domingo, 31 de janeiro de 2016
1º guineense no curso
Cerimónia de graduação realizada no dia 29 de janeiro, no salão da Unidade Africana de Cices, em Dacar, Senegal. O estudante guineense Umaro Baldé foi um dos três melhores estudantes num universo de 212 no curso de relações internacionais. Foi primeiro estudante guineense, assim como o primeiro estrangeiro entre 19 nacionalidades.
PCA-Cabo Verde
Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, recebeu cumprimentos de Ano Novo da Plataforma das Comunidades Africanas Residentes em Cabo Verde
OPINIÃO/MANIFESTAÇÃO: "Senti-me orgulhoso, por ver germinar um sentido de cidadania de consciência e de direitos"
Ontem foi memorável. Ainda duvidei se a mobilização seria um sucesso. Mais foi. E, espero que a onda continue a crescer e a massificar-se para a construção de uma cidadania responsável e reagente face à violação persistente dos seus direitos e anseios.
Em tempos louvei a coragem e atitude do povo do Burkina Faso e, não foi por mero acaso, pois nesses exemplos e que se constroem as valências da soberania e independência de um país, em particular o nosso, forjado à custa de sangue, suor e vidas de homens, hoje reconhecidos insubstituíveis na nossa epopeia histórica.
Sempre tive essa esperança. Sentimento, de que o povo da Guiné-Bissau seria capaz de dar uma resposta positiva e consistente contra as incentivas e derivas anti democráticas a que o país está exposto nestes últimos tempos...
Não se sabe para que fins e agendas políticas.
Ontem, confesso que não fiquei desiludido, pelo contrário, senti-me orgulhoso, por ver germinar um sentido de cidadania de consciência e de direitos, sem armas, mas pleno de esperanças de que, no país de Cabral, chegou o dia em que O POVO É QUEM MAIS ORDENA.
Obrigado Povo heróico da Guine-Bissau.
Obrigado pelo exemplo de ontem, mas com votos de que seja, o inicio da era de uma cidadania responsável e participativa.
Bem hajam irmãos.
ACGB-USA
"Esta mensagem é em resposta a um artigo que li no teu blogue (AQUI), e também tenho seguido o desenrolar da situação política da Guiné-Bissau através das tuas publicações.
Lamento imenso que nesta altura em que os guineenses vivem, preocupados com a incerteza do presente e o futuro do país, certos indivíduos estão a usar a situação para se fazerem conhecidos. É o caso do indivíduo que se diz presidente da ACGB-USA.
Fui eleita Presidente da ACGB-USA em Agosto de 2015 e em Novembro do mesmo ano um pequeno grupo de descontentes, incluindo a Ex-presidente, criaram outra assembleia e assim outra eleição. Igualzinho ao que se passou recentemente em Bissau.
Ali, a divisão que se vive dentro da comunidade não tem nada a ver com a actual situação actual da Guiné-Bissau. Estamos preocupados mas o que se verifica é que dentro dessa preocupação existe e verifica-se o respeito pela opinião individual. Acho muito baixo as pessoas tentarem tirar vantagem da situação political do país para se promoverem.
Caro Aly, haverá altura propícia para voltar a abordar este assunto.
Por favor, gostaria de comunicar o seguinte: da minha parte pouco me interessa a promoção e o protagonismo, a minha preocupação é o bem estar do meu país e da sua comunidade."
Daniela Mota
Presidente da ACGB-USA"
CRISE POLÍTICA: Poder judicial ampara a Guiné-Bissau
O poder judicial está a fazer história na construção da democracia na Guiné Bissau, ao tomar as decisões mais acertadas para resolver as crises políticas que têm estado a surgir na esteira das desinteligência entre o presidente José Mário Vaz e o ex-primeiro ministro Domingos Simões Pereira.
Um braço de ferro que, por arrasto, tem também afectado o funcionamento normal do PAIGC, do Governo e da Assembleia Nacional, onde essa força política é majoritária.
A entrada em cena do poder judicial aconteceu no mês de Agosto do ano passado, quando o Supremo Tribunal de Justiça foi chamado, pela Assembleia Nacional Popular, a pronunciar-se sobre a constitucionalidade da nomeação, pelo presidente José Mário Vaz, de Baciro Dja para primeiro-ministro, na sequência da decisão de demitir, no dia 12, o Governo de Domingos Simões Pereira como resultado do acumular de uma série de divergências entre ambos.
A nomeação de Baciro Dja foi feita ao arrepio das normas legais e constitucionais, uma vez que não foi indicado pela direcção do partido vencedor das eleições legislativas, o PAIGC, que também não foi consultado sobre a matéria pelo presidente da República o qual, deste modo, além do conflito que já tinha com o seu líder, abriu um outro com a própria formação política.
Nessa altura era voz corrente em Bissau que José Mário Vaz esperava e estava confiante que teria dos membros do Supremo Tribunal de Justiça um certo temor referencial, face ao facto de estarem diante de uma situação que envolvia o mais alto magistrado do país, ele que, segundo notícias de bastidores, chegou a destratar alguns dos integrantes dessa estrutura do poder judicial.
Porém os juízes não se deixaram intimidar e, em resposta, o que o Chefe de Estado obteve foi uma demonstração de alto grau de profissionalismo e de isenção por parte do Supremo Tribunal de Justiça que, sem tibiezas, tratou de esclarecer à sociedade o espírito e a letra dos preceitos constitucionais relativamente aos factos e questões suscitadas pela actuação do presidente da República. Em conclusão, ficou evidente que o mesmo tinha trilhado um caminho completamente errado.
José Mário Vaz foi assim obrigado a recuar na sua decisão, demitindo Baciro Dja e devolvendo ao PAIGC o direito de, na qualidade de formação política vencedora das legislativas de 13 de Abril de 2014, indicar um novo primeiro-ministro. Depois de algum impasse e de cedências por parte de Domingos Simões Pereira, o PAIGC indicou o veterano Carlos Correia para primeiro-ministro, nomeado a 17 de Setembro por José Mário Vaz.
Mas nem por isso os desentendimentos terminaram, até mesmo porque na composição do Governo Carlos Correia discordou de algumas posições tomadas pelo presidente José Mário Vaz, com base em profundas divergências que existem na interpretação das competências que a Constituição confere a um e a outro órgão de soberania.
A nova situação de crise surgiu precisamente por altura da apresentação do programa do Governo do novo primeiro-ministro no Parlamento. Quinze (15) dos 57 deputados do PAIGC optaram pela abstenção e inviabilizaram, a 23 de Dezembro de 2015, a aprovação do programa do Governo que, para passar no Parlamento, precisava do voto favorável da maioria simples de 52 legisladores.
Estava instalada, de novo, a crise no seio do próprio PAIGC. O objectivo não era outro senão derrubar o Governo de Carlos Correia e retirar legitimidade ao próprio partido. Os 15 deputados evoluíram para uma posição de rebelião interna e anunciaram ir votar contra o programa de Governo na sessão parlamentar de 18 de Janeiro, juntando-se aos votos contra dos 41legisladores do Partido de Renovação Social.
O PAIGC não se fez de rogado e, fazendo jus ao que estabelecem os estatutos do partido, tratou de expulsar das suas fileiras os 15 deputados, contra os quais intentou uma acção judicial que acabou por ganhar, pois o Tribunal Regional de Bissau deu provimento à sua queixa e considerou válida a perda de mandatos dos dissidentes. E mais uma vez o poder judicial veio pôr ordem no circo.
A Assembleia Nacional Popular não tardou a agir e, no dia 28, realizou a sessão parlamentar que aprovou o programa de Governo, com 59 votos a favor, nenhuma abstenção e a ausência de todos os 41 deputados do Partido de Renovação Social.
Enquanto a sessão parlamentar decorria, o presidente José Mário Vaz encetava consultas com várias entidades do país, procurando dar a entender ser uma pessoa de consensos e que estaria a mediar uma situação onde nada tem para mediar, mas tão somente fazer cumprir a lei e a Constituição. Bizarro foi o facto de, em comunicado, ter manifestado estranheza pelo facto de o Parlamento ter reunido e aprovado o programa de Governo quando ele não tinha terminado as consultas...
O que se pode concluir, de todo este emaranhado de situações criadas, é que José Mário Vaz está, ele próprio, a enredar-se nas teias que anda a tecer, a fragilizar a instituição Presidência da República, ao ponto de diplomatas em Bissau advertirem-no para a eventualidade de se estar a expor ao ónus da crise, o que poderia evitar se promovesse a sua resolução.
Quem também fica mal no filme é o PRS, sempre pronto a embarcar nessas jogadas que visam apear do poder o PAIGC. O partido do falecido presidente Kumba Lalá vai somando derrotas e, do ponto de vista da ética política, está a ficar cada vez mais exposto e desacreditado, porque mostra não olhar a meios para subverter os resultados das eleições.
Enquanto o presidente da República vai se entretendo com esses jogos políticos, a sua imagem vai ficando cada vez mais desgastada junto da opinião pública guineense e mesmo a nível internacional, ao passo que Domingos Simões Pereira vê fortalecido o seu prestígio pessoal e o consenso que se formou em torno da sua figura.
Nomeadamente a opinião cada vez mais forte e dominante de ser um político que estava realmente a tirar os guineenses e a Guiné-Bissau do ciclo da pobreza e das intrigas inúteis. A Guiné-Bissau estava já a projectar para o mundo a imagem de um Estado a recompôr-se e apostado em fazer da unidade nacional e da democracia a bandeira para as mudanças que o povo guineense tanto anseia, depois de anos de golpes e contra-golpes de Estado que deixaram o país literalmente a sangrar.
Hoje, a imagem de José Mário Vaz está associada às forças que querem travar o progresso da Guiné-Bissau, enquanto do lado oposto estão Domingos Simões Pereira e o PAIGC.
As consequências para a Guiné-Bissau de toda essa embrulhada não poderiam ser senão as mais negativas, levando o embaixador na ONU, João Soares da Gama, a advertir que a prolongada situação de crise política no país estava a criar receios fundados entre os investidores e doadores, que congelaram a disponibilização de fundos para relançar a economia guineense.
É entendimento geral que, para evitar situações futuras do género, e que também já provocaram a paralisação de instituições em países como S. Tomé e Príncipe, quando Radique de Menezes foi presidente da República, a Guiné Bissau precisa de introduzir alterações profundas na sua Constituição. Caso contrário vai tardar a ver o progresso económico e social. Jornal de Angola
sábado, 30 de janeiro de 2016
ATENÇÃO: O dinheiro prometido pelos parceiros internacionais da Guiné-Bissau na mesa redonda que teve lugar em Bruxelas, ESTÁ no cerne desta 'CRISE POLÍTICA', assim como a auditoria internacional ao FUNPI, o TRÁFICO DE DROGAS, o DESMATAMENTO DAS NOSSAS FLORESTAS. A comunidade internacional deve permanecer atenta. Reparem nas pessoas - são as mesmas do costume, e devem ser paradas a todo o custo. Guiné-Bissau não é quintal da casa do presidente ou de quem quer que seja! Basta de medo, basta de incompetência, basta de golpes palacianos ou institucionais! Viva a estabilidade, viva a Democracia, viva a República! AAS
DIRECTO DC/MANIFESTAÇÃO: "Mas vamos todos juntos dizer não à tirania!"
"Parafraseando o Presidente dos EUA, Barack Obama, quando as pessoas vão aos EUA ficam com inveja do país que é mais para ser o que hoje é, antes de escolher a primeira figura de um país fazemo-lo com olho de lupa, por isso que tudo aqui está bem e vai continuar bem, mas nós aqui na Guiné-Bissau, infelizmente, não tivemos tempo de o fazer e saiu-nos o que nos saiu. Mas vamos todos juntos dizer não à tirania porque queremos um país como os outros para o bem do povo." DSP, presidente do PAIGC
DIRECTO DC/MANIFESTAÇÃO: "Será que é normal que um grupo de gente possa parar o desenvolvimento do nosso país?"
"Acabamos de ouvir o recado do inquilino da praça do Império - o presidente da República. Mandou-nos uma mensagem dizendo que estamos a fazer barulho, para pararmos a nossa actividade. Mas ele nem se lembrou que nós também somos inquilinos desta praça (onde fica a sede do PAIGC); mais ainda: ele nem se lembrou que quando estava buscando votos nesta praça, que também morava lá alguém, no palácio?...Mas será que é normal que um grupo de gente possa parar o desenvolvimento do nosso país?" DSP, presidente do PAIGC
DIRECTO DC/MANIFESTAÇÃO: "Estou orgulhoso!"
"Obrigado a todas as mulheres guineenses por tudo quanto fizeram pela Pátria. Estou hoje orgulhoso por dentro, o Governo está, assim como muitas mulheres, assim como o parlamento." DSP, presidente do PAIGC
Povo mangadel, apesar de ser noite, apesar das armas no palácio
DIRECTO DC/MANIFESTAÇÃO: "O PAIGC tem força!"
"Em Morés, teria dito 'inventaram-se diferentes cenários e os três ja caíram'; Penso que está-se a preparar o quarto cenário, que também vai cair porque o PAIGC tem força!" Carlos Correia, Primeiro-Ministro
DIRECTO DC/MANIFESTAÇÃO: "O JOMAV que não nos distraia, se quer ser primeiro-ministro que nos diga"
"Temos de aceitar as regras da democracia, quem ganha tem de mandar e esperar que passem os 4 anos e depois ser julgado. O PR, se quer ser PM, que nos diga, mas não nos distraia do nosso objectivo." Professor Luís Nancassa
DIRECTO DC/MANIFESTAÇÃO: A rotunda está composta
"Temos de apontar o dedo ao culpado pela instabilidade, queremos que José Mário Vaz venha a público assumir o que disse durante a campanha ao povo guineense, assim como queremos um árbitro que não seja jogador." Agnelo Regala, UM
Subscrever:
Mensagens (Atom)