sexta-feira, 18 de maio de 2012

Perguntar não ofende



Caro Aly,

Quero começar agradecendo o seu esforço e encorajar o seu trabalho.

Agradeço-lhe por me permitir tirar as minhas duvidas sobre a claustrofobia da verdade publucado quinta feira dia 17 de Maio. Sobre a pergunta de Sr. Q. Turé, Técnico de Rede: Se a constituição é e deve ser respeitada, então pergunto, porquê que o Sr. Raimundo Pereira e o Sr. Carlos Gomes Jr (Cadogo) não respeitaram o ponto 4 do Art,71º ?
O ponto 4 do art,71º da constituição diz que O Presidente da República interino não pode, em caso algum, exercer as atribuições previstas nas alíneas g), i), m), n), o), s), v) e x) do artigo 68° e ainda nas alíneas a), b) e c) do nº 1 do artigo 69° da Constituição.

Do art,68º:
g) Nomear e exonerar o Primeiro-Ministro, tendo em conta 6s resultados eleitorais e ouvidas as forças políticas representadas na Assembleia Nacional Popular;
i) Nomear e exonerar os restantes membros do Governo, sob proposta do Primeiro-Ministro, e dar-lhes posse;
m) Presidir o Conselho de Ministros, quando entender;
n) Empossar os juízes do Supremo Tribunal de Justiça;
o) Nomear e exonerar, sob proposta do Governo, o Chefe do Estado Maior-General das Forças Armadas;
s) Promulgar as leis, os decretos-lei e os decretos;
v) Declarar o estado de sítio e de emergência, nos termos do artigo 85°,  nº 1, alínea i), da Constituição;
x) Conceder títulos honoríficos e condecorações do Estado;
 
E do art,69º:
a) Dissolver a Assembleia Nacional Popular, em caso de grave crise política, ouvidos o Presidente da Assembleia Nacional Popular e os partidos políticos nela representados e observados os limites impostos pela Constituição;

b) Demitir o Governo, nos termos do nº 2 do artigo 104° da Constituição;

c) Promulgar ou exercer o direito de veto no prazo de 30 dias contados da recepção de qualquer diploma da Assembleia Nacional Popular ou do Governo para promulgação.
 
Eu gostaria muito que ele esclaressesse não so a mim, mas tambem ao povo guineense que alinea do ponto 4 do art,71º que o Sr. Raimundo Perreira e Sr. Carlos Gomes Junior não respeitaram? E que provas poderia mostrar ao povo?
 
Alexandre Mário Gomes
Estudante, Dakar.

Voltas & reviravoltas



1 . Kumba Yalá “vetou” o nome de Paulo Gomes, aparentemente sugerido pela Nigéria como personalidade dotada de boas condições para exercer o cargo de PM de transição. A sugestão terá sido apoiada no critério de que a indicação de uma figura prestigia como Paulo Gomes, ajudaria a implantar o status-quo pós-golpe de Estado.

Paulo Gomes, antigo quadro do Banco Mundial, presentemente a exercer um alto cargo administrativo na banca, deslocou-se a Bissau no seguimento da sugestão da Nigéria, para contactos sobre o assunto – ditos exploratórios. Apesar de Paulo Gomes não se ter manifestado inclinado a aceitar o cargo, Kumba Yalá opôs-se prontamente ao seu nome.

Não foi registada nenhuma iniciativa destinada a demover Kumba Yalá da sua posição, o que, em parte, também decorreu do facto de Paulo Gomes, eventualmente ciente de que o ambiente internacional em relação ao golpe ainda não é propício, ter afirmado que preferia esperar por uma conjuntura mais nítida.

O episódio é considerado ilustrativo do papel que, de facto, Kumba Yalá terá tido na preparação do golpe de Estado e, a seguir, na gestão da situação criada. Análises habilitadas dão guarida a conjecturas segundo as quais o golpe foi calculado para o poupar do revés eleitoral a que se exporia na 2ª volta das eleições.

2 . Paulo Gomes (carreira internacional iniciada na Costa do Marfim; boas ligações em toda a sub-região), é próximo de Serifo Namadjo – o que, supostamente, terá sido “razão suficiente” para a rejeição do seu nome por Kumba Yalá. Ambos, como PR e PM, tenderiam a constituir uma aliança que Kumba Yalá terá visto como ameaça aos seus interesses.

Kumba Yalá não gosta de S Namadjo. Foi meramente circunstancial a junção entre ambos num movimento de contestação da 2ª volta das eleições presidenciais. Por acréscimo, é-lhe conhecida uma concepção tribal de poder, em razão da qual aparentemente não prescinde de ver no cargo de PM alguém originário da sua tribo balanta.

Serifo Namadjo é fula e Paulo Gomes manjaco. O desempenho por eles dos dois principais cargos do poder executivo, seria susceptível de ofuscar ainda mais a aura de Kumba Yalá como “líder” da sua tribo e o papel de presidente do já muito fraccionado PRS-Partido para a Renovação Social ,também de extracção balanta – de que pretende recompor-se.

3 . Paulo Gomes é usualmente identificado como fazendo parte de uma corrente de jovens quadros da Guiné-Bissau, que a si próprios se consideram mais qualificados que a geração precedente, originária da luta, para dirigir o país. A Paulo Gomes são mesmo conhecidas manifestações próprias de alguém com ambições de ascender politicamente.

Entre indivíduos que lhe são próximos corre uma versão segundo a qual viu na situação criada pelo golpe de Estado, nomeadamente após a relativa complacência estabelecida entre a CEDEAO e os militares revoltosos, uma oportunidade para singrar, embora denotando constantemente a preocupação de preservar a sua reputação.

A Joseph Mutaboba, representante da ONU em Bissau, disse recentemente estar a ser “pressionado” a aceitar o cargo de PM de transição. Joseph Mutaboba recomendou-lhe “prudência” invocando o argumento segundo o qual as sanções eventualmente a impor pela ONU, poderiam vir a abranger civis considerados “implicados”.

4 . Serifo Namadjo foi a principal fonte interna das pressões visando fazer de Paulo Gomes PM de transição. Considerado desde os primórdios do golpe como “eleito” dos militares para o cargo de PR de transição, Serafim Serifo Braima Embalo Namadjo só aceitou ser investido no seguimento de garantias, em parte provindas do Senegal, de que não se exporia a sanções.

As estreitas ligações de Serifo Namadjo ao Senegal e a outros países de região como o Burkina Faso, passam, em parte, por Cissoko Embaló, conselheiro do falecido Presidente Malam Bacai Sanhá e um dos mais notórios adversárioos de Carlos Gomes Jr; foi uma das principais fontes da campanha eleitoral de S Namadjo.

5 . As influências adquiridas pela Nigéria na Guiné-Bissau, após o golpe de Estado, são em larga escala exercidas através dos militares implicados na acção. Informações de fiabilidade considerada razoável indicam que a Nigéria, através das suas FA, vem discretamente prestando “assistência diversa” aos promotores do golpe.

Queixinhas



A aprovação da resolução do Conselho de Segurança da ONU impondo sanções aos autores do golpe militar na Guiné-Bissau foi hoje marcada por queixas do Togo, que Portugal, o outro país mais envolvido nas negociações, resumiu a "problemas técnicos".

Após a aprovação, por unanimidade, o embaixador do Togo, Kodjo Menan, congratulou-se pelos "esforços que todos os membros do Conselho, em particular Portugal, fizeram para preservar a unidade do Conselho sobre uma questão que diz respeito à África Ocidental".

Mas expressou de seguida "surpresa" por, "salvo erro na leitura", o parágrafo sobre a coordenação na resolução, aprovada a meio da tarde, ser diferente da última versão do texto, a que todos os 15 delegados tinham dado acordo horas antes nas Nações Unidas.

Esta alteração, adiantou, "não coloca problemas" ao Togo, "mas o espírito de transparência que pressupõem todas as negociações deve ser respeitado no futuro", adiantou.

O diplomata queixou-se ainda do uso da expressão "tráfico de droga ilícito" na África Ocidental, que disse não corresponder à realidade da região. Sublinhou, contudo, a "flexibilidade" da sua delegação para "aceitar que a resolução tenha sido aprovada com tal menção".

A aprovação da resolução esteve primeiro marcada para as 10:00 locais (17:00 em Lisboa), depois foi reagendada para as 12:00 (19:00) e finalmente para as 15:30 (20:30).

Segundo uma fonte envolvida nas negociações, a demora deveu-se ao facto de o Togo aguardar o assentimento do seu governo e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a que pertence, em relação ao texto negociado.

Questionado sobre as queixas levantadas pelo Togo no Conselho de Segurança, o embaixador de Portugal, que submeteu a resolução, afirmou que esta se deveu "essencialmente a problemas técnicos, não políticos".

"Não estive ciente, durante as nossas consultas esta manhã, que houvesse alguns problemas nessa área", disse José Moraes Cabral após a aprovação.

"Se [o embaixador do Togo] levantou a questão, é importante e respeito, mas acredito que [os problemas] foram essencialmente técnicos, o que deve encorajar-nos a melhorar a nossa coordenação", adiantou.

A resolução hoje aprovada, a qual também exige ao Comando Militar golpista que abandone o poder e permita "um processo eleitoral democrático" na Guiné-Bissau, resulta de uma semana de negociações em Nova Iorque.

Fica, no entanto, aquém do projeto inicial e da última declaração presidencial do órgão, que exigia o regresso das autoridades legítimas e a conclusão do processo eleitoral para a Presidência da República interrompido pelo golpe.

Todos os 192 Estados-membros da Organização das Nações Unidas ficam obrigados a bloquearem a entrada ao general António Indjai, Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, e outros quatro oficiais da Guiné-Bissau, acusados de promover o golpe de Estado de 12 de abril.

O Conselho afirma ainda que a situação na Guiné-Bissau vai ser "continuamente revista", podendo vir a ser reforçadas as medidas, em particular pela imposição de "um embargo de armas ou medidas financeiras".

Conselho de Segurança da ONU deixa orfao o Povo da Guine Bissau...



O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas exigiu hoje ao Comando Militar golpista na Guiné-Bissau que abandone o poder e permita "um processo eleitoral democrático", mas deixou cair a exigência de regresso do governo guineense deposto. A resolução hoje aprovada pelo Conselho de Segurança, impondo também proibição de viagem a cinco autores do golpe de Estado, resulta de uma semana de negociações em Nova Iorque e fica aquém do projeto inicial submetido por Portugal e Togo, que exigia o regresso ao poder das autoridades legítimas e a conclusão do processo eleitoral interrompido pela revolta de 12 de abril.

Um diplomata de um país membro do Conselho que participou nas negociações disse à agência Lusa que foram essencialmente os países africanos, Togo e África do Sul, a lutar por uma posição mais consentânea com a da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que negociou a nomeação de um governo de transição, já empossado em Bissau. A resolução exige ao Comando Militar "passos imediatos" para "restaurar e respeitar a ordem constitucional, incluindo um processo eleitoral democrático, assegurando que todos os soldados voltem aos quartéis e que abandonem as suas posições de autoridade".

Esta exigência de abandono do poder pelos militares não constava da versão inicial do texto. O Conselho de Segurança sublinha ainda a necessidade de todos os atores guineenses e parceiros internacionais manterem o empenho no "regresso da ordem constitucional", encorajando a CEDEAO a continuar os seus esforços de mediação, em "coordenação próxima" com a ONU, a União Africana e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, é pedido que se mantenha "ativamente envolvido" no processo para "harmonizar" as posições dos parceiros guineenses, assegurando "a máxima coordenação e complementaridade dos esforços internacionais", tendo em vista "desenvolver uma estratégia integrada abrangente".

Esta estratégia, adianta, deve contemplar "medidas concretas para implementar a reforma do setor de segurança, reformas políticas e económicas, combate ao tráfico de droga e combate à impunidade". A versão inicial da resolução previa, como sanções para os autores do golpe, o congelamento de bens e a interdição de viagens, mas apenas esta segunda modalidade foi aprovada. Visa cinco oficiais - António Indjai, Mamadu Ture, Ibraima Camará e Daba Naualna - que todos os países membros da ONU ficam a partir de agora proibidos de deixar entrar ou transitar pelos seus países.

Cria ainda um comité do Conselho de Segurança que será responsável por monitorizar o cumprimento das sanções e acrescentar ou retirar indivíduos da lista. O Conselho afirma ainda que a situação na Guiné-Bissau vai ser "continuamente revista", podendo vir a ser reforçadas as medidas, em particular pela imposição de "um embargo de armas ou medidas financeiras". Um diplomata de um dos "15" disse à Lusa que da negociação saiu "um compromisso que está firmemente focado na democracia". Além das referências ao "governo legítimo" e a eleições, adiantou que as opiniões dividiram-se entre os que defendiam que a resolução deveria ser aprovada antes da visita que diplomatas do Conselho iniciam no sábado à África ocidental e os que defendiam que deveria acontecer depois.

"Vingou a aprovação antes, em parte devido à preocupação de que os factos no terreno pudessem mudar e que acabaríamos sem opção que não seguir a posição da CEDEAO. Adotar agora, por outro lado, ainda deu ao Conselho alguma influência sobre a situação", adiantou o mesmo diplomata. O representante especial do secretário-geral da ONU para a África Ocidental, Said Djinnit, vai participar na reunião do Conselho de Segurança e Mediação da CEDEAO sobre o Mali e a Guiné-Bissau, no sábado em Abidjan.

ULTIMA HORA Temporal em Bissau



Ha cerca de meia hora, em Bissau, começou de repente um temporal com rajadas fortes de vento. No hospital Simao Mendes, a porta da farmácia partiu-se, os vidros estilhaçaram...relampagos, trovoada e chuva forte... Amanhã contabilizarao os estragos. AAS

Que justificaçao para este disparate



Caro sr· Aly

Permita-me utilizar o teu blog para como guineense expressar os meus sinceros e profundos sentimentos para com o pais e os verdadeiros filhos daquele pais.

A Guine-Bissau, esta mergulhado numa crise politica ja a quase um mes e alguns dias, facto que quando acontecem coisas estranhas e anticonstituicionais como estas sempre aparecem varias leituras e interpretacoes, mas a meu ver desta vez e um exagero: porque o que aconteceu no passado dia 12/5/2012, foi uma accao barbara e cobarde perpetrado por um grupo de pessoas denominado comando militar sem fundamento nenhum para poder justificar o injustificado no sentido de poder bloquear o pais, como teem feito ate agora preocupando assim com os seus interesses pessoais em deterimento dos interesses do pais, uma coisa que mereceu o repudio e a condenacao pela parte de todos os quadrantes do planeta.

A minha preocupacao agora e saber ou melhor conhecer os verdadeiros vencedores ou vencidos nesta batalha surda e muda?
No fim de tudo isto vamos ( povo) ter que pedir o balanco, porque o pais nao pode ficar a merce deste grandes abutres, que quanto a eles o pais no estado em que esta no (mal ) seria melhor ainda.

O desenvolvimento da Guine-Bissau, passa por todos nos sem excepcao enquanto nao tenhamos na mente que temos que ser nos mesmo a construir e desenvolver aquele pais nada feito, por nada cai do ceu, o esforco de todos e determinante na construcao daquele pais.

ejamos uma coisa, ja foram tantos golpes de estado e depois a formacao de governos de transicao no fundo nao trazem nada de novo ao pais, porque acaba por fazer parte o esfomeados e corruptos que so vao la para defenderem os seus interesses e encherem os papos mais nada o pais que se "lixe".

Por ultimo gostaria que os guineense fossem e sejam atentos e vigilantes com a entrada destes invassores vindo dos paises que nem se quer sabem falar o Portugues, quanto mais o "crioulo"... e um desastre.

Obrigado minha gente! !!!!!!!!!!

Neo-colonialistas da CEDEAO não PODEM ditar o nosso destino. Guerra à vossa paz!!!




A Comunidade dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) reúne-se sábado em Abidjan, Côte d’Ivoire, para analisar os últimos desenvolvimentos das crises políticas no Mali e na Guiné-Bissau, anunciou hoje (sexta-feira) a organização, citada pela Lusa. Na reunião extraordinária do conselho de mediação e segurança da CEDEAO participarão os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, que serão informados sobre a situação política e de segurança no Mali e na Guiné-Bissau. Nos dois países, autoridades políticas foram depostas na sequência de golpes militares, adiantou a organização em comunicado.  
 
Será ainda analisado o relatório da reunião de responsáveis militares da CEDEAO, realizada a 14 de Maio, em Abuja, e o ministro dos Negócios Estrangeiros nigeriano fará um ponto de situação sobre as conversações em curso com os militares que tomaram o poder na Guiné-Bissau. A Nigéria lidera o grupo de contacto da CEDEAO que acompanha a crise na Guiné-Bissau, após o golpe de Estado que a 12 de Abril depôs e deteve o presidente interino Raimundo Pereira e o Primeiro-ministro e candidato à segunda volta das presidenciais Carlos Gomes Júnior. Na sequência do golpe de Estado, a CEDEAO anunciou o envio de uma força de 500 a 600 soldados de vários países para a Guiné-Bissau, condenando a tomada de poder pelos militares e exigindo o regresso a normalidade constitucional. 
 
Após intervenção da CEDEAO, os dois políticos depostos foram autorizados a deixar a Guiné-Bissau para Abidjan a 26 de Abril,tendo chegado na quarta-feira a Lisboa. A 10 de Maio, Serifo Nhamadjo, presidente interino do Parlamento, foi designado Presidente de transição da Guiné-Bissau depois de uma reunião de militares e políticos guineenses com responsáveis da CEDEAO. O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), partido no poder até ao golpe de Estado de 12 de Abril, acusou a CEDEAO de pretender desestabilizar a Guiné-Bissau com as suas medidas para a saída da crise e várias organizações internacionais.

O novo inimigo de estimação do CEMGFA Antonio Indjai: chama-se Joseph Mutaboba, e é o representante do Secretário Geral da ONU em Bissau. Já a seguir, no DC. AAS

Os militares guineenses acusam a MISSANG de ter coletes anti-balas... Mas, o que vestiam mesmo os polícias do Burkina Faso? Afeteré?... AAS

FRENAGOLPE - A Frente Nacional Anti-Golpe apela à desobediência civil. O editor do blog ditadura do consenso APOIA a luta pela democracia e contra os insurrectos. AAS

Obrigado!




O Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, recebeu ontem uma mensagem do seu homólogo da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, na qual transmite ao Chefe de Estado angolano e Presidente em exercício da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), o ponto de situação sobre os últimos acontecimentos na Guiné-Bissau após o golpe de estado de 12 de Abril.

Foi portador da mensagem o ministro das Relações Exteriores da Costa do Marfim, Duncan Kablan, que foi recebido no Palácio Presidencial da Cidade Alta numa audiência em que se fez acompanhar pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Nigéria, do ministro das Relações Exteriores da Guiné Conacri e do chefe do Estado-Maior das forças da CEDEAO.

À saída do encontro, o ministro marfinense falou à imprensa sobre o principal propósito do encontro, que foi o acerto dos moldes da saída “ordeira e em segurança” da Missão de Segurança Angolana na Guiné-Bissau (Missang), e a sua substituição por uma força da CEDEAO, composta por apenas alguns Estados membros da organização.

I Sin Só Guiné I Terra Nundé ku Tudu Kusa Pudi Sedu

Mestre Antótio Aly Silva,

Mais uma vez como tinha prometido voltar mais veses com poemas assim que for necessário. Tenho a honra de lhe enviar este poema intitulado Guiné I Terra Nundé ku Tudu Cusas Pudi Sedu.
Espero que a publicação deste poema, poderá servir de uma chamada de atenção a juventude guineense.

 

Tema: I sin só Guiné  Guiné I Terra Nundé ku Tudu Cusas Pudi Sedu

I sin só.

I sin só Guiné.  

Guiné i um terra nundé ku tudu kusa pudi cedu,

i sin só

Terra nundé ku buta odja mecânico ta faci tarbadju de n`fermer,

i sin só Guiné

Terra nundé ku buta odja karpintero ta cedu pilutu di lantcha,

i sin só

Terra ku si buka sibi papia na radiu comberça melameladu buka guiru,

i sin só Guiné.

Terra nundé ku dutur mas ndjenher,

i sin só.

Terra nundé ku buta odja mufunadus ta carga djongagu de mufuneça,

ena madja bom fidjus di es terra ena bati na praça di Bissau,

i sin só.

Terra nundé ku djintes mas gosta di kilis ku muri di ki kilis ku bibu,

i sin só.

Terra nundé ku buta odjá cegus ta pega djintis ku iabri udjus uandan,

ena mostra eles kaminho.

i sin só Guiné.

Terra nundé ku sucuru rábida i mas claridadi ten rispitu.

i sin só

Terra nundé ku ninguin i ka ninguin dianti di ninguin

i sin só.

Terra  nundé ku ninguin ka rispita kumpanher nasitarbadju,

tudu djintis i igual..

i sin só Guiné.

Terra nundé ku buta odja kabalidus ku ka sibi faci,

eka na faci ekana diça utrus faci.

i sin só.

Até nundé ku nona parra ku es terra de purutchi paratche n`punta nha pubis?

i sin só.

Bissau, 17 de Maio de 2012.

Salvador Armando Banjaqui 

Economista

Junto Venceremos.

Claustrofobia da verdade



    Antes quero sublinhar a sua coragem e determinação de, um trabalho árduo em situações adversas para, poder fazer chegar aos seus conterrâneos espalhados por esse mundo fora.
     Agradeço-lhe por me permitir opinar sobre e questionar sobre a situação que a Guiné-Bissau se encontra mergulhado devido o golpe militar que ocorreu no dia 12/04/2012, golpe esse que eu condeno aqui na sua página de blogs.
    Hoje ouve-se muitas vozes a clamar o respeito pela constituição e legalidade democrática, isso sim, todos nós o queremos. E aí eu pergunto, a constituição da República da Guiné-Bissau é ser respeitada a partir do dia 12/04/2012 ou é para ser respeitada  desde o momento em que a Assembleia Nacional Popular aprova e adopta, como lei fundamental e para vigorar a partir de 16 de Maio de 1984, a presente Constituição da República da Guiné-Bissau.
    Se a constituição é e deve ser respeitada, então pergunto, porquê que o Sr. Raimundo Pereira e o Sr. Carlos Gomes Jr (Cadogo) não respeitaram o ponto 4 do Art,71º ?
    A onde estavam essa gente toda que estão clamar o respeito pela constituição?
    Vamos pôr a Guiné-Bissau numa guerra em que as consequências são imprevisíveis para o seu povo por causa de duas pessoas que são os primeiros violadores da constituição?
    Vamos pensar, pensar, pensar na Guiné-Bissau!!!!!!
 
Muito obrigado e um abraço, que deus te proteja  
Q.Turé
Técnico de Rede

Ao Povo da Guiné-Bissau: Resta-nos combater os invasores. A resistência não pode parar! AAS

Para já, são setenta



Cerca de 70 polícias do Burkina Faso chegaram hoje à capital da Guiné-Bissau, o primeiro grupo de um total de 600 militares e polícias da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) destinados ao país. O grupo chegou a Bissau num avião do Burkina Faso, a meio da tarde de hoje, e foi recebido pelo comissário-geral adjunto da Polícia da Guiné-Bissau, Armando Nhaga, e por Ansumane Sissé, representante da CEDEAO na capital do país. Dentro de "alguns dias" chegará um segundo grupo do Burkina Faso, incluindo o coronel Barro Gnibanga, que vai chefiar a missão militar da CEDEAO para a Guiné-Bissau, explicou Ansumane Sissé. LUSA

quinta-feira, 17 de maio de 2012

A que Nação se refere o 'Presidente'?


Estimado amigo Aly,

Os meus respeitosos cumprimentos e agradecimentos por tudo o que tem feito pelo Povo da Guiné-Bissau. Podes crer que me sinto aliviado por estares hoje fora do «alcance» da alimaria instalada na Guiné-Bissau pois ainda precisamos dos melhores patriotas para prosseguir-mos a nossa segunda Luta de Libertação Nacional.
Assim, permita-me o obséquio de lhe solicitar o uso do seu famoso blog para « desabafar » o meu sentimento sobre o que se passa na nossa Guiné-Bissau.

PRESIDENTE VIRTUAL

Escutei de passagem na RTP-Africa, o discurso do novo «Presidente Interinamente indigitado pela CEDEAO» para a provincia da Casamance sud, desculpem, queria dizer, Guiné-Bissau..., melhor Guiné-Bissau ocupada na «tomada de posse» do seu PM de Traição.

Ouvi e percebi efectivamente que o Sr Representante Interino da CEDEAO na Guiné-Ocupada ainda não se apercebeu da alhada em que se meteu. Creio que não deve fazer a minima ideia das conequências que, a sua desmesurada ambição lhe podera provocar.

Ouvi-o, esforçadamente em português tentar endereçar-se «à Nação». Perguntei a mim mesmo, mas a qual «Nação» se estaria a dirigir ?? Decerto, estava a referir-se a sua virtual «nação» com o palacio instalado no Faso ou no Quartel de Mansôa !!??

Ouvi-o, pateticamente apelar as «forças vivas da nação». Voltei a perguntar para os meus botões. Mas quais força vivas se refereria o Serifo ?? Quiçá às de Mansôa… que são efectivamente, as unicas que têm a verdadeira força no pais. Enfim… retoricas sofistas.

O Serifo Nhamado (agora não quer lhe chamem Manuel) pensa que gerir um estado, é o mesmo que gerir o Mansaba Futebol Clube ou o «Nô Cumpu». Se assim pensar (pois a sua quadratura mental não da para mais), tera brevemente desgradaveis e amargas surpresas no seu presidencialismo usurpado.

Serifo Nhamadjo e o seu PM de pacotilha (especialista em bonnes de virement fraudulentos), terão brevemente contas a ajustar com a insaciavel fome financeira da cupula militar os quais nenhum dinheiro do mundo pode saciar (mesmo do narcotrafico) e também,… da corruptela politica que se perfilha na primeira linha ao assalto e dilapidação do parco erario publico guineense. Era so ver o rosto dos pés descalços e unhas de fome na ilegal «tomada de posse» do «novo governo» para se advinhar do rabata-rabata do festim dos abutres que se seguira.

O pobre do Serifo Nhamadjo, repare-se que falou para os seus novos patrões, principalmente para o seu mentor do Alto Volta e, também para o seu orgão de indigitação, agradecendo naturalmente o seu padrinho a corrupta CEDEAO. O Presidente Golpista omitiu deliberadamente a Comunidade internacional por estes não o considerarem nem reconhecerem pela ilegalidade da sua «nomeção». E fez bem. Ao menos nisso esteve bem, demostrando saber quão restrictivo e condicionado é o seu espaço de «poder». Porém, é bom que saiba que a CEDEAO, só por si so não resolvera os seus problemas, não por não querer, mas porque não tem meios e, tão pouco a Guiné-Bissau constar na sua agenda de prioridades.

Enfim, o coitado do Serifosinho, ficara pior que o General no seu Labirinto de Bissausinho.

Esta  traçado de que, Serifosinho, sera o Presidente no seu Mansoasinho, trocadilho que melhor rima com a sua parda e falsa figura de Presidente Usurpador.

A resistência essa continuara. A vontade do Povo, decerto prevalecera.

VGH

A 'nomeação'



Mestre AntóNio Aly Silva,

Mais uma vez venho por este meio emitir a minha opinião no seu blog relativo à nomeação do dito Presidente Serifo CEDEAO Nhamado.

Espero que a publicação desta minha opinião, poderá servir de uma chamada de atenção.

Como um cidadão atento nos assuntos do meu País, tenho um receio enorme sobre a indigitação do Serifo Nhamadjo, pela CEDEAO como presidente da República da Guiné Bissau para um período da transição de um ano por simples razões:

1)      Por falta do entendimento nas primárias do seu partido, motivou-o a se candidatar independente. Acto que em termos constitucionais é aceitável, mas ao nível do seu partido é considerado como a desobediência da disciplina partidária.  
2)      Durante a campanha eleitoral, Nhamadjo, passou tanto tempo a falar de Deus e Paz. Deus e Paz. Deus e Paz. “Pa Deus passanta diante tudu kandidatu kuna pensa ben pa es terra” ele é um homem de Paz alias no seu cartaz havia uma pomba branca que simboliza a Paz e nem tinha tempo suficiente para falar do seu projecto politico para com a Guiné Bissau.
3)      Logo depois da votação, o homem da paz começou a reclamar fraudes eleitorais que de acordo com os dados primários recolhidos pelos delegados, colocavam em vantagem os candidatos Carlos Gomes Júnior e Dr. Kumba Yalá a 2ª volta das Eleições.
4)      Homem da Paz reclamou junto do CNE, não surtiu nenhum efeito, porque CNE entendeu por bem que, as razões de pedido de nulidade do processo eleitoral independentemente da sua inconstitucionalidade, não eram suficientes para anular as eleições.
5)      Homem da Paz, inconformado com a decisão da CNE, passou para Supremo Tribunal da Justiça como órgão máximo para dirimir qualquer contencioso. Mais uma vez sem sucesso porque o Supremo deu por improcedente a referida reclamação.

Dai que eu pergunto:

a)      Será que o dito homem da paz até aqui não era suficiente de demonstrar o seu espirito da paz? Ou o dito homem da paz está a desafiar o Supremo Tribunal da Justiça da Guiné Bissau? Se assim for, é muito lamentável. Porque o dito homem da paz era Presidente em exercício do poder legislativo e agora Presidente da transição.
b)      Será que, este dito presidente da transição imposto por dois Ministros dos Negócios Estrangeiros da Nigéria e da Costa de Marfim, vai ter moral de apelar paz, dialogo e obidiencia ao poder instituido em caso da violação do Pacto de Transição?
c)       Será que o dito homem religioso, que tanto falou de Deus durante a campanha eleitoral. Com a decisão do Supremo Tribunal, não era suficiente para demonstrar que ele é mesmo homem religioso?
d)      Será que o candidato vencedor da primeira volta, não venceu por vontade de Deus?  Ou o dito homem religioso está a desafiar Deus?

Pó tudu tarda kina tarda na mar ikata bida lagartu. Mesinhu ku bu sibi kuma bu kana pul na bu bitchoca, ka bu pul na bitchoca di ninguin.

Bissau, 17 de Maio de 2012.

S.A.B.

Assine já

Petição ao CS da ONU sobre a Guiné-Bissau/ Petition au CS de l'ONU sur la Guiné-Bissau/ Petiton to SC of the UNO on Guinea-Bissao:

Iniciativa cidadã para garantir a Liberdade, Segurança e Progresso do povo Guineense
Agradecemos que subscrevam e divulguem a petição FIM AOS GOLPES DE ESTADO NA GUINÉ-BISSAU

http://www.gopetition.com/petitions/stop-military-putsches-in-guinea-bissau.html

Initiative citoyenne visant garantir la Liberté, Sécurité et Progrès pour le peuple bissau-guinéen

Merci de bien vouloir signer et divulguer la pétition POINT FINAL AUX COUPS D'ETATS EN GUINEE-BISSAU

http://www.gopetition.com/petitions/stop-military-putsches-in-guinea-bissau.html

Citizen initiative to guarantee Freedom, Security and Progress for Bissau-Guinean people

Please sign and disclose the petition STOP MILITARY PUTSCHES IN GUINEA-BISSAU

http://www.gopetition.com/petitions/stop-military-putsches-in-guinea-bissau.html

Autores do golpe devem ser alvo de sanções e a comunidade internacional deve tornar clara a posição contra golpistas



O ministro dos Negócios Estrangeiros disse hoje em Lisboa que os autores militares e políticos do golpe de Estado na Guiné-Bissau devem ser alvo de sanções e que a comunidade internacional deve tornar clara a posição contra golpistas.

"Portugal tem agido de forma concertada. Neste momento está a ser discutida no Conselho de Segurança das Nações Unidas uma resolução que visa tornar clara a condenação da comunidade internacional de atos golpistas e a sanção daqueles que os cometem", disse Paulo Portas, após uma reunião de mais de uma hora com o primeiro-ministro deposto da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, no Palácio das Necessidades, em Lisboa.

"No quadro da União Europeia foram já anunciadas sanções. Quem dá golpes de Estado tem de perceber que há consequências e que a comunidade internacional não é permeável a golpes de Estado", afirmou Paulo Portas, acrescentado que as sanções têm de atuar sobre os bens dos golpistas e não contra o povo guineense.

"Portugal tem agido pela reposição da legalidade. A comunidade internacional é amiga da população da Guiné-Bissau. Quando falamos em sanções, falamos em concreto aos militares autores do golpe de Estado e autores políticos", referiu ainda Paulo Portas.

Por seu lado, Carlos Gomes Júnior disse que o "maior partido político" da Guiné Bissau, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), está coeso, tendo desvalorizado os recentes contactos de "apenas sete elementos" com o atual regime de Bissau.

Para Carlos Gomes Júnior, as instituições guineenses que foram alvo do golpe de Estado de 12 de abril são legítimas e, por isso, não vê necessidade de formar um governo no exílio.

Além da reestruturação das Forças Armadas que devem ter um máximo de 3.500 efetivos, Carlos Gomes Júnior afirmou que a Guiné-Bissau tem de receber ajuda internacional no combate ao narcotráfico, uma questão que "não pode ser escamoteada" e que Paulo Portas considerou estar "também na origem" do golpe de Estado de 12 de abril.

"Eu não tenho nenhuma dúvida. Todas as informações de que Portugal dispõe apontam para que claramente, na origem deste golpe de Estado também está o narcotráfico e, ou a Guiné-Bissau tem condições para ser um Estado de Direito, ou a Guiné-Bissau fica sequestrada a um certo poder militar que é permeável ao narcotráfico" disse Paulo Portas.

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) designou Serifo Nhamadjo para Presidente da transição, até à realização de novas eleições dentro de um ano, e este nomeou na quarta-feira Rui de Barros para o cargo de primeiro-ministro, mas estas decisões foram contestadas pela restante comunidade internacional, que continua a exigir o regresso à ordem constitucional.

Constitucionalistas sem...Constituicao



Caro Aly,

Em breves palavras, gostaria de dar-lhe os meus parabens pela sua coragem e dedicaçao ao país de todos nós ( Guiné-Bissau), antes de entrar no assunto que gostaria se me permitir que fosse publicado no seu blog.

Volvidos um mês após o golpe de estado na Guiné-Bissau, estranha-se portanto a ausência dos nossos ilustres constitucionalistas. Estranha-se, porque, e se bem me recordo, era frequente ou quase semanal as opinioes deste(s) "profeta(s)" das leis da República sobre as inconstitucionalidades da candidatura de uns e, as inconstitucionalidades constitucionais de outros.

Face a esta dualidade de critério, intencional e portanto incitador de violência, seria oportuno a seguinte perguntar: onde andam os ditos constitucionalistas guineenses neste momento em que todo o país é obrigado a dançar a mesma dança " a dança de kussundé ?

Pese embora a dança de kussundé fazer parte de mim como guineense no seu todo, a minha especialidade sr constitucionalista é outra, a dança de "kacau" e "Cassembo" que, a semelhança do Kussundé, também faz parte da cultura dos guineenses.

Srs constitucionalista, com todo o respeito, e já que o sr entende das leis , diga-nos se é constitucional ou inconstitucionlas que os militares obriguem todo um povo inclusive o senhor a dançar a mesma dança? A que se deve o seu silêncio ao longo deste tempo?

O seu silêncio sr constitucionalista leva-nos a pensar de que o senhor tenha perdido neste espaço de um mês, como a maioria dos guineenses, o seu bem precioso de que gozava: a liberdade de expressao em consciência. talvez tenha conseguido um "tacho" neste novo elenco governamental e, por via disso, perdeu a noçao do que é constitucional do inconstitucional.

Como disse alguém, e que a semelhança do senhor também considero incitador de violência e passo a citar: "Bissau i malgos pa durmi na stango di alguim" e eu digo " ma ica gossi qui na dissa di malgos pa durmi na stango di utros". Meus senhores, deixar-se-ia de ser em consciência as nossas opinioes a partir do momento em que ela é tendenciosa, malevola e indutor de violência social.

Vamos caminhando pois o caminho está a nossa frente.

Nha mantenha.

M.A.L. " Abuck na Ter"

Raimundo Pereira diz que nao abandonou o cargo e Carlos Gomes Jr diz que vai regressar



Raimundo Pereira, deixou esta quarta-feira bem claro, durante a sua visita a Lisboa, que não renunciou ao cargo.



“Não obstante a situação criada pelo golpe de Estado, em nenhum momento renunciei ao meu cargo de Presidente da República interino, pelo que a tentativa de designar um outro Presidente interino é absolutamente inconstitucional e sem enquadramento na nossa ordem jurídica”, disse no final de uma reunião com embaixadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Raimundo Pereira salientou que não abandonou o cargo de Presidente porque isso seria a “legitimação do golpe de Estado”.

Acompanhado pelo deposto primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, o ex-chefe de Estado não reconhece qualquer Governo que venha a ser constituído no país e exige a reposição da ordem constitucional na Guiné-Bissau. O ex-Presidente interino e o ex-primeiro-ministro da Guiné-Bissau agradeceram esta quarta-feira, em Lisboa, o apoio de Portugal e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para a resolução da crise no país.

Carlos Gomes Júnior diz que quer regressar à Guiné-Bissau e garante que vai disputar as próximas eleições. Antes da reunião na sede da CPLP, Raimundo Pereira e Carlos Gomes Júnior foram recebidos pelo Presidente Cavaco Silva e pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho. Entretanto, em Junho, a União Europeia discute situação da Guiné-Bissau e os eurodeputados deverão votar uma proposta de resolução para o país africano.

A situação de conflito vivida na Guiné-Bissau vai a debate na próxima semana no Parlamento Europeu em Estrasburgo. “O grande esforço que a União Europeia (UE) tem que fazer é de natureza política, é de forçar toda a comunidade internacional a olhar com atenção para esta situação que continua a ser extraordinariamente preocupante”, alertou o eurodeputado Diogo Feio, responsável pelo agendamento da sessão.

O deputado centrista sublinhou ainda a importância da “comunidade internacional dar sinais claros de que vai tentar estabilizar no plano da democracia, do respeito dos direitos fundamentais e de uma legalidade democrática a situação na Guiné-Bissau, algo que está bem longe de acontecer”. A sessão plenária vai contar com a presença da alta representante da UE para a política externa, Catherina Ashton. Os eurodeputados, em Junho, deverão votar uma proposta de resolução para os conflitos no país africano.

Mais sanções? Claro...


Muitos questionam: então e não há sanções para os outros quatro golpistas (Koumba, Henrique, Afonso e Serifo)? Haverá. Não se espantam os pardais. Eles serão chamados brevemente para conversações na sub-região, e, depois...zumba! Uma fonte da União Africana disse ao DC que se estes fossem sancionados "não poderiam deslocar-se para essa reunião", e recorda: "O Serifo Baldé [partido Jovem] foi sancionado e ele fazia parte do quinteto". Tem razão de ser. De facto, só um maluco poderia pensar o contrário: se a Europa, que vos enche o bandulho, fechar (como fechou) as torneiras, quem pensam vocês que vai dar dinheiro à Guiné-Bissau? A CEDEAO? Esses não têm onde cair morto. É que estamos a falar do maior contribuinte (a UE) da Guiné-Bissau, caramba!

Quem pensam esses traidores que são, a ponto de se sentirem 'confortáveis' nos seus 'lugares'? O 'presidente', que assaltou o poder - se não fosse escolhido, morria de tédio, e de vergonha; o 'primeiro-ministro' e menino bonito desses energúmenos da CEDEAO, aceitou mas há de arrepender (Rui Barros nem sabe a cama que lhe estão a preparar...). Tenham vergonha! Quanto aos outros...nem para a estatística contam: 'assassinaram-se', e fica-lhes bem. AAS

Ambiciosos


Há pessoas que não merecem estar na nossa sociedade. Dentre os quais Serifo Nhamadjo, Satu Camara, Daniel Gomes etc. pessoas essas que colocam os interesses pessoais acima do da nação. Todos eles traíram o próprio partido, porque: Nhamadjo não foi o escolhido para ser candidato as presidências;
Satu Camara, porque quis continuar a ser ministra do interior sem ter competência para desempenhar a tal função e Daniel Gomes porque estava de olhos na pasta da Defesa e o escolhido acabou por ser uma outra pessoa. Estas foram às razões que os levaram a desencadear o golpe contra o próprio partido e contra o povo guineense.

Espero que o PAIGC os expulsa de uma vez por toda do partido, quem sabe como isso, possam imigrar para o PRS partido dos desesperados que não souberam aproveitar a oportunidade dada pelo povo guineense e agora querem voltar ao poder a todo custo.

Nhamadjo me suma no kunsi ngutru na guine parel mais importante i tene nome "presidente" mesmo ninsi i kadadu  rispito pabia i tem um grupo di djintis na no terra kussa mas garandi  parelis i cedu chefe tudo guinenese sibi es.
 
Suleimane Mane

EUA demarcam-se da escolha de Serifo Nhamadjo

Os Estados Unidos apoiam os esforços dos Estados da África Ocidental para resolver a crise na Guiné-Bissau, mas demarcam-se da escolha do presidente do Parlamento para chefiar um governo de transição, clarificou hoje o embaixador norte-americano em Portugal. A agência Lusa questionou o embaixador depois de, na terça-feira, o Departamento de Estado ter recuado no reconhecimento, 24 horas antes, de Serifo Nhamadjo como presidente de transição.
Allan Katz afirmou hoje que a posição dos Estados Unidos é de apoio aos esforços da Comunidade de Estados da África Ocidental (CEDEAO) para “um regresso da Guiné-Bissau à ordem constitucional”, em “coordenação com a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e outros parceiros”.

As duas organizações têm posições divergentes relativamente a Nhamadjo, nomeado na quinta-feira na sequência de um acordo entre responsáveis da CEDEAO e políticos e militares guineenses. Sobre essa divergência, o embaixador afirmou que “essa é uma das razões pelas quais (os EUA) contam com a CEDEAO, a CPLP e outros parceiros para encontrarem uma solução” para resolver a crise e restaurar a democracia. O apoio ao papel da CEDEAO “não implica” o apoio ao Presidente de transição, afirmou o embaixador.

“Pensamos que a CEDEAO é o veículo adequado para ajudar a coordenar e que a CPLP tem de fazer parte desse esforço. Compreendemos, claro, que há questões que têm de ser resolvidas, mas a nossa posição é de que um esforço de cooperação tem a maior probabilidade de ser bem sucedido”, disse. “Apoiamos os esforços para trazer a Guiné-Bissau de volta a um contexto constitucional e pensamos que isso deve acontecer rapidamente”, disse também. Allan Katz evocou ainda a decisão norte-americana de cortar a ajuda à Guiné-Bissau após o golpe de 12 de abril, ajuda que só será retomada quando for reposta a ordem constitucional. LUSA

Partidos políticos cabo-verdianos estão divididos

Os partidos políticos cabo-verdianos dividiram-se hoje quanto à posição assumir pelo arquipélago na crise na Guiné-Bissau. Ouvidos hoje pelo primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, o PAICV (Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, no poder) e a União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID) condenaram o golpe de Estado de 12 de abril. "Condenamos o golpe, não reconhecemos que personalidades ou órgãos saídos desse golpe possam assumir transitoriamente ou definitivamente o poder na Guiné-Bissau fora do quadro democrático previsto na constituição da República e pedimos que as partes discutam e procurem a melhor solução", afirmou.
 
O secretário-geral do PAICV, Armindo Mauricio defendeu que o seu partido é contra a decisão da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) de indigitar Serifo Nhamadjo, o ex-presidente da Assembleia Nacional Popular e um dos candidatos derrotados na primeira volta das eleições, para desempenhar as funções de Presidente da Republica de transição da Guiné-Bissau. No entanto, o Movimento para a Democracia, (MpD, principal partido da oposição) afirmou que a situação não voltará a ser o que era antes do golpe de 12 de abril pelo que é necessário "ser-se pragmático" e encontrar soluções "intermédias" para sair da crise.
 
"A nossa posição é de que é preciso encontrar ma solução intermédia que dê satisfação a todas as partes envolvidas no conflito de forma a se constituir e ter um presidente de República", disse o vice-presidente do partido, Jorge Santos. Questionado sobre a escolha da CEDEAO para a chefia interina da Guiné-Bissau, Jorge Santos disse que o se partido "não tem que concordar ou discordar" com a escolha de Nhamadjo, mas considera que é uma das soluções que podem ser adotadas.
 
Sobre a posição já assumida pelo primeiro-ministro cabo-verdiano de condenar a decisão da CEDEAO de indicar Serifo Nhamadjo como presidente de transição, Jorge Santos explicou que se trata "tão-somente da posição do primeiro-ministro". O Governo reúne-se esta tarde em Conselho de Ministros extraordinário para discutir a situação da Guiné-Bissau. LUSA

A resposta será a Resistência Popular, ainda que violenta



O primeiro contingente de ocupação apelidada de Força de Alerta da CEDEAO (FAC) destacada para a Guiné-Bissau deverá chegar hoje ao país para se instalar no quartel de Cumeré, 35 quilómetros a norte de Bissau, disse à Lusa fonte do Comando Militar guineense. De acordo com a fonte, o contingente deve chegar por volta das 14:00 (15:00 em Lisboa) e é composto por 70 polícias do Burkina-Faso. Como medidas para a resolução da crise político militar decorrente do golpe de Estado de 12 de abril passado na Guiné-Bissau, os chefes de Estado da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) decidiram mandar para a Guiné-Bissau uma força composta por 630 homens, entre militares e polícias.

Empossado 'primeiro-ministro' que será o próximo da lista das sanções internacionais, mais os seus 'ministros' e 'secretários de Estado'


O 'Presidente golpista de transição' da Guiné-Bissau empossou hoje o primeiro-ministro de transição, a quem pediu urgência no pagamento dos salários da função pública e criação de condições para "salvar o ano escolar". Serifo Nhamadjo disse também a Rui Duarte de Barros que é preciso desenvolver ações de luta contra o crime organizado e o tráfico de droga, bem como impedir que haja falta de alimentos e que a colheita do caju, principal produto do país, seja feita. Ao novo primeiro-ministro de transição, o Serifo Nhamadjo pediu ainda "um governo de transição de base alargada" que prime pela qualidade, tecnicidade e espírito de sacrifício e disponibilidade.

Estamos de acordo

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Portas, disse que a questão do narcotráfico também é a chave do golpe de Estado de 12 de Abril na Guiné Bissau. Paulo Portas afirmou que «todas as informações» de que Portugal dispõem relacionam o golpe de Estado de 12 de Abril na Guiné Bissau com o narcotráfico e que este assunto em concreto vai ter de ser analisado pelas Nações Unidas, Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, União Europeia e União Africana, informa a agência Lusa.

Considerou que o poder militar na Guiné-Bissau «é permeável ao narcotráfico» e manifestou-se convicto que a comunidade internacionais conseguir um consenso sobre a situação política no país. «Eu não tenho nenhuma dúvida. Todas as informações de que Portugal dispõe apontam para que, claramente, na origem deste golpe de Estado também está o narcotráfico e, ou a Guiné-Bissau tem condições para ser um Estado de Direito, ou a Guiné-Bissau fica sequestrada a um certo poder militar que é permeável ao narcotráfico», disse Paulo Portas.

O chefe da diplomacia portuguesa falou com os jornalistas durante uma conferência de imprensa em que participou também o primeiro-ministro guineense deposto, Carlos Gomes Júnior, após uma reunião no Ministério dos Negócios Estrangeiros. «As Nações Unidas sempre se preocuparam que a Guiné não servisse como interposto de droga», disse Carlos Gomes Júnior que recordou que a ONU e a Interpol têm escritórios em Bissau para a investigação e combate ao tráfico de droga. «Este é um assunto que não podemos escamotear», referiu o primeiro-ministro deposto da Guiné Bissau que chegou na quarta-feira a Portugal proveniente da Costa do Marfim, onde se encontrava desde o dia 28 de abril.

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Três coisas


A Guiné-Bissau tem três pessoas responsáveis por esta situação

1º Os que deixam acontecer;
2º Os que perguntam o que aconteceu?
3º Os que fazem para acontecer.
 
Djulde camara