segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

'Só, no meio desse vespeiro'

«Caro amigo,
Cumprimentos.


Uma vez mais comunico consigo. Não sou guineense, como sabe, mas sabe que amo essa terra como a minha. E dói-me, dói-me muito, ver que alguns dos seus filhos são os seus piores inimigos, maltratando-a, chicoteando-a, ferindo-a de morte.

Isto não pode continuar assim. O povo, o pacífico e ordeiro povo da Guiné-Bissau, aquele mesmo que há anos atrás se levantou na defesa do seu “chão”, tem que se levantar novamente. Afastando os caciques, afastando os criminosos, os bandidos, os sanguessugas.

Sei quanto deve passar para fazer chegar aos quatro cantos do mundo as verdadeiras noticias daquilo que dia a dia se vai passando e que a comunicação social “pacificada” filtra antes de chegar até nós. Sei que tem sido ameaçado de morte, o que não admira. os tiranos, os caciques, os bandidos têm medo da verdade! sempre assim foi.

O meu bravo por todo o trabalho que está a fazer em prol da sua querida terra. Sei que o faz porque a sua consciência o impõe e não porque busca louros. Pena que esteja só, no meio desse vespeiro.

Um bom ano para a Guiné é o que mais ardentemente desejo. Um bom 2012, repleto das maiores venturas para si e para toda a sua família, é o meu desejo muito sincero.

J.C.
»