quarta-feira, 8 de maio de 2013

"Dá-se-lhes o jornal para lerem, fizeram o 2º grau já havia 4 ou 5 anos, não sabiam ler nada porque lêem, mas não sabem o que estão a ler. Esses também são analfabetos, analfabetos que conhecem as letras. Há muita gente assim e até, às vezes, doutores..." Amilcar Cabral

Vergonha


As autoridades regionais da Guiné-Bissau dizem que não podem fazer nada para evitar o abate indiscrimnado de árvores por madeireiros estrangeiros, porque a ordem para a operação terá vindo de Bissau. No sul do País, os jovens lançaram um alerta devido ao elevado grau de degradação em que se encontra a floresta de Mbasso.

Veja a reportagem aqui: RTP

Cenário para afastar António Indjai


O temor que o CEMGFA António Indjai deixa transparecer no seu quotidiano, desde que foi objecto de um mandado internacional de captura baseado numa acusação da justiça dos EUA de participação em operação internacional de tráfico de droga e de armas, avolumou-se com o anúncio da instalação de uma Força de Reacção Rápida norte-americana na  Base de Morón, Espanha. Constituída por 500 fuzileiros, com capacidade de projecção imediata baseada em 8 meios aéros, a força tem por missão intervir numa vasta área geográfica, incluindo a África Ocidental, de que a Guiné-Bissau faz parte.

António Indjai dá mostras de estar ciente de que a acusação que sobre ele impende de implicação em acções de narcotráfico e terrorismo, confere à sua captura a importância de uma emergência que, em nome da segurança dos EUA, justifica o lançamento de operações especiais, com emprego de força. O CEM da Força Aérea, General Papa Camará, está também identificado pelos EUA como implicado no narcotráfico. O cenário considerado mais provável, como desfecho do caso, é, porém, o de uma “conspiração” interna contra o CEMGFA António Indjai, levada a cabo por alas das  FA que eventualmente vêm numa tal acção uma forma de “reabilitar” a instituição.

É esta a ameaça que António Indjai mais teme. O seu dispositivo de protecção e segurança pessoal é agora menos aparatoso do que antes, sendo a evidência atribuída a duas razões: a) não exteriorizar temor, em especial ante os seus adversários internos; b) “filtrar”os acessos a si próprio, limitando-os a militares da sua estrita confiança. O estado de ofuscamento em que António Indjai ficou por reflexo da acusação da justiça norte-americana deu também origem a atitudes de distanciamento da parte de autoridades militares dos países da região com as quais se relacionava institucionalmente, incluindo a organização regional, CEDEAO. AM

terça-feira, 7 de maio de 2013

À beira da ruína


A economia da Guiné-Bissau encontra-se em estado considerado “ruinoso” por instituições económicas como o Banco Central dos Estados da África Ocidental. Congelamento das ajudas externas após o golpe, quebra no principal produto de exportação (caju) e também erros de governação são as principais causas apontadas, segundo o Africa Monitor Intelligence. A “newsletter” adianta que as dificuldades são vistas como um elemento propulsor de iniciativas em marcha para resolução da profunda e prolongada crise em que o país se encontra, em que Portugal, Angola e também Brasil têm sido dos principais atores a nível externo. Um agravamento tendencial da mesma pode degenerar em perturbações sociais de difícil controlo.

No seguimento do golpe de Estado de 12 de Abril de 2012, cessaram todos os programas de ajuda externa, que globalmente representavam cerca de 70% da receita orçamental. A produção de caju, motor da economia, está declinante. A última campanha promovida “em boas condições”, 2011, atingiu a cifra recorde de mais de 120.000 toneladas comercializadas e uma receita superior a 100 milhões de euros. Entre os indicadores do estado actual da economia avulta o de que as empresas internacionais implantadas no país retiraram os seus capitais – supostamente em razão de falta de confiança. A campanha do caju, que pelo calendário agora se iniciou, tende a redundar em fracasso, adianta o Africa Monitor.

Os compradores locais da produção estão manifestamente desprovidos de dinheiro para o negócio – que por isso está paralisado. Os grandes compradores finais, indianos, que por esta altura em grande número demandavam o país, para celebrar contratos de importação, estão ausentes. As estimativas vão no sentido de que a produção se vai perder, por não ser colhida ou por falta de escoamento; a que se aproveitar será através da economia informal – exportação clandestina para o Senegal. Segundo as fontes citadas pela “newsletter”, a aflitiva situação económica também não é estranha à deficiente governação do país – um fenómeno devido à má preparação geral dos governantes e à sua excessiva concentração em assuntos de interesse individual. LusoMonitor

UNIOGBIS - Mais um ano


O Escritório Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz  na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) termina o mandato no final de maio mas no relatório  que Ban Ki-Moon enviou ao Conselho de Segurança, a que a Agência Lusa teve  hoje acesso, sugere-se que o mandato seja revisto e prorrogado até 31 de  maio de 2014. Tal permitirá que a missão da ONU tenha mais tempo para dar "apoio estratégico"  às autoridades nacionais, em cooperação com outros parceiros internacionais,  nota o documento, no qual se pede também a manutenção no país e mais apoio  para o escritório das Nações Unidas contra o tráfico de droga.  

No documento enviado ao Conselho de Segurança a propósito da próxima  reunião sobre a Guiné-Bissau, o secretário-geral faz um resumo dos últimos  acontecimentos no país desde 28 de fevereiro (altura do relatório anterior,  quando o Conselho de Segurança prorrogou o mandato da UNIOGBIS até 31 de  maio deste ano) e fala de ajustamentos no mandato, embora sem aumentar o orçamento. "Para dar maior eficácia e efetividade à implementação" do mandato da  UNIOGBIS, o secretário-geral propõe que o Conselho de Segurança aprove as propostas saídas de uma missão técnica da ONU que esteve na Guiné-Bissau  entre 18 e 27 de março, uma delas a de criar um "pilar político" na UNIOGBIS  centrado em questões como paz, segurança ou direitos humanos. Esse pilar seria chefiado por um representante do secretário-geral, mantendo-se José Ramos-Horta, atual representante especial de Ban Ki-Moon, no cargo, mas com mais tempo para a diplomacia e para a mobilização de apoios  para a Guiné-Bissau. 

Ban Ki-Moon defende que o processo político na Guiné-Bissau deve de ser visto numa perspetiva ampla e em duas fases, uma até às eleições e outra  depois, para a implementação de reformas chave, o que tem de requerer um  acordo pós-eleitoral. No relatório Ban Ki-Moon diz que a situação política na Guiné-Bissau  continua tensa, devido às contínuas discordâncias entre políticos para acertar  um roteiro que leve à restauração da ordem constitucional, e que a em termos  de segurança a situação é de calma ainda que "volátil". Ban Ki-Moon pede aos "atores" da Guiné-Bissau para que trabalhem de  boa-fé para um novo pacto de regime e um mapa de transição consensual, que  inclua um bem definido calendário eleitoral e a formação de um governo inclusivo,  e reafirma o empenho da ONU em ajudar o país. 

No documento Ban Ki-Moon centra-se essencialmente no relatório da missão  da ONU de março passado, que fala da necessidade referida por parceiros  internacionais de melhorar a situação dos direitos humanos e do "clima de  medo" resultante de restrições à liberdade de expressão e manifestação. Fraco é também, diz, o acesso à justiça, com muitos crimes a não serem  reportados, investigados e julgados, continuando a haver uma "cultura de  impunidade", com os militares e as elites políticas a imiscuírem-se no sistema  judicial. Ban Ki-Moon reconhece que apesar da fraqueza do Estado e dos críticos  indicadores socioeconómicos a Guiné-Bissau não caiu num conflito aberto  e diz que só com uma política de estabilidade e segurança é possível aproveitar  os abundantes recursos.  

"Tal estabilidade requer um genuíno empenho dos atores nacionais para  mudar o ciclo político-militar de conflitos em nome de interesses pessoais"  e também o empenho dos parceiros internacionais para, com a Guiné-Bissau,  trabalharem numa paz duradoura, segurança e desenvolvimento, diz o secretário-geral  da ONU. No documento o responsável considera importante que a ONU e os parceiros  trabalhem em conjunto para apoiar um responsável, legitimo e efetivo Estado  da Guiné-Bissau, devendo a UNIOGBIS centrar-se numa estratégia de conselheiro  e guia mas também de apoio técnico e de facilitador de diálogo e reconciliação  nacional. E que apoie um ambiente propício a eleições transparentes e credíveis,  o fortalecimento das instituições, uma estratégia para as áreas da justiça,  defesa e segurança, e as autoridades no combate ao tráfico de droga e crime  transnacional. LUSA

Lá vai a nossa madeira...


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PARA QUE ESTE CRIME CONTRA AS NOSSAS FLORESTAS CESSE,

ASSINE A PETIÇÃO AGORA

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Acabar com o abate indiscriminado de árvores na Guiné-Bissau


O governo eleito democraticamente pelos guineenses nas urnas, sofreu um golpe de estado liderado pelos militares. Golpe esse contestádo não só a nível nacional como em todo o Mundo. Apesar da contestação, os militares elegeram um governo de transição que tem governado o país sob suas ordens, até a data presente. Isso não só gerou uma onda de indignação por todo o território nacional dividindo profundamente os guineenses, como o país sofreu um bloqueio internacional.

Sem ajudas e sem dinheiro, os militares e este governo, têm-se recorrido a tudo o que é ilegal em benefício próprio, sendo o estado considerado um narcoestado. O objectivo desta PETIÇÃO - ASSINE AGORA, é ajudar um povo martirizado e cansado dos seus governantes. Ajudar a travar a destruição do país imposta por este governo de transição e pelos militares.

Sou um guineense preocupado com o futuro da minha Pátria e das nossas crianças. Penso quais as consequêcias ambientais, sociais e económicas existirão amanhã para o país, fruto do comportamente destes militares e governantes. Embora preocupado entendo por bem agir por forma a minimizar os problemas, daí pedir vosso apoio. Ajudem-me a travar a destruição da minha terra, ajudem-me a sonhar e a fazer sonhar.

DROGA - Português, natural da Guiné-Bissau, apanhado com droga no organismo


Um cidadão português, natural da Guiné-Bissau, ficou esta segunda-feira em prisão preventiva após ter sido detido, na sexta-feira, no aeroporto da Cidade da Praia, com 691 gramas de cocaína dissimulada no interior do organismo, indicou a Polícia Judiciária cabo-verdiana. Num comunicado, a PJ adiantou que o homem, de 47 anos, chegou à capital de Cabo Verde proveniente de Fortaleza (Brasil), tendo, na inspecção inerente ao voo, sido detido pela Célula Aeroportuária Anti-Tráfico (CAAT), que congrega ainda as polícias Nacional (PN) e Emigração e Fronteiras (PEF), Guarda Fiscal e Alfândega.

Suposto pedófilo terá escapado à prisão por ser “velho demais”


Um homem de nacionalidade portuguesa, octagenário e empresário, está a ser alvo de graves acusações pela prática de crimes de pedofilia. De acordo com uma fonte do ditadura do consenso, “há duas semanas, duas crianças, ambas de 7 anos, brincavam à beira das suas casas, quando o suposto pedófilo as abordou, dizendo que ia oferecer-lhes bolachas e pastilhas” - contou. Felizes, as crianças aceitaram a oferta, atravessaram a estrada e entraram para o interior do local de trabalho deste, onde existe uma casa com duas moradias, na zona da Granja de Pessubé. O homem, apurou o ditadura do consenso, tem residência na cidade Bissau. Ainda segundo a mesma fonte, um acaso fez com que “um vizinho desse conta do que se passava, avisando de seguida os familiares das menores”, que de imediato se dirigiram à casa supracitada. “Como não foram atendidos, um deles subiu a uma árvore e assim teve acesso ao interior da casa, através da janela de quarto, que estava aberta”, conta a nossa fonte.

E explica o que o familiar das crianças disse ter presenciado. “Viu as 2 meninas deitas com o suposto pedófilo, a outra tinha o sexo dele dentro da boca dela”. O octagenário terá sido apanhado em flagrante, “pediu desculpas dizendo que não sabia o que estava a fazer”... Chocados, os familiares dirigiram-se à polícia Judiciária, e ali mais chocados ficaram - “Fizeram queixa, o suposto pedófilo foi ouvido e de seguida posto em liberdade”. E acusa “o insector Té” por tudo. ”O inspector alegou que o homem tinha uma idade avançada, e que por isso não podia ficar detido”...

A nossa fonte questiona mesmo a decisão do inspector Té: “Será por a pessoa em causa ser branca?”. Impotente: “Uma das meninas foi levada ao hostipal Simão Mendes, onde foi comprovada a violação. A família quer justiça, isto não é possivel”. E termina com um grito de socorro: “Aly, ajuda a tua gente, sabemos que todos eles lêem o teu blogue, só assim podemos ter acesso a eles, só queremos justiça.” AAS

ÚLTIMA HORA - Ministro português, Mota Soares, retido em São Tomé, por ameaça de bomba num avião da STP Airways. AAS

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Ainda assim, um 'Estado Soberano'... Poupem-me, ó da CEDEAO: Ai, agora vão vigiar as nossas águas? E levam o quê do nosso mar, do nosso país? E deixam-nos o quê? Onde está a soberania tantas vezes apregoada? Afinal, somos ou não um Estado 'independente' há 40 anos!? Então que governo é este, afinal? Que governo é esse que entrega o nosso país de bandeja? Estão lá para quê? Sim, e quem é que vai vigiar a CEDEAO? Por que razão é que o próprio comandante burkinabe da força da CEDEAO em Bissau, tem navios seus a pescar nas nossas águas? Porque não aconselham, ou ajudam, a Nigéria a parar de matar a população que vive no Delta do Niger? E o Senegal, para que cesse a barbárie em Casamança? E a Costa do Marfim? E o Burkina Faso...mas, o Burkina Faso? A CEDEAO parece mas é uma barata tonta... Não sabe para onde se virar! Porque não entregam antes o nosso mar à...DEA/EUA? Ma abôs i kinkon, i ka sim? AAS


E-go: "Parabéns, Aly, 7 milhões de visitantes é obra. Tens sido os olhos, os ouvidos e a voz de todos os guineenses que foram amordaçados pela ditadura do egoísmo. A razão acabará por vencer um dia e hás de ter o prazer de fumares o teu cigarrinho e teclar na tua máquina de guerra num dos cafés de Bissau. Coragem e não percas a esperança, esta merda vai mudar, vais ver." Guineense Flipado

A contar... 7.001.606: Estes números são vocês. Muito obrigados. AAS

E quem controla... a CEDEAO?


O chefe das Forças Armadas da Guiné-Bissau, António Indjai, afirmou hoje que a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) vai apoiar o país "muito brevemente" na vigilância marítima contra tráfico de droga e outros crimes. "Pedimos à CEDEAO para que nos apoie na vigilância dos nossos mares contra a pirataria, o narcotráfico, que é falado, porque não temos meios para vigiar o nosso mar. Pedimos apoios à Marinha da CEDEAO especialmente à Nigéria, que vai colocar aqui os seus barcos para o efeito", disse o general Indjai, à saída de uma audiência com o Presidente de transição, Serifo Nhamadjo. Acompanhado por uma delegação de militares nigerianos que se encontra em Bissau, António Indjai garantiu que a ajuda da CEDEAO já se encontra no país. LUSA

Dor


Estou francamente desiludido com a Guiné-Bissau. Mas, digam-me uma coisa: É impossível ser-se mergulhado na merda e sair sem cheirar mal! - não é? Esta terra paradoxal de nome e com todos os toques de fêmea, conseguiu arrasar com o que restava de mim. Desde muito cedo que esta Mãe se tornou numa madrasta que, condenada, viu partir os seus filhos. Um por um. E acabamos por ficar sós, com tudo aquilo que era suposto amarmos. A nossa terra.

Aos que ficaram, os direitos constitucionais e legais não lhes são reconhecidos. E não tratam de os assegurar... Eu, luto por isso e parece até fácil: se tenho direito a uma coisa e não ma dão, vou buscá-la, à minha maneira, porque penso assim: se não agir, perpetuo a situação. Aliás, vou mesmo mais longe e penso "se o castigo é igual tanto para defender ideias como para agir, mais vale agir!".

Quantas vezes conversei sobre isso com amigos? E, como discordamos! Eu vivo a minha causa como quem professa uma religião, o que me torna, de uma maneira ou de outra, num gajo perigoso... Tenho, porém, a sorte de ter nascido neste país: onde mais poderia eu estar para 'alimentar' o meu blogue? Só na Guiné-Bissau. Verdade seja dita, dos 46 anos que já levo de vida (uma vida desregrada, pacata e patética - de merda, mesmo) não conheci, neste país, quem tivesse realizado (excepto o meu bom amigo e realizador de cinema, Flora Gomes que vem aí com a 'República di Mininus').

Pensam, divagam com a maior das facilidades, mas, chegada a hora das realizações, da prova-dos-nove, poucos (ou nenhuns) são os que resistem à seriedade dos problemas. E pensam (o verbo pensar devia até ser banido do nosso vocabulário, pois quando pensam...certamente virá merda. Pensar que é sempre possível tapar um buraco abrindo outro, é uma coisa de loucos. Um moralista, seja lá quem for, deixou escrito na pedra: «Deus nos dê o sábio para nos ilustrar, o santo para nos edificar, o homem prudente para nos governar». Deus não nos liga patavina, o santo está-se nas tintas para nós, e o homem... nem vê-lo.

Meus caros,

Vivemos, hoje, o cúmulo da tirania: o individualismo dos mais fortes sobre os mais fracos - dura há mais de um ano e ainda assim o Povo da Guiné-Bissau continua com medo. Terá a sua razão, mas cabe ao Povo a vontade e a acção da mudança. Ainda assim, há três coisas que não se podem esconder: o amor, o fumo e um homem montado num porco. Para bom entendedor... Boa semana a todos. AAS

Agressão contra cidadã luso-guineense


A cidadã luso-guineense Catarina Schwarz foi agredida e insultada este domingo, no aeroporto internacional de Bissau, por um homem ligado ao Estado Maior General das forças Armadas guineenses. O incidente ocorreu na fila de espera das chegadas, perante a passividade de funcionários e agentes da Guarda Nacional e foi comunicado ao ministério do interior, à Agência de Aviação Civil e à TAP - Air Portugal. A agressão foi relatada na primeira pessoa à RDP África e Catarina Shwarz promete apresentar queixa por abuso de poder e violência contra Norberto da Silva, que conseguiu identificar. Não é a primeira vez que esta cidadã é agredida por militares, a primeira agressão aconteceu em Quinhamel, há uns anos atrás, por militares da marinha. RDP-ÁFRICA

Toca a assinar


Um engenheiro guineense, a residir em Londres, lançou na internet uma PETIÇÃO contra o abate indiscriminado de árvores na Guiné-Bissau mas diz que os problemas ambientais estendem-se também a outras áreas, e que os russos estão a peneirar areias das praias para retirar minerais. “Não sou político nem tenho ambições de o ser. Sou um técnico”, salientou, ao Lusomonitor,  Otílio Camacho. Embora a residir em Londres há três anos, mantém-se atento a tudo o que se passa na sua Pátria. Quando vê na imprensa um assunto que o preocupa entra em contacto com amigos e familiares na Guiné-Bissau para saber mais, faz pesquisas por conta própria.

Foi assim que soube do abate indiscriminado de árvores que diz saber ter levado já a confrontos entre populares e autoridades. “No meu País, três por cento da floresta é abatido anualmente e cada vez mais” – o que, no seu entender, é muito para um território relativamente pequeno. “Andam a dar licenças a chineses e russos e estão a dar cabo da zona [Sul]. Agora isso está a alastrar a todo o país e a situação degrada-se cada vez mais”. Otílio Camacho diz que as consequências do desflorestamento são já bem visíveis no Leste do país, onde se registam secas e o solo se torna improdutivo.

O objectivo da petição é escrever ao Presidente da República da Guiné-Bissau, fazendo pressão para que ele acabe com o desmando.

Adianta que outros delitos ambientais estão a ser cometidos: “Na Praia Varela, os russos estão a revirar tudo e a retirar todos os minerais (esmerite, zincão e outros), criando situações de erosão”. “Nem se sabe quem passou a licença e as autoridades dizem que não conseguem contactar a empresa russa” que está a revirar a praia. Segundo o texto da petição, “o abate indiscriminado de árvores está a dar cabo de todo o ecossistema do país. Tem-se verificado uma diminuição das chuvas por todo o território nacional, um aumento de temperatura, seca e falta de água potável em algumas regiões do interior com maior incidência na zona leste, especificamente Gabú e Bafatá, seca de algumas bolanhas e rios, perda de habitat e morte de grande parte de animais”.

A petição adianta que “a população, principalmente os que vivem nos campos, não satisfeitos e vendo suas vidas a ser destruídas por quem os deveria proteger, encetaram várias manifestações por forma a pôr fim aos abates, chegando inclusive a haver confrontos com as próprias autoridades”. “Indiferente a tudo isso, o governo continua a conceder licenças de exploração … aos chineses e russos, por valores ridículos, o que em nada abona a favor dos guineenses.” Ao lado da petição, há uma nota explicativa em que se refere a situação do país após o golpe de estado e a formação de um governo de transição.

“Os militares elegeram um governo de transição que tem governado o país sob suas ordens, até à data presente. Isso não só gerou uma onda de indignação por todo o território nacional dividindo profundamente os guineenses, como o país sofreu um bloqueio internacional. Sem ajudas e sem dinheiro, os militares e este governo, têm recorrido a tudo o que é ilegal em benefício próprio, sendo o estado considerado um narco-estado”. “O objectivo desta petição, é ajudar um povo martirizado e cansado dos seus governantes. Ajudar a travar a destruição do país imposta por este governo de transição e pelos militares”. “Entendo por bem agir por forma a minimizar os problemas, daí pedir vosso apoio. Ajudem-me a travar a destruição da minha terra, ajudem-me a sonhar e a fazer sonhar”, escreve Otílio Camacho.

A petição pode ser encontrada e ASSINADA AQUI

MENTIRA


Em junho de 2012, o porta disparate do 'governo da CEDEAO', Fernando Vaz, disse à agência LUSA que uma decisão foi tomada numa reunião extraordinária do conselho de ministros: a atribuição do montante mensal de cinco milhões de francos CFA (7.600 euros) a Ana Maria Cabral, viúva de Amilcar Cabral. “Este governo de transição encontrou uma situação inacreditável, ou seja, das 400 pessoas que recebem uma pensão de sobrevivência a família de Amílcar Cabral não gozava desse direito”.

Onze meses depois, Ditadura do Consenso deixa uma pergunta ao Fernando Vaz: Quantos meses de PENSÃO foram pagas até hoje à viúva/familiares de Amilcar Cabral?

Aguardando resposta, sou...

... António Aly Silva

GREVE: O Sindicato Nacional dos Professores e Funcionários da Escola Superior de Educação, SIESE, cumpre o quarto dia dos dez dias de greve, iniciado desde o dia 30 de abril. Em causa está o não pagamento de sete meses de salários aos novos ingressos e de quatro meses aos contratados. Além disso, o Sindicato exige ainda o cumprimento do memorando assinado com a direção da ESE, principalmente a apresentação de um requerimento para auditoria da escola. AAS


domingo, 5 de maio de 2013

A diplomacia do não quero saber - A China reconstrói o palácio chamuscado e leva o mar todo; faz melhoramentos no estádio nacional, leva a madeira toda...enfim, custa e de que maneira satisfazer mil e quinhentos milhões de almas... Mas a China não quer saber sequer que houve um golpe de Estado, que foram assassinadas dezenas de pessoas, se, se...uma vergonha, é o que é!!! Por isso fico fodido... AAS

É já no dia 16


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Escrutínio & Cia.


Estimado blogger,

Umas das formas de manifestar o meu apoio - ao trabalho de informar em que se tem empenhado, tendo em conta todos os riscos a que se expõe quando se trata de um dos países que menos respeitam o direito de informar - e o de quando em vez contribuir para enriquecer o debate com pequenos excertos como este que se segue.

Após a publicação ontem de um texto num outro espaço, recebi vários emails de gente amiga que me quer bem alertando-me de que foi implementado pelo vigente governo guineense vários 'corredores de escuta' na diáspora tendentes a compilação de vozes discordantes da actual situação. Não tardou para que recebesse vários emails atentatórios a minha integridade bem como da minha família na Guiné-Bissau. Vou tentar não referir a nomes desses guardiaões do golpe do ano passado mas apenas cingir-me a um ataque a que fui sujeito num blogue guineense dedicado a devassa e a má-lingua. Isto por ter sido o único que se manifestou publicamente. Pessoalmente não li o artigo que me visou, e tudo o que sei foi-me contado por uma colega.

Importa, contudo, reiterar aqui as posições que defendi, de que, ao contrario do que veicula uma alta figura do ultimo golpe de Estado, o nosso pais e farto em literatura legal que possa punir militares que se deixam envolver em actos de violações que se tem verificado, a saber, sequestros, violações a propriedades alheias, violações a integridade física de simples cidadãos, assassinatos, perseguições, etc. Lembrei que há leis na esfera militar que balizam o comportamento dos homens de farda que só não são observados devido a natureza anárquica, típica de certas franjas da sociedade guineense, ou pura e simplesmente porque não há quem se preocupe em aplicar as leis. Ainda na mesma linha, entendi que muitos crimes perpetrados pela nossa tropa são levados acabo fora do âmbito da corporação, ou seja, muitas violações são feitas obedecendo unicamente, ou a ajustes de contas ou a 'encomendas' de políticos ressentidos.
Dai que julgue que muitos dos crimes deviam ser tratados no âmbito dos tribunais criminais, pelo menos no que toca a implicação de civis/políticos que os instigam.

Agora, não se tendo sido capaz de absorver uma exposição tão simples e elementar, e numa clara tentativa de assassinato de carácter, soube da parte de amigos e colegas, dos ataques que acima descrevi. Segundo consta, até se caiu no ridículo de dar lições de direito político através de explanação de princípios e competências constitucionais, ao alcance de qualquer principiante. A exposição exaustiva que se fez da constituição até tem o seu mérito mas carece de qualquer pertinência por não ser relevante para o tópico em discussão. Eu fiz uma referência a constituição apenas e só como um princípio fundamental que os chefes militares deviam obedecer de forma a dar exemplo aos subalternos, por entender que o exemplo deve vir de cima! Mas não acho que se deva recorrer a Constituição como exibição de vaidades intelectuais ou académicas. Uma vez cai numa trampa de exibição de conhecimento, impelido por um 'filósofo' da Católica mas não volto a cair no erro. Caso se queira lançar-me um desafio académico, eu aceito mas terá que ser na arena apropriada. Não neste espaço. Quem me atacou também sugere que eu teria algo de pessoal contra o objecto da minha crítica. Quanta insolência!

As figuras publicas são actores cujos comportamentos tem impacto na vida de todos nos, e, só enquanto figuras do Estado e que as suas acções nos merecem escrutínio. Dizer o contrario e falta de seriedade! 

As pessoas que nos desaconselham a criticar certas figuras só porque, segundo afirmam, são professores de Direito, são as mesmas pessoas que atacam a sua Exa. Dr. Carlos de Almeida Fonseca - um académico infinitamente de muito maior gabarito, professor na Fac. de Direito de Lisboa e actual Presidente de Cabo Verde, cujos antigos alunos incluem muitos que actualmente fazem parte da elite política portuguesa - relativamente a sua conduta na actual crise guineense. 

É verdade que "volta de mundo i rabo di pumba" ou como diz o nosso artista maior, Justino Delgado, "bu ta bai te/ bu ta torna riba mas tras".

É preciso evitar tiros nos próprios pés! 

Obrigado,

Alai  Sidibe

sábado, 4 de maio de 2013

REKADU KU N'TEM PA KONTA: Se a minha posição me coloca em circunstância de me tratarem por TU, caguei para mim que nada valho; Se o meu estatuto nessa cidade (Bissau) ainda não foi plenamente reconhecido e permite que párias como vocês me tratem acintosamente por TU, caguei para o estatuto; Porém, se nem uma nem outra coisa consentem semelhante linguagem, peço-vos que me informem com brevidade sobre estas particularidades, pois quero saber ao certo se devo ou não cagar para vocês! AAS

Dirigentes e Deputados apoiantes de Braima Camará analisam sessão extraordin​ária da ANP


Dirigentes e Deputados da Nação que apoiam o Projecto "por uma liderança democrática e inclusiva" analisam sessão extraordinária da ANP. Numa reunião aberta onde cada dirigente ou deputado apoiantes da candidatura de Braima Camará manifestaram-se hoje de uma forma clara na defesa do sentido de voto que conduziu a recusa do projecto de ordem-do-dia onde, contrariamente a proposta aprovada pela Comissão Permanente da ANP, foi retirada da agenda a discussão e adopção do Pacto de Regime. Os participantes da reunião manifestaram-se preocupados pela tentativa de recuo de algumas forças políticas que pretendem retirar subrepticiamente o Pacto de Regime do Parlamento e transferi-lo de novo para o chamado Fórum dos Partidos Políticos. Para os dirigentes e deputados que apoiam o projecto "por uma liderança democrática e inclusiva" o Pacto de Regime é um instrumento de relevante importância para a Guiné-Bissau, sendo portanto importante que a sua discussão e aprovação seja no âmbito do próprio Parlamento.

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A reunião que juntou dirigentes e deputados do PAIGC que apoiam a candidatura de Braima Camará manifestaram-se igualmente preocupados pela desatenção e falta de tacto político de que deram provas alguns dirigentes do PAIGC que de forma incompreensível assinaram uma proposta de agenda para a sessão extraordinária da Assembleia Nacional Popular sem medirem as consequências gravosas para o nosso Partido, sem tomaram em devida atenção algumas nuances da mesma proposta que poderiam fazer perigar ou resvalar os significativos avanços conseguidos com o processo de retorno gradual à constitucionalidade e que tem merecido o apoio inequívoco da comunidade internacional, que defende, recorde-se a adopção de um Pacto de Regime e consequentemente a formação de um Governo Inclusivo de Base Alargada. Recorde-se que na sua ultima sessao do Conselho de Paz e Segurança da Uniao Africana organização, que na semana passada (sexta-feira) se reuniu em Addis Abeba para discutir a situação na Guiné-Bissau, na qual participaram também representantes da União Europeia, da ONU, da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), foi aí acentuado uma "total convergência de pontos de vista sobre as prioridades para a Guiné-Bissau", nomeadamente eleições este ano.

Foi decidido ainda, pelo Conselho de Paz e Seguranca da União Africana que está a preparar uma missão conjunta (ONU, UA, CEDEAO, CPLP e UE) para vir à Guiné-Bissau, à semelhança do que já aconteceu em Dezembro passado, que vai constatar a realidade do país e "estabelecer um mecanismo local de acompanhamento" e que os termos de referência da missão serão debatidos em breve. Recorde-se que a Guiné-Bissau foi suspensa da UA na sequência do golpe de Estado ocorrido em Abril do ano passado, havendo hoje vontade da nossa organização continental de na próxima cimeira, ou até antes, a suspensão e as sancoes decretadas contra o nosso país fossem levantadas. Para a União Africana, parafraseando o seunRepresentante em Bissau, citamos "tudo é possível desde que haja vontade política dos atores guineenses, não tem necessariamente de se esperar pela cimeira para que se levante a suspensão, porque é uma decisão do Conselho de Paz e Segurança e é automática".

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Recorde-se que a União Africana e o conjunto da comunidade internacional saúdam os avanços já conseguidos pelos políticos guineenses, sociedade civil e militares para que se chegue a um pacto de regime, um roteiro de transição e um governo inclusivo e desejam que os guineenses cheguem a conclusões rapidamente, isto para que a comunidade internacional possa ajudar o país a sair da crise em que se encontra e neste contexto há uma preocupação fundamental dos parceiros da Guiné-Bissau que se prende com a realização de eleições, havendo vontade da comunidade internacional no,seu financiamento. A UA, referiu no seu ultimo comunicado que vê "de forma positiva" o evoluir da situação na Guiné-Bissau e considera que no país há alguma tranquilidade e segurança voltando a pedir aos políticos para que se entendam. Saliente-se que a União Africana, compreende que o PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, o partido mais votado nas últimas eleições) possa ter problemas (nomeadamente para organizar o congresso marcado para este mês) mas adverte que sem a participação do PAIGC não se pode falar de inclusão e de envolvimento de todos os partidos para uma saída da crise.

É tem em devida atenção estas preocupações e na perspectiva de se encontrar as melhores soluções para a resolução pacifica desta transição, que os dirigentes e deputados que aderiram ao projecto"por uma liderança democrática e inclusiva" apelam ao bom senso e pensam que uma das saídas mais consentâneas para a busca de uma solução passam necessariamente pela realização do VIII Congresso Ordinário do Partido, que deverá legitimar uma nova Direcção, que terá consequentemente maior peso negocial e na legitimação das superiores e legitimas aspirações do PAIGC junto aos demais parceiros nacionais e internacionais.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

EM RISCO: Guinétel pode fechar


A empresa da Guiné Telecom/Guinétel, do Estado da Guiné-Bissau, tornou-se inviável e pode fechar em breve se o governo não tomar medidas, alertou hoje o sindicato da empresa. Em conferência de imprensa, o presidente do sindicato, David Mingo, afirmou que os funcionários estão preocupados com a "situação difícil da empresa" e sem entender por que razão "o governo lhes virou as costas". O responsável lembrou que o governo anterior ao golpe de Estado de 12 de abril tinha negociado um fundo (mais de 10 milhões de euros) com o Banco Oeste Africano de Desenvolvimento (BOAD) para fazer o saneamento e valorização da empresa para depois a privatizar. LUSA

Morreu...


...a cerimónia fúnebre será em japonês STOP lamentamos STOP. Acabou de clicar na página do jornal 'Nô Pintcha'. Ficou de olhos em bico? Pois, eu também. E estou fodido!!! AAS

Jornalistas guineenses dizem que ‘falar sem medo’ é utopia


É assinalado hoje o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa" sob o lema ‘Falar sem medo’ e na Guiné Bissau está marcada uma jornada de reflexão. Ouvido pela RDP África, o presidente do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social lamenta que o exercício do jornalismo continue a ser um risco, na Guiné Bissau. Quanto ao lema proposto pela UNESCO para 2013: ‘Falar sem medo’, Mamadu Candé garante ser “uma utopia”, já que a situação na Guiné-Bissau agudizou-se, depois de golpe militar de 12 de abril do ano passado. RDP

Bô torna fuguial mas...


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FOTO DR

quinta-feira, 2 de maio de 2013

DEA - Indjai, we have a problem


Tudo indica que o CEMGFA António Indjai pode deixar o cargo que ocupa desde abril de 2009, em virtude da deposição de Zamora Induta, e exilar-se num dos quatro países da CEDEAO que reconhecem o regime golpista de Bissau. Com um mandado internacional emitido pela DEA/EUA, por acusação de ser responsável numero um na conspiração para planificar a introdução de drogas nos EUA, conspiração para venda de armas à organização terrorista (FARC), conspiração para adquirir e tranferir mísseis terra-ar, conspirar para atentar contra cidadãos americanos e conspiração narcoterrorista...os problemas do general António Indjai estão apenas a começar.

Um analista, em Bissau, contactado pelo DC, não confirma nem desmente uma hipotética saída do general que manda na Guiné-Bissau, mas diz que a intervenção de António Indjai, esta semana, na Assembleia Nacional Popular foi como que uma espécie de despedida forçada. Recorde-se que Antonio Indjai fez uma declaração no parlamento, dizendo que "o PAIGC não quer ir a eleições" e tem bloqueado tudo "porque tem dado ouvidos ao ex-Primeiro Ministro Carlos Gomes Júnior", que é, ainda, o presidente do PAIGC.

A pressão norte-americana, a que se junta a frase "a força da CEDEAO é completamente ineficaz", fez com que a organização sub regional começasse a mexer. António Indjai tornou-se numa autêntica dor de cabeça para os quatro países que suportam o golpe de Estado, que concordaram agora em descartá-lo. O motor de propulsão, no entanto, é a instalação, em Espanha, da força da AFRICOM, composta por 500 homens e oito meios aéreos (drones incluidos) "para intervir nos países africanos da África Ocidental". É um sinal do que aí vem. Para além do CEMGFA, os EUA, através da DEA vão atrás de pelo menos cinco civis, todos guineenses, entre eles alguns políticos.

O caso Charles Taylor, ex-presidente da Libéria caído em desgraça, é o primeiro exemplo que me vem à cabeça quando me lembro do acossado António Indjai. Taylor, sentindo-se 'protegido' durante algum tempo, pensou que a Justiça o havia esquecido. Pura ilusão. Deixaram simplesmente que fosse abocanhado e acabou no Tribunal Penal Internacional, em Haia, onde foi acusado, julgado e condenado. Aliás, com a Interpol atrás e estando presente em quase todos os países do mundo, é apenas uma questão de tempo até caírem em cima do Indjai. AAS

GRAVE - «Governo paga salários com dinheiro da droga»


A Confederação-geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau (CGSI-GB) alertou para que o Governo de transição possa estar a utilizar dinheiro proveniente de tráfico de droga para o pagamento de salários aos funcionários públicos. Numa mensagem alusiva ao 1º de Maio, dia do trabalhador, esta central sindical classificou a situação como grave e disse que não pode ser aceite.

«A CGSI-GB não pode e nem deve abster-se dos problemas que nos últimos dias assolam o país, sobretudo quando se ventila que os salários pagos são fruto do narcotráfico. É muito grave e não podemos aceitar que o dinheiro da droga seja utilizado para nos pagar salários ao final do mês», lê-se na mensagem. A CGSI-GB exigiu uma explicação clara e plausível por parte do Governo de transição, em relação aos «salários-drogas» da administração pública guineense.

Sobre o poder compra do trabalhador, a organização sublinhou que o Governo de transição nada fez para evitar a subida de preços dos produtos de primeira necessidade, o que fez com que o funcionário público ficasse em situação de «penúria». Sobre a lei de Orçamento Geral do Estado, recentemente aprovado pelo Governo de transição, a CGSI-GB disse que o assunto não é do conhecimento do Conselho Permanente de Concertação Social. A confederação felicitou a determinação das organizações sindicais na luta e reivindicação dos seus direitos junto dos patronatos. PNN