente interessava NAO foi colocado ao primeiro-ministro!!! AAS
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Bissau, 96 horas
Sim, isso mesmo que leram. Quase quatro dias depois de uma suposta sublevacao nas casernas, Bissau ainda guarda o medo. O medo desta noite, da noite de amanha e de outra noites.
Ha avenidas que ainda sao cortadas a noite, ruas ainda mais escuras. No entanto, as declaracoes parecem unanimes, quer falemos do Governo, quer da classe castrense, quer ainda das organizacoes internacionais: "a situacao esta controlada". Mas nao, nao esta.
Se, por acaso, por mero acaso, estivesse controlada teriamos nos a liberdade de circular livremente por qualquer avenida ou rua; por entre becos e buracos desta cidade. A cidade esta como que sitiada - ainda que um pouco longe disso.
Hoje, apresentaram armas 'apreendidas'. Algumas pessoas ficaram boquiabertas. Eu, nem por isso. As armas que ainda estao por encontrar, serao o triplo, o quintuplo das encontradas. E havia RPG-7, para alem - claro! -, das famosas kalashnikov.
Nao esta controlada porque os que dizem 'controlar' a situacao, nem sabem quantas pessoas procuram muito menos o numero de armas desaparecidas (os paiois nao sao seguros, e estao entregues ao deus dara).
Nao esta controlada, porque estamos ainda longe de nos sentimos seguros (por ex quando circulamos) pois em cada rua ou esquina vive alguem 'importante', com ligacao a este ou aquele bandalho.
Nao esta controlada, sobretudo porque ha dezenas de viaturas com matricula civil a circular com gente armada, inclusive com RPG 7. Andam em taxis, numa operacao de caca ao homem; sabe-se la o que estas noites reservao a cada um de nos...
Estara controlada, isso sim, quando, aqui, impusermos a Justica. Antonio Aly Silva
Ha avenidas que ainda sao cortadas a noite, ruas ainda mais escuras. No entanto, as declaracoes parecem unanimes, quer falemos do Governo, quer da classe castrense, quer ainda das organizacoes internacionais: "a situacao esta controlada". Mas nao, nao esta.
Se, por acaso, por mero acaso, estivesse controlada teriamos nos a liberdade de circular livremente por qualquer avenida ou rua; por entre becos e buracos desta cidade. A cidade esta como que sitiada - ainda que um pouco longe disso.
Hoje, apresentaram armas 'apreendidas'. Algumas pessoas ficaram boquiabertas. Eu, nem por isso. As armas que ainda estao por encontrar, serao o triplo, o quintuplo das encontradas. E havia RPG-7, para alem - claro! -, das famosas kalashnikov.
Nao esta controlada porque os que dizem 'controlar' a situacao, nem sabem quantas pessoas procuram muito menos o numero de armas desaparecidas (os paiois nao sao seguros, e estao entregues ao deus dara).
Nao esta controlada, porque estamos ainda longe de nos sentimos seguros (por ex quando circulamos) pois em cada rua ou esquina vive alguem 'importante', com ligacao a este ou aquele bandalho.
Nao esta controlada, sobretudo porque ha dezenas de viaturas com matricula civil a circular com gente armada, inclusive com RPG 7. Andam em taxis, numa operacao de caca ao homem; sabe-se la o que estas noites reservao a cada um de nos...
Estara controlada, isso sim, quando, aqui, impusermos a Justica. Antonio Aly Silva
«Estou espantado...» - General António Indjai, Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas
«Até aqui eu não estava preocupado. Mas vendo estas armas que eles tinham escondidas, agora fiquei preocupado porque, se eles tivessem conseguido o que eles estavam a planear, este país hoje em dia estava a ferro e fogo»
TELEFOTO: RTP-ÁFRICA
Banco Mundial (Região África), reage atravês do seu vice-presidente, Obiageli K. Ezekwesili
O Banco Mundial partilha a grave preocupação, já exprimida por outros amigos da Guiné-Bissau, sobre a situação actual do pais. O relatório “sobre o Desenvolvimento Mundial 2011 “, intitulado Conflitos, Segurança e Desenvolvimento - e também a própria experiência da Guiné-Bissau durante décadas - mostra como a insegurança interrompe o desenvolvimento e retém os países em ciclos de violência, que tem consequências devastadoras para os cidadões, inclusive a juventude, as mulheres e as crianças.
Apelamos a todos os lideres para que eles resolvam suas diferenças em paz e que renovem seus esforços para a construção de instituições de governança fortes e credíveis, que dêem prioridade ao direito fundamental dos cidadões a terem oportunidades económicas, por exemplo, através de melhores serviços de educação e saúde, e postos de trabalho, diz Obiageli Ezekwesili, Vice-Presidente do Banco Mundial para África.
A crise actual põe em risco muitas coisas. Nos dois últimos anos, o país teve um crescimento económico significante; obteve perdão de dívidas; e adoptou uma estratégia que poderia tirar da pobreza milhares de pessoas durante a próxima década.
O Banco Mundial continua fortemente envolvido em suportar o desenvolvimento económico da Guiné-Bissau, e portanto encoraja todos os líderes e cidadões a respeitar a constituição e a lei. Estamos ansiosos por ver uma solução rápida aos distúrbios actuais para que a nação possa continuar a trabalhar para um futuro com paz, estabilidade e prosperidade.
Comunicado em inglês
Statement of the World Bank Vice-President for the Africa Region, Obiageli K. Ezekwesili, on the latest developments in Guinea-Bissau. The World Bank shares the grave concern, already expressed by other friends of Guinea Bissau, about the current situation in the country. The 2011 World Development Report on Conflict, Security and Development—and indeed Guinea Bissau's own experience over decades—shows how insecurity disrupts development and traps countries in cycles of violence, with devastating consequences for generations of citizens, including young people, women and children.
“We call on all leaders to peacefully resolve their differences, and to renew their effort to build strong and credible institutions of governance that put first the fundamental need of citizens for improved economic opportunity, for example, through better education and health services, and jobs.” said Obiageli Ezekwesili, World Bank Vice President for Africa.
The current crisis puts a lot at stake. Over the last two years, the country began an economic turnaround, received international debt relief, and adopted a strategy that could lift thousands out of poverty over the next decade.
The World Bank remains strongly committed to supporting the economic development of Guinea Bissau, and therefore encourages all leaders and citizens to respect the constitution and the rule of law. We look forward to a speedy resolution of the unrest so that the nation can continue working toward an inclusive, peaceful, stable and prosperous future.
Apelamos a todos os lideres para que eles resolvam suas diferenças em paz e que renovem seus esforços para a construção de instituições de governança fortes e credíveis, que dêem prioridade ao direito fundamental dos cidadões a terem oportunidades económicas, por exemplo, através de melhores serviços de educação e saúde, e postos de trabalho, diz Obiageli Ezekwesili, Vice-Presidente do Banco Mundial para África.
A crise actual põe em risco muitas coisas. Nos dois últimos anos, o país teve um crescimento económico significante; obteve perdão de dívidas; e adoptou uma estratégia que poderia tirar da pobreza milhares de pessoas durante a próxima década.
O Banco Mundial continua fortemente envolvido em suportar o desenvolvimento económico da Guiné-Bissau, e portanto encoraja todos os líderes e cidadões a respeitar a constituição e a lei. Estamos ansiosos por ver uma solução rápida aos distúrbios actuais para que a nação possa continuar a trabalhar para um futuro com paz, estabilidade e prosperidade.
Comunicado em inglês
Statement of the World Bank Vice-President for the Africa Region, Obiageli K. Ezekwesili, on the latest developments in Guinea-Bissau. The World Bank shares the grave concern, already expressed by other friends of Guinea Bissau, about the current situation in the country. The 2011 World Development Report on Conflict, Security and Development—and indeed Guinea Bissau's own experience over decades—shows how insecurity disrupts development and traps countries in cycles of violence, with devastating consequences for generations of citizens, including young people, women and children.
“We call on all leaders to peacefully resolve their differences, and to renew their effort to build strong and credible institutions of governance that put first the fundamental need of citizens for improved economic opportunity, for example, through better education and health services, and jobs.” said Obiageli Ezekwesili, World Bank Vice President for Africa.
The current crisis puts a lot at stake. Over the last two years, the country began an economic turnaround, received international debt relief, and adopted a strategy that could lift thousands out of poverty over the next decade.
The World Bank remains strongly committed to supporting the economic development of Guinea Bissau, and therefore encourages all leaders and citizens to respect the constitution and the rule of law. We look forward to a speedy resolution of the unrest so that the nation can continue working toward an inclusive, peaceful, stable and prosperous future.
Oposição democrática não acredita na versão 'tentativa' e acusa Angola de ingerência
Os 15 partidos da oposição na Guiné-Bissau acusaram a missão angolana presente no país de ingerência nos assuntos internos. A oposição estranha a ocorrência de um golpe dias depois do regresso do primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior de uma visita a Angola e sobretudo a forma como foi dada protecção ao chefe do governo, na madrugada de segunda para terça-feira.
No decurso de um alegado golpe, uma coluna de soldados angolanos levou o primeiro-ministro para a embaixada de Angola. A missão militar angolana tem duas centenas de soldados em Bissau, no âmbito de um acordo da CPLP que visa treinar as forças de segurança guineenses.
Falando numa conferência de imprensa em Bissau, em nome dos diferentes partidos, os partidos da oposição democrática consideraram de "ilegal" a presença da força angolana: "Dois dias após o regresso do primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, de uma visita relâmpago ao Presidente José Eduardo dos Santos, dá-se de novo a encenação de um golpe de Estado", disseram.
Segundo as autoridades guineenses, na segunda-feira ocorreu uma tentativa de "subversão" militar, com um tiroteio junto a um paiol. Seguiu-se uma vaga de prisões, incluindo de altas patentes militares e deputados do PAIGC, sendo incerto o número de detidos. Na resistência às prisões, ficou gravemente ferido um polícia, que foi evacuado para Dakar vindo a falecer no passado dia 27.
Entre os detidos estão o chefe da marinha, Bubo Na Tchuto, e o número dois do exército, Cletche Na Ghana, além de um dos militares mais poderosos do país, o general Watna na Laie. São todos balantas. A estancar a rebelião esteve em foco chefe do estado-maior, general António Indjai. DN/AAS
No decurso de um alegado golpe, uma coluna de soldados angolanos levou o primeiro-ministro para a embaixada de Angola. A missão militar angolana tem duas centenas de soldados em Bissau, no âmbito de um acordo da CPLP que visa treinar as forças de segurança guineenses.
Falando numa conferência de imprensa em Bissau, em nome dos diferentes partidos, os partidos da oposição democrática consideraram de "ilegal" a presença da força angolana: "Dois dias após o regresso do primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, de uma visita relâmpago ao Presidente José Eduardo dos Santos, dá-se de novo a encenação de um golpe de Estado", disseram.
Segundo as autoridades guineenses, na segunda-feira ocorreu uma tentativa de "subversão" militar, com um tiroteio junto a um paiol. Seguiu-se uma vaga de prisões, incluindo de altas patentes militares e deputados do PAIGC, sendo incerto o número de detidos. Na resistência às prisões, ficou gravemente ferido um polícia, que foi evacuado para Dakar vindo a falecer no passado dia 27.
Entre os detidos estão o chefe da marinha, Bubo Na Tchuto, e o número dois do exército, Cletche Na Ghana, além de um dos militares mais poderosos do país, o general Watna na Laie. São todos balantas. A estancar a rebelião esteve em foco chefe do estado-maior, general António Indjai. DN/AAS
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
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