domingo, 6 de outubro de 2013

CHINA: Continua o escândalo com os passaportes da Guiné-Bissau


Guine Bissau

LER NOTÍCIA

P.S.: Ditadura do Consenso publica, amanhã, a prova CABAL de como os mais incautos são aliciados para COMPRAREM o passaporte da Guiné-Bissau. AAS

sábado, 5 de outubro de 2013

DROGA: Chefias militares guineenses na mira


Invariavelmente, com Serifo Nhamadjo a servir-se de «mensageiro» das preocupações de Washington a Bissau, funcionários do Departamento de Estado americano mantiveram, recentemente e à margem da 68ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, um breve encontro com o presidente interino guineense.

Na agenda, o processo de transição em curso na Guiné-Bissau, país onde, na sequência de novas eleições gerais, aparentemente previstas para Novembro próximo, Washington aguarda o retorno à normalidade democrática, com a instituição de um novo «Poder» que possa pôr cobro aos desmandos e à corrupção que tomou conta das estruturas governamentais e das casernas militares.

É que a administração Obama não parece disposta a abrir mão da determinação de levar à justiça americana as chefias militares e governamentais envolvidas com as redes do narcotráfico na Guiné-Bissau. Esta determinação ficou pois patente, de acordo com fontes americanas, no encontro que a secretária de Estado assistente para as questões africanas, Lindda Thomas Greenfield, manteve em Nova Iorque com o presidente interino da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo.

Greenfield quis, através de Nhamadjo, inteirar-se dos preparativos do processo eleitoral em curso no país, que Washington acredita poder vir a resultar, pela via das urnas, na eleição de um novo e legítimo governo.
Em causa está a urgente retoma da cooperação com Bissau, susceptível de resultar na responsabilização judicial da liderança do eixo da cocaína nesse país oeste-africano.

Para já, hipótese que, com o actual poder em Bissau, Washington encara como inexequível, em face da inépcia demonstrada pelo governo de transição bissau-guineense saído do golpe militar de 12 de Abril de 2012, liderado por António Indjai. Fazendo fé nas nossas fontes, a recente promoção de um grupo de oficiais militares, que inclui o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, o general António Indjai, e algumas outras figuras implicadas no narcotráfico, particularmente no caso que culminou em Abril deste ano, na detenção do chefe de armada bissau-guineenses, Bubo Natchuto, constitui apenas a peça de um puzzle a denotar um claro desinteresse de Bissau em dar luta a este fenómeno que infesta as instituições governamentais e castrenses do país.

De resto, a emissão de um documento oficial, cuja autoria e atribuída ao «governo bissau-guineense», que dá do aval aos militares para a importação de armamentos, nomeadamente mísseis terra-ar, destinado aos guerrilheiros da FARC na Colômbia (aliás, peça da acusação formal norte-americana que impende sobre Bubo Natchuto e António Indjai), constitui para Washington a prova cabal das facilidades e conexões que as redes do narcotráfico gozam nas esferas do poder em Bissau.

O facto de nenhuma diligência ter sido feito por Bissau para o apuramento das responsabilidades do envolvimento de sectores do governo do primeiro-ministro, Rui Barros, na emissão do documento que avalizava a operação serviu apenas para confirmar as suspeitas norte-americanas. E pois com este fito que os Estados Unidos da América aproveitaram a estada de Serifo Nhamadjo em Nova Iorque para reiterarem a sua intransigência em relação às chefias militares do país envolvidas no eixo da cocaína na Guiné-Bissau.

Recorde-se que, já no ano passado, à margem da anterior Assembleia Geral das Nações Unidas, o Presidente da República de Transição da Guiné-Bissau recebera emissários do Departamento de Estado norte-americano, com a estrita missão de lhe comunicarem a determinação de Washington em estender a operacionalidade das «Drones», naves não tripuladas, ao espaço aéreo bissau-guineense, no combate às rotas da cocaína na África Ocidental, que têm servido de fonte de financiamento aos grupos extremistas islâmicos que operam na região.

Facto curioso é que, já por essa altura, os Estados Unidos da América, através da sua Agência de Combate ao Narcotráfico (DEA), tinham em fase avançada de implementação a operação que culminaria em Abril de 2012 na detenção do então chefe de estado da armada guineense, o contra almirante José Américo Bubo Natchuto, por envolvimento com o narcoterrorismo e na indiciação, pelo mesmo crime, do actual Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas guineenses, o general António Indjai.

Washington estaria igualmente na posse de informações sensíveis sobre a actividade de grupos radicais islâmicos, nomeadamente a Al Qaida do Magreb, e de intermediários do grupo guerrilheiro colombiano, as FARC, na região, particularmente na Guiné-Bissau.

Se dúvidas ainda persistiam quanto ao descrédito do poder instituído em Bissau junto da administração norte-americana, o que foi dito ao presidente da transição durante a sua recente deslocação a Nova Iorque, para participar na Assembleia Geral das Nações Unidas, contribuiu de forma inequívoca para a clarificação da posição de Washington em relação ao caso.

É que, durante a sua estada em Nova Iorque, Serifo Nhamadjo viu-se privado da escolta protocolar dos serviços secretos americanos, instituição que por norma assegura a protecção das altas entidades dos países membros da ONU que se desloquem àquela cidade americana por ocasião da assembleia magna daquela organização internacional.
Apesar do pedido nesse sentido feito pela missão diplomática da Guiné-Bissau junto das Nações Unidas, a resposta de Washington foi um «não» redondo à representação de um governo interino que, por sinal, os Estados Unidos da América não reconhecem.


Por Nelson Herbert
Fonte: Publicado no Semanário Angolense

Obrigado, general!, e mande mais...


dc stats soundcloud

E CONTINUAM EM CARTAZ: DEA ou SODJA KRIOL. Abô ku na kudji, ma i mindjor bu obi tudu dus... AAS



Está apresentado (não que precisasse)


REMNA SCHWARZ

Tissi ku leba...hum


xanana

Para memória futura: sobre vacas e cabras (di dus pé?!)


"Como representante do secretário-geral da ONU (na Guiné-Bissau), eu não posso dar os nomes das cidades que são verdadeiros centros de droga e lavagem de dinheiro, onde o que você vê é a grande opulência, com mansões, edifícios de luxo e carros de luxo, enquanto em Bissau tudo que você vê nas ruas são cabras e vacas." - José Ramos Horta, representante do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Grande operação em preparação...AAS

Terminou périplo europeu de Jorge Carlos Fonseca

O Presidente da República de Cabo verde, Jorge Carlos Fonseca, no âmbito da sua visita à Europa (Benelux) teve um encontro de cerca de 40 minutos com o novo Rei da Holanda, S.A.R. Willem-Alexander, dia 03 de Setembro às 10h30, na sua residência privada em Den Haag - Holanda. Visita muito esperada pela SE o Presidente da República, sendo o 1º Chefe de Estado africano de língua portuguesa a ser recebido pelo rei da Holanda. Segundo o Chefe de Estado o encontro foi "cordialíssimo, muito útil e que constitui um privilégio para Cabo Verde, para a comunidade cabo-verdiana na Holanda e para si próprio como Chefe de Estado.

De recordar que o Presidente da República efectuou visita à União Europeia, a convite do Parlamento Europeu onde discursou e respondeu às perguntas dos deputados. Participou na reunião das Comissões parlamentares para vários assuntos que envolvem Cabo Verde como a pesca, género, família, ambiente, tráfico de drogas e segurança, visita ao Reino da Bélgica, Holanda, Luxemburgo e Roma onde participou no evento organizado pela Comunidade de Santo Egídio. Depois do Encontro com o Monarca holandês, o Chefe de Estado cabo-verdiano, visitou o momento de homenagem à abolição da escravatura do escultor cabo-verdiano Alex Silva, em Rotterdam. GI/PR/CV

OPINIÃO/Movimento N'Salma: Daba Na Walna, o tiro pela culatra - Indjai que se cuide


"O esquema está montado. O general pensa ter tudo sob o seu controle (os afectos e os desafectos) e Prepara-se para dar mais um golpe de estado, só que o ainda homem forte das FA não sabe que o golpe desta feita é contra ele próprio.

Eis o 'plano Marshall' do cabecilha desta trama, Daba Na Walna:

1.ª Etapa

Daba Na Walna convence o cemgfa António Indjai a nova intervenção militar. Mostra-lhe como tudo vai mal (e na verdade até vai) e que será melhor contralarem tudo agora do que se sujeitarem a ser controlados a breve trecho. Na Walna defende que, a continuar assim, não tarda nada o governo vai agilizar com os yankees a detenção do cemgfa e restantes colaboradores. “É preciso agir rápido”, diz Daba ao chefe e... continua “serás o presidente de transição, formaremos um governo militar e efectuaremos nós a reforma do estado, pagaremos o salário atempadamente e assim a comunidade internacional nos irá apoiar, caso contrário vão nos entregar a todos aos americanos sob pretexto de sermos traficantes de droga”. Esta ideia é corroborada pela maioria dos oficiais hoje falidos e privados do comércio da “farinha colombiana”.

O General que nunca escondeu a sua forma violenta de estar na vida (há bem pouco tempo afirmou preferir catana para esquartejar os opositores do que usar a sua pistola, poupando assim munições, quem sabe lhe valerão para dar um tiro na própria cabeça), assim como nunca escondeu a sua apetência pelo poder desmedido não tardou a concordar com aquele que é um dos seus principais conselheiros (não obstante mandar surrá-lo de quando em quando para que este não extravase na confiança).

2.ª Etapa

Convencido da viabilidade de um novo golpe, o cemgfa está disposto a arriscar o pescoço ao mais alto posto da nação, assim, dá-se inicio a um conjunto de acções coordenadas com vista a atenuar os efeitos colaterais e preparar psicológicamente as populações para um eventual golpe militar, a saber:

 Forjam-se informações que apontam para uma intentona comandada do exterior;
 Assassina-se premeditadamente militares da etnia felupe (por nunca se terem manifestado a favor das suas barbáries, constituindo assim uma eventual força de bloqueio) por alegada tentativa de golpe;
 Monta-se um falso e premeditado alarme por suposto furto de armamento no quartel dos para comandos, dando azo a mais algumas detenções necessárias antes da acção final (pura cautela);
 E por fim, a mais antiga, acusa-se o Governo (que os mesmos instituíram) de ser corrupto e de estar a preparar a detenção ou assassinato das chefias militares.

3.ª Etapa, mas não a última – Tentativa de golpe militar:

o General ordena a intervenção militar (com o acordo dos demais como ele, indisciplinados e criminosos), ou seja, ordena ingenuamente a própria queda, pois escapa-lhe a “etapa zero (0)”, que na verdade é a primeira etapa do plano que se pensa de “mestre”. E qual foi o passo zero do pseudo-intelectual e aspirante a cemgfa, Na Walna?

Simples:

Na Walna e alguns oficiais que se reveem na contrariedade de seus discursos teriam negociado a cabeça do António Indjai com a CEDEAO (à qual Indjai agora é desafecto, tendo-os já verbal e publicamente atacado, chegando mesmo a ser insultuoso) em troca do apoio incondicional destes e o fim de hostilidades por parte da DEA e, é claro a cadeira de cemgfa para Daba Na Walna. Com isto, a CEDEAO pensa poder descalçar as botas do encalço norte-americano de um lado e, por outro, estar em condições de fechar a transição com a realização de eleições, sem beliscar os sobejamente conhecidos propósitos que a levaram a apadrinhar o golpe de estado de 12 de abril de 2012, ou seja, Interrupção dos grandes projectos nacionais, como o porto de águas profundas de Buba, a exploração do petróleo, a exploração da Bauxite, o fosfato e outros projectos que conjuntamente constituiriam a verdadeira independência e, desta feita num plano transversal, situação que faria eclipsar e quiçá desmoronar o sistema económico-financeiro senegalês que se apoia essencialmente na desorganização estrutural crónica da Guiné-Bissau sem descurar a questão geoestratégica de alguns países da CEDEAO que teme a proliferação de bases militares angolanas na África Ocidental, assim como o equilíbrio da balança comercial que a intervenção angolana na economia de países como Conacry e Guiné-Bissau começa a provocar na subregião, prevendo o ofuscamento das potências africanas mais antigas.

Contudo, nada garante o sucesso da operação montada pelo recem graduado Brigadeiro- General e Mestre em ciências jurídicas, Daba Na Walna, pois pode vir a faltar-lhe a astúcia que só se adquire depois da passagem por vários teatros de operações em contexto de guerra, coisas de que o DOC Daba não percebe patavina... Cuidado! Não va o general eleger-te como carne pro canhão dele, ou melhor, para a catana...
"

Acção Democrática Popular
Movimento de N´Salma

Conselheiros? Para?...


Conselheiros do 'primeiro-ministro' golpista Rui Barros:

conselheiros

Ditadura do Consenso: Mais tarde ou mais cedo, o seu blog.

Uma denúncia preocupante


"Caro irmão Aly,

O acossado general Antônio Indjai continua com as suas estratégias ditatoriais com a finalidade de corromper e controlar tudo e todos na Guiné-Bissau. No dia 21 de Setembro o General AI reuniu com um grupo de jornalistas e famintos chefes de redacção de algumas rádios e jornais nacionais com o objectivo de trabalharem para melhorar a sua imagem através de censuras de noticias e informações que lhe são desfavoráveis. Em contrapartida prometeu somas que variam de 150.000 a 200.000 Fcfa mensais.

Este vergonhoso encontro, põe em causa a liberdade de imprensa e o direito à informação que assiste o povo guineense, e é mais uma manobra do Antônio Indjai para continuar com as suas acções criminosas que estão a destruir a Guiné-Bissau sob o olhar sereno da comunidade internacional. Aos ditos jornalistas que decidiram vender as suas dignidades em troco de dinheiro de proveniência ilícita, que saibam que ninguém tem a capacidade de melhorar as imagens de um ditador sem piedade.

B.
"

NOTA: Afrontar um jornalista num país democrático, significa desembainhar uma espada sobre a cabeça de cada profissional da comunicação social e, no limite, o cerceamento à própria actividade profissional dos jornalistas guineenses. Nada mais é do que uma forma de censura! AAS

P.S.: B., seria bastante melhor se chamasses os nomes...Seria tipo um murro na cara! AAS

Golpistas recebem benção, perdão, indulto...


PAIGC acabou de indultar Serifo Nhamadjo e outros militantes, em que se destacam Hadja Satú Camará, e Daniel Gomes que foram suspensos pelo próprio partido uns por motivos disciplinares, por violarem os regulamentos do PAIGC... ...e o presidente do PAIGC não foi tido, nem achado... Venham daí as medalhas, pá! AAS

EXCLUSIVO: A CARTA DE CARLOS GOMES JR., QUE ALGUNS DESORDEIROS E GOLPISTAS DO PAIGC NÃO QUERIAM QUE FOSSE LIDA


Agora, leiam!

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Ditadura do Consenso - mais tarde ou mais cedo, o seu blog! AAS

Indjai cada vez mais perto do fim


O CEMGFA da Guiné-Bissau, António Indjai, fustigou recentemente o primeiro-ministro e os governantes em geral com acusações públicas de venalidade e incompetência. A população, na sua mais vasta maioria, vê “inteiro cabimento” nas acusações. O que não falta são governantes e altos funcionários da desorganizada administração pública guineense a construir vistosas moradias ou a montar negócios privados com o emprego de capitais de origem supostamente duvidosa.

Também correm em Bissau muitas histórias reveladoras da impreparação e falta de ilustração de quase todos os governantes. É duvidoso, porém, que o CEMGFA consiga, com as acusações que fez aos governantes, capitalizar junto de uma população descontente com o caótico estado da governação. A sua reputação é ainda pior. Também se considera que está rico (dono de vasto património), não tem preparação e os métodos que usou para se alçar na carreira (intrigas e conspirações) também não foram os mais ortodoxos.

E em desabono ainda mais acentuado da sua pessoa e das suas intenções, é visto como alguém que sentindo-se acossado e isolado, age cada vez mais em desespero de causa – sendo, por isso, também considerado perigoso. Acossado pelo pânico que o atormenta de, mais dia menos dia, os americanos virem a deitar-lhe a mão para o levar a responder judicialmente por acusações que o comprometem com o terrorismo internacional. Isolado, por que os seus “fiéis”, nas FA, são cada vez menos. Querem ter as mãos limpas e estar de cara levantada para ter lugar no chamado pós-Indjai...

CPLP - Adesão da Guiné Equatorial cada vez mais incerta


As autoridades da Guiné Equatorial, em especial o Presidente, Teodoro Obiang, manifestam-se confiantes na admissão do seu país como membro de pleno direito da CPLP, cimeira de Dili, em Julho de 2014, mas o cenário mantém-se improvável. Portugal declina a admissão – o que será suficiente (regra da unanimidade) para a impedir. Os argumentos formais de Portugal, são essencialmente dois, ambos vistos como “lacunas graves” na pretensão da Guiné Equatorial de se tornar membro pleno da CPLP:

- Não há elementos da língua e da cultura portuguesa em nenhum aspecto da realidade do país.
- A pena de morte está prevista nas leis penais e é aplicada.

É também considerado “estranho” que as autoridades, em lugar de se aplicarem em medidas visando satisfazer requisitos para a admissão, entre os quais a promoção do ensino da língua portuguesa e supressão da pena de morte, tenham optado por desenvolver acções de charme e de lóbi destinadas a criar ambiente favorável.

A explicação para esta atitude parece residir no facto de as autoridades equato-guineenses confiarem excessivamente na eficácia do lóbi como meio eficaz de acção política. Consideram os seus recursos (4º produtor africano de petróleo), suficientemente atractivos para gerar interesses capazes de secundarizar princípios.

A Guiné Equatorial tem um dos mais altos PIB do mundo, devido ao rácio grandeza das receitas petrolíferas/baixa desnsidade populacional – cerca de 1 milhão de habitantes. O seu orçamento é tradicionalmente superavitário e na economia interna é notório um excesso de liquidez. Não se considera, porém, que a riqueza seja bem distribuída.

Entre as grandes companhias internacionais que exploram petróleo na Guiné Equatorial contam-se algumas norte-americanas, entre as quais a Chevron. Brent Scowcroft, antigo conselheiro nacional de Segurança, EUA, trabalha como consultor do Governo e, também, de companhias norte-americanas.

O não cumprimento de promessas das autoridades equato-guineenses no que toca a medidas destinadas a ajustar a realidade do país a requisitos basilares da adesão, é também remetido para uma governação considerada inoperante ou relaxada. Da volumosa composição do governo fazem parte cerca de 60 ministros.

Não se confirmou nenhuma de muitas expectativas criadas pelas autoridades entre empresários portugueses que, agrupados numa missão comercial, visitaram há cerca de 3 anos o país. A missão coincidiu com uma visita do então MNE, Luis Amado. Várias promessas similares, feitas antes a Cabo Verde, também não tiveram seguimento.

A crença das autoridades na adesão é atribuída à expectativa de que Portugal, único país reticente, venha a mudar de atitude até à cimeira de Dili. No passado, outros países, entre os quais Cabo Verde e o Brasil manifestavam igualmente reservas, mitigadas ou abandonadas a posteriori, em resultado de políticas de charme e de lóbi.

O Presidente de Cabo Verde, José Carlos Fonseca, que manifestava reservas quanto ao apoio que as autoridades do seu país haviam passado a prestar à adesão, terá entretanto passado a comungar da posição do Governo. Uma das promessas de Teodoro Obiang é depositar na futura praça financeira de Cabo Verde parte das suas reservas em divisas.

Há indicações de que as reservas do Brasil foram ultrapassadas na esteira de uma aproximação ao ex-presidente Lula da Silva, que mantém até hoje estreitos contactos com as autoridades do país. À aproximação seguiu-se a entrada no mercado de várias empresas brasileiras de construção, Andrade Gutierrez e Odebrecht, por exemplo.

O ex-PM português, José Sócrates e Armando Vara foram vistos há algum tempo em Malabo (Hotel Sofitel). A suposição que prevalece é a de que se tratou de uma iniciativa do interesse de A Vara, na sua qualidade de administrador para África da Camargo Correia, (agora consultor) para cujo sucesso julgou úteis influências de J Sócrates.

Teodoro Obiang desenvolveu nos últimos anos um esforço considerado “muito persistente” no sentido de melhorar a imagem externa do país, supondo-se que é nesse quadro que se situa a pretensão de aderir plenamente à CPLP (observador desde 2006). Os referidos esforços, secundados por criação de interesses e acções de lóbi, foram bem sucedidos.

Uma outra preocupação constante do regime de Teodoro Obiang é a de manter um sistema de defesa e segurança que o ponha a salvo de sobressaltos internos (conspirações e motins), capazes de ameaçar a sua sobrevivência. Os seus parceiros nestes campos são Marrocos e Angola.

- Marrocos providencia os efectivos da Guarda Presidencial, revezados regularmente.
- Angola presta assistência ao serviço de informações da Guiné Equatorial.

O recém nomeado embaixador da Guiné Equatorial em Lisboa, José Dougan Chubum, o primeiro com o estatuto de residente (acreditado em Julho de 2013), tem sido referenciado em iniciativas consideradas de “charme e persuasão” tendo em vista promover o objectivo da adesão plena do seu país à CPLP.

Até há pouco tempo parecia estar especialmente concentrado na procura de instalações destinadas à chancelaria e residência oficial. Para lhe prestar assistência jurídica nesta acção, foi contrado o escritório de advogados Cuatrecasas, com ligações a Espanha, e à frente do qual, em Portugal, se encontra André Gonçalves Pereira.