sexta-feira, 26 de abril de 2013

BUBO-DEA: O que diz Vasco Nacia


Vasco Nacia, membro das Forças Armadas da Guiné-Bissau, disse ter acompanhado Bubo Na Tchuto quando este foi preso pelas forças dos Estados Unidos, e garantiu que a detenção se deu no arquipélago dos Bijagós, em águas guineenses. Os Estados Unidos anunciaram no início do mês a detenção de Bubo Na Tchuto em águas internacionais, perto de Cabo Verde. O antigo chefe da Marinha da Guiné-Bissau era procurado pelos Estados Unidos por alegado envolvimento no tráfico internacional de droga, sobretudo cocaína oriunda da América do Sul. O segundo tenente Vasco Nacia terá acompanhado a situação que levou à prisão de Bubo, com quem trabalhou quando o oficial agora detido era o chefe da Marinha, conforme contou à televisão da Guiné-Bissau, TGB.

Na entrevista, disse que o seu envolvimento no caso começou no dia 01 de abril, quando Bubo lhe terá dito que estava a montar uma empresa, chamada Boston Lda, e lhe falou de que os sócios iam chegar à Guiné-Bissau e que já estavam em alto mar, pelo que lhe pediu apoio para, como piloto, ir ajudar a colocar o navio em Bissau. Bubo, acrescentou, contactou-o de novo na madrugada de dia 02 de abril para ir para Cacheu, norte de Bissau, com um empresário chamado Pedro. No mesmo carro para Cacheu seguiam também Tchami Yala e Papis Djemé, ambos posteriormente detidos.

Em Cacheu, todos seguiram num bote para o navio onde supostamente viajava o empresário, tendo Vasco Nacia sido apresentado como a pessoa para dar assistência para levar a embarcação até Bissau. "Ao chegar ao navio, o Pedro apresentou-nos a um outro senhor, chamado Alex, que teria feito todos os contactos com Bubo Na Tchuto, como sendo seu sócio",contou Vasco Nacia à TGB, acrescentando que o suposto sócio de Bubo achou estranha a sua presença e disse que apenas queria falar com Bubo, até porque trouxera alguns empresários que queriam falar pessoalmente com o antigo chefe militar.

Contactado Bubo, este dispôs-se a ir ter com eles e foi Vasco quem conduziu o bote até à praia de Suru (perto de Bissau) para nele embarcar Bubo Na Tchuto, que só apareceu mais de duas horas depois, precisou o entrevistado. Alex terá falado então a Bubo dos empresários que com ele queriam falar, a bordo do navio, tendo seguido todos até ao referido navio, atracado ao largo da ilha de Caravela. "O Bubo foi detido nas águas interiores da Guiné-Bissau, nem sequer estamos a falar das 12 milhas marítimas. Ele foi detido na zona de Caravela", garantiu.

Na entrevista, Vasco Nacia contou que a bordo do navio, num "salão VIP", lhes foram servidos sumos e que Alex disse que ia arranjar champanhe no camarote, onde na verdade estavam cerca de 50 polícias "bem armados e fardados". "De cada lado das portas do camarote estavam 25 homens armados. Na operação, o primeiro homem que se dirigiu a nós, gritou logo: Polícia. Vinham logo em nossa direção com armas em punho. Raptaram-nos logo. Meteram-nos as algemas, deitaram-nos no chão e meteram-nos panos na cabeça. Na altura nem sequer sabíamos para onde é que nos estavam a conduzir", disse.

Vasco Nacia disse também que viu duas polícias de Cabo Verde e que durante o percurso até à ilha do Sal foram identificados e questionados se tinham dinheiro para pagar a advogados. No Sal, Vasco e outro elemento, civil, foram levados pela Polícia Judiciária de Cabo Verde e Bubo, Tchami e Papis ficaram no navio. A polícia cabo-verdiana ter-lhes-á dito que eram inocentes e que ninguém podia ser capturado se o seu nome não constasse "da lista". Regressaram à Guiné-Bissau via Senegal. A Lusa tentou sem sucesso falar com Vasco Nacia. De acordo com o jornal "Última Hora", de Bissau, Vasco está detido porque as chefias militares querem esclarecer os pormenores da sua participação no caso. LUSA

Leba kabás


Diz-se que o 'presidente da CEDEAO' para a Guiné-Bissau regressa ao país no próximo domingo, e bem guardado: nem mais nem menos do que três guarda-costas, os chefes de estado-maior de três países cujos governo, com graves problemas internos nos seus territórios, impuseram e suportam a ilegalidade constitucional prevalecente na Guiné-Bissau. Os CEM do Senegal, da Nigéria e da Costa do Marfim (os queridos inimigos do Povo da Guiné-Bissau) vão trazer a sua 'noiva' e tentar uma paz podre entre Serifo e Indjai. Quando virarem as costas, logo se verá... AAS

Porque corres, Vaz?


Definitivamente os guineenses não têm tido mesmo sorte com este famigerado governo de transição que a CEDEAO impôs na Guiné-Bissau. Também, outra coisa não se podia esperar até pela incompetência que é timbre deste governo de má memória para o país e o seu Povo. Entre eles, à larga distância, destacam-se de todos os outros, o ministro dos Negócios Estrangeiros, digo esquisitos e o da Presidência e Porta-Voz, digo porta-disparates desse governo de fantoches e usurpadores.

Este governo, a cada dia que passa, mais parece um bantaba di djumbai, tal são os faits divers em que se tem envolvido, umas atrás das outras, os escândalos e poucas vergonhas vão-se sucedendo, sendo os dois supracitados os que mais dão cartas...

O ministro dos Negócios Estranhos (MNE), Faustino Fudut Imbali, tem por sua conta os imensos escândalos de vendas de postos de embaixadores (caso mais flagrante, o do Malam Sambu, embaixador na China e denunciado não há muito e de froma magistral pelo DC), as vendas dos postos de cônsules honorários, as vendas de passaportes a cidadãos estrangeiros, com particular destaque para a máfia dos países asiáticos, assim como as suas frequentes saídas patéticas e descontextualizadas da actualidade que põem a nu toda a sua incompetência e limitações como "homem de estado".

Ultimamente porém, é o porta-disparate que tem estado mais na ribalta, pois de cada vez que abre a boca ou entra mosca ou sai disparates (outro iguala-se-lhe: de vendedor de publicidade numa revista, em Lisboa, arvora-se agora em 'jornalista' dando má imagem de um governo já de si caído em desgraça, ainda que nem note que os seus escritos são de puro ódio e de uma vingança cega...). Este senhor, de tanto querer mostrar o seu apego à 'causa' golpista e cair nas graças dos seus patrões militares, apresta-se a papéis tão ignóbeis e degradantes que, sem dar conta, lhe marcarão para toda a vida na sociedade guineense e por ai fora. Posturas do género do porta-disparates, verdade seja dita, nem nos piores tempos dos governos do PRS se via tanta asneira junta. Fernando Vaz é o protótipo do agente maligno que, para sobreviver apresta-se a tudo, até vender a alma (...duvido muito se a tem neste momento) para ter as graças da sua mordomia e vida de mafioso novo-rico. Tornou-se banal vê-lo aparecer na televisão pública a verborear informações gratuitas, caluniosas e irresponsáveis contra pessoas de bem e Estados dignos, acima de quaisquer suspeitas no caso - falo em concreto da detenção de Bubo Na Tchuto.

Tal postura desvairada, pelos contornos que está a assumir, deixa de ser um simples caso de desnorte ou de impreparação na gestão da causa pública, para passar a ser considerado como um caso muito sério de psicopatia de complexos recalcados, enfim, um caso de insanidade mental profundo e perigoso. Um caso de polícia, até. Primeiro, foram Portugal e Angola os seus alvos e, ultimamente é Cabo-Verde. Todos eles países amigos do Povo da Guiné-Bissau desde tempos imemoriais, os quais velipendia com as mais graves e vis acusações, fruto de uma mente doentia eivado de um primarismo social de conduta nunca antes visto nos anais da governação guineense. Uma vergonha, portanto. Contudo, é bom que se compreenda o porquê de o porta-disparates do governo golpista, estar desnorteado e a atirar em todos os sentidos. Ao que parece, Fernando Vaz ainda não tem a percepção correcta da situação de incômodo em que se encontra, pois apesar de o barco golpista estar a meter água por tudo quanto é sítio, parece que o porta-disparate está no país das maravilhas. Senhor Fernando Vaz: não se brinca com o Estado...

O porta-voz, se fosse intiligente, devia era preocupar-se em seguir o conselho - e os recados - do Nobel da paz e representante do Secretário Geral da ONU. Ele que se lembre que está ligado aos mais obscuros negócios desse famigerado regime, incluindo ligações criminosas com os clãs colombiano e venezuelano da cocaína que operam em Bissau a coberto do seu estatuto de ministro. Fernando Vaz devia naturalmente estar preocupado e vigiar a sua reataguarda, pois parece-me ainda perdido, sem norte e sem ter, ainda, dado conta do que lhe espera... Depois não digam que eu não avisei... António Aly Silva

Tratamento de choque


O debate sobre as possiveis saidas para a crise na Guiné-Bissau apos o golpe politico-militar de 12 de abril, esta em curso ha muito tempo, porém até agora nada de palpavel e concrecto se viu como resulltados concrecto. A vinda do experiente, Nobel da Paz, Dr José Ramos Horta veio animar de que amneira o espirito dos guineenses, pois mercê da sua experiência, frontalidade e pragmatismo muito apreciavel, fizeram o guineense ver uma ténue luz no fundo do tunel ja tenebroso e interminavel que é a crise guineense. Mais ainda, a captura e a saida da cena politico-militar de Bubo Na Tchuto e a imenente, esperemos que sim, «acantonamento» do General Indjai, reanimaram ainda mais esses sinais de esperança ja em desespero de tanto esperar.

Porém, no meu modesto ponto de vista, se por acaso a Comunidade Internacional (CI), em particular as Nações Unidas (NU), União Africana (UA) e a União Europeia (EU), quiseram efectivamente ajudar a Guiné-Bissau a sair desse atoleiro, é bom que ponderem muito bem, qual o remédio, o mais adequado, a dar ao seu paciente comatico. A CI deve ver ponderadamente, qual a terapia mais adequada para «exorcizar o mal» que sucessivamente «possui» esse pais de mil contrastes e conflitos sem fim.

Creio eu no entanto que, a partir desta nefasta crise despoletada pelo golpe de 12 de abril, que se pode pode atacar o mal pela raiz, pois ao que me parece, é o momento ideal para eliminar os germens que gangrenam esse corpo, ja insensivel de tanto sofrer.

Do meu ponto de vista existem bons indicadores que me permitem assim pensar. Desde ja, o primeiro passo, foi a ajuda norte-americana de nos levar um inquilino perturbador e de maus vicios para ser guardado com um belo uniforme alaranjado bem longe do pais, assim também, a ordem de «batida de caça» decretada contra Antonio Indjai, o General dos Golpes, dos Assassinatos, das Drogas e das Armas, isto devido a sua implicação, denunciada pelos EUA no narco-terrorrismo e colaboração com forças terroristas hostis aos EUA.

Esta dadiva da intervenção americana para nos livrar desses dois grandes germens da instabilidade na Guiné-Bissau, embora tardia, é de rezar e agradecer a todos os Santos, pois ele constitui um sinal claro para freiar o ilimitado sentimento de impunidade e intocabilidade de que estão imbuidos os nossos dirigentes politicos e, principalmente os militares.

O segundo passado constitui em, aproveitar esta situação soberana para, sob a tutela das NU, reenquadrar e sanear o sistema democratico vigente na Guiné-Bissau, permitindo ao pais sair desse processo de caotica e criminosa transição e passar a dotar-se de instituições democraticas solidas e perenes que, a médio prazo possam permitir a Guiné-Bissau, desenvolver-se autonomamente rumo à paz e a estabilidade, quer do ponto de vista institucional, social e economica.

A primeira acção rumo a esse almejado reenquadramento, passaria previamente, pelo imperativo da assumpção plena do proximo processo eleitoral pelas NU, tal se fez no caso de Timor Leste e, diga-se de passagem, com muito sucesso e resultados encorajadores na perspectiva da actualidade desse pais irmão. Isto é, deve ser instituida pelas NU um orgão eleitoral independente possuindo instâncias hierarquicamente diferentes, cujas funções seriam por um lado, a pré-organização (incluindo o recenseamento biométrico e actualização ou confecção ex-novo dos cadernos, e por outro lado, a supervisão e a validação in fine do processo eleitoral. Estas duas etapas finais da intervenção das NU (supervisão do processo e validação dos resultados permiteria não so sanear as querelas e disputas internas de interesses politicos entre o PAIGC e o PRS.

Essas disputas minaram e descredibilizam inabalavelmente o organismo nacional das eleições ora em funções, onde é patente a intenção do PRS, de a todo o custo, mesmo contra as leis e os regulamentos que regem esse orgão, querer apoderar-se, para além do Secretariado Executivo, também a Presidência da CNE. Tal pretensão deixa antever uma premeditação deliberada para a instrumentalização desse orgão e consequentemente uma pretensa manipulação dos resultados a favor dos seus interesses. Alias, essas cautelas, são por demais recomendaveis, se se tivermos em conta, a actuação inopinada, ilegal, movidos por interesses exclusivamente partidarios do actual Secretario Executivo da CNR aquando das ultimas eleições recentemente interrompidas, em que, sob pressão do seu partido e a revelia da lei eleitoral e das suas competências na CNE aparece nos orgãos de comunicação nacionais e estrangeiros a «divulgar» resultados eleitorais falsos e deturpados com mero intuito de criar a confusão e instalar o caos sobre o processo eleitoral em curso, tal como infelizmente acabou por acontecer. Creio que, basta-nos este exemplo de irresponsabilidade, para que as NU à semelhança de Timor Leste assuma na integralidade a organização supervisão e validação do proximo processo eleitoral guineense.

Optando a NU por este método e sendo um caucionador idoneo e insuspeito dos resultados do processo eleitoral, tal facto atenuaria ou mesmo, evitaria as sucessivas suspeições e rejeições sistematica dos resultados eleitorais, cujos recursos anti-democraticos tem feito escola no mau sentido, na democracia guineense. Tais situações recorrentes, tem sido sempre acompanhados de tensões, instabilidade, pânico, ameaças de guerra,... «armas» que, useira e vezeiramente tem sido sistematicamente utilizado por um certo e determinado candidato... acabando sempre por conseguir ganhos financeiros e, também colateralmente politicos de pressão.

Igualmente, afim de reforçar a idoneidade desse dispositivo independente das NU e permitir um engajamento responsavel de todos os intervenientes no processo eleitoral, todos os candidatos seriam obrigados a assinar um Pacto de Compromisso Democratico (PCD), onde cada um solenemente se engajaria em quaisquer das circunstâncias a aceitar os resultados eleitorais caucionados pelo orgão das NU encarregue do processo eleitoral, assim como, comprometer-se à sujeição sem reservas a qualquer tribunal ou juridição indicada pelas NU, em caso de perturbação do processo eleitoral, a contestação dos seus resultados ou a promoção de disturbios pos-eleitorais.

Para completar o tratamento de choque ao paciente guineense e, como medida de dissuação, as NU deviam instalar uma força militar de interposição sob contrôlo e comando das NU. Essas forças podiam ser constituidas de preferência, sem os elementos que integram as duas esferas de influência e pertença que «disputam» o protagonismo da solução para a crise na Guiné-Bissau (CEDEAO e a CPLP) e, caso não seja possivel a primeira opção (por economia de custos), integrar-se equitativamente os elementos dos dois polos de interesses complementarmente, mas sempre sob comando integrado das NU. Essas forças, manter-se-iam na Guiné-Bissau pelo menos durante 3 a 4 anos ou se necessario, até se apurar o estado de solidificação e securização do sistema democratico no pais.

Simultaneamente à instalação das forças das NU para securizar e dar estabilidade ao processo eleitoral, proceder-se-ia ao acantonamento das pletoricas unidades militares guineenses, ao seu recenseamento, ao seu desarmamento e acondicionamento das armas, a restruturação de efectivos, a qual começaria por um processo de saneamento progressivo em dois sentidos, isto é, por um lado, a desmobilização dos veteranos e, por outro lado, a desmobilização dos novos «ingressos» trazidos directamente das tabancas ou barracas de fanado (recrutamentos ad hoc feitos na base da familia ou da tribo), cujos elementos foram integrados de forma arbitraria nos «efectivos» do exercito e que praticamente funcionam como milicias privadas dos chefões militares.

Caros compatriotas,

Esta é a minha modesta reflexão sobre o que pode ser a solução imediata e pragmatica para a saida da crise guineense.

Estou certo de que, ela podera ser sujeita a criticas dai a completaridade das vossas ideias seriam benvindas para enriquecer o debate. Porém estou certo que, a cumprirem-se essas permissas de realização de eleições por um orgão independente das NU, a Guiné-Bissau dara um passo importante e eventualmente seguro, rumo à estabilidade, à paz e a consolidação do Estado de Direito. Para alcançar esses objectivos , tão almejados, cabera seguramente a ultima palavra ao nosso irmão, o Nobel da Paz, José Ramos Horta equacionar com a sua reconhecida experiência e saber de ponderação estas questões junto a quem de direito apreciar e decidir, isto é, ao Secretarrio Geral das Nações Unidas, BanKi-Moon.

Que Deus abençoe a Guiné-Bissau

Pinto C.
Sociólogo/Finlandia

quinta-feira, 25 de abril de 2013

ESCRAVATURA


Os agricultores da Guiné-Bissau consideram baixos os preços de venda da castanha do caju, o principal produto do país, e querem a intervenção do governo para que haja mais compradores e por isso mais concorrência e melhores preços. Os agricultores e a Câmara de Comércio reuniram-se esta quinta-feira em Bissau com o primeiro-ministro de transição, Rui de Barros, e o presidente da Assembleia Nacional." A situação no terreno é precária, os preços não são os melhores. Estão a 100 francos (15 cêntimos) o quilo, no máximo 150 francos. E há troca de caju por arroz, um quilo de arroz por três de caju. Isto é inaceitável", disse aos jornalistas o presidente da Associação Nacional de Agricultores, Mamasamba Embaló. LUSA

DEA-TENSÃO NO MEIO MILITAR


Foi um António Indjai furioso, aquele que se ouviu há dias num encontro: Criticou furiosamente a inoperância de todos os organismos internos de segurança e fiscalização, e pediu depois a substituição imediata dos respectivos directores gerais: o da segurança do Estado (Serifo Mané, recorde-se, foi exonerado poucos dias depois da prisão de Bubo Na Tchuto, do cargo de DG dos Serviços de Informação do Estado), e o da imigração e fronteiras. E criticou ainda a contra-inteligência militar, que, curiosamente está sob sua alçada directa. Para o CEMGFA, uma coisa ficou clara: andavam todos a dormir, deixando que os americanos levassem o Bubo Na Tchuto, que repetidamente defendeu, chamando-o sempre de combatente da liberdade da Pátria. "Bubo foi raptado e foi traído pelo Jorge (referindo-se a um isco, talvez português, e que supostamente trabalhava para a DEA e acabou por levar o Bubo ao encontro dos americanos). AAS

Água mole em pedra dura...


O Secretário de Estado do Ministério da Educação, Salvador Tchongó, vai mesmo avançar com nomeação de novos directores dos Liceus em todo o país. Essa decisão, que oportunamente DC revelou, veio atravês de uma pressão do partido PRS. A tomada de posse está marcada para amanhã. Despachado, o secretário de Estado. AAS

5 anos de prisão para Pansau Ntchama


O tribunal militar da Guiné-Bissau condenou o capitão Pansau Ntchama a 5 anos de cadeia, após ter sido considerado culpado de traição e utilização de armas ilegais. As autoridades dizem que ele liderou os homens armados que atacaram a base militar dos paracomandos perto do aeroporto de Bissau em outubro de 2012. O exército reagiu e o 'golpe de Estado' falhou. O mais recente golpe ocorreu em abril de 2012, apenas um dia antes do inicio da campanha para a segunda volta das eleições presidenciais.

Outro militar, julgado pelo assalto, foi condenado a quatro anos de prisão, e outros dois a penas de três anos e seis meses. Outros três militares ficarão na cadeia durante três anos. Do grupo, sete militares e um civil foram absolvidos por falta de provas. Mbisan Na N'Quilin, porta-voz do colectivo de advogados de defesa, salientou o facto de pela primeira vez "um caso militar" ter sido julgado na Guiné-Bissau, mas afirmou que a defesa não concorda com as sentenças. AAS

DEA, a resposta: "Os EUA não vão pedir nada a um governo que não reconhecemos"


Rusty Payne, porta-voz da DEA, em entrevista, hoje, à RFI:

Questionado sobre a disponibilidade manifestada pelo governo interino de Bissau em colaborar com as Autoridades norte-americanas e, nesse caso, se o governo americano iria pedir a colaboração do governo de Bissau, RP respondeu que os EUA não vão pedir nada a um governo que eles não reconhecem e para mais, sendo a Guiné-Bissau um narco-estado é um pais com quem não querem ter quaisquer relações ou cooperação. Acrescenta que, tanto os seus dirigentes politicos como militares estão todos ligados narco-trafico e ao terrorismo. É um país de narcotraficantes, reforçou.

Questionado sobre, como poderão então resolver o problema da detenção e apresentação do CEMGFA general António Indjai perante a justiça americana, Rusty Payne respondeu com convicção: Os EUA têm muitos meios ao seu alcance para capturar e traduzir o António Indjai perante a justiça do seu país, à semelhança do que fizeram com Bubo Na Tchuto, que de resto já esta a responder perante a justiça americana, em Nova Iorque.

Adianta ainda que António Indjai será presente de uma forma ou de outra à justiça americana num curto espaço de tempo, pois os EUA não podem tolerar narco-terroristas que atentam contra a segurança do Estado americano refugiando-se em Estados e Instituições fragéis e desafiando as leis americanas, salientando estarem já no terreno meios e homens para consumar a sua detenção no mais curto espaço de tempo

Por fim, Rusty Payne disse que a detenção dos três narcotraficantes guineenses e dos dois colombianos colocam actualmente os EUA e a DEA na posse de informações privilegiadas sobre os modos de actuação da rede, assim como de mais pessoas da hierarquia militar e da elite política envolvida nessa rede... muito extensa.

Um espião na Praia? Abdou Jarjou, antigo agente da secreta na Embaixada da Gâmbia em Bissau - depois nomeado mesmo embaixador - foi sorrateiramente enviado como embaixador da Gâmbia em Cabo Verde... Entrega as cartas credenciais amanhã, sexta-feira, ao Presidente de Cabo-Verde, Jorge Carlos Fonseca. AAS


TERÁ O PACTO DE REGIME O IMPACTO DAS URNAS?


Quis o rumo da história, que parte da equação mais delicada, e talvez mesmo, a mais difícil, na resolução dos nossos eternos problemas, por tudo que não precisarei mencionar, acabe por coincidir, com os sagrados interesses da segurança interna, do país mais poderoso do Mundo. E nesse raro momento, de um oportuno renovar das esperanças, a minha preocupação anda cada vez mais virada, para as próximas etapas políticas, com mais decência, sobretudo, pelo facto de estar a seguir em grande destaque, uma ideia no pensamento de muitos, inclusive o empenhado representante do Secretário-Geral das Nações Unidas no nosso território, sobre a necessidade de um pré-acordo estadista atestado, entre os dois maiores partidos políticos, ou entre todas as formações políticas, com efeitos práticos no pós eleitoral, para a inclusão na esfera governativa, de elementos representantes das diferentes formações políticas, em constante disputa pelo poder, julgando assim garantir ao seu tempo, a desejável estabilidade política, capaz de galvanizar com alguma eficácia, os paralisados factores produtivos nacionais, para o ambicionado desenvolvimento sustentado.

É pertinente não esquecermos, que entre os nossos vários problemas, lidamos com o excesso de vis sujeitos políticos, que sustenta um aglomerado político extremamente incompetente, muitas das vezes, pura e simplesmente incapazes, de conhecer os meandros das mais básicas diligências, nas funções políticas, da colectividade Estado. Se assim é, precisamos sim, sanear e qualificar a classe dirigente; e não encontrar mecanismos que facilite a propalada inclusão, sob o perigo de adulterar os benefícios de um abrangimento governativo. Devemos planificar soluções selectivas mais adequadas, para que da estrutura dos partidos, sigam elementos melhores preparados, para a maioria das vezes, complicadas tarefas governativas; e não permitir uma rápida ascensão dos conhecidos profissionais da intriga, que infelizmente, vão dominando as desorganizadas hierarquias das nossas formações políticas.

Com os últimos acontecimentos, estão em curso mudanças deveras significativas, na nossa sociedade, e claro que com maior incidência no panorama político. Concomitantes a essas mudanças, também revelarão condições mais propícias, para o apuramento de determinadas responsabilidades, mesmo que sejam só à maneira do povo, sabido que ao longo de todos esses tempos das vergonhosas incúrias, nunca alguém, autor dos abomináveis comportamentos, ou um simples negligente à luz do dia, sofreu directamente, com as consequências dos cobardes abusos de poder. Os tais maiores partidos políticos, com a verdade nos resultados das próximas eleições, poderão não ser tão grandes o suficiente, para legitimarem a conveniência de um eventual pacto de regime. Portanto, deverá ter um lugar na missão do povo, depois de acostumar com o promissor ambiente de mais liberdade, enquanto eleitor, nos distintos momentos, o seguinte: receber e compreender as mensagens políticas de cada grupo de pretendentes aos cargos oficiais; reflectir profundamente; e decidir, expressando nas urnas, a sua vontade patriótica.

Será mais do mesmo, como por via de golpes e contragolpes, tem sido, procurarmos satisfazer as declaradas apetites vorazes, dos que se especializaram na impiedosa lapidação do património público, condicionarmos desde agora, os partidos políticos que venham a conquistar mais confiança do eleitorado, a aceitarem uma convivência governativa insípida. Deverá sim, o partido que venha a ser mais votado, e de forma qualificada, ou as formações políticas que venham a ser mais votados, numa coligação, perante uma responsabilização política bem delineada, para as funções que assim justificam, ou que assim advenham a justificar, optar por convidar certas personalidades, com outras afiliações políticas, ou os ditos tecnocratas, todos eles, com pelo menos, um certo reconhecimento no curriculum, da capacidade dirigente, a integrarem o próximo elenco governativo, para um razoável preenchimento do enorme défice de competências, transversal às nossas formações políticas, em particular, assim como, a generalidade das nossas instituições públicas e privadas.

Existe de facto, um desígnio imortal, para que todos os guineenses se comprometam num pacto de consciência, pela abnegada contribuição na prosperidade comunitária. E esse desígnio imortal, é a necessidade natural, de elevarmos cada vez mais, o grau da felicidade nacional, e merecermos a devida consideração, de todos os parceiros. Numa sociedade em democratização, ainda que nas suas primeiras fases das reformas fundamentais, como está a ser no nosso caso, quem deve decidir, através das livres escolhas nas urnas, os potenciais governantes, é o próprio povo, no seu cíclico e único momento de exercício da soberania.

Ser, Conhecer, Compreender e Partilhar.

Flaviano Mindela dos Santos

De um magistrado descontente


UM ALERTA AO PERSECUTOR DOS GOLPISTAS

Hoje em Bissau, o todo «poderoso» Procurador Geral da Republica (PGR), alias Persecutor Geral dos Golpistas (PGG), Abdou Mané se activa frenéticamente qual um desvairado, defendendo tudo o que toca ou diga respeito à sua dama de porcelana, o regime corrupto e marginal de Bissau que foi instalado pela CEDEAO apos o golpe de estado de 12 de abril de 2012.

Qual pit-bull enraivecido, o PGG de Bissau, sai sempre em defesa assanhada daqueles que o colocaram nesse lugar, indo ao ponto de querer defender o indefensavel e até negar a mais evidente das verdades.

É pena ver num cargo tão nobre e respeitavel, uma pessoa de tão baixo nivel com caracter de um complexado social primario. E constrangente ver uma figura que devia resguardar-se na sua independência de acção, a expor-se de forma basica em mediatismos de incompetência que chega a roçar o ridiculo e que, passa o seu tempo a debitar chorrilhos de insanidades cada vez que a sua dama de regime é posta em causa.

Para defender a sua dama golpista, o PGG não se coibe de atacar cobarde e vergonhosamente, sem quaisquer fundamentos os opositores e constestarios do regime golpista, assediando-os, engendrando e inventando processos e «crimes» fantasmas contra essas pessoas. Tais comportamentos do PGG, têm somente como intuito manchar os nomes dessas pessoas, expô-los a julgamentos mediaticos e inquisitorios, para assim melhor desviar as atenções que deviam centrar-se sobre os verdadeiros criminosos que constituem a parelha de bandidos politicos e militares que o fizeram ascender ilegitimamente a esse posto.

Nós entendemos muito bem e compreendemos o papel do ilustrissimo PGG, pois esta no cumprimento e uma missão que lhe foi especialmente confiada, pelo seu amigo e comparsa de maquiavélismos politicos, o Presidente da CEDEAO para a Guiné-Bissau, o Sr Manuel Serifo Nhamadjo. Nisso ele tem razão pois esta no pleno exercicio de uma suja missão que lhe encomendada, por isso, assim tera que agir..., enquanto la estiver.

Contudo, como tudo indica, muita coisa mudara brevemente em Bissau e, disso estamos certos e convencidos, pois os alicerces da impunidade ja começaram a desmoronar-se pouco à pouco e, assim continuara irreverssivel.

Por isso, somos tentados a perguntar de antemão ao Sr PGG : o que ira dizer amanhã ao Povo da Guiné-Bissau, quando este o fazer descer do alto do seu pedestal persecutorio onde lhe colocaram os seus comparsas golpistas, sobre os varios crimes que lhe são imputados, tais como:

O desvio no Ministério do Comércio de cerca de 12 milhões de dolares, quando era Secretario de Estado do Comércio no regime do seu padrinho Nino Vieira m cujo processo, Va Exa foi ouvido, investigado, acusado e preso por crime de desvios de fundo, corrupção no exercicio de função publica, falsificação e sonegação de documentos etc. Va Exa, Saiu em liberdade provisoria com termo de identidade e residência, mas o processo acabou por «adormecer» devido a inércia e inoperância do nosso sistema judicial ;

Tentativa de compra de armas e financiamento de treinamento militar de milicias privadas, vulgo «aguentas» no caso em que, Va Exa foi acusado de cumplicidade no fomento do esforço de guerra para defender o regime do seu protector Nino Vieira, cujo processo envolve um montante a rondar os 18 milhões de dolares subtraidos do Fundo do Comércio do MCIA de então. Nesse processo, Va Exa foi ouvido, acarreado, detido e depois libertado sob termo de identidade e residência maxima. Infelizmente, tal como no primeiro processo acima indicado Va Exa, voltou a escapulir-se das malhas da justiça pelas mesmas razões acima indicadas ;

O desvio de 500 mil dolares, quando Va Exa era Ministro das Pescas e da Economia Maritima, novamente no consulado do seu padrinho Nino Vieira em, cujo processo Va Exa foi iniciado, mas infelizmente, como nos outros precedentes crimes, Va Exa acabou «suma mon di sal na yagu»;

Dos desvios de milhões de dolares no Ministro das Pescas e da Economia Maritima mafiosamente engendradas e montada de todas as peças com cumplicidade do primo de Va Exa, que estratégicamente colocou na FISCAMAR para as vossas manguinâncias, o ten-coronel Sandji Faty. Esses desvios foram feitos através de:

1) simulação de compra fraudulentas meia duzia de barcos de fiscalização maritima com largo raio de acção em alto-mar e de duas dezenas e meia de vedetas rapidas para intercepção e abordagem de barcos piratas em alto-mar. Esse negocio maquiavélicamente montado para depaupurar os cofres do Ministério envolveu mais de 83 milhões de dolares que se evaporaram sem deixar rastos, que não seja a entrega ao Ministério de um barquito e duas vedetas ja em estado de ferro velho. Esse negocio mafioso foi denunciado à PGR de então pelos técnicos do MPEM, tendo o actual PGG sido ouvido e submetido de novo a medidas de caução judicial;

2) de emissão administrativa de licenças de pescas falsas que envolvem mais de 8 milhões de dolares e, também,

3) recolha e extorsão de fundos para fins proprios a varios armadores cujas embarcações eram alvos de apreensão por pesca ilegal ou infracção da arte da pesca e que de certeza renderam as vossas poupanças, milhões de dolares, pois a multa minima aplicada por cada barco apreendido eram 250 mil dolares/navio.

Va Exa decerto estara ciente da sua responsabilidade em todos estes actos, assim como devera estar ciente de que muita gente esta ansioso de ajustar contas com o seu passado e fazer-lhe pagar por esses crimes. Sendo assim, pacientemente aguardamos Va Exa quando descer desse seu pedestal de ilusão e, com os pés assentes na terra, contamos fazer-vos sentir quão é severa a jusiça, principalmente, quando tratada com imparcialidade e nas regras da arte.

C.

Magistrado Publico descontente

EUA insiste que Bubo foi capturado em águas internacionais


Americanos reiteram que o antigo Chefe da Armada Guineense foi detido em águas internacionais. Continuam a dar azo a debate as circunstâncias da recente detenção pelos Estados Unidos do antigo Chefe do Estado-Maior da Marinha da Guiné-Bissau, o contra almirante Bubo Na Tchuto bem como a formalização pelos americanos de um mandado de captura internacional contra António Indjai, Chefe de Estado Maior das Forças Armadas Guineenses, este último como o primeiro sendo acusado de tráfico de droga e de armas.

Nos últimos dias, as autoridades Guineenses têm multiplicado as declarações sobre estes casos. No sábado passado, as Forças Armadas da Guiné-Bissau declararam-se dispostas a colaborar com os Estados Unidos na investigação sobre tráfico de drogas e armas e negaram o alegado envolvimento de António Indjai em acções contra os Estados Unidos. Todavia, as Forças Armadas não deixaram igualmente de acusar os Americanos de ter organizado uma cilada para raptar tanto António Indjai como Bubo Na Tchuto cuja captura, segundo o exército Guineense, ocorreu em águas Guineenses.

Esta versão é refutada pelos Estados Unidos cujo departamento de luta antidroga, DEA - Drug Enforcement Administration - reiterou em entrevista com a RFI que o antigo Chefe do Estado-Maior da Marinha da Guiné-Bissau foi detido em águas internacionais, a DEA não especificando se houve ou não participação de Cabo Verde nesta operação. Ao referir-se à Guiné-Bissau como sendo um Narco-Estado, Rusty Payne, porta-voz da DEA - Drug Enforcement Administration- começa por enunciar as acusações que pesam sobre António Indjai. RFI

Mo Ibrahim: "Situação da Guiné-Bissau é notícia triste para África"


A Fundação do filantropo premeia líderes que são exemplos de boa liderança no continente; declarações foram feitas à Rádio ONU, após um evento sobre economia e sociedade nas Nações Unidas. O milionário e filantropo africano, Mo Ibrahim, considerou a atual situação da Guiné-Bissau "uma notícia triste" na liderança dos países de língua portuguesa em África. Ele falava em exclusivo à Rádio ONU, nesta quarta-feira, em Nova Iorque, após participar num evento sobre economia e sociedade nas Nações Unidas.

Sobre a Guiné-Bissau...

Ibrahim disse que o quadro político da Guiné-Bissau é uma notícia triste se comparado ao de Cabo Verde. Nos países de Língua Portuguesa, mencionou Portugal que "não está em boa forma. "O milionário disse que a liderança aparece de forma excecional e pode ser encontrada em outros países ou na África do Sul ou no Botsuana, que podem produzir "líderes maravilhosos." Mo Ibrahim é o mentor da fundação que premiou os antigos presidentes de Cabo Verde, Pedro Pires, e de Moçambique, Joaquim Chissano, com um galardão atribuído, anualmente, para celebrar exemplos de boa liderança no continente.

A Guiné-Bissau passa por um processo de transição, após um golpe militar ocorrido em abril do ano passado. A ONU está envolvida na busca de uma solução para o país, em coordenação com a União Africana, bloco regional, Cedeao, e a CPLP. AAS

Recuo do Burkina


O Burkina-Faso já fez saber que vai retirar os seus homens que fazem parte da força da ECOMIB, até dia 10 de Maio.  Esta decisão deve-se ao facto da falta de dinheiro por parte da CEDEAO para sustentar as despesas desta missão oeste africana "totalmente ineficaz" (o termo foi usado pelos EUA). As despesas da ECOMIB, desde este mês, são suportadas integralmente pela Nigéria e pelo Burkina-Faso. AAS