Anda tudo doido. Só pode. Desde que disse que tinha uma entrevista com o Coronel João Monteiro que não tenho parado de receber chamadas a perguntarem-me "então, quando sai?". Sairá - tem sido a resposta.
Muita gente deve estar a tremer por todos os lados. Também os entendo - só não os percebo. E a idea é mesmo essa: fazê-los tremer que nem varas verdes enquanto a 'bomba' não chega. Tremam! Ma abós I matchus, i ka sim?...
Mas eu entendo os dois lados... Só espero que me entendam também. Desgravar uma entrevista de - neste caso - quase duas horas tem o seu senão. A entrevista foi feita em crioulo e há que passá-la para o português. Mais. Ela obedece a datas. Como gravamos duas vezes, temas houve que voltaram a ser tratadas. Outras foram revistas.
Uma coisa é certa, o Coronel não fugiu a nenhuma questão. Senti verdade e sinceridade nas suas respostas. "Temos de pedir desculpas ao nosso País" - disse a dada altura, recordando um ancião guineense que falara para uma audiência de mais de cem pessoas na conferência de reconciliação que teve lugar em Dakar na semana que passou.
Continuarei a desgravar e a arrumar tudo cronologicamente. Leva o seu tempo mas - acreditem - valerá a pena. A reconciliação dos guineenses está, também, a passar por aqui. AAS