quinta-feira, 28 de março de 2013

Guiné-Bissau: Portugal pede na ONU 'compromisso internacional'


Portugal apelou hoje na Assembleia Geral da ONU a um "compromisso" da comunidade internacional com a "estabilidade e desenvolvimento" na Guiné-Bissau, que acompanhe a normalização interna do país. "A reposição da ordem constitucional tem de ser acompanhada de um compromisso da comunidade internacional em relação à estabilidade e desenvolvimento" da Guiné-Bissau, disse no plenário da ONU o encarregado de negócios da missão de Portugal na ONU, Luís Gaspar da Silva. Falando no debate anual da Assembleia Geral sobre a Comissão de Consolidação da Paz (CCP), Gaspar da Silva defendeu que este organismo deve dar apoio político ao gabinete da ONU na Guiné-Bissau, cujo modelo de operação está a ser revisto, na sequência da nomeação do novo enviado especial, José Ramos-Horta. "Apesar dos desafios no terreno, a CCP [para a Guiné-Bissau, presidida pelo Brasil] pode continuar a desempenhar um papel ativo, nomeadamente dando apoio político à UNIOGBIS e facilitando o diálogo, quando houve um acordo político mais vasto para avançar", disse Gaspar da Silva.

Para o diplomata português, a CCP deve promover e facilitar o envolvimento da comunidade internacional no país. Ramos-Horta está em início de mandato e a fazer uma avaliação da situação no terreno, com base na qual Ban Ki-moon irá fazer um conjunto de recomendações para ajustar o mandato da UNIOGBIS. O Conselho de Segurança prolongou recentemente o mandato do gabinete por apenas 3 meses, até 31 de maio, enquanto é ajustado o mandato. A embaixadora do Brasil na ONU defendeu terça-feira que as autoridades da Guiné-Bissau terão de dar "passos decisivos" para que os principais parceiros do país retomem a cooperação, suspensa desde o golpe militar de 2012.

"O golpe de Estado (de abril de 2012) neutralizou os esforços e minou a confiança de parceiros internacionais chave", disse a embaixadora Maria Luiza Ribeiro Viotti na Assembleia Geral da ONU. "Esperamos que sejam dados passos decisivos na Guiné-Bissau para permitir a reposição da cooperação internacional com o país", adiantou a diplomata, que preside à Comissão para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau. Viotti não especificou os passos em questão, mas os principais parceiros têm vindo a exigir a reposição da ordem constitucional, interrompida desde o golpe militar, nomeadamente através da realização de eleições. Outras exigências recorrentes são a reforma das Forças Armadas e fim da ingerência dos militares na política, bem como o envolvimento destes no combate ao narcotráfico.

O fundo de Consolidação da paz suspendeu a sua participação financeira no fundo de pensões dos militares guineenses, que deveria financiar processos de reforma , tendo em vista diminuir o peso das Forças Armadas, considerado exagerado. Num relatório conjunto a que a Lusa teve acesso, os cinco blocos parceiros do processo político da Guiné-Bissau (ONU, UE, UA, CPLP, CEDEAO) apelaram à hierarquia militar guineense para que se comprometa a "pôr fim a toda a ingerência na vida política" do país e a contribuir para o combate ao narcotráfico. O relatório defende ainda a necessidade doe o Fundo "rever a sua posição, se necessário" e que fundos da CEDEAO podem ser usados para o processo de reforma das Forças Armadas nos cinco anos previstos, caso "as condições o permitam". LUSA

ÚLTIMA HORA/MAVEGRO


A Câmara Municipal de Bissau ordenou o fecho da empresa Mavegro por causa do não pagamento de foro do terreno. Em 2011, a mesma CMB havia chegado a acordo com a empresa para um encontro de contas, mas, soube o Ditadura do Consenso, os serviços de contabilidade da CMB 'esqueceram-se' de lançar o referido acordo nos seus livros. Entretanto, tudo parece sanado, pois o supermercado acaba de abrir as portas ao público. AAS

Milocas Pereira


À Embaixada da Republica de Angola na Guiné-Bissau

CARTA ABERTA

Apôs ter tomado conhecimento, por intermédio das medias internacional e nacional, do desaparecimento fisico da cidadã e compatriota Guineense, Ana Emilia Lopes Correia (Milócas Pereira), no território Angolano, onde estava a  viver e trabalhar como docente num dos estabelecimentos do ensino, o Movimento Nacional da Sociedade Civil para a Paz, Democracia e Desenvolvimento, vem acompanhando com bastante preocupação este caso.

Tendo em consideração vários meses decorridos após a notícia do seu desaparecimento, sem que sejam dadas, pelas autoridades angolanas, quaisquer informações do seu paradeiro ao país e, em particular, aos familiares;

Considerando a necessidade de conservação do passado histórico e laços de irmandade que une os nossos dois povos, sob âncora dos quais assentam a relação dos nossos dois Estados;

E, tendo em conta a nossa pertença comum a várias organizações internacionais, designadamente, UA, CPLP, NU e a imperatividade da observância dos protocolos relativos ao respeito e defesa dos direitos humanos, emanados destas instituições;

Assim, o Movimento Nacional da Sociedade Civil para Paz Democracia e Desenvolvimento, vem por este meio, solicitar a Embaixada da Republica de Angola, acreditado no pais o seguinte:

a) Informações relativo ao desaparecimento físico da Cidadã Guineense, Ana Emilia Lopes Correia (Milócas Pereira);

b) O retorno desta Cidadã, independentemente do estado em que se encontre, ao seu solo pátrio;

c) Que se transmita as autoridades angolanas quão elevada é a preocupação da nossa organização e da sociedade guineense sobre este assunto. Preocupação que estende a situação de todos os nossos compatriotas ali residentes.

d) Exorta, as duas autoridades, para que não deixem o esfriamento temporário de relação entre os dois estados interfira no respeito pela dignidade da pessoa humana e ou colapso a boa relação sempre existente entre os nossos dois países.

C/C
Presidencia da República
Assembleia Nacional Popular
Ministério dos Negócios Estrangeiross, da Cooperaçao e das Comunidades
Secretaria de Estado das Comunidades

Bissau,  27 de Março de 2013.

A Direcção Nacional

Ameaça paira sobre os transicionistas


A liderança da CEDEAO entre os organismos internacionais envolvidos na Guiné-Bissau está estabelecida, após um período de quezílias. O período de transição deverá culminar em Dezembro, com a realização de eleições. Sobre este prlongado período de transição paira a ameaça de conflito entre o parlamento, democraticamente eleito e dominado pelo PAIGC, e o governo saído do golpe de Abril, de que o partido está fora.

Segundo o Observatório dos Países de Língua Oficial Portuguesa (OPLOP) da Universidade Federal Fluminense, no Brasil, “os debates no interior do único órgão que possui legitimidade democrática [a Assembleia Nacional Popular] podem constituir-se em ameaça”.

“Uma crise interna, entre o Executivo e o Legislativo, poderia comprometer o planeamento da CEDEAO”. Projetada para ser concluída no final deste ano, a transição está a seguir as “diretrizes impostas externamente”, pela CEDEAO e outros parceiros internacionais (ONU, UA e CPLP). “Sob o protagonismo da Comunidade dos Estados Africanos Ocidentais, o que está em jogo é a sobrevivência deste `frágil Estado´”, adianta o OPLOP no artigo “A Transição Adiada na Guiné-Bissau”, publicado no seu último boletim.

De acordo com o comunicado oficial deste 42º encontro da organização, “a cimeira decidiu prolongar o período de transição na Guiné-Bissau até 31 de Dezembro de 2013, tendo em conta o processo em curso na Assembleia Nacional Popular (ANP)”. Órgão soberano onde o PAIGC detém a maioria qualificada nos assentos, a ANP é a única instituição que não foi dissolvida após o golpe de Abril. Ao parlamento guineense foi recomendada a adopção do referido documento “o mais rapidamente possível”.

“Esta decisão, por outro lado, sepultou as disputas entre os organismos internacionais diante da crise bissau-guineense. Assim, provavelmente, a CEDEAO exercerá seu protagonismo em paz”, afirma o OPLOP. A cimeira de Fevereiro, a nomeação de um governo provisório ou o modo como encorajou a reconstituição da Assembleia Nacional e a consequente vinculação do PAIGC ao processo dão à CEDEAO o papel de destaque nestes quase dois anos passados desde o golpe de Bissau, adianta.

Manuel Serifo Nhamajo, presidente interino da Guiné-Bissau foi encorajado a remeter à ANP um projecto para a preparação de “eleições gerais livres, equitativas e transparentes” antes do fim do ano. O Presidente da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, Kadré Désiré Ouedraogo, considerou positiva a evolução da crise na Guiné-Bissau. Após um encontro com José Maria Neves, primeiro-ministro de Cabo Verde, Kadré Ouedraogo disse que tinha esperança de que as crises que afectam o Mali e a Guiné-Bissau “estejam ultrapassadas até final deste ano”. Lusomonitor

ÚLTIMA HORA: Uma determinação da Câmara Municipal de Bissau levou ao encerramento da empresa Mavegro. AAS

Universidade Lusófona - Entrevista de António Aly Silva (1ª parte)


Para ler AQUI

A grande mentira do filósofo


Ontem, um desbocado e ordinário que dá pelo nome de M’bana N’tchigna, que se diz Licenciado em Filosofia e em Teologia, meteu os pés pelas mãos e disparou contra o que o Aly NÃO escreveu. Diz o ordinário, no didinho, e num título disparatado: A MENTIRA PARA LEGITIMAR A GUERRA:

Parto dessa situação que o mundo vive para abordar um pouco sobre o que leio sempre do jornalista António Aly Silva que para mim é uma MENTIRA PARA LEGITIMAR A GUERRA em Guiné Bissau. Vede o que António Aly Silva disse novamente:

...Ninguém pode negar, que em Abril de 2012, foi Kumba Yala é que deu o mote para a sublevação militar anti-democratica ao recusar ir à segunda volta da eleição presidencial com o candidato mais votado da primeira volta, Carlos Gomes Junior que por uma nesga de votos não ganhou logo à primeira volta. ... Publicada por António Aly Silva à(s) 15:11


Esse texto, nem de perto nem de longe foi escrito por mim. E escrevi então ao editor do site em causa: "Agradeço-te algum cuidado nas coisas que terceiros publicam no teu site. Esse texto não é meu. De resto está assinado e podes conferir aqui:

http://ditaduradoconsenso.blogspot.pt/search?q=Ninguém+pode+negar,+que+em+Abril+de+2012,+foi+Kumba+Yala+é+que+deu+o+mote+para+a+sublevação+militar+anti-democratica+ao+recusar+ir+à+segunda+volta+da+eleição+presidencial+com+o+candidato+mais+votado+da+primeira+volta,+Carlos+Gomes+Junior+que+por+uma+nesga+de+votos%C2%A0não+ganhou+logo+à+primeira+volta

Não sei qual a intenção, mas fica registado.
Aly"

E ao filósofo e teológo, também: "O Aly, ao contrário do que V escreve, não escreveu esse texto. É preciso, também, percebermos quando lemos algo. Cole esse link e vá informar-se melhor...

http://ditaduradoconsenso.blogspot.pt/search?q=Ninguém+pode+negar,+que+em+Abril+de+2012,+foi+Kumba+Yala+é+que+deu+o+mote+para+a+sublevação+militar+anti-democratica+ao+recusar+ir+à+segunda+volta+da+eleição+presidencial+com+o+candidato+mais+votado+da+primeira+volta,+Carlos+Gomes+Junior+que+por+uma+nesga+de+votos%C2%A0não+ganhou+logo+à+primeira+volta

Leia uma, duas, três, dez vezes e só então fale. Para não cair no erro - ou no descrédito. E você tem um curso.
Aly

Pois bem, caros leitores

Desmontado que está mais uma calúnia, mais uma mentira, apraz-me dizer o seguinte: Às calúnias responde-se com os tribunais, com o desprezo ou com um par de estalos. Sei que não se deve gastar cera com ruins defuntos, assim, vou deixar ao meu humor vagabundo a decisão sobre qual destas formas de retaliação me trará mais prazer e menos incómodo. AAS

quarta-feira, 27 de março de 2013

PAIGC: Braima Camará recebido pela direcção superior do PRS


No quadro dos contactos agendados pela Directoria do Projecto "Por uma liderança democrática e inclusiva" liderado pelo Camarada Braima Camará, com as diferentes sensibilidades políticas e sociais existentes no país, o candidato a liderança do PAIGC, acompanhado por uma importante delegação de altos dirigentes do Partido que o apoiam, foi esta tarde, dia 27 de Março, recebida pela Direcção Superior do PRS, chefiada pelo seu Presidente Alberto Nambeia.

A visita de cortesia efectuada pelo candidato à Presidência do PAIGC ao Partido da Renovação Social (PRS) serviu para expor a Direcção Superior deste partido os grandes eixos que norteiam o projecto e de criar as bases para um relacionamento futuro com todas as diferentes sensibilidades do país e neste caso concreto o PRS, que é um parceiro incontornável no xadrez político guineense. De lembrar que encontros desta natureza estão sendo agendados com outras formações políticas com representação parlamentar pela Directoria do Projecto " Por uma liderança democrática e inclusiva" liderado pelo Camarada Braima Camará.

Ramos-Horta: "Não há fome na Guiné-Bissau"


Ramos-Horta garante que não há fome na Guiné-Bissau. Para José Ramos-Horta o que existe é subnutrição, e apelou à comunidade internacional para aumentar a assistência humanitária à Guiné-Bissau. Ramos-Horta reage assim ao facto de o Programa Alimentar Mundial ter vindo a público dizer que estava com dificuldades financeiras para transportar alimentos para acudir 300 mil pessoas necessitadas. Para Ramos-Horta, os solavancos políticos não podem afectar a ajuda internacional à população. O representante do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau defendeu que as autoridades do país deviam aproveitar a presença do secretário executivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa para normalizarem as relações com o bloco lusófono.

Autoridades de Bissau deixam Murargy em banho-maria

Murade Isaac Murargy encontra-se em Bissau desde Segunda-feira e até ao momento ainda não foi recebido nem pelo Presidente de transição, Serifo Nhamadjo, nem pelo Primeiro-Ministro, Rui de Barros. O moçambicano Murade Isaac Murargy, fez um balanço destes três dias de estadia em Bissau. Para o secretário executivo da CPLP a situação na Guiné-Bissau é muito difícil, e concorda com um sufrágio, se possível até Dezembro deste ano. RFI

Unilab prorroga prazo


A Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), sediada no município de Redenção, estado do Ceará (Brasil), divulgou nesta quarta-feira (27) o Edital Nº 10/2013, referente a abertura de novo prazo para entrega de documentos dos candidatos que se inscreveram na Seleção de Estrangeiros 2013.1 para os cursos de Graduação da Unilab. Agora, é possível entregar a documentação exigida até às 12h do dia 09 de abril, nas Missões Diplomáticas Brasileiras de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Será excluído do processo seletivo o candidato que, após a verificação de seus documentos, não tiver apresentado a documentação exigida.

De acordo com o calendário, a prova de Redação será aplicada também no dia 09 de abril, em horários e locais que ainda serão divulgados no Portal da Unilab e nas Missões Diplomáticas do Brasil dos países parceiros. O resultado preliminar da avaliação vai ser divulgado no dia 22 de abril também no Portal da Unilab. Os candidatos aprovados deverão confirmar o interesse de matrícula até o dia 30 de abril nas Missões Diplomáticas do Brasil. As orientações serão divulgadas pela internet.

Para ter acesso ao calendário e ao Edital N° 10/2013, acesse o link:

http://www.unilab.edu.br/noticias/2013/03/27/prorrogado-prazo-para-entrega-da-documentacao-dos-candidatos-inscritos-na-selecao-de-estrangeiros/

Parabéns! Hoje é o Dia Mundial da Guiné-Bissau. É o Dia do Teatro!!! AAS

Mãe, aqui não...


Guiné-Bissau é o quarto pior país para se ser mãe, diz Save the Children. A conclusão surge no 13° relatório anual da organização, divulgado nos EUA. A Noruega está no topo da lista. A Guiné-Bissau está no fundo, ultrapassada apenas por Níger, Afeganistão e Iémen. Baseado em dados da ONU, o relatório “Estado das Mães do Mundo 2012” foi divulgado por ocasião do Dia da Mãe, lembrado em grande parte dos países do mundo no domingo (13.05). A Save the Children analisou dados de 165 países, divididos em 3 grupos, dos mais aos menos desenvolvidos. A Guiné-Bissau, tal como Angola e Mocambique, foi incluída no conjunto das 42 nações que apresentam os piores indicadores quanto às condições para a maternidade. É mesmo o 4° pior país do mundo para se ser mãe.

A falta de acompanhamento dos partos, segundo Julia Meixner, da Save the Children – Alemanha, é um dos factores que justificam a posição guineense: “A maioria das mulheres, na Guiné-Bissau, continua a ter os filhos em casa, sem qualquer cuidado. Este é um dos principais indicadores que, claro, tem um impacto directo no bem-estar da mãe", explica. À falta de assistência especializada no parto, de acordo com a responsável da Save the Children, junta-se o baixo nível de escolaridade da população da Guiné-Bissau. “O nível de educacão está diretamente ligado à capacidade da mãe de alimentar os seus filhos de forma apropriada. Falamos de amamentação, alimentação complementar nos primeiros 6 meses. E na Guiné-Bissau o nível da educação é bastante baixo”, explica Julia Meixner.

Os dados apresentados pela organização de defesa dos direitos das crianças mostram que a Guiné-Bissau está a braços com um elevado risco de morte materna, de uma para cada 18 partos. Um dado que preocupa Vitor Gongola, do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) em Bissau: “A mortalidade materna é um enorme problema de saúde pública na Guiné-Bissau. Todos os anos, cerca de 600 mulheres morrem no país de causas relacionadas com a gravidez ou o parto. E o pior é que esta tendência não apresenta qualquer progresso desde 1990”, constata.

UNICEF garante apoio apesar do impasse político na Guiné-Bissau

Vítor Gongola garante que o Unicef continua a tentar diminuir o risco da maternidade na Guiné-Bissau, apesar da instabilidade política que se vive no país. “A situação actual tem certamente um impacto no nosso trabalho. Mas as instituições de saúde do país continuam a trabalhar, ainda que a um nível mais reduzido“, diz o responsável, acrescentando que a instituição está a identificar quais são as atividades que o Unicef pode continuar a apoiar. De acordo com Gongola, “a Unicef ajuda o governo a reabilitar instituições de saúde, a fornecer medicamentos e materiais essenciais para o parto e dá apoio à formação dos recursos humanos disponíveis”. Também a Save the Children procura propor soluções para diminuir o risco associado à maternidade na Guiné-Bissau. Julia Meixner frisa que são precisas “mais trabalhadoras na linha da frente da saúde, ou seja, educar as mulheres para serem parteiras, enfermeiras, trabalhadoras comunitárias”.

“É um passo importante que deve ser dado para melhorar a situação de muitas mulheres no país”, explica a responsável, considerando ainda que é preciso também “intervenção imediata, como por exemplo, promover a amamentação”. A organização cita estudos científicos segundo os quais medidas de apoio à amamentação podem salvar um milhão de crianças por ano. O relatório da Save the Children, este ano, especialmente focado na importância da nutrição para a sobrevivência de mães e bebés, indica que 18% das crianças guineenses até aos 5 anos tem um peso moderada ou excessivamente baixo para a idade. O mesmo acontece em Moçambique, sendo que, em Angola, o indicador está nos 16%.

Deutsche Welle
Autora: Maria João Pinto
Edição: António Rocha / Renate Krieger

P-STAGE: Abertura de inscrições para a Oficina de Interpretação de Bissau


Encontram-se abertas, até 5 de Abril de 2013, as inscrições para a oficina de Interpretação de Bissau. Esta oficina insere-se no projecto P-STAGE, uma parceria da AD – Acção para o Desenvolvimento com a Cena Lusófona e o Elinga Teatro (Angola) financiada pelo programa ACP Cultures do Secretariado do Grupo de Países de África, Caribe e Pacífico (ACP) da União Europeia.

A formação resultará na apresentação de um exercício-espectáculo, a apresentar em Bissau. Do grupo de formandos serão ainda seleccionados dois actores/actrizes para integrar o elenco internacional da produção “As Orações de Mansata”, de Abdulai Sila, a produzir em 2013, no âmbito do projecto P-STAGE.

Com uma duração de 4 semanas, de 8 de Abril a 4 de Maio, esta oficina destina-se a actores e actrizes de teatro, maiores de 18 anos, e terá como formador o actor, autor, guionista  e encenador galego Cándido Pazó.
Para proceder à inscrição, os/as interessados/as devem preencher a ficha disponível online [em http://pstage.files.wordpress.com/2013/03/oficinagb-inscricao.pdf] remetendo-a, devidamente preenchida, para o Centro de Intercâmbio Teatral de Bissau ao cuidado de Jorge Quintino Biague. 

Para mais informações consulte pstage.wordpress.com.

Cándido Pazó

Cándido Pazó (Vigo, 1960) é actor, autor teatral, guionista de séries televisivas e encenador, este galego tem já inúmeros espectáculos premiados como por exemplo: “Commedia, un xoguete para Goldoni” (Prémio Compostela 93 e Prémio de la Crítica del País Valenciano 94), “Nano” (Prémio María Casares 99), “García” (Prémio María Casares 2005), “Emigrados” (Prémio Max 2008).

Ao vivo, na rádio ou na televisão, Cándido Pazó é assíduo em locais onde se programem todo o tipo de espectáculos orais: histórias, contos, humor, monólogos, narrações, etc. Actuou como narrador e participou em seminários sobre a oralidade nas Universidades de Santiago, Vigo, Coimbra, Salamanca, Barcelona, Minho, Varsóvia, Cracóvia, Montevideo, Bogotá, entre outras. Foi seleccionado pelo Fórum Barcelona 2004 para fazer temporada no seu espaço dedicado à oralidade. Autor da maioria das suas histórias (ainda que também recorra à tradição e à literatura) enquadra-se no chamado conto taberneiro ou de tertúlia onde anedotas, acontecimentos e personagens se sucedem numa demonstração de que a realidade supera a ficção
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Eduardo Pinto
A Escola da Noite - Grupo de Teatro de Coimbra
Teatro da Cerca de São Bernardo
3000-097 COIMBRA
PORTUGAL
+ 351 239 718 238
www.aescoladanoite.pt
www.weblog.aescoladanoite.pt

terça-feira, 26 de março de 2013

Falta de fundos adia envio de ajuda alimentar para 300 mil pessoas


A Organização das Nações Unidas (ONU) foi forçada a adiar o envio de ajuda alimentar para cerca de 300 mil pessoas na Guiné-Bissau devido à fala de fundos para financiar a operação. «A assistência estava agendada para começar a 1 de março de 2013, mas as operações estão paralisadas» afirmou a porta-voz do Programa Alimentar Mundial (PAM) na ONU, Elisabeth Byrs, em Genebra, Suíça.

A porta-voz adiantou que o PAM «necessita urgentemente de 7,1 milhões de dólares» (5,49 milhões de euros», para apoiar guineenses, «incluindo jovens mães e crianças em risco de desnutrição». «Muitas famílias não têm escolha a não ser vender o seu gado e outros bens essenciais para colocar comida na mesa da família», alertou Byrs. Segundo a porta-voz, a taxa de desnutrição aguda na Guiné-Bissau é de 6% da população, chegando a 8% em algumas regiões.

Autoridades guineenses nem querem ouvir falar em CPLP


Murade Murargy, o secretário executivo da CPLP, chegou a Bissau e encontrou ausentes Serifo Nhamadjo, Rui Duarte Barros e Faustino Fudut Mbali, respectivamente o Presidente de transição, o Primeiro-ministro e o ministro dos Negócios Estrangeiros. Estas ausências foram premeditadas, pois a chegada de Murargy era conhecida das autoridades de Bissau. Isto já nem é birra - é falta de respeito! AAS

EXCLUSIVO: Depois da Nigéria, 'presidente de transição' Serifo Nhamadjo viajou sorrateiramente para a Alemanha... por razões de saúde. Fonte do Ditadura do Consenso fala em "sintomas preocupantes" e aponta fases de "semi-inconsciência passageira". AAS


Fundação Ricardo Sanhá leva médicos a Bissau


Cinco médicos de origem guineense que trabalham em Portugal vão durante esta semana dar mais de 700 consultas em Bissau, foi hoje (terça-feira) anunciado numa conferência de imprensa na qual se falou de fraudes nas juntas médicas. Os médicos, um cardiologista, dois cirurgiões, um pediatra e um especialista em infecciologia, estão na Guiné-Bissau no âmbito de uma iniciativa da Fundação Ricardo Sanhá, criada em 2009 pelo guineense Ricardo Sanhá e com sede em Lisboa, que tem como principal objectivo dar assistência social a cidadãos guineenses no estrangeiro.

Esta é a segunda missão médica da Fundação este ano, disse hoje Ricardo Sanhá à Lusa em Bissau, adiantando que uma terceira missão estará no país em Maio de 2013. Cada médico, explicou, assiste uma média de 150 doentes, fazendo também uma triagem daqueles que terão de ser levados para Portugal para intervenções que não se podem fazer em Bissau. Os médicos disseram, no entanto, que o grupo não se sobrepõe nem substitui a junta médica que faz em Bissau o diagnóstico dos doentes que precisam de tratamento no estrangeiro.

Ainda assim o cardiologista Mário Mendes não poupou críticas à atuação das juntas médicas em Bissau, que "mandam doentes" para Lisboa que na verdade vão de férias, que estão a emigrar ou que querem ir fazer um "check-up". "Os critérios (da junta médica) têm sido muito díspares. Podem mandar uma pessoa com uma dor de dentes e deixar uma cardiopatia reumática. Esse não vai porque não é da família de ministros", acusou. "Portugal dá um apoio que as pessoas não valorizam. Fazer um tratamento especializado fica extremamente caro", disse o especialista, acrescentando que o acordo com Portugal contempla o envio de 300 doentes por ano e que agora estão a ser enviados 2000 por ano. E deu um exemplo: uma cirurgia cardíaca custa entre 25 a 30 mil euros. LUSA

segunda-feira, 25 de março de 2013

INACREDITÁVEL: Sabiam que a Medalha Amílcar Cabral - a maior condecoração do Estado da Guiné-Bissau...se vende, e a bom preço? A principes árabes, por exemplo? Ditadura do Consenso mostra, amanhã, e em EXCLUSIVO, as imagens. E tudo aconteceu em Paris, há um par de anos... AAS


Cocó bóia


Está no sangue do Senegal "proteger" a Guiné-Bissau... Para tal, tem dado apoios substanciais ao presente regime golpista de Bissau. Uma fonte bem colocada nas estruturas do Estado senegalês deixou escapar do DC que os actuais dirigentes da Guiné-Bissau "não são pessoas sérias". Até aqui, nenhuma novidade, ora! Mas como uma feijoada tem normalmente toucinho, o desabafo tinha razão de ser.

A historia é a seguinte: Regularmente, o Senegal dá apoios financeiros às actuais autoridades de transição - que se empenharam em instalar em Bissau, à revelia de tudo e de todos - nomeadamente às suas irrequietas Forças Armadas, à passiva Presidência da República e, porque não, à escancarada Primatura. Para estes dois últimos, prepararam solenemente dois cheques de 300 milhões. Só que, de passagem por Dakar, consta que o 'presidente de transição', Serifo Nhamadjo, ofereceu-se para levar os dois cheques com o compromisso de entregar a cada um a parte que lhe cabe.

Mas, parece que o presidente 'cedeaoiano' caiu na tentação...naquela, sabem... I sinta i kala ku el. I sukundi mon... Não sabendo de nada, o 'primeiro' despacha o seu representante para Dakar a fim de recuperar a sua guita. E, pimba!, bate com o nariz à porta. "O PRT ja levou os cheques com a promessa de vos entregar, é favor contacta-lo"...disseram secamente. Népia. Nicles. Até hoje, a Primatura não pôs os olhos quanto mais as mãos no cheque - e faz hoje uma semana que foram entregues ao PRT.

Ainda segundo a fonte do DC, o Presidente senegalês Macky Sall está irritado, tendo manifestado "extrema desilusão" com comportamentos do gênero, tendo feito saber que, doravante, não haverá mais nada para ninguém - nem cheques e muito menos intermediários... - enquanto não se esclarecer a questão dos cheques voadores... O PRT imposto aos guineenses, entre outros, pelo próprio Macky Sall nada diz e assobia para o lado como se o assunto não lhe dissesse respeito. A isto se chama provar do próprio veneno. E lá continuam a cantar os putos, e com razão: "rabata, rabata... sunbulélé.". AAS

UA está determinada para reformar as forças armadas


O representante especial da União Africana (UA) em Bissau, Ovídio Pequeno, declarou, segunda-feira (25), à PANA que a reforma do Exército bissau-guineense "é uma etapa inevitável e necessária para construir um Estado republicano". "Esta reforma é possível. Ela deve ser feita no interesse do país e os militares bissau-guineenses devem compreender que ela não é dirigida contra eles”, afirmou o ex-ministro santomense dos Negócios Estrangeiros.

País oeste-africano fronteiriço com o Senegal, a Guiné-Bissau é palco de golpes de Estado repetitivos e de revoltas militares desde a sua independência de Portugal em 1974. A Guiné-Bissau é atualmente dirigida por um regime de transição instalado após o golpe de Estado militar que destituiu em abril de 2012 o poder civil. "Isto deve cessar, os militares devem voltar definitivamente aos seus quartéis. Apenas a este preço poderá ser construído um Estado republicano. A UA e o resto da comunidade internacional estão prontas para ajudar os guineenses a livrar-se desta situação”, disse Ovídio Pequeno.

Enquanto uma reforma do Exército bissau-guineense está programada sob a égide da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) , o processo enfrenta dificuldades para ser lançado devido à hostilidade de vários oficiais. O Presidente burkinabe, Blaise Compaoré, recebeu recentemente em Ouagadougou o chefe do Estado-Maior do Exército bissau-guineense, António Indjai, para exortar a hierarquia militar a aceitar a reforma dos setores da defesa e da segurança. PANA

ONU: Tropa não entra


O representante do secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, defendeu que as eleições no país têm de ser este ano e sem interferências nem ameaças, que serão inaceitáveis para a comunidade internacional. Em declarações aos jornalistas durante o fim de semana em Cacheu (norte), que hoje foram divulgadas, José Ramos-Horta disse ser muito importante que cada político e militar guineense ganhe a consciência de que "não poderá haver mais deferimento do prazo das eleições" e de que as mesmas "terão de ser muito transparentes, sem interferências dos militares e sem ameaças". "Porque nenhum de nós, os atores internacionais, vai aceitar que a comunidade internacional invista aqui, que queira ajudar, e que no entanto seja testemunha de possíveis ameaças, de violência, antes ou depois das eleições", justificou. José Ramos-Horta disse ainda que os guineenses têm de entender que para convencer a União Europeia a levantar algumas sanções tem de haver na Guiné-Bissau "um respeito escrupuloso pelos princípios da democracia, dos direitos humanos e da justiça".

"Porque estamos no século XXI e África também está no século XXI. Já não estamos na década de 60, quando se faziam golpes e se matava com impunidade", salientou. O responsável pelo Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) considerou que o país vive talvez a única e última "janela de oportunidade" para que as elites política e militar se entendam, "depois de décadas de problemas, conflitos, ódios e desconfianças, que arruinaram o país". A comunidade internacional, disse, apoiará a Guiné-Bissau se houver uma vontade política séria de que haja eleições este ano e que seja constituído um governo credível e legítimo, seguindo-se depois uma também séria reorganização das Forças Armadas e de todo o Estado guineense.

O momento atual é "a grande oportunidade. Se essa oportunidade se perder as elites guineenses é que saberão explicar ao mundo e terão de tentar convencer para mais uma oportunidade, e mais outra. Mas do que eu sei da comunidade internacional esta é a última janela de oportunidade", acentuou Ramos-Horta. O responsável admitiu que tem sido difícil defender a Guiné-Bissau junto da comunidade internacional, de Abuja (Nigéria) a Bruxelas, de Lisboa a Nova Iorque, porque há "uma enorme falta de crença em relação à Guiné-Bissau", embora alguns concordem que é necessário "dar outra oportunidade" ao país. "Estou convencido de que vão dar, mas depende do que vai acontecer nos próximos meses", disse. LUSA

CPLP "nunca esteve ausente da Guiné-Bissau", diz secretário executivo da organização


O secretário executivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), Isaac Murade Murargy, afirmou hoje em Bissau que a organização lusófona nunca esteve ausente da Guiné-Bissau. À chegada hoje ao aeroporto internacional de Bissau, Murade Murargy explicou que veio à Guiné-Bissau com o objetivo de constatar pessoalmente qual a real situação do país e propor à CPLP a melhor forma de ajudar para encontrar a paz e estabilidade.

"Venho numa missão de paz e de amizade da CPLP, trazer a nossa solidariedade para com a Guiné-Bissau e conhecer melhor a situação neste momento e ver em que medida a CPLP pode ajudar a encontrar a paz e estabilidade. Esse é o objetivo, conhecer a situação real do país", afirmou Murargy naquela que é a sua primeira visita à Guiné-Bissau. LUSA

S.DOMINGOS, INGORÉ E BULA, COM UMA CURTA PASSAGEM EM MANSOA MARCARAM MAIS UMA ETAPA DO CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO PAIGC, CAMARADA BRAIMA CAMARÁ


Apesar de um calor infernal próprio do período de quaresma, as localidades visitadas por Braima Camara brindaram o candidato a Presidência do PAIGC com grandes manifestações de alegria e de apoio ao seu projecto, expresso de forma aberta pelas estruturas de secção e de sector nas reuniões de esclarecimento levadas a cabo em cada um dos pontos visitados.

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Constantino Có da Comissao Politica de S. Domingos e membro do Comité Central considerou que o PAIGC é um peso muito pesado e só um peso pesado como Braima Camara que já tem obra feita o pode carregar e levar por diante as nossas esperanças de levar o Partido de Cabral e dos Combatentes da Liberdade ao verdadeiro lugar que deve ocupar no xadrez político gineense.

A UDEMU local pela voz de Domingas Sanhá disse na sua curta intervenção disse que as esperanças voltaram no seio dos militantes com a anunciada candidatura de Braima Camara à Presidência do PAIGC, porque com este candidato chegou a hora dos jovens.

Por seu turno, a JAAC, pela voz do seu representante Leni Dabó disse que chegou a hora da juventude e da modernização e que por isso mesmo todos os jovens devem apoiar sem reservas este candidato da esperança.

O Deputado da Nacao e membro do Comité Central, Carlos Cassama apoiante incondicional de Braima Camara na sua intervenção explicou as razoes que levaram uma maioria dos membros dos órgãos estatutários do Partido e de uma esmagadora maioria dos Deputados da Bancada Parlamentar do PAIGC, num total inicial de 55 sobre 67, a convidar o candidato do projecto para uma liderança democrática e inclusiva a assumir esta candidatura.

Carlos Cassama considerou que Braima Camara poderá repor ordem, modernidade e recuperação do poder no PAIGC, primeiro porque convive com os problemas do partido desde muito cedo, segundo porque demonstrou ser sempre um dirigente digno e defensor dos seus ideais e dos Estatutos e em terceiro porque demonstrou na condução da Camara de Comercio, Industria e Serviços ser um dirigente com muita capacidade ao conseguir apaziguar os vários interesses em jogo na CCIAS.

Braima Camara disse aos diferentes grupos de interesse presentes, tanto em S. Domingos como em Ingoré que não estava em campanha legislativa ou presidencial, mas sim em contacto com as estruturas do Partido para contactar in loco com os seus responsáveis no sentido de poder melhorar substancialmente a sua Moção de Estratégia que tem que apresentar no VIII Congresso Ordinario do PAIGC, tendo concluîdo que havia miito trabalho à fazer.

O candidato à lideranca do PAIGC disse ainda que o seu projecto defenderia uma lideranca democrática, responsável, congregadora, moralizadora e participativa, como condicao sine qua non para fazer face aos imensos problemas que o nosso partido tem vivido nestes últimos anos causando-lhe um enorme retrocesso nunca visto na sua história por ter adotado política do afastamento arbitrário dos seus dirigeantes, quadros e militantes, como consequência de uma liderança personalizada, autoritária e com certa prepotência baseada em intrigas, clientelismo e sectarismo. 

"É perante esta herança que nos propomos a encontrar como solução um modelo de liderança com base numa permanente responsabilizacao dos militantes, cultivando o espírito de franqueza, de interajuda e de camaradagem" diria ainda Braima Camará, para logo prosseguir airman do que o projecto que lidera "iria bater-se pela promocao da cultura de mérito e respeito pela verdade, combatendo paralelamente o medo, a mentira, o servilismo, sectarismo e o nepotismo e estimulando de forma responsavel a cultura de trabalho, meritocracia, em detrimento da promiscuidade, em pleno respeito pelas regras democráticas e na promocao  dos valores de coesão e de reforço de unidade interna, com espírito de perdão, de reconciliação nacional, de crítica e autocrítica".

Para o candidato do projecto para uma lideranca democratica e inclusive era importante desencadearem-se reflexões sobre a necessidade de existência de sensibilidades e as condições que viabilizem o seu funcionamento no respeito das regras democráticas e estatutárias e ao mesmo tempo levar a cabo accoes visando aprofundar o posicionamento ideológico do Partido compatível com os fins da sua criação.

A fim de cumprimentar alguns notaveis religiosos reunidos numa "dária", o candidato à lideranca do PAIGC deslocou- se rapidamente a Mansoa, one tee a oportunidade de SE cruzar com o Presidente do PRS, Alberto Nambeia, num encontro onde foi evidence constatar amizade e cordialidade. 

As proximas etapas do Candidato Braima Camará serao os Circulos 26 e 29 e a Regiao de Oio, o que virá permitir a Directoria da Campanha findar a Mocao de Estrategia que será apresentada no VIII Congresso Ordinario do PAIGC que terá lunar em Cacheu de 8 a 12 de Maio proximo na cidade de Cacheu. No entanto, está apontada a primers quinzena de Abril para o lancamento oficial da candidatura, numa cerimonia que a Directoria de Campanha está a preparar minuciosamente. 



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sábado, 23 de março de 2013

PAIGC: Cacheu e Canchungo rendidos ao candidato Braima Camará


Acompanhado da sua directoria de campanha, composta por prestigiados dirigentes do partido libertador, Braima Camará chegou ao meio da manhã a Cacheu, onde foi  recebido pela Comissão Política regional e Sectorial e por uma centena de jovens e mulheres  pertencentes a JAAC e a UDEMU.

Depois de visitar os locais previstos para acolher as diferentes actividades do VIII Congresso Ordinário do PAIGC, Braima Camará, reuniu-se com as estruturas locais do Partido. Em nome da Comissão Política Sectorial, falou o Presidente da Comissão Política Sectorial, Cipriano Fernand és, que saudou a presença do candidato à liderança do Partido de Amílcar Cabral na antiga capital e sustentou que a mesma foi antecipada com a visita de dois dos seus adversários, significando isso um exercício interno de democracia, sempre cultivado e praticado ao longo da existência do PAIGC.

Por seu turno, Mamadú Candé, Secretario Regional do PAIGC na Região de Cacheu, disse que os militantes e potenciais delegados ao VIII Congresso Ordinário a ter lugar dentro de mês e meio, deverão saber escolher o próximo líder do PAIGC, dentre os diferentes candidatos, para comandar o partido de Cabral nos próximos quatro anos. Contudo, defendeu que a escolha deve recair sobre os que já deram provas da sua capacidade e competência, porque liderar o PAIGC significava liderar o próprio país.

Para Teresa Sanca Ndoy, Presidente da Comissão Política Regional do Partido, o partido entrou numa encruzilhada e a sua liderança deve ser muito ponderada e isso significaria, permitir aos delegados ao VIII Congresso Ordinário fazer uma boa escolha como forma de garantir o retorno pleno do PAIGC ao seu papel de força política principal da Guiné-Bissau.

Braima Camará, tanto em Cacheu como em Cantchungo  disse que o seu projecto visava uma liderança democrática e inclusiva, pois como afirmou, citamos, "o futuro e o bem-estar do PAIGC e da Guiné-Bissau, em especial, passam pela realização do VIII Congresso Ordinário, que podemos desde já considerar como uma missão libertadora que temos enquanto militantes, a cumprirem para com este partido em especial e o país em geral nessa magna reunião do partido".

O candidato à liderança do PAIGC, mais a frente e no prosseguimento da sua intervenção teceria os seguintes  considerandos que passamos a citar,  "ser ou não do PAIGC, sabemos que, nos últimos dez anos a esta parte, várias crises graves abalaram de forma progressiva toda estrutura política do PAIGC, atingindo desta forma o país. Essas crises cíclicas que vêm abatendo sobre o PAIGC correspondem às crises políticas que vêm igualmente grassando no nosso país Com isso, não é menos verdade que a resolução duradoura dos problemas do país passa necessariamente pela resolução dos problemas do PAIGC. Pois, esta relação entre o PAIGC e a Guiné-Bissau prende-se com o estatuto histórico e a dimensão nacional internacional deste.

"Este mau estar no interior do partido e com reflexos no país tornou evidente que o caminho que está a ser conduzido o partido não é melhor, e nem corresponde aos ideias que nortearam sua fundação enquanto partido portador de valores de sociedade moderna" diria ainda Braima Camará, para de imediato, acrescentar, citamos, "tudo isto vem demonstrar de forma eloquente a urgente necessidade de o PAIGC dotar-se de um novo rumo, à altura dos desafios actuais, capaz de unir e congregar os guineenses em geral e os militantes,  simpatizantes e amigos do Partido em especial, em torno dos grandes ideais de reconciliação e unidade, o interesse das camadas menos privilegiadas da nossa terra, por um lado e, por outro, fazer com que o partido pertença cada dia mais aqueles que são capazes de torna-lo um instrumento eficaz para construção da Democracia Participativa,do Estado do Direito Democrático, da Liberdade, da Paz, do Progresso e da Felicidade e do bem estar para todos os Guineenses independentemente do estatuto social" diria a terminar o candidato a liderança do PAIGC.

Ordem, já!


Meus caros,

Guiné-Bissau precisa de ORDEM - precisa dela, e já! Precisa dela como nunca! Nunca imaginei que este País que me ensinaram a amar chegasse a este ponto. Olho para este País esventrado, caótico, sem rei nem roque e não choro nem sei porquê; Olho para as suas cidades e para os políticos dessas cidades e qualquer coisa atormenta-me. Alguma coisa vai mal. Vejo nas suas gentes, pobres mas nobres de espírito - uns autênticos reféns. Estão manietados, liitam-se ao 'sim, senhor' e a cumprir ordens. Tiveram simplesmente o azar de nascer neste País - ou talvez tenha sido essa a sua sorte? Uma sorte, só que ao contrário - se é que me faço entender. António Aly Silva

sexta-feira, 22 de março de 2013

Exclusivo Ditadura do Consenso: Novas investigações sobre o negócio de venda e emissão de passaportes guineense a cidadãos da China e de Macau; Novas provas documentais sobre transferências para a Presidência da República e outros organismos do Estado da Guiné-Bissau, atravês de bancos chineses. A ver se é desta que o procurador-geral apanha o fio à meada. É já a seguir... AAS


Ventos de mudança


Parabéns Guiné-Bissau!

Finalmente chegamos a uma fase em que não podemos criticar tanto a ponto de não bater palmas. O acordo consensual dos políticos para a criação dum governo inclusivo e agenda para o período de transição que levará às eleições gerais, significa mais uma expressiva vitória do povo guineense neste momento difícil da sua vida. Curiosamente, aconteceu no dia 20 de Março, o dia em que a ONU celebra pela primeira vez, o dia internacional da felicidade. Para esta organização, a procura da felicidade é um dos objectivos fundamentais do ser humano.
GUINEENSES, FAÇAMOS O FAVOR DE SERMOS FELIZES!

Não parece ser um prémio de consolação mas sim, um convite à felicidade. Devemos aceitá-lo com menos resistência! Aliás, com muito fulgor... E mais... Estou esperançoso de que este exemplo impulsionará outros avanços e haverá outras conquistas.

Ventos de mudança sopram nos céus da Guiné-Bissau... “pardéus, tchuba tindji”... Não tarda, a tempestade mansa, fechará as portas escancaradas das nossas trincheiras e abrirá sem dúvidas os portões deste “konkó ku no djunta”. “Nha djintis”, devemos construir moinhos... Içar velas e pilotar o barco para um porto seguro! É de mudança, o tempo que vivemos... É tempo de sentir a grandeza e “sabura di nô tera”, com toda a liberdade. É tempo de reconquistar a nossa democracia e devolver a dignidade a este país e ao seu povo.

Haja mudanças!
Pensamentos positivos...

Londres, 21.03.2013
Vasco Barros

Educação: uma tragédia


Os alunos do ensino público da Guiné-Bissau já perderam um terço do ano escolar devido às greves dos professores e é “de crucial importância evitar mais interrupções”, alertaram os parceiros da Educação no país. Em comunicado, o grupo, constituído pelas Nações Unidas, agências de desenvolvimento, doadores e organizações não-governamentais, lembra que restam apenas 80 dias de aulas, pelo que é necessário “um esforço especial para que as crianças possam adquirir o nível de aprendizagem mínimo para transitarem de ano”. Os parceiros da Educação apelam “a todos os professores e alunos para o seu regresso à escola e às aulas, de forma a permitir a recuperação e a aquisição dos conteúdos de ensino no escasso tempo letivo ainda disponível”. Dez dias depois do fim de uma greve de professores que durou quase um mês há escolas do ensino público que ainda não estão a funcionar em pleno porque professores, nuns casos, e alunos, noutros, ainda não apareceram, segundo relatos da comunicação social da Guiné-Bissau.

Os parceiros congratulam-se com o fim da greve e o “bom senso” de sindicatos e Governo e reconhecem a contribuição das associações de pais para a solução do problema, acrescentando que o papel das associações de pais e de estudantes “continuará a ser importante na mobilização para o regresso às aulas”. Os professores das escolas públicas terminaram no dia 10 uma greve de três semanas, depois de já terem cumprido mais de mês e meio de greve no início do ano letivo. As aulas do presente ano letivo deveriam ter começado a 17 de setembro, mas os sindicatos dos professores marcaram uma greve para começar nesse dia e terminar a 07 de dezembro. A 06 de novembro foi levantada essa greve, mediante acordo com o Governo. Na origem das duas greves estão acusações dos sindicatos de que o governo não cumpre as promessas, nomeadamente sobre pagamentos de salários e subsídios em atraso. LUSA

quinta-feira, 21 de março de 2013

"Temos interesse"...desde que haja um ambiente de paz


O ministro angolano das Relações Exteriores, Georges Chicoti, disse hoje em Luanda que Angola continua interessada na exploração da bauxite na Guiné-Bissau, mas para isso é preciso que haja "um ambiente de paz". Georges Chicoti reagia a recentes acusações do governo guineense de Angola, que devia explorar a bauxite (minério a partir do qual é produzido o alumínio) no leste da Guiné-Bissau, nada ter feito desde que assinou o contrato de exploração, há sete anos. As acusações feitas pelo ministro dos Recursos Naturais do Governo de transição da Guiné-Bissau, Daniel Gomes, numa entrevista recente dão conta ainda que a empresa Bauxite Angola não apresentou estudos de impacto ambiental e de viabilidade económica conforme previsto no contrato. LUSA

Ele acha que sim


As crises político-militares na Guiné-Bissau e no Mali estão a ter evoluções "positivas", disse hoje (quinta-feira) na Cidade da Praia o presidente da Comissão da CEDEAO,Kadré Désiré Ouedraogo, manifestando esperança de que ambas estejam ultrapassadas até ao fim deste ano. Kadré Désiré Ouedraogo, que se encontra na capital de Cabo Verde a participar em duas iniciativas ligadas à integração regional na África Ocidental e às negociações para os Acordos de Parceria Económica (APE) com a União Europeia (EU), falava aos jornalistas após um encontro com o Primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves.  
 
Segundo o presidente da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), se a situação no Mali está a estabilizar-se, com a previsão de novas eleições gerais até Julho próximo, na Guiné-Bissau o processo está mais atrasado, mas deverá estar concluído com idênticas votações até 31 de Dezembro. "Esperamos que seja aprovado, em breve, um Roteiro de Paz inclusivo e transparente, para que as eleições livres, tal como ficou definido na última conferência de chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, decorram antes de 31 de Dezembro", sublinhou Ouedraogo. A elaboração do roteiro, prosseguiu, está a contar com cinco organizações internacionais que acompanham a situação no país - Nações Unidas, União Africana (UA), União Europeia (UE), Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e CEDEAO.  
 
"Vamos enviar uma missão técnica, a segunda, para examinar o futuro roteiro para que se possa apoiar o país na organização de eleições consensuais e aceitáveis por todos", referiu Ouedraogo, lembrando que a CEDEAO está já a aplicar o memorando assinado com a Guiné-Bissau para a reforma do Sector da Defesa e Segurança. "O processo já começou e estamos a acompanhar a Guiné-Bissau na implementação da reforma e a garantir a transição no país. A situação está cada vez mais favorável", referiu, aludindo sempre à crise político-militar desencadeada com o golpe de Estado de Abril de 2012. Na sequência do golpe, a CEDEAO tem na Guiné-Bissau um contingente militar de 779 elementos. No Mali, Ouedraogo salientou que, graças à intervenção do exército francês, apoiado por uma missão africana liderada pelo Tchad, a integridade territorial "está prestes a ser totalmente restabelecida.  
 
"Há ainda alguma violência residual, que estamos a combater, e penso que os desafios para o futuro passam pela segurança  de toda a zona libertada, mas também pela transformação da missão de paz regional numa outra, de manutenção de paz, liderada pelas Nações Unidas, na perspectiva de uma retirada francesa", realçou. Ouedraogo acrescentou que os chefes dos Estados-Maiores da actual missão africana e francesa estão a definir o projecto de mandato que deverá ser confiado à futura força para fazer face à situação no terreno, sobretudo aos grupos terroristas, pelo que se torna necessário manter uma "força ofensiva" para defender desses eventuais ataques. Há já um Roteiro de Paz definido e aprovado pela Assembleia Nacional do Mali e que deverá conduzir à organização de eleições até Julho deste ano", concluiu.