segunda-feira, 29 de abril de 2013

Obrigado


"Bom dia, Aly

Só umas linhas para te dizer que de cada vez que abrimos o teu blog é como se recebessemos uma lufada de ar fresco. Consegues, com um humor que te é próprio, escrever sobre temas sérios e manter informados os que sabem ler nas linhas e nas entrelinhas...

Mantém o teu estilo pois a informçao é assim mesmo - escreve-se no presente, deixando à Historia (que relata o passado) o papel de investigar com o recuo temporal necessário para corrigir certos relatos cujas vertentes não sao sempre fáceis de por a nu no presente. Mantém sempre o blog actualizado.

I.H.
"

SEGURANÇA, TERRORISMO, CRIME ORGANIZADO, TRÁFICO DE DROGA: Os desafios a vencer para obter a paz na África Ocidental


A evolução do contexto politico e de segurança na sub-região ao curso dos ultimos meses preocupa Saïd Jinnit, o Representante Especial do Secretario geral das Nações Unidas para a Africa Ocidental. Na sua visita quarta feira, 24 de abril 2013 à Costa do Marfim, o actual facilitador internacional do dialogo politico da Guiné Conakry visando a preparação das eleições legislativas trocou impressões com presidente Alassane Ouattara, Chefe de Estado Costa Marfinense e presidente em exercicio da Comunidade Economica dos Estados da Africa Ocidental (CEDEAO) que, para além da situação politica na Africa Ocidental ligada a paz e segurança, falaram sobre os «desafios impostos pelo crime organizado, o trafico de droga, a pirataria maritima e o terrorismo». Segundo um comunicado do Centro de Informação das Nações Unidas (NU) baseada em Dakar, o encontro entre Saïd Jinnit e Alassane Ouattara «centraram-se sobre a evolução do contexto politico e de segurança na sub-região no decurso destes ultimos meses».

O Representante Especial de Ban Ki Moon na sub-região informou o presidente Ouattara sobre os seus esforços enquanto facilitador internacional do dialogo politico conakry-guineense tendente a preparação das eleições legislativas. Ao mesmo tempo deu-lhe conta das deliberações da reunião do Grupo de apoio de seguimento do Mali que teve lugar em Bamako, a 19 de abril de 2013, sob a co-presidência da CEDEAO, das NU e da União Africana, informa a fonte.

Justamenta a proposito do Mali, os dois homens abordaram as questões relativas à transição proxima  da Missão Internacional da Apoio ao Mali (MISMA) para uma Missão de Estabilização das NU, uma vez a resolução em discusão no Conselho de Segurança seja adoptada. Eles trocaram igualmente impressões sobre as iniciativas que poderão ser tomadas em apoio das autoridades malianas para promover o dialogo e ciar as condições propicias para a realização das eleições presidenciais em julho de 2013, informa o mesmo documento.

O presidente Ouattara e Saïd Djinnit não esconderam os «desafios que se impõem a sub-região pelo crime organizado, o trafico de droga, a pirataria maritima e o terrorismo» assim como os «esforços dispendidos pela CEDEAO e as medidas a tomar para fazer face a esses flagelos». A esse nivel eles acordaram sobre a necessidade de reforçar a cooperação sub-regional, continental e internacional para lutar eficazmente contra as novas ameaças para a segurança e a estabilidade na Africa Ocidental, revela a fonte.

Para melhor se atacar a esses flagelos, uma conferência de doadores tendo em vista apoiar o plano de acção sub-regional da CEDEAO de luta contra o trafico de drogas, o crime organizado e o abuso de drogas assim como o Programa WACI (West Arica Coast Initiative) esta previsto para junho de 2013. Este ultimo programa foi estabelecido pelas NU e a Interpol em apoio aos esforços dos paises concernantes para a fase inicial do programa no quadro da implementação do plano de acção da CEDEAO.

Trata-se da Libéria, Serra Leoa, Guiné-Bissau, Guiné-Conakry e a Costa do Marfim. Igualmente, o Comité Politico da WACI presidido pelo Representante especial do Secretario Geral para a Africa Ocidental tera lugar à margem da conferência de Abidjan, precisa a fonte que da conta do engajamento reiterado das NU em continuar a apoiar os esforços da CEDEAO para a paz e a segurança na Africa Ocidental. Sud Quotidien

Presidente da FFGB ameaça


Um membro do comité executivo da Federação de Futebol da Guiné-Bissau acusa o presidente do organismo, Manuel Nascimento Lopes (Manelinho), de lhe ter feito ameaças de morte, caso persista em questionar a sua liderança. Em nota de imprensa, a que a agência Lusa teve hoje acesso, Inum Embalo, suspenso por ordens de Manuel Nascimento Lopes, diz que o presidente da Federação tem tido "comportamentos infantis e irresponsáveis". Na carta, Embalo, até agora o membro do comité executivo da Federação encarregue do futebol feminino, afirma que Manuel Lopes o terá ameaçado de morte numa reunião e que este afirmou que se isso acontecesse sairia impune, porque "o país não tem pena de morte". LUSA

França pede entrega de António Indjai à Justiça Americana


Em recente encontro entre os embaixadores de países da União Europeia acreditados em Bissau e dirigentes dos principiais partidos da Guiné-Bissau, o embaixador francês, Michel Flesh, defendeu a entrega do chefe de estado-maior das Forças Armadas guineenses, António Indjai, à Justiça norte-americana que acusa o general guineense de conspiração narco-terrorista.
 
Recorde-se que os Estados Unidos acusaram recentemente esta alta patente militar guineense, de envolvimento numa conspiração narco-terrorista, que previa a intermediação das Forças Armadas guineenses no tráfico de armas, nomeadamente mísseis terra-ar, para a guerrilha colombiana das FARC. Para Washington, o chefe de estado-maior das Forças Armadas guineenses, valeu-se do seu poder e funções, para envolver o estado e as instituições guineenses no negócio que envolvia cocaína e armamentos.
 
Na sequência do esquema, cinco cidadãos guineenses, incluindo o antigo chefe de estado-maior da armada, o contra almirante Bubo Na Tchuto, capturados pela agência americana de combate a narcóticos, encontram-se desde início de Abril, presos em Nova Iorque. As autoridades de transição bissau-guineenses, através do ministro dos Negócios Estrangeiros, Faustino Mbali, e do porta-voz governamental, Fernando Vaz manifestaram-se entretanto, no início da semana, desejosos de ver os guineenses sob acusação de narcotráfico dos Estados Unidos, serem julgados pelos tribunais guineenses e só posteriormente transferidos, caso de se provar as acusações, para a eventual custódia de tribunais internacionais.
 
Eleições
 
Apoiante das soluções encontradas pela CEDEAO para a crise guineense, gerada pelo golpe militar de 12 de Abril do ano passado, a Franca ameaçou com endurecer de posição face ao impasse no processo de transição na Guiné-Bissau.
 
Agastado com a relutante posição da classe política daquele país lusófono ante a urgência de consensos para a saída da crise a todos os níveis que assola Guiné-Bissau, o embaixador francês exortou os políticos guineenses a um urgente entendimento que resulte na formação de um governo de transição de base alargada, com mandato para preparar as eleições gerais no país. À luz do roteiro de transição estabelecido pela CEDEAO, na sequência do golpe militar se seguiu a controvérsia gerada pelas eleições presidenciais de Fevereiro de 2012, os eleitores guineenses deveriam em princípio ir, ainda este ano, às urnas para novas eleições legislativas e presidenciais.
 
Uma hipótese encarada cada vez mais remota devido aos condicionalismos resultantes do “braço de ferro” que opõe os contendores políticos guineenses com reflexos a nível do cumprimento de prazos, da capacidade de mobilização logística e dos fundos financeiros necessários à organização do pleito eleitoral que deverá, à partida, devolver a ordem constitucional ao país. Foi com este cenário de incerteza que Michel Flesh teria dado aos políticos guineenses um ultimato no sentido de, até 9 de Maio próximo, ser encontrado uma solução para o impasse, sob pena da União Europeia ser forçada a levar a questão bissau-guineense à consideração do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Diga-se um expediente da qual poderia resultar um agravamento de sanções contra a Guiné-Bissau com todo o seu cortejo de consequências para o actual estado de (in) governabilidade do país. VisãoNews

AVISO


A embaixada de Cuba, foi informada que um dos golpistas quer pedir asilo político na sua representação diplomática, em Bissau. O embaixador informou já ao golpista em causa que recebeu ordens superiors de Cuba para não receber nenhum militar ou político nas instalações da embaixada... AAS

domingo, 28 de abril de 2013

"Não importa o que as outras pessoas falem de você, o importante é que você continue sendo a pessoa que sempre foi. Se mudar, mude para melhor." - Theodore Roosevelt


Guiné-Bissau é o país com piores indicadores em termos de segurança aérea


Guiné-Bissau é o país da África Ocidental que apresenta os piores indicadores em termos de segurança aérea. As conclusões surgiram durante o encontro de peritos de aviação da União Económica da África Ocidental.
A Guiné-Bissau não conseguiu atingir a meta estabelecida pelos países da África Ocidental no que toca à segurança aérea. Quem o diz é Gregório Gomes, director de segurança do Instituto Nacional de Aviação civil na Guiné-Bissau. O responsável afirma que a falta de quadros especializados poderá ter contribuído para a má prestação do país no que refere aos indicadores de segurança aérea.

No oitavo encontro de peritos de aviação da União Económica da África Ocidental-UEMOA- a Guiné-Bissau aproveitou para pedir apoio aos parceiros para que no futuro o país possa atingir os níveis desejáveis, ou seja os sessenta e cinco por cento. Todavia, no que diz respeito à segurança aeroportuária a Guiné-Bissau apresentou melhorias, avanços que foram saudados pelos países que participaram no encontro. RFI

sábado, 27 de abril de 2013

Diga não à limpeza étnica nas Forças Armadas, antes que seja tarde!


"Caro Aly, peço-lhe que publique este texto. Abraço

Com a sentença (de fantochada) de “capitãozinho de Mafra” Pansau Intchama, veio ao de cima a verdadeira intenção da “inventona” do contragolpe de 21 de Outubro. A verdade é que repetiram a mesma maquiavelice do “caso 17 de Outubro” que culminou com as mortes de Viriato Rodrigues Pam, Paulo Correia e outras individualidades, nos anos 80. Criam-se “Inventonas”, executam-se quadros duma dada etnia e condenam os restantes para os poderem excluir das fileiras das nossas forças armadas. É isso o que está a acontecer à etnia Felupe, que doravante podem dizer e com toda razão que existe um “caso 21 Outubro” que visou uma limpeza da etnia Felupe das fileiras das nossas forças armadas.

A verdade seja dita, os militares da etnia Felupe são os mais temidos atualmente pelos da etnia militares da etnia balanta.  Consequência não só da bravura, coragem, disciplina, mais principalmente pelas suas dedicações a causa da formação, já que mesmo em serviço militar obrigatório nunca abdicam de irem tirando os cursos como podem, ao contrário dos “militares balantas” que só o fazem quando são atribuídos bolsas como recompensas de assassinatos e de preferência para irem estudar num país estrangeiro (Pansau Intchama, Júlio Man N’bali etc, etc…são exemplos disso).

Se não foi este o objetivo da “inventona” de 21 de Outubro de 2012, então que alguém me responda as seguintes perguntas:

1.  Alguém no seu perfeito juízo acredita que João Mendes e Ananias Djedju (militares e quadros superiores da etnia felupe com experiência de guerra, uma vez que combateram nos mais temíveis frentes de combate durante a guerra de 7 de Junho de 1998) iam-se juntar à meia dúzia de civis para atacarem um quartel com cerca de 1000 tropas de elite, "os Boinas Vermelhas"?

2.      Afirmaram que um militar que se encontrava de serviço naquela noite reconheceu e identificou o Pansau Intchama como o comandante da operação. Se assim fosse, porque é que não lhe matou? Porque optou antes por matar os comandados por este, deixando-o fugir? 

3.      Se foi o Pansau quem os comandou, como é conseguiu fugir sozinho para Bolama sem que os outros militares o acompanhassem? Onde é que estavam os que agora acusam (o Jonco Manga, Degol Manga, Jorge Sambu, Braima Djedjo, Etchem Sambu, Paulino Djata etc)? Estes não queriam fugir pois não?

4.      Que tipo de bala é que as nossas forças armadas possuem, que antes de te matar, queima-te primeiro a pele na coxa, do tórax etc? Vejam as fotos dos executados, não sejamos ingénuos, estes foram presos maltratados, queimados com maçarico, mortos e os corpos levados posteriormente para um local para darem espetáculo. Alguém viu os invólucros de bala junto dos corpos ou eles foram atacar o quartel das tropas de elite a pedrada? Vejam e revejam as fotos dos executados...

5.      Se prenderam, maltrataram e executaram os que acusaram em Bolama de terem tentado ajudar o Pansau à fugir para Guiné-Conacry, porque é que ele (Pansau) não foi se quer beliscado quando o prenderam? Alguém viu a aflição na cara de Pansau na sua chegada a Bissau ou algum sinal de maltrato? Não estava ele a sorrir nas nossas caras e a enfiar-nos barretes à todos?

6.      E os jovens assassinados em Bolama (Ensa Dabo, Carlos Alves, Amadu Baldé, Ussumane Sane da Costa «vulgo Baba» e Edgar) também eram assaltantes do quartel? Meus irmãos, estes foram executados porque viram e sabiam mais do que "deviam", por estado no sítio errado e na hora errada e presenciaram "in loco" a chegada de Pansau, que para lá fora levado pelas mesmas pessoas que o foram buscar, os militares.

7.      E mais, a quem interessa uma limpeza da etnia Felupe das forças armadas Guineense? O “porta disparates de transição” o Fernando Vaz, até já nos tinha levantado o véu quando disse que os executados não eram Guineenses (lê-se não eram Felupes), mas sim, “Djolas de Casamansa”… (Ai, ai, ser temido pelos Balantas e pelos Senegaleses tem o que se lhe diga).

8.      Se fosse verdadeiro contragolpe, como disse o Pansau, e se o Zamora Induta fosse o autor moral, porque é que não houve mais balantas envolvidos (mais balantas acusados), ou balantas mortos? Se isso fosse verdade, o Zamora não teria pelo menos mais um “macho” balanta dispostos a colaborar a não ser Pansau Intchama, que até nem era o seu braço direito quando era CEMGFA, mas sim, o braço direito de António Indjai que era seu comandante direto a quem afirmou ter obedecido ao executar o Nino Vieira?

Digo mais, esta limpeza não é de agora, pois já fez vítimas doutras etnias no passado recente. Se não, vejamos;

·         O Ansumane Mané (Comandante Supremo da Junta Militar) foi morto, no entanto, não mataram o Buota Nambatcha (da etnia balanta) que era o seu adjunto na altura.

·         Veríssimo Correia Seabra foi morto junto com Domingos de Barros, mas Watna Na Laie (o então Chefe de Estado Maior do Exercito, da etnia balanta) e Emílio Costa (o então vice-Chefe de Estado Maior General da Forças Armadas, da etnia balanta) não foram mortos…

·         Se não fosse por ser da etnia balanta, porque é que não mataram também o José Zamora Induta quando o António Indjai lhe deu "golpe" (como fizeram com Ansumane e Veríssimo) … “Kuma lubu ka ta kumé lubu?”

A semente já se encontra em terra fértil, não nos surpreendamos depois com os frutos (de vingança), ou porque não, já que se repetem “os Outubros” não seria ingénuo da nossa parte não esperarmos um outro “7 Junho” com consequências deveras imprevisíveis?

Kuma baga-baga ka tene tarsadu, ma i ta korta paja!

Mídana Silva"

Dapi ku fadi: Ditadura do Consenso, a caminho dos 7 milhões de visitas (6.837.479)... Bô na matil, ladraduris, cobardus. AAS


ANGOLA: "O desgaste (da Guiné-Bissau) na acção internacional, é como que um golpe"


A secretária de Estado da Cooperação angolana afirmou hoje, na Cidade da Praia, que a realidade dos factos na Guiné-Bissau demonstra "quem de facto tem razão" e desdramatizou críticas das autoridades de transição guineenses a Angola e Cabo Verde. Ângela Bragança falava aos jornalistas após um encontro de trabalho com o chefe da diplomacia cabo-verdiana, Jorge Borges, reunião que marcou o primeiro de quatro dias de uma visita de trabalho a Cabo Verde. "Isto é natural (as críticas). Mas a realidade dos factos, no terreno, vai demonstrando de que lado está a razão. Há uma deterioração da situação social, que é ditada sobretudo pela dificuldade de (o país se) autofinanciar os projetos e as ações.

É preciso que haja estabilidade para que se capte o investimento estrangeiro e a ajuda externa", sublinhou, mas "na situação em que se encontra é muito difícil". "Angola e Cabo Verde estão a fazer o seu papel, sem intromissões, estão a agir no quadro das resoluções dos órgãos internacionais e da União Africana e acho que, neste quadro, continuaremos a dar a nossa ajuda ao povo da Guiné-Bissau", acrescentou Ângela Bragança.

A governante angolana advertiu também para os perigos do desgaste da comunidade internacional em relação às sucessivas crises político-militares e à falta de respostas face aos pedidos de paz e estabilidade no país. "Começa a haver um desgaste e o desgaste, na ação internacional, é como que um golpe. Quando já começa a não haver resposta pronta às solicitações, deixa-se cair no marasmo e eu receio que aconteça isso com a Guiné-Bissau", avisou, aludindo às autoridades de transição saídas do golpe de Estado de 12 de abril de 2012.

Lembrando as palavras ditas recentemente, também na capital cabo-verdiana, pelo enviado especial do secretário-geral da ONU para a Guiné-Bissau, o ex-Presidente timorense José Ramos-Horta, a secretária de Estado angolana realçou que as autoridades da transição guineense estão perante "uma última oportunidade". "Mas devemos trabalhar no quadro que está estabelecido para que o país irmão se estabilize e possa dar dias melhores à população que sofre. Hoje, mais do que nunca, a população sofrerá mais, pois não há condições financeiras nem suporte económico para desenvolver o país", sublinhou.

Ângela Bragança, considerando que a atual situação na Guiné-Bissau é "desoladora", garantiu que Angola vai, porém, continuar a apoiar os esforços de estabilização no país, dentro do quadro que está definido. "Estamos comprometidos politicamente (com a Guiné-Bissau) e com o povo guineense e a nossa contribuição vai continuar a ser dada nos quadros que estão definidos", concluiu. Angola manteve até ao golpe de Estado uma missão militar na Guiné-Bissau, fruto de um acordo nesse sentido com o Governo então deposto pelos militares, liderado por Carlos Gomes Júnior.

Embaixadas ao deus dará


As nossas representações diplomáticas, sem excepção, estão a viver um autêntico calvário. A maior parte delas estão com mais de dez meses de salários em atraso, e é frequente ver os nossos representantes diplomáticos a pedinchar ou em cenas de pugilato com os senhorios ou, na falta de cabedal para resistirem à expulsão musculada, sair com o "rabo entre as pernas", mas deixando sempre algumas pertenças como garantia ao senhorio, não venha os nossos representantes escapulirem-se sem pagar as rendas que normalmente são mais acumuladas que os atrasados.

Esta situação começou a inquinar-se ainda mais com o último consulado presidencial e agravou-se com os novos abutres do regime de transição que, por uma palha, nomeam embaixadores como se fosse um exercício de prazer se tratasse. Qualquer pé descalço ou marginal quer ser embaixador, encarregado de negócios ou cônsul, e o resultado é o que se vê neste momento: a um sem número de representantes diplomáticos em exercício, mais os ex-representantes que nunca retornaram ao local de afectação, junta-se-lhes uma lista infindável de novos embaixadores, encarregados de negócios e cônsules nomeados por conveniência -ou dólares - pelo regime golpista de Bissau... sem qualquer orçamento para assegurarem a sua instalação e representatividade condigna.

Da minha passagem por Dakar, soube de fontes fidedignas de que a embaixada está a pão e água há mais de 8 meses e os nossos representantes andam num autêntico "sukundi-sukundi" com os respectivos senhorios, não ousando sequer andar nos seus veículos, portanto "car-rapide obligé" para mostrar ao wollof ndiaye de que estão falidos que nem o Bubo Na Tchuto, que nem um par de sapatos pode comprar (eu particularmente estou de acordo com a táctica, pois segundo ouvi dizer, o wollof até cobra dívida de morto... AAS

Braima Camará apresenta Moção de Estratégia


Acabamos de lançar no nosso Site de Campanha do candidato à liderança do PAIGC, BRAIMA CAMARÁ a Moção de Estratégia que o projecto para uma “Liderança Democrática e Inclusiva”, pretende apresentar ao VIII Congresso do nosso glorioso PAIGC, em cumprimento das disposições estatutárias que regulam a apresentação de candidaturas à liderança do Partido.

É um documento aberto, em preparação desde há vários meses, mas ainda completamente aberto para a contribuição de todos quantos nela se queiram rever. Por isso, todos quantos o queiram fazer poderão não só trazer as suas críticas e sugestões, como assiná-la, contribuindo assim para a definição das linhas de orientação que conduzirão a vida do nosso Partido nos próximos anos, caso o projecto por mim liderado saia vencedor, como o esperam todos quantos têm partilhado a sua construção.

Contamos com a vossa contribuição e podem crer que ela se reveste da maior importância para nós. Já acolhemos o conjunto das recomendações que nos foram apresentadas por militantes e simpatizantes do partido no périplo que realizámos por todo o país, para auscultar e sentir, na primeira pessoa, os problemas e as aspirações do partido e dos seus militantes, como continuaremos a acolher as contribuições que voluntariamente nos quiserem oferecer para melhorarmos a nossa visão sobre o futuro do nosso Partido e da nossa terra. O nosso firme propósito é que a Moção de Estratégia seja um documento participado, por cuja concretização todos e cada um de nós se sentirá responsável.

Os nossos antecipados agradecimentos

Iª Convenção Nacional do PND


PND REALIZA A SUA 1ª CONVENÇÃO NACIONAL
 
Sob o lema “Um Partido – Um Sonho – Um País”, o Partido da Nova Democracia liderada até à convenção pelo Sr. Iaia Djaló, realiza em Bissau de 10 à 12 de Maio a sua 1ª Convenção Nacional.
Esta Convenção surge num momento em que o país atravessa uma das suas maiores crises da última década. Trata-se de um momento crucial na vida dos guineenses que almejam por uma liderança diferente, mais empreendedor, mais dinâmico, mais democrático, mais eficaz e mais justo.

O PND pretende contribuir para a renovação da democracia guineense, dando-lhe mais vigor, mais estímulo, mais abertura, mais solidariedade e sobretudo mais responsabilidade. A Convenção irá juntar académicos, jovens quadros, trabalhadores exemplares do país, brilhantes funcionários anónimos, mulheres batalhadoras, homens de negócios, artistas e camponeses oriundos de todo o país, num total de 579 delegados, para juntos preparem um outro futuro que começará à partir do dia 10 de Maio.

O Partido da Nova Democracia será um partido aberto ao diálogo, à alianças estratégicas, mas na base de princípios e valores que norteiam um Estado de Direito Democrático e tendo os interesses da Guiné-Bissau como o ponto de partida para qualquer negociação. O respeito pelas diferenças, a tolerância étnica e religiosa, o respeito pelas regras de jogo democrático, o respeito pela igualdade e equidade entre os sexos, a transparência e a responsabilidade governativa são, entre outros, os valores e princípios que o PND defende.

É nossa convicção, que este país é possível, desde que haja mais patriotismo, mais capacidade, mais responsabilidade e melhor organização. Não podemos continuar a carregar nos nossos ombros o nome de um Estado falhado, um Narco-estado, apenas porque um grupo de pessoas querem acaparar-se da Guiné. Este país possui recursos humanos, naturais, florestais e haliêuticos em abundância, o que é preciso é capitalizar este achado, organizar-se melhor, dar oportunidades a novos talentos para transformar a nossa Guiné. O Partido da Nova Democracia será sem sombra para dúvidas, uma alternativa sustentável à bipolarização política que tem conduzido o país apenas para a violência e para a miséria. Juntem-se todos a este projecto.

Viva PND, Viva a democracia, Viva a República da Guiné-Bissau.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Todos os nomes


Nomes dos novos directores das escolas públicas...:

Adulai Bobó Sissé – Liceu Regional Luís Fona Tchuda (Gabú)
Adulai Ualú – Liceu Sectorial de São Domingos
Agostinho G. Correia – Dr. Rui Barcelos da Cunha (Bissau)
Almeida Quadé – Godfredo Vermão de Sousa (Bissau)
António Ansú Sani – Ensino Básico Unificado Revolução de Outubro (Bissau)
Bacar Dam – Amizade China Guiné-Bissau (Bafatá)
Caba Sambú - Liceu Regional Hejy-ya-Henda (Bafatá)
Carlos Mida N`haslambé - Liceu Regional Areolino Cruz (Catió)
Clode Nota – Liceu Nacional Kwame N`Krumah (Bissau)
Domingos cabral – Liceu João Paulo II (Cacheu)
Ernesto F. Intalá - Ensino Básico Unificado Nº1 Contuboel (Bafatá)
Faustino da Silva – Salvador Allende (Bissau)
Faustino Gomes – Liceu Regional Domingos Brito dos Santos (Quinhamel)
Fausto Cassamá - Ensino Básico Unificado Alto Bandim
Francisco I. da Costa – Liceu de Hafia
Ildo da Silva - Ensino Básico Justado Vieira
Infali Camará – Dr. Agostinho Neto
José Elias Vasconcelos – Liceu de Cacheu
Leonardo Luis Cheim – Liceu Regional Hó-Chi-Minh (Canchungo)
Machado Té - Ensino Básico Unificado de Bôr
Malamine Bari – Liceu Regional Galdé Baldé (Ingoré)
Mamudo Jaló – Samora Moises Maichel (Bissau)
Matche Boassa – Quemó Mané (Mansoa)
Sabino Sanca - Ensino Básico Unificado Amizade Guiné-Bissau e Suecia
Sanha Intambú - Ensino Básico IIIº Congresso
Serifo Braima Seidi - Ensino Básico Unificado Bandim-Bilá
Tefna Tambá – Plack 2
Timbo Vieira - Ensino Básico Unificado de Quelelé

Gâmbia e Cabo Verde, com recados para Bissau


Discurso do Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, na Cerimónia de Entrega de Cartas Credenciais pelo Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da Gâmbia, AbdouJarjou

Excelências,
Senhor Embaixador, AbdouJarjou,
Senhor Ministro das Relações Exteriores,
Senhoras e Senhores colaboradores da Presidência da República,
Senhores Diplomatas,
Senhores colaboradores da Embaixada da Gâmbia,
Senhoras e Senhores jornalistas

Senhor Embaixador,

DSC_9217

PORMENOR - AS MEIAS BRANCAS DESTOAM E DE QUE MANEIRA...ISSO NÃO É UM JOGO DE TÉNIS, PÁ...

É com imenso prazer que recebo as Cartas que acreditam Vossa Excelência na qualidade de Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República da Gâmbia junto do meu país.

Verifico com satisfação, Sr. Embaixador, que hoje, mais que nunca, os nossos dois países estão comprometidos a trabalhar para que as tradicionais relações de amizade e cooperação que, felizmente, sempre existiram entre nós, se reforcem e se diversifiquem, seja a nível bilateral, seja a nível internacional.

Inseridos no mesmo contexto geoestratégico, Cabo Verde e Gâmbia, ambos membros activos da CEDEAO, organização sub-regional tido como instrumento útil na efectivação da estratégia de desenvolvimento económico integrado que se quer para os seus Estados membros, partilham ainda a circunstância de serem pequenos Estados o que os deve incentivar a colaborarem, de forma cada vez mais intensa e coordenada, na defesa dos interesses dos nossos países e da nossa Organização.

Independentemente da nossa pertença comum à CEDEAO, diria ainda que as nossas reduzidas dimensões territorial e populacional, aliados a uma relevante sintonia em relação a alguns dos dossiers políticos mais críticos tanto no âmbito da CEDEAO, quanto no da União Africana, nos devem estimular para uma cada vez maior concertação política e diplomática.

Estou certo que na sua missão que hoje se inicia em Cabo Verde, Vossa Excelência saberá inaugurar um novo ciclo nas nossas relações políticas, diplomáticas e de cooperação efectiva, nas mais diversas áreas, como por exemplo, o comércio, o desporto, as novas tecnologias e, muito particularmente, a cooperação entre serviços especializados na luta contra o narcotráfico, o terrorismo, o crime organizado e a pirataria marítima nas nossas águas, fenómenos que devemos combater, com convicção e determinação, se queremos que as nossas Nações se desenvolvam de forma harmoniosa e sustentável.

Senhor Embaixador,

Almejamos que os nossos países irmãos - Mali e Guiné-Bissau - possam encontrar, o quanto antes, o caminho da paz e da concórdia, para o bem-estar dos seus respectivos povos. Para tanto, gostaria de assegurar a Vossa Excelência da disponibilidade pessoal e institucional do Presidente da República na prossecução desses objectivos.

As autoridades cabo-verdianas seguiram, com apreensão, as recentes ocorrências, na República Centro Africana, que condenaram, desde o primeiro momento pelo facto de Cabo Verde se posicionar firmemente contra o recurso a qualquer tipo de violência como forma de se chegar ao poder, defendendo, os princípios da legalidade, do respeito pela Constituição e pelo direito internacional.

De igual forma, condenamos o atentado bombista que se registou no passado dia 15de Abril em Boston, manifestando total repúdio contra tal acto, e solidarizando-nos com as autoridades norte-americanas e as famílias das vítimas inocentes.

Gostaria de destacar o importante contributo que vem sendo dado pela CEDEAO na busca de soluções para a Guiné Bissau e o Mali. No último caso, registamos com grande satisfação os consideráveis avanços no sentido da reposição da integridade territorial daquele país, assim como, o restabelecimento do direito do seu povo a viver em paz, numa sociedade livre, democrática e plural a todos os níveis.

Senhor Embaixador,

Permita-me referir, com imensa satisfação e orgulho, as comemorações do 50º aniversário da criação da OUA que, em Maio próximo, serão devidamente assinaladas em Addis Abeba. Trata-se de uma efeméride que, em atenção à sua dimensão histórica, mobilizará, certamente, todas as Nações e forças vivas do nosso Continente para que todos possamos prestar a devida e justa homenagem àqueles visionários que, a seu tempo, souberam forjar o instrumento, através do qual e à volta do qual gravitaram todos os movimentos independentistas da África.

Finalmente, gostaria de terminar desejando que a missão de Vossa Excelência que hoje começa em Cabo Verde seja coroada de sucessos e que ela possa contribuir para o efectivo fortalecimento das relações de amizade e cooperação entre os nossos dois países e povos. Reitero ao Senhor Embaixador AbdouJarjou toda a disponibilidade pessoal e Institucional do Presidente da Republica para apoiar Vossa Excelência nessa missão.

Muito obrigado.