terça-feira, 27 de maio de 2014
JOMAV mostra músculos
O Presidente eleito da Guiné-Bissau promete rever exploração de recursos naturais "doa a quem doer". José Mário Vaz falava em crioulo numa reunião promovida na sede do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e que juntou individualidades, movimentos e outras forças partidárias que o apoiara na candidatura à presidência.
José Mário Vaz diz que vai rever todos os contratos relacionados com a exploração de recursos naturais do país. "Vamos trazer para a secretária todos os contratos com o que constitui a economia do país: areia pesada, petróleo, pescas, fosfato, doa a quem doer", referiu ao enumerar alguns dos recursos negociados no país e que pretende reanalisar depois da posse, prevista para junho.
José Mário Vaz diz que vai rever todos os contratos relacionados com a exploração de recursos naturais do país. "Vamos trazer para a secretária todos os contratos com o que constitui a economia do país: areia pesada, petróleo, pescas, fosfato, doa a quem doer", referiu ao enumerar alguns dos recursos negociados no país e que pretende reanalisar depois da posse, prevista para junho.
Mari 'Piripiri' a tentar 'justificar' o injustificável - ou a sacanagem
O antigo primeiro-ministro timorense Mari Alkatiri, defendeu hoje o apoio de Timor-Leste à Guiné-Bissau, "Começo por uma questão polémica. O ano passado quando Timor-Leste decidiu apoiar a Guiné-Bissau fê-lo contra vontade da CPLP e as pessoas não entendiam porque Timor-Leste decidiu apoiar um povo irmão", afirmou Mari Alkatiri.
O secretário-geral da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin) falava na conferência "África/Timor-Leste: passado, presente e futuro", que decorreu no Ministério dos Negócios Estrangeiros em Díli, no âmbito da celebração do Dia de África, assinalado no domingo.
"Fizemo-lo conscientes das relações históricas e culturais que unem num passado longínquo e recente. Fizemo-lo porque tivemos a perceção de que era a nossa vez de mostrar a solidariedade", afirmou Mari Alkatiri, lembrando que a Guiné-Bissau foi o primeiro país a reconhecer a independência de Timor-Leste.
"Um dirigente de outro país disse que não devíamos ter feito isso porque o governo era ilegítimo. Respondi que a comunidade era de países e não de governos", acrescentou. Timor-Leste apoiou o processo eleitoral na Guiné-Bissau, que conduziu à realização das eleições legislativas e presidenciais, com mais de quatro milhões de euros.
Na sua intervenção, Mari Alkatiri recordou também o apoio dado pelos Países Africanos de Língua Portuguesa à frente diplomática durante a ocupação indonésia de Timor-Leste afirmando: "Partilharam a sua própria pobreza para nos ajudarem a fazer o nosso trabalho".
Em declarações à Lusa no final da sua intervenção, Mari Alkatiri defendeu também uma CPLP mais ativa nas relações económicas internacionais para deixar de ficar limitada a uma organização para "matar saudades". "Não nos limitemos só a fazer da CPLP uma organização para matar saudades, falar do passado, é preciso que seja uma CPLP que possa intervir nas relações internacionais de forma sistemática e coerente e fundamentalmente nas relações económicas internacionais", afirmou Mari Alkatiri.
Timor-Leste assume pela primeira vez durante a cimeira de chefes de Estado e de Governo da CPLP, marcada para 23 de julho em Díli, a presidência da organização.após o golpe de Estado de 2012, decidido contra a vontade da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
O secretário-geral da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin) falava na conferência "África/Timor-Leste: passado, presente e futuro", que decorreu no Ministério dos Negócios Estrangeiros em Díli, no âmbito da celebração do Dia de África, assinalado no domingo.
"Fizemo-lo conscientes das relações históricas e culturais que unem num passado longínquo e recente. Fizemo-lo porque tivemos a perceção de que era a nossa vez de mostrar a solidariedade", afirmou Mari Alkatiri, lembrando que a Guiné-Bissau foi o primeiro país a reconhecer a independência de Timor-Leste.
"Um dirigente de outro país disse que não devíamos ter feito isso porque o governo era ilegítimo. Respondi que a comunidade era de países e não de governos", acrescentou. Timor-Leste apoiou o processo eleitoral na Guiné-Bissau, que conduziu à realização das eleições legislativas e presidenciais, com mais de quatro milhões de euros.
Na sua intervenção, Mari Alkatiri recordou também o apoio dado pelos Países Africanos de Língua Portuguesa à frente diplomática durante a ocupação indonésia de Timor-Leste afirmando: "Partilharam a sua própria pobreza para nos ajudarem a fazer o nosso trabalho".
Em declarações à Lusa no final da sua intervenção, Mari Alkatiri defendeu também uma CPLP mais ativa nas relações económicas internacionais para deixar de ficar limitada a uma organização para "matar saudades". "Não nos limitemos só a fazer da CPLP uma organização para matar saudades, falar do passado, é preciso que seja uma CPLP que possa intervir nas relações internacionais de forma sistemática e coerente e fundamentalmente nas relações económicas internacionais", afirmou Mari Alkatiri.
Timor-Leste assume pela primeira vez durante a cimeira de chefes de Estado e de Governo da CPLP, marcada para 23 de julho em Díli, a presidência da organização.após o golpe de Estado de 2012, decidido contra a vontade da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
LGDH: Declaração de repúdio contra o Boko Haram
MEMBRO DE:
FIDH – Federação Internacional dos Direitos Humanos
UIDH – União Internacional dos Direitos Humanos
FODHC-PALOP – Fórum das ONGs dos Direitos Humanos e da Criança dos PALOP
Fundador do Movimento da Sociedade Civil
PLACON – Plataforma de Concertação das ONGs
MEMBRO OBSERVADOR JUNTO DE:
CADHP – Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos
Defender os direitos humanos das mulheres na Nigéria é lutar contra o obscurantismo de Boko Haram
No dia 15 de Abril de 2014, o mundo foi confrontado com o sequestro de 223 alunas da escola secundária de Chibok no Estado de Borno, nordeste da Nigéria cuja autoria foi reivindicada pela organização extremista, Boko Haram.
Tendo em consideração que o direito à educação constitui um direito fundamental assegurado pelas convenções internacionais assinadas e ratificadas pelo estado nigeriano;
Profundamente chocados com o sequestro e consequente privação ilegal do direito à educação das raparigas vitimas de sequestro;
Considerando as inadmissíveis declarações dos dirigentes do grupo extremista Boko Haram segundo as quais, as raparigas sequestradas serão submetidas à escravatura ou vendidas, pondo em evidencia a desconsideração total pela dignidade inerente a qualquer pessoa;
Conscientes da responsabilidade primária do estado da República Federativa de Nigéria em defender e proteger eficazmente os direitos humanos em especial das mulheres e crianças;
Tendo em conta a responsabilidade da comunidade internacional nomeadamente as Nações Unidas, a União Africana, a CEDEAO em promover e proteger os direitos humanos das mulheres à luz da Convenção das Nações Para a Eliminação de todas as Formas de Descriminação Contras as Mulheres, o Protocolo à Carta da União Africana Relativo aos Direitos das Mulheres, a Convenção Internacional para a Proteção de todas as Pessoas Contra o Desaparecimento Forçado, a Convenção Contra a Tortura e Outras Penas ou Tratamentos Cruéis, Desumanos e Degradantes, as Resoluções 1325 e 1820 e seguintes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, entre outros instrumentos fundamentais.
A Liga Guineense Direitos Humanos e demais organizações femininas e da sociedade civil em geral da Guiné-Bissau, decidem os seguintes:
1. Condenar veementemente e sem reservas o sequestro massivo de 223 raparigas perpetrado pelo grupo terrorista Boko Haram na Nigeria;
2. Exigir a libertação imediata e incondicional das raparigas sequestradas por forma a permitir a retoma às suas atividades escolares;
3. Apelar firmemente as autoridades nigerianas para assumirem as suas responsabilidades em todo o território nacional, tendente à adopção de medidas adequadas para proteger os cidadãos nacionais e estrangeiros das atrocidades do grupo extremista Boko Haram, e punir de forma severa os autores morais e materiais de tais atos hediondos;
4. Apelar à comunidade internacional nomeadamente às Nações Unidas, a União Africana, a União Europeia e a CEDEAO, no sentido de articular os esforços com vista a classificação do Boko Haram como organização terrorista e consequente erradicação das suas células na Nigéria e noutros países da subregião;
5. Exortar ao Tribunal Penal Internacional (TPI) para a abertura de uma investigação sobre os crimes graves que afrontam a consciência da humanidade, cometidos pelo Boko Haram na Nigéria, e consequente responsabilização criminal dos seus autores;
6. Apelar a mobilização das organizações da sociedade civil da África Ocidental por forma a fazer face às ameaças e crueldades da organização terrorista Boko Haram as quais se traduzem em obstáculos à paz, a convivência pacifica e tolerância religiosa na sub-região;
Feita em Bissau aos 23 dias do mês Maio 2014
Subscritores
segunda-feira, 26 de maio de 2014
Guiné-Bissau: Xanana defende "intervenção concertada" a nível da CPLP
O primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, defendeu hoje que uma "intervenção concertada de todos os membros da CPLP na Guiné-Bissau "seria o ideal". Na conferência de imprensa que se seguiu à XV reunião de ministros da Defesa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que hoje se realizou no Forte de São Julião da Barra, em Oeiras, Xanana Gusmão frisou que só uma intervenção concertada "responderia às necessidades de reforma do setor de segurança" guineense.
O chefe de Governo timorense assinalou que Timor-Leste está em posição de ajudar, já que tem "uma certa experiência", por ter vivido um "conflito prolongado" a seguir ao qual foi necessário "desmobilizar as forças armadas". Porém, reconheceu, a Guiné-Bissau tem "a particularidade" de manter "ex-guerrilheiros nas forças armadas de hoje”.
Recordando que as forças armadas guineenses tiveram "um papel relevante" no "desrespeito pela ordem constitucional", Xanana aplaudiu, por outro lado, "a coragem dos atuais líderes" militares e policiais, que, acredita, "estão agora imbuidos de vontade de mudar o rumo dos acontecimentos".
Por seu lado, o ministro da Defesa brasileiro, Celso Amorim, renovou "o compromisso" em apoiar a Guiné na "profissionalização" e "modernização" das forças armadas, no sentido de as habilitar "para combater as ameaças globais", como o narcotráfico.
Sem descartar a importância, também, da reforma do setor de segurança e defesa, incluindo a desmobilização dos atuais militares, garantiu que "o Brasil está muito empenhado em ajudar", reconhecendo que tal reforma exige "financiamento, porque tem um custo". Já uma eventual ação conjunta da CPLP tem de "levar muito em conta o que pensam os países da região e as organizações regionais", sublinhou.
"A situação na Guiné-Bissau nos preocupa a todos, e muito, há muito tempo aliás", assegurou. Por seu lado, o ministro da Defesa português, José Pedro Aguiar-Branco, foi mais cauteloso nas declarações sobre a situação na Guiné-Bissau, sublinhando que a reunião de hoje foi "uma reflexão sobre os resultados eleitorais e o caminho a seguir" e "ainda não foi o fórum para tratar de medidas em concreto", que será realizado "em momento oportuno".
Aguiar-Branco disse apenas que a organização lusófona "renovou o compromisso" de "contribuir para a consolidação do sistema democrático” na Guiné-Bissau. Recordando que, no quadro da CPLP, "não existe uma acão de intervenção conjunta na área da defesa", Aguiar-Branco assegurou "empenho, colaboração e cooperação em ações que se possam vir a desenvolver para consolidar o processo" em curso na Guiné-Bissau.
Considerando que as eleições foram "um passo sustentado e duradouro para o regresso à normalidade", o ministro transmitiu ainda "o desejo" de que a Guiné-Bissau "regresse o mais depressa possível" à área de intervenção de defesa na CPLP. Moçambique transferiu hoje a presidência do setor da Defesa da CPLP para Portugal e São Tomé e Príncipe vai acolher a próxima reunião de ministros da Defesa daqui a um ano, adiantou.
Diário Digital/Lusa
O chefe de Governo timorense assinalou que Timor-Leste está em posição de ajudar, já que tem "uma certa experiência", por ter vivido um "conflito prolongado" a seguir ao qual foi necessário "desmobilizar as forças armadas". Porém, reconheceu, a Guiné-Bissau tem "a particularidade" de manter "ex-guerrilheiros nas forças armadas de hoje”.
Recordando que as forças armadas guineenses tiveram "um papel relevante" no "desrespeito pela ordem constitucional", Xanana aplaudiu, por outro lado, "a coragem dos atuais líderes" militares e policiais, que, acredita, "estão agora imbuidos de vontade de mudar o rumo dos acontecimentos".
Por seu lado, o ministro da Defesa brasileiro, Celso Amorim, renovou "o compromisso" em apoiar a Guiné na "profissionalização" e "modernização" das forças armadas, no sentido de as habilitar "para combater as ameaças globais", como o narcotráfico.
Sem descartar a importância, também, da reforma do setor de segurança e defesa, incluindo a desmobilização dos atuais militares, garantiu que "o Brasil está muito empenhado em ajudar", reconhecendo que tal reforma exige "financiamento, porque tem um custo". Já uma eventual ação conjunta da CPLP tem de "levar muito em conta o que pensam os países da região e as organizações regionais", sublinhou.
"A situação na Guiné-Bissau nos preocupa a todos, e muito, há muito tempo aliás", assegurou. Por seu lado, o ministro da Defesa português, José Pedro Aguiar-Branco, foi mais cauteloso nas declarações sobre a situação na Guiné-Bissau, sublinhando que a reunião de hoje foi "uma reflexão sobre os resultados eleitorais e o caminho a seguir" e "ainda não foi o fórum para tratar de medidas em concreto", que será realizado "em momento oportuno".
Aguiar-Branco disse apenas que a organização lusófona "renovou o compromisso" de "contribuir para a consolidação do sistema democrático” na Guiné-Bissau. Recordando que, no quadro da CPLP, "não existe uma acão de intervenção conjunta na área da defesa", Aguiar-Branco assegurou "empenho, colaboração e cooperação em ações que se possam vir a desenvolver para consolidar o processo" em curso na Guiné-Bissau.
Considerando que as eleições foram "um passo sustentado e duradouro para o regresso à normalidade", o ministro transmitiu ainda "o desejo" de que a Guiné-Bissau "regresse o mais depressa possível" à área de intervenção de defesa na CPLP. Moçambique transferiu hoje a presidência do setor da Defesa da CPLP para Portugal e São Tomé e Príncipe vai acolher a próxima reunião de ministros da Defesa daqui a um ano, adiantou.
Diário Digital/Lusa
Nuno Nabiam desmente PM cabo-verdiano
O candidato derrotado na segunda volta das eleições presidenciais da Guiné Bissau desmente ter colocado quaisquer condições para aceitar os resultados. Segundo o primeiro-ministro cabo-verdiano - José Maria Neves, durante uma aula magna sobre 'Democracia e Governação' em África, Nuno Nabiam - candidato independente apoiado pelo PRS exigiu ser vice-primeiro-ministro e a tutela da reforma das forças de defesa e segurança, bem como dos recursos naturais.
Além das três exigências ilustradas por José Maria Neves para dar conta de que as minorias não podem impor condições às minorias, Nuno Nabiam exigia que, no caso do cargo de vice-primeiro-ministro, não previsto na Constituição guineense, se crie uma comissão "ad hoc" para a rever e possibilitar a instituição dessas funções.
Em declarações prestadas ao jornalista Lamine Marna, em serviço-especial para a RDP África, Nuno Nabiam desmente essas intenções e diz mesmo que as declarações de José Maria Neves são "levianas". Quanto ao futuro, diz estar disponivel para ajudar a Guiné Bissau.
LGDH organiza vigília contra rapto de raparigas na Nigéria
Comunicado de Imprensa
Na sequência do sequestro massivo de 223 raparigas na escola secundária de Chibok, nordeste da República Federativa de Nigéria, perpetrado no dia 15 de Abril de 2014 pela organização extremista radical Boko Haram, a Liga Guineense dos Direitos Humanos em parceria com as organizações da sociedade civil, pretende juntar a voz do povo guineense ao protesto mundial contra aquele ato que constitui uma afronta à consciência da humanidade.
Nesta perspectiva vai ser realizada, amanhâ dia 27 de Maio 2014, às 9h00, uma vigília de protesto no Jardim Titina Silá, em Bissau sob o lema, Defender os Direitos Humanos das Mulheres na Nigéria é Lutar Contra o Obscurantismo de Boko Haram.
Este evento tem como objectivo, solidarizar-se para com as familías das vítimas e o povo nigeriano e exigir por outro lado, a libertaçâo imediata e incondicional das referidas raparigas. Esta vigília culminará com a entrega de uma declaração de repúdio contra o sequestro maissivo de 223 das raparadas nigerianas ao Embaixador da República Federativa da Nigéria e ao Representante da CEDEAO na Guiné-Bissau. A organização apela a participação massiva de todas as organizações da sociedade civil neste evento.
Pela paz, Justiça e Direitos Humanos
Bissau, 26 dias do mês de maio 2014
A Direcção Nacional
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Na sequência do sequestro massivo de 223 raparigas na escola secundária de Chibok, nordeste da República Federativa de Nigéria, perpetrado no dia 15 de Abril de 2014 pela organização extremista radical Boko Haram, a Liga Guineense dos Direitos Humanos em parceria com as organizações da sociedade civil, pretende juntar a voz do povo guineense ao protesto mundial contra aquele ato que constitui uma afronta à consciência da humanidade.
Nesta perspectiva vai ser realizada, amanhâ dia 27 de Maio 2014, às 9h00, uma vigília de protesto no Jardim Titina Silá, em Bissau sob o lema, Defender os Direitos Humanos das Mulheres na Nigéria é Lutar Contra o Obscurantismo de Boko Haram.
Este evento tem como objectivo, solidarizar-se para com as familías das vítimas e o povo nigeriano e exigir por outro lado, a libertaçâo imediata e incondicional das referidas raparigas. Esta vigília culminará com a entrega de uma declaração de repúdio contra o sequestro maissivo de 223 das raparadas nigerianas ao Embaixador da República Federativa da Nigéria e ao Representante da CEDEAO na Guiné-Bissau. A organização apela a participação massiva de todas as organizações da sociedade civil neste evento.
Pela paz, Justiça e Direitos Humanos
Bissau, 26 dias do mês de maio 2014
A Direcção Nacional
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Dias felizes
O não fazer está a dar cabo de mim. Mas lá está: "A dignidade uma pessoa pode ser atacada, vandalizada, cruelmente posta a rídiculo, mas não pode ser-lhe tirada, a menos que a ela renuncie." E eu não renuncio à minha dignidade. Antes a morte.
Agora estou fechado sobre mim mesmo, frequentemente de mal com a minha pessoa e com todos. Lá fora, talvez seja um homem novo, sem país, sem destino, sem passado nem futuro. Não conto com mais nada. Não espero nada de ninguém, apenas o prazer de viajarmos juntos no pensamento.
Tudo foi genuíno na minha vida, sem máscaras. Com forte personalidade - claro!. Os que não morrem, encontram-se - é o que se costuma pensar nas despedidas. E, a julgar pelas lápides nos cemitérios, todo aquele que já morreu era boa pessoa...já leram bem as lápides? Tudo belo. Mas apenas na morte, claro. Mentira. Quando muito, os que um dia se encontraram nunca mais morrem na nossa memória.
Mesmo que apareçam tão-somente assim, esporadicamente, do fundo de uma gaveta, onde vive, arquivada, a luz dos dias felizes. AAS
Bissau marcha hoje pela África
No quadro de cumprimento cabal do nosso programa traçado em Comemoração a 56 anos de “Dia de Libertação Africana” (DLA), pretendemos realizar uma Marcha Silenciosa alusiva à data no dia 26/05/14 (2ª feira).
A Concentração no Tchapa de Bissau pelos 16H00 min, com inicio de 17H00 min. A marcha terminara com um Comício na Praça de Che Guevara, (ao lado de Baiana), pelos 18h00 min.
Pelo que convidamos todos Africanos na Guine-Bissau e amigos da Africa, independente de idade, religião, cor partidário ou origem com a mais elevada estima e honra à tomar parte neste acto que revela o espírito e a determinação dos Africanos na luta coordenada pela Unificação, Libertação e o Progresso do continente. O Comício vai ter representantes de Governo Eleito de Guine-Bissau, Corpo Diplomático residente, Associações Juvenis / Mulheres, estudantes e os cidadãos sob o lema:
«O Pan-Africanismo; Nô Dibidi Ósa e Nô Faci Nô Futuro!»
Queremos todos vestir roupas brancas e trazer uma garrafa de água de beber. Vamos todos para Tchapa de Bissau pelos 16H00 min no dia 26 de Maio (segunda-feira) de ano em curso.
Imani Na Umoja
Coordenador de Subcomissão Preparatória para Comunicações Sociais
domingo, 25 de maio de 2014
POLÉMICA: PM de Cabo Verde revela exigências de Nuno Nabiam
O candidato derrotado nas eleições presidenciais de domingo na Guiné-Bissau exigiu, como condição para aceitar os resultados, ser vice-primeiro-ministro e a tutela da reforma das forças de defesa e segurança, bem como dos recursos naturais.
A revelação foi feita esta sexta-feira, 23, pelo primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, que, numa aula magna sobre "Democracia e Governação" em África, recorreu ao exemplo de Nuno Nabiam para sublinhar que, no continente, e em democracia, as minorias não podem impor condições às maiorias.
Segundo o chefe do executivo de Cabo Verde, foram, essas as exigências que Nuno Nabiam, candidato independente apoiado pelo Partido da Renovação Social (PRS) e que perdeu a segunda das presidenciais volta para José Mário Vaz, suportado pelo Partido Africano das Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), fez para aceitar os resultados.
No final, e questionado pelos jornalistas sobre o que acabara de dizer aos estudantes, José Maria Neves escusou-se a avançar mais pormenores, sobretudo sobre se as condições impostas por Nuno Nabiam foram aceites.
"Não vou fazer nenhum comentário em relação a esta matéria. Acho que, enquanto primeiro-ministro, não devo fazer comentários sobre essa questão", respondeu o chefe do executivo, que, momentos antes, dera conta aos estudantes do curso de jornalismo da Universidade de Cabo Verde do que se passara na Guiné-Bissau.
Além das três exigências ilustradas por José Maria Neves para dar conta de que as minorias não podem impor condições às minorias, Nuno Nabiam exige que, no caso do cargo de vice-primeiro-ministro, não previsto na Constituição guineense, se crie uma comissão "ad hoc" para a rever e possibilitar a instituição dessas funções. As eleições legislativas guineenses de 13 de abril foram ganhas pelo PAIGC, cujo líder, Domingos Simões Pereira, irá formar Governo em breve.
Nas presidenciais do mesmo dia, os dois candidatos mais votados passaram à segunda volta, disputada domingo, em que José Mário Vaz obteve 61,9% dos votos, contra 38,1% de Nuno Nabiam, segundo os resultados provisórios divulgados terça-feira pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau. Fonte: Lusa
A revelação foi feita esta sexta-feira, 23, pelo primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, que, numa aula magna sobre "Democracia e Governação" em África, recorreu ao exemplo de Nuno Nabiam para sublinhar que, no continente, e em democracia, as minorias não podem impor condições às maiorias.
Segundo o chefe do executivo de Cabo Verde, foram, essas as exigências que Nuno Nabiam, candidato independente apoiado pelo Partido da Renovação Social (PRS) e que perdeu a segunda das presidenciais volta para José Mário Vaz, suportado pelo Partido Africano das Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), fez para aceitar os resultados.
No final, e questionado pelos jornalistas sobre o que acabara de dizer aos estudantes, José Maria Neves escusou-se a avançar mais pormenores, sobretudo sobre se as condições impostas por Nuno Nabiam foram aceites.
"Não vou fazer nenhum comentário em relação a esta matéria. Acho que, enquanto primeiro-ministro, não devo fazer comentários sobre essa questão", respondeu o chefe do executivo, que, momentos antes, dera conta aos estudantes do curso de jornalismo da Universidade de Cabo Verde do que se passara na Guiné-Bissau.
Além das três exigências ilustradas por José Maria Neves para dar conta de que as minorias não podem impor condições às minorias, Nuno Nabiam exige que, no caso do cargo de vice-primeiro-ministro, não previsto na Constituição guineense, se crie uma comissão "ad hoc" para a rever e possibilitar a instituição dessas funções. As eleições legislativas guineenses de 13 de abril foram ganhas pelo PAIGC, cujo líder, Domingos Simões Pereira, irá formar Governo em breve.
Nas presidenciais do mesmo dia, os dois candidatos mais votados passaram à segunda volta, disputada domingo, em que José Mário Vaz obteve 61,9% dos votos, contra 38,1% de Nuno Nabiam, segundo os resultados provisórios divulgados terça-feira pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau. Fonte: Lusa
sábado, 24 de maio de 2014
Madeira: O embaixador da China é um brincalhão...
O embaixador da China na Guiné-Bissau, Wang Hua, pretende "aclarar" o alegado envolvimento de chineses na comercialização de madeira guineense, ao mesmo tempo que condena o abate "indiscriminado" das florestas do país.
"Dizer que esse comércio de madeira está ligado só com a China, acho que é um engano", referiu à agência Lusa, a propósito dos relatos de residentes em aldeias guineenses e das queixas de instituições ambientais.
O diplomata pretende encetar contactos "rapidamente" com a comunidade chinesa na Guiné-Bissau e com as autoridades do novo governo (que deve tomar posse em junho) para "aclarar o assunto". "Se algum cidadão chinês faz essa destruição, tem que ser alvo de uma crítica, uma censura, porque isso vai contra a vontade da natureza guineense e contra o nosso povo", sublinhou.
A China assume "a mesma posição de protesto" que surge por todo o território contra esse corte "indiscriminado", que para Wang Hua não é "legal" nem "justo", porque implica "a destruição da mata". O embaixador chinês em Bissau diz ter informações do Governo de transição de que há chineses envolvidos "no comércio" e não no abate.
"Se a coisa é assim, é outro problema e vamos ver se esse negócio é legal ou ilegal", referiu. "Se é legal, sem comentários, se é ilegal, protestamos, criticamos também porque a nossa posição está bem clara: as nossas empresas e cidadãos têm que respeitar as leis e regulamentos em qualquer país africano", concluiu.
Nelson Dias, delegado da União Internacional de Conservação da Natureza (UICN) na Guiné-Bissau, alertou em março, num entrevista à agência Lusa, para o aumento do "número de motosserras nas florestas e do número de contentores" oriundos do interior "que fazem fila no porto de Bissau ou passam pela fronteira".
A madeira Pau de Sangue é a mais procurada e cada contentor "pode levar 95 a 100 troncos. A população ganha mil francos por árvore cortada, quem corta ganha quatro a cinco milhões por contentor e o exportador lucra um balúrdio", resumiu Nelson Dias, para ilustrar o desequilíbrio do negócio.
Ou seja, "o Estado passa licenças em que não ganha nada" e a população, maioritariamente dependente da agricultura, "fica com os ecossistemas destruídos". A participação de cidadãos chineses com o apoio de militares durante as operações é relatada pela população das zonas afetadas, conforme os depoimentos registados pelas organizações ambientais e da sociedade civil.
No último relatório trimestral sobre o país, as Nações Unidas pediram ajuda à comunidade internacional para estancar a destruição das florestas e das reservas naturais na Guiné-Bissau por terem atingido "níveis sem precedentes" nos últimos "dois anos". O relatório, discutido no Conselho de Segurança da ONU, defende que a gestão transparente dos recursos naturais tem de se tornar "uma prioridade" para as novas autoridades eleitas.
"Dizer que esse comércio de madeira está ligado só com a China, acho que é um engano", referiu à agência Lusa, a propósito dos relatos de residentes em aldeias guineenses e das queixas de instituições ambientais.
O diplomata pretende encetar contactos "rapidamente" com a comunidade chinesa na Guiné-Bissau e com as autoridades do novo governo (que deve tomar posse em junho) para "aclarar o assunto". "Se algum cidadão chinês faz essa destruição, tem que ser alvo de uma crítica, uma censura, porque isso vai contra a vontade da natureza guineense e contra o nosso povo", sublinhou.
A China assume "a mesma posição de protesto" que surge por todo o território contra esse corte "indiscriminado", que para Wang Hua não é "legal" nem "justo", porque implica "a destruição da mata". O embaixador chinês em Bissau diz ter informações do Governo de transição de que há chineses envolvidos "no comércio" e não no abate.
"Se a coisa é assim, é outro problema e vamos ver se esse negócio é legal ou ilegal", referiu. "Se é legal, sem comentários, se é ilegal, protestamos, criticamos também porque a nossa posição está bem clara: as nossas empresas e cidadãos têm que respeitar as leis e regulamentos em qualquer país africano", concluiu.
Nelson Dias, delegado da União Internacional de Conservação da Natureza (UICN) na Guiné-Bissau, alertou em março, num entrevista à agência Lusa, para o aumento do "número de motosserras nas florestas e do número de contentores" oriundos do interior "que fazem fila no porto de Bissau ou passam pela fronteira".
A madeira Pau de Sangue é a mais procurada e cada contentor "pode levar 95 a 100 troncos. A população ganha mil francos por árvore cortada, quem corta ganha quatro a cinco milhões por contentor e o exportador lucra um balúrdio", resumiu Nelson Dias, para ilustrar o desequilíbrio do negócio.
Ou seja, "o Estado passa licenças em que não ganha nada" e a população, maioritariamente dependente da agricultura, "fica com os ecossistemas destruídos". A participação de cidadãos chineses com o apoio de militares durante as operações é relatada pela população das zonas afetadas, conforme os depoimentos registados pelas organizações ambientais e da sociedade civil.
No último relatório trimestral sobre o país, as Nações Unidas pediram ajuda à comunidade internacional para estancar a destruição das florestas e das reservas naturais na Guiné-Bissau por terem atingido "níveis sem precedentes" nos últimos "dois anos". O relatório, discutido no Conselho de Segurança da ONU, defende que a gestão transparente dos recursos naturais tem de se tornar "uma prioridade" para as novas autoridades eleitas.
A ambiguidade norte-americana
"DEPARTAMENTO DE ESTADO DOS EUA
Gabinete do Porta-Voz
DECLARAÇÃO POR JEN PSAKI, PORTA-VOZ
Eleições Presidenciais na Guiné-Bissau
Os Estados Unidos congratulam com o povo da Guiné-Bissau pelo êxito nas eleições presidenciais pacíficas e ordeiras de 18 de maio, e felicitam o Presidente eleito, S.Exa. José Mário Vaz pela sua vitória.
A Administração Americana aguarda com expectativa trabalhar com S.Exa. Presidente Mário Vaz e o Governo da Guiné-Bissau nos seus esforços para retornar ao regime democrático e alcançar uma paz duradoura na região.
Os Estados Unidos instam as forças vivas do país, tanto civis como militares, para ouvirem a voz do povo e concluírem o período de transição política com êxito.
Estas eleições oferecem a oportunidade para reformas abrangentes para quebrar com o ciclo da corrupção na Guiné-Bissau, e avançar com o fornecimento de serviços públicos e o desenvolvimento do país."
NOTA: Eu respondi a este email do Governo norte-americano, assim:
"E sobre as acusações contra o Antonio Indjai? Por que razao é que o embaixador norte-americano reúne com alguém considerado CRIMINOSO pela administração norte-americana???
Gostava de saber a vossa opinião sobre estes assuntos.
Obrigado,
Aly "
Gabinete do Porta-Voz
DECLARAÇÃO POR JEN PSAKI, PORTA-VOZ
Eleições Presidenciais na Guiné-Bissau
Os Estados Unidos congratulam com o povo da Guiné-Bissau pelo êxito nas eleições presidenciais pacíficas e ordeiras de 18 de maio, e felicitam o Presidente eleito, S.Exa. José Mário Vaz pela sua vitória.
A Administração Americana aguarda com expectativa trabalhar com S.Exa. Presidente Mário Vaz e o Governo da Guiné-Bissau nos seus esforços para retornar ao regime democrático e alcançar uma paz duradoura na região.
Os Estados Unidos instam as forças vivas do país, tanto civis como militares, para ouvirem a voz do povo e concluírem o período de transição política com êxito.
Estas eleições oferecem a oportunidade para reformas abrangentes para quebrar com o ciclo da corrupção na Guiné-Bissau, e avançar com o fornecimento de serviços públicos e o desenvolvimento do país."
NOTA: Eu respondi a este email do Governo norte-americano, assim:
"E sobre as acusações contra o Antonio Indjai? Por que razao é que o embaixador norte-americano reúne com alguém considerado CRIMINOSO pela administração norte-americana???
Gostava de saber a vossa opinião sobre estes assuntos.
Obrigado,
Aly "
sexta-feira, 23 de maio de 2014
Pós-Eleições: Deputados são os primeiros a tomar posse
A Assembleia Nacional Popular (ANP) vai ser o primeiro órgão eleito da Guiné-Bissau a tomar posse no regresso à ordem constitucional, afirmou à agência Lusa fonte da área jurídica.
Dois anos depois do último golpe de Estado militar, o povo votou e devolveu as rédeas à força política que tinha sido deposta: o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) conquistou a presidência e a maioria absoluta no parlamento.
Os 102 deputados eleitos reúnem-se e tomam posse "nos 30 dias subsequentes à publicação dos resultados finais das eleições no Boletim Oficial [da República da Guiné-Bissau]", refere o regimento do órgão. Lusa
Dois anos depois do último golpe de Estado militar, o povo votou e devolveu as rédeas à força política que tinha sido deposta: o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) conquistou a presidência e a maioria absoluta no parlamento.
Os 102 deputados eleitos reúnem-se e tomam posse "nos 30 dias subsequentes à publicação dos resultados finais das eleições no Boletim Oficial [da República da Guiné-Bissau]", refere o regimento do órgão. Lusa
quinta-feira, 22 de maio de 2014
Obrigado, Nuno Nabiam
Num País onde cegos guiam cegos, a atitude do candidato Nuno Nabiam é a prova de que a Guiné-Bissau pode contar com ele e com os ganhos que obteve nestas eleições presidenciais. Parabéns ao Nuno Nabiam pela coerência e grande sentido de responsabilidade. E de Estado. Os mais velhos que aprendam...A democracia agradece, e a mamã Guiné, também! AAS
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