segunda-feira, 3 de junho de 2013

Peter Thompson


De que está ele a falar! Será que ele quer fazer ressuscitar os mortos! Ou será que ele descobriu alguma página em falta na história da Guiné-Bissau! Mas na sua tese desbotada omitiu a corrupção e a droga! Ou será que estes focos são sinónimos de paz! Não deveria ser essa a sua missão! O povo guineense e só povo guineense, sem a interferência ou pressões da comunidade internacional, precisa de se conciliar fazendo uma profunda análise de actual situação do País e como se chegou até este ponto.

A Guiné-Bissau tem de se conciliar e acordar partir da “estaca zero”, sem procurar incriminar, culpar ou perseguir “fantasmas” do passado. Na Guiné-Bissau não faltam individualidades, e felizmente não são poucas, com perfil para alcançar uma paz duradoura, construída numa expectativa de esperança para as futuras gerações. Ódios e perseguições não vão resolver os problemas do País.

Harmonia, paz e amor é o que o povo guineense mais anseia e bem o merece depois de tantos anos de insegurança mas, por vezes, estas palavras escapam aos políticos. Venha a paz que a ecónomia também irá emergir. A Guiné-Bissau tem "trunfos" e capacidades para construir o seu futuro. Quanto ao Peter Thompson, porque não vai este ilustre desconhecido britânico pregar para a sua tabanka, em vez de, com o seu sarcasmo, andar a espalhar a discórdia!

Um abraço

Estado de espírito - Guiné-Bissau não é bem um país. Será mais um projecto sonhado pelos deuses e atraiçoado pelos homens. Da escravatura do colonialismo à independência (quase 40 anos), repete-se o contraste gritante entre a natureza exuberante do seu povo e os homens que a arruinaram. Como se tudo isto fosse demasiado perfeito para a condição humana... Amo o povo do meu país! AAS

domingo, 2 de junho de 2013

sábado, 1 de junho de 2013

Crianças - A triste realidade da Guiné-Bissau


A Guiné-Bissau ocupa a 7.ª posição mundial no relatório da UNICEF sobre a Situação Mundial da Infância 2013, quanto à taxa de mortalidade de menores de cinco anos, com 161 crianças por mil nascidas vivas. No documento, a que a Lusa teve acesso, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) indica que as estatísticas apresentadas, relativas a 2011, "são as mais recentes sobre sobrevivência, desenvolvimento e protecção da criança para países, áreas e regiões do mundo", em que se "inclui, pela primeira vez, uma tabela sobre desenvolvimento na primeira infância".

De entre os países lusófonos, segue-se Angola, na 8.ª posição, com uma taxa de mortalidade de menores de cinco anos (TMM5) -- que representa, nos termos da definição dos indicadores da UNICEF, "a probabilidade de morrer entre o nascimento e exactamente cinco anos de idade, por mil nascidos vivos" -- de 158 crianças em 2011, contra 243 em 1990. Moçambique classifica-se no 22.º lugar da lista, utilizada como "principal indicador dos progressos em direcção ao bem-estar da criança", lê-se no documento, com 103 crianças entre cada mil nascidas vivas a terem elevada probabilidade de morrer nos primeiros cinco anos de vida, em 2011, em contraste com as 226 que se encontravam nessa situação em 1990, indica o relatório.

A 28.ª posição da lista pertence a São Tomé e Príncipe, onde, em 2011, 89 crianças em mil enfrentavam esse limite temporal, contra 96 em 1990. Timor Leste encontra-se no 51.º lugar, com uma TMM5 de 54 crianças em mil, muito menos que a registada em 1990: 180 em mil. O arquipélago de Cabo Verde classifica-se na 91.ª posição, apresentando uma TMM5 de 21 crianças em mil, contra 58 em 1990. Na 107.ª posição, está o Brasil, que ocupa o último lugar entre os países lusófonos com a mais baixa taxa de mortalidade de menores de cinco anos, 16 crianças em 2011, contra 58 em 1990. No relatório, a agência especializada da ONU esclarece que estes dados foram extraídos dos bancos de dados globais da UNICEF e que se baseiam em estimativas do Grupo Interagências das Nações Unidas sobre Mortalidade Infantil (UNICEF, Organização Mundial da Saúde, Divisão de População das Nações Unidas e Banco Mundial).

Segundo o documento, "em 1970, aproximadamente 16,9 milhões de crianças menores de cinco anos morriam a cada ano. Em comparação, em 2011, foi estimado em 6,9 milhões o número de crianças que morreram antes do seu quinto aniversário -- o que coloca em evidência uma queda significativa, no longo prazo, no número global de mortes de menores de cinco anos". Como instrumento para aferir o bem-estar da criança, a TMM5 apresenta várias vantagens, sublinha a UNICEF, a primeira das quais é o facto de medir "um resultado final do processo de desenvolvimento, e não um 'fator de contribuição' -- como nível de matrículas, disponibilidade de calorias 'per capita' ou o número de médicos por mil habitantes, que representam meios para determinado fim".

Além disso, prossegue, "sabe-se que a TMM5 representa o resultado de uma ampla variedade de fatores de contribuição: por exemplo, antibióticos para tratar pneumonia; mosquiteiros tratados com inseticida para evitar a malária e bem-estar nutricional e conhecimento das mães sobre saúde". E ainda "nível de imunização e uso da terapia de reidratação oral, disponibilidade de serviços de saúde para a mãe e para a criança, inclusive atendimento pré-natal, disponibilidade de renda e de alimentos na família, disponibilidade de água potável e de saneamento básico, e segurança do ambiente da criança de maneira geral", enumera a organização. LUSA

Ramos Horta: "Timor-Leste vai abrir agência de desenvolvimento na Guiné-Bissau"


Timor-Leste vai abrir, em breve, uma agência de desenvolvimento na Guiné-Bissau, que terá um orçamento de dois milhões de dólares (1,5 milhões de euros), para apoiar pequenos projetos, revelou o antigo presidente timorense José Ramos-Horta. Falando aos jornalistas no final de uma conferência sobre os Desafios em África, que decorreu sexta-feira à noite na Cidade da Praia, promovida pela Presidência da República cabo-verdiana, o atual representante especial do secretário-geral das Nações Unidas para a Guiné-Bissau salientou tratar-se de um "pequeno gesto" de um país "pobre", mas que pode ajudar dentro das suas possibilidades. "Trata-se de um pequeno gesto que pode fazer a diferença. Apesar de sermos um país pobre, mas com algumas possibilidades, decidimos abrir na Guiné-Bissau uma agência de desenvolvimento com dois milhões de dólares de orçamento, para apoiar projetos pequenos com a sociedade civil, Governo ou a própria agência da ONU", disse. O prémio Nobel da Paz de 1996, atual representante especial do secretário-geral das Nações Unidas para a Guiné-Bissau falou também do processo de transição em curso no país, na sequência do golpe de Estado de 12 de abril de 2012, que interrompeu o processo eleitoral das presidenciais e derrubou o Governo de Carlos Gomes Júnior.

"Acredito que, nos próximos dias, haverá um Governo mais abrangente, aceite por todos, que haverá eleições no final do ano e que haverá um novo Governo constitucional. Nessa altura, terá de haver um maior apoio da comunidade internacional para ajudar o novo Governo a reconstruir todo o Estado", referiu. Manifestando-se "otimista" em relação á transição guineense, Ramos-Horta indicou existir "boa vontade" de todas as partes envolvidas na resolução da questão, tanto mais que, frisou, existe já um "grande cansaço". "Há boa vontade e sente-se também um cansaço entre os militares, políticos e povo, que estão emocionalmente exaustos, mais ainda devido ao ponto insustentável a que chegou a economia", salientou, defendendo que "há que ter paciência" e encorajar todos a encontrarem uma solução, independentemente dos partidos e ambições pessoais.

"A comunidade internacional também está cansada e há tantos desafios no mundo, uma grande crise financeira no mundo. Tenho reuniões frequentes com os todos os partidos políticos e creio que há boa vontade, que têm a consciência de que, desta vez, a Guiné-Bissau tem de sair definitivamente da crise, pois poderá ser a última oportunidade" para o país", frisou. Ramos-Horta advertiu, porém, para a necessidade de a comunidade internacional - Nações Unidas, União Europeia (UE), União Africana (UA) e as comunidades dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) - não exerça demasiadas pressões. "Conhecendo a complexidade da situação, as sensibilidades e o peso da História na Guiné-Bissau, tentamos encorajar e empurrar, mas com prudência, para não ferir suscetibilidades", concluiu Ramos-Horta, que deverá regressar ainda hoje a Bissau, via Dacar. LUSA

sexta-feira, 31 de maio de 2013

PAIGC E PRS recusaram proposta para formação de novo governo


Os dois maiores partidos da Guiné-Bissau recusaram a proposta do primeiro-ministro para a formação de um novo Governo, que contempla menos de metade do total de ministérios para PAIGC e PRS. O primeiro-ministro do Governo de transição enviou uma carta ao Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e ao Partido da Renovação Social (PRS) a pedir-lhes que enviem até às 12:00 de hoje as propostas de nomes a integrarem um novo executivo. Nas cartas, Rui de Barros pede nomes para quatro ministérios ao PAIGC e para três ministérios ao PRS. Caso o executivo remodelado seja idêntico ao atual, terá 15 ministérios. LUSA

Peter Thompson: ”O mundo não deve abandonar as vítimas da história na Guiné-Bissau”


Peter Thompson, coordenador do grupo parlamentar britânico para a Guiné-Bissau, deixou um aviso à comunidade internacional, no sentido que a Guiné-Bissau deverá reconciliar-se com o seu passado antes de ter um melhor futuro. Falando numa conferência internacional de paz que teve lugar na Irlanda do Norte, Thompson disse que resolver o passado é o primeiro passo para uma Guiné-Bissau mais estável. “Desde a independência, a Guiné-Bissau foi andado de crise em crise, de golpe em golpe, de assassinatos em assassinatos. Ao povo da Guiné-Bissau nunca foi dada a dignidade de um processo de verdade e reconciliação nacional. Várias comunidades guineenses no país têm perguntas sem resposta acerca do passado e desejam falar sobre isso”.

Thompson com o povo de Bolama
PETER THOMPSON - de camisa azul - NUMA ACÇÃO POPULAR EM BOLAMA - FOTO DR

Acrescentou ainda: “Chegou o tempo de as vítimas serem legalmente reconhecidas como tal. Justiça histórica, através de amnistias verdadeiras ou ainda os tradicionais “fóruns locais” deverão ser tidos em consideração. Estas respostas não se encontram num livro – encontram-se nos corações do povo guineense. Vamos ouvi-los e dar-lhes força para prosseguir”. Thompson afirmou também que os membros das Forças Armadas que foram mortos, feridos ou torturados durante a guerra da independência, a guerra civil ou noutro conflito interno, deverão ser formalmente reconhecidos como vítimas, em paralelo com as suas famílias.

Um processo de reconciliação nacional não pode ter uma hierarquia de vítimas. Soldados que sofreram devem ter o mesmo reconhecimento que as vítimas civis da guerra colonial ou das vítimas da violência militar guineense nos últimos 50 anos. Não nos vamos esquecer que os soldados guineenses são também seres humanos e que as Forças Armadas do país deram ao seu povo a dignidade da independência e da auto-determinação.” Peter Thompson, ele próprio uma vítima do conflito na Irlanda do Norte, é o membro internacional da Comissão de Reconciliação na Assembleia Nacional Popular.

Nô bai


convite_finhani_9_junho

O quê: Lançamento dos livros:

1. Poesia POLON MALGOS
2. (Romance) FINHANI – O Vagabundo Apaixonado
Onde: Centro Comercial Vasco da Gama
Quando: Domingo, 09 de Junho de 2013, pelas 18h30
Quem: Autor: Seravat Amil/Emílio Lima, Corubal e a Chiado Editora

Autor:

Emílio Tavares Lima Nasceu em Canchungo, Guiné-Bissau, a 04 de Agosto de 1974. Licenciado em Ciências da Comunicação e da Cultura, pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias de Lisboa (Portugal). É actualmente mentor e Coordenador do projecto "Djorson Nobu" na publicação da Antologia Poética Juvenil da Guiné-Bissau - TRAÇOS NO TEMPO e autor do Livro “A ESPERANÇA É A ÚLTIMA A MORRER”, “NOTAS TORTAS NAS FOLHAS SOLTAS.”

Participou na Antologia de poesia e prosa Poética Portuguesa Contemporânea - POIESIS, vol. XVIII, XIX e XX, também na Colectânea «DO INFINITO», da Editorial Minerva. Em 2011 organizou a antologia "NA FLOR DO SER. No mesmo ano, recebeu da Associação dos Estudantes Guineenses em Lisboa um Diploma de mérito, pelos esforços na divulgação da cultura guineense aquém e além-fronteira. Em 2012, Participou na Antologia "Na Magia da Noite". Polon Malgos é o seu terceiro livro de poesias e primeiro do autor a ser publicado por uma editora guineense.

Sinopse - Polon Malgos:

(…) No leito das folhas mais ternurentas, presenteia-nos com os seus mais recônditos desejos, permitindo-nos deliciar de turbulentos arrepios, onde apaixonadamente deixamo-nos perder e fantasiar em cada verso, sendo sim um renascer no desfolhar fundíbulo para o paraíso sonhado, entre o labirinto em que o poeta, transportando tão pesado fardo, pranto pós pranto nos lembra o materno leite do bagaço que se verte vermelho de tamanha violência da flecha inimiga. Ainda eufórico, envolve-nos em grande desejo de consolo dentre qual amansa-nos a alma e se define como filho da terra e homem apaixonado, gritando: junto a ti, sua majestade, encontramo-nos todos! (…) Do prefácio da poetisa Saliatu da Costa.

Sinopse - FINHANI – O Vagabundo Apaixonado:

(...) Imagine como pode terminar uma aventura transcontinental, por um corpo profundamente agoniado, corroído pela ganância e brutalidade dos homens e, consumado pelas balas de canhões?
Foi assim que nasceu a ilusão do Finhani Pansau Kam-mecé, em emigrar para Europa, só com a roupa de corpo, após ter visto a casa e a família que construiu com muito amor e suor transformarem em escombros e fragmentos de sonhos
(…)

Para quaisquer dúvidas, esclarecimentos adicionais, não hesite em contactar:

Lisboa: 969432876 / miolindo@hotmail.com – Emílio Tavares Lima
Bissau: 00245 5917716 / corubalgb@gmail.com - Miguel de Barros

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(ainda) não foi desta


"Mais uma vez, os golpistas demonstraram ao mundo e ao povo guineense a sua vontade em perpertuar-se no poder e a sua falta de vontade para a realização das eleições e o consequente retorno a tão almejada ordem constitucional.

É que depois da demonstração de patriotismo por parte do PAIGC e do PRS que esta vez alinhou, o Presidente da República, o 1.º Ministro e os militares enviaram aos dois maiores partidos uma proposta patética oferecendo pasta que nenhuma importancia têm, isto na tentativa de manter no governo aalguma figura como o Abubacar Demba Dahaba (Ministro das Finanças), Fernando Vaz (Ministro da Presidência), Faustino Imbali (Ministro dos NE). A resposta dos dois maiores partidos foi um não.

O impasse mantém e vai manter, porque se por um lado o PAIGC e o PRS não vão aceitar propostas destas, do outro lado é que o PRT, o 1.º Ministro e o Militares contentam com o impasse, porque só assim resolverão os seus objectivos que é de manter o status quo.

Mais uma razão para os que defendem uma intervenção das forças das Nações Unidas.

Bolingo Cá
"

O (ir)responsável Nr. 1


"SERIFO NHAMADJO: RESPONSÁVEL Nº 1 DE TODOS OS ENTRAVES DO PAÍS NESTE MOMENTO

Ao Senhor presidente de transição quero apenas dizer isto:

1. Sr. Presidente, por favor, deixa de ser bunda mole.
2. Você está a ser muito prejudicial para a Guiné-Bissau.
3. Tem toda a autoridade para tomar decisões e não está a fazer uso da sua autoridade e poder.
4. Não tem a ousadia de tomar decisões e passa todo o seu tempo em concertações atras de concertações.
5. Porque razão transfere as responsabilidades de formar um novo governo a um 1º Ministro que não tem muitas margens de manobra e de negociação?
6. Porque razão não consegue marcar as datas de eleições gerais, pelo menos para permitir a comunidade internacional organizar-se melhor para nos ajudar?
7. Se o Sr. Presidente não sabe, então fique sabendo, que a marcação da data de eleições não depende da formação de nenhum tipo de governo, este depois de formado, apenas tem que trabalhar para a sua realização.
8. Sr. Presidente, o Mali, onde ocorreu um golpe de Estado, na mesma altura que a Guiné-Bissau, e, apesar de ainda se encontrar em estado de guerra já fixou as datas das próximas eleições para o dia 23 de Julho de 2013. Isto porque entenderam que a transição não faz bem a ninguém, ninguém gosta de estar numa situação de transição, nem de um país para o outro, nem na gestão da família, nem a frente de uma instituição e nem tão pouco num país em crise, sem dinheiro, sem escolas a funcionar, onde os abusos de poder são frequentes e onde o povo está com fome de mudança. O que é preciso fazer é trabalhar para terminar e depressa com esta transição para o país se recompor e poder minimamente ser governado com legitimidade.
9. Sr. Presidente não precisa ter medo dos militares (estes estão encurralados, nem sequer tirar a cabeça conseguem por causa dos satélites americanos), além disso, o Senhor está protegido pela CEDEAO, pela UA e pelas NU.
10. Qual é o seu problema?

Tenho dito!
"

A transição precisa da inclusão para atingir a ordem constitucional?


Sei que sou um leigo da política e que estou há muitos anos fora da minha pátria. Mas, há assuntos políticos da Guiné-Bissau, que teimam em não entrar no meu entendimento, de forma clara e rápida, talvez por ser limitado nos assuntos políticos! Não queria era deixar de partilhar essas minhas dúvidas e inquietações com outros compatriotas, que podem até achá-los básico e desajustado da realidade... Se houver algum iluminado que me possa esclarecer, agradeceria do fundo do coração.

A questão que se levanta é que, na sequência da interrupção violenta da Ordem Constitucional na Guiné-Bissau, em Abril de 2012, foi criado um governo dito de transição e uma figura presidencial, saídos do seio dos golpistas e patrocinado pela CEDEAO, para gerir um período de transição que nos foi dito que teria o seu tempo limitado a um ano. Julgo não ser o único que entende que esse governo e esse presidente, ditos de transição, fizeram tudo e mais alguma coisa, exceto preocuparem-se com a verdadeira transição do país saído de uma interrupção violenta da ordem constitucional para a reposição da mesma ordem.

Nomearam uns, exoneraram outros, compraram guerras e quezílias, perseguiram outros, foram coniventes com espancamentos, torturas e assassinatos de outros guineenses e, não conseguindo fazer aquilo pelo qual se propuseram, procuraram bodes expiatórios por todo o lado, desde Angola, passando por Cabo-Verde, Portugal, CPLP e agora, por fim o último inimigo timidamente acusado, foi os EUA que, segundo os transicionistas, tiveram a ousadia de ir prender um guineense no território guineense. Da atividade ilegal em que participava esse alta patente da fileira castrense, ninguém os ouviu pronunciar-se! Abro aqui um parêntese, para dizer que é pena que o Presidente “zigue-zigue” não esteja de vida, para que fosse aos EUA assistir ao julgamento do seu protegido Bubo Na Tchuto, já que foi ele que, ao nomeá-lo Chefe de Estado da Marinha, disse que os EUA não podiam apenas acusar Bubo Na Tchuto de narcotraficante, mas teria de apresentar provas do seu envolvimento no narcotráfico. Se estivesse vivo passaria a conhecer todas as provas!

Voltando ao assunto das minhas dúvidas e inquietações, julgo que é inquestionável que as autoridades ditas de transição demonstraram nesse ano que conduziram o denominado processo de transição serem políticos incapazes e incompetentes, interessando-lhes tão só o prolongamento da situação atual, com a única intenção da preservação e perpetuação do poder. Então, face à reconhecida incapacidade e incompetência do atual governo e presidência, a brilhante solução que a dita comunidade internacional encontrou, foi criar outro monstro para o erário público, que é outra estrutura com um nome até algo pomposo – “governo inclusivo” - que só servirá para organizar as eleições e mais uma vez delapidar os cofres do estado, com ordenados, carros, viagens, ajudas de custo e todas as regalias relacionadas com esses cargos políticos. É óbvio que os partidos políticos e os seus elementos que andam sequiosos do poder, já que é o único meio de subsistência e sobrevivência que têm, aplaudem e engajam-se nessa causa, independentemente da instabilidade interna inerente à seleção dos militantes ministeriáveis!

A minha inquietação nasce de algumas questões simples e pragmáticas:

1.      O país precisa de um outro governo para tão curto período de tempo - seis meses?
2.      O país precisa de um governo inclusivo para se conseguir realizar umas eleições livres e justas, portanto repor a Ordem Constitucional?
3.      Porque não deixar este governo dito de transição completar o seu ciclo transicionista e depois ser julgado pelo povo?
4.      Com essa mudança governamental, assume-se a incompetência do atual governo na condução do país para um processo eleitoral?
5.      O país caminhará para um governo de inclusão política, sem tirar ilações e dar a conhecer ao povo as conclusões do desempenho de um governo dito de transição que dirigiu o país durante mais de 12 meses?
6.      Esse governo vai sair impune, independentemente das asneiras que tenha cometido? Nem sequer se apurararão as acusações de que esse governo pagou salários com verbas provenientes do narcotráfico!?
7.      Os membros dos outros partidos, incluindo o PAIGC, estão dispostos em deixar diluir as responsabilidades totais de um governo golpista para o seio de um governo de inclusão, em troca de algumas regalias inerentes ao cargo de ministro ou secretário de estado?
8.      Quantos novos ministros e secretários de estado o país precisará suportar nesse processo inclusivo, para que possa caminhar para a reposição da ordem constitucional?
 
Ou não percebo nada da política, ou esta gentalha está mesmo a brincar com o país e o seu povo! Até o dia em que o povo se levanta para demonstrar que efetivamente não é burro.
 
Jorge Herbert

ONU em modo raly


"Aly,

Gostaria de contar com sua ajuda para denunciar mais um absurdo que se passa na Guiné-Bissau.  Moro no Bairro da Ajuda, próximo a via SITEC, entrada da farmacia Aziza, como costumamos descrever o endereço. Uma rua tranquila, da periferia de Bissau, sem grandes problemas, onde as crianças passam o dia a brincar na rua, as pessoas andam sem se preocuparem com o transito, pois por ser uma via sem alcatrão e com pouca circulação de carros não ha necessidades de temores em relação a acidentes de viaturas. No entanto esta paz e tranquilidade tem sido abalada por uma moradora nova, funcionaria das Naçoes Unidas, a princípio desconfio que não seja guineense, mas oriunda de um destes paises francofonos da subregião. A senhora, que dirige uma viatura com o slogan das Naçoes Unidas, não se preocupa com quem esta na rua quando passa, faz questão de acelerar sua viatura e deixar uma nuvem de poeira no ar e quem esta na frente que se cuide, por que se não sair do caminho ela passa por cima sem qualquer constrangimento e pudor.

Somente esta semana duas vezes fui vítima de sua arrogancia no transito, para além de mim, varias outras pessoas tem alegado a mesma coisa, e hoje eu tive a oportunidade de ver quando a dita senhora quase atropelou duas mulheres que estavam a beira da estrada. Geralmente estas cenas acontecem no período da manhã, por volta das 08H30, hora que saímos para o trabalho ou no periodo da tarde, quando regressamos para casa. A primeira vez que aconteceu deixei passar, mas hoje novamente a senhora teve a mesma postura, situação que deixou indignado os moradores que estavam presentes no momento.

É impensável como uma organização que se diz com os valores das Naçoes Unidas libera uma viatura para um quadro conduzir desta forma, colocando em risco a vida de pessoas. É preciso maior rigor por parte desta organização em relação as suas viaturas e quem as conduz. Gostaria de contar com sua ajuda para evitarmos um mal maior, pois  ha de chegar o dia que esta senhora conseguirá atropelar uma pessoa nesta rua e com a morte não ha retorno. Poderias divulgar este texto para o público tomar conhecimento e quem sabe esta pessoa aprende que para conduzir é preciso ter responsabilidade, via pública não é lugar para fazer corrida.

Agradecemos.

C. Silva"

quinta-feira, 30 de maio de 2013

PAIGC acusa primeiro-ministro e presidente de transição de travarem processo


O PAIGC declinou hoje qualquer responsabilidade na demora para a formação de um novo Governo na Guiné-Bissau, culpando o Primeiro-ministro e o Presidente de Transição pelo atraso. A comunidade internacional tem exigido a formação de um novo Governo na Guiné-Bissau, que seja mais inclusivo, substituindo o executivo formado na sequência do golpe militar em abril do ano passado.  
 
Há meses que os políticos guineenses estão a discutir o novo processo de transição: PAIGC e PRS - primeiro e segundo partidos mais votados nas eleições de 2008, assinaram um memorando de entendimento a 17 de maio e na quarta-feira o parlamento adotou um novo Pacto de Transição e Acordo Político para levar o país até eleições. "Até agora espera-se, como acordado, que o senhor Primeiro-ministro de transição convoque os dois partidos para discussões" e  que a proposta final seja remetida ao Presidente de transição, para este decretar o novo Governo, diz o PAIGC em comunicado. Tal ainda "não aconteceu", acusa o Bureau Político dos Libertadores, que considera  a situação "estranha e incompreensível" e apela ao Primeiro-ministro Rui de Barros e ao Presidente Serifo Nhamandjo para que respeitem a Constituição e os instrumentos políticos e jurídicos de transição.
 
O Bureau Político do PAIGC diz também que o atual momento que a Guiné-Bissau atravessa requer um elevado sentido patriótico dos guineenses em geral e em particular do Governo e do Presidente. O PAIGC e o PRS "têm dado um inestimável contributo para a consolidação deste processo de transição" e deram ao Governo e ao Presidente "um subsídio importante, tanto no que se refere à orgânica, como à composição do Governo" para que hoje "pudéssemos já ter um novo Governo", diz o comunicado. Na sequência de um golpe de Estado, a 12 de abril do ano passado, que afastou as autoridades eleitas, a Guiné-Bissau iniciou um período de transição que devia culminar com eleições ao fim de um ano. Como nada aconteceu, o período de transição foi prorrogado até final deste ano, havendo o compromisso dos responsáveis de fazer eleições nesse período. Há mais de um mês (a 28 de abril) que o Presidente de transição disse que o novo Governo estava "para breve". RDP-ÁFRICA

Mais uma gaffe do porta-disparate


"O porta disparate do GT está frustrado e anda de cabeça baixo com pé em cima devido ao anunciado criação de um governo de inclusão, fez um despacho em que exonerou o seu Chefe de Gabinete e mais dois assessores jurídicos afecto ao seu pelouro, evocando a quebra de confiança em relação aos senhores exonerados. Por outro lado o senhor Nando Vaz alegou vários motivos que originou esta quebra de confiança começando afirmar que três elementos exonerados utilizam com frequência o blog Ditadura do Consenso, por outro lado disse que estes andam a fazer dentro do seu gabinete de trabalho o trabalhos para Carlos Gomes Júnior, por ultimo acusou os mesmos elementos de que um destes afirmou que o senhor Nando Vaz vai deixar o ministério da Presidência do Conselho de Ministros e os restantes limitaram a dar gargalhadas.

Este assunto merece uma outra abordagem, que o seguinte:

Na administração pública todos os servidores publico estão sujeito a exoneração e promoção mais não na base de calúnias ou difamação, portanto os senhores exonerados merecem um bom nome na praça pública porque tem família e são pessoas de bem, portanto devem apresentar uma queixa contra o Porta Disparate por calunias e difamação e devem exigir o senhor porta disparate para apresentarem provas sobre as suas acusações.

Por outro lado os senhores que foram acusados pertencem a geração de ouro na Guiné Bissau porque um deles exerceu o cargo do Presidente do Conselho Nacional da Juventude CNJ e um outro foi Presidente da Rede Nacional das Associações Juvenis RENAJ, portanto são pessoas com uma grande reputação e granjeiam respeito dentro da panorama guineense, aliax os ambos senhores foram eleitos através de um processo democrático e no momento certo abandonaram a liderança Associativo juvenil. O Senhor Nando pelo contrario se não fosse pelo golpe de estado seria alguém ou Ministro na Guiné Bissau? Qual é o passado deste senhor em comparação com os senhores que estão a acusar?

Numa outra vertente, é bom interrogar: existe alguma lei que proíbe a utilização do bog Ditadura do Consenso? E como é que o Nando sabe das informações deste blog? Por ser utilizador assíduo deste blog?

Será que a preocupação do Nando Vaz continua a ser o Carlos Gomes Júnior?

ESPERAMOS PELAS RESPOSTAS

Zico Djassi"