quinta-feira, 7 de junho de 2012
Guiné-Bissau
Caro Aly,
A Ditadura do Consenso é a “ORDIDJA” da esperança dos guineenses... Parabéns! Agradecia que publicasses esta linda mensagem de consolo filtrada no discurso de Martin Luther King (28/08/1963) e moldada a nossa realidade, com o intuito de apaziguar a dor e sofrimento do nosso povo.
Obrigado!
Vasco Barros.
EU TIVE UM SONHO!
Quando os arquitectos da nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a declaração da Independência, eles estavam a assinar uma nota promissória para a qual todos o guineenses seriam seu herdeiro.
Esse importante decreto veio como um grande farol de esperança para milhões de cidadãos que tinham murchado nas chamas da opressão colonial.
Veio como uma alvorada para terminar as longas noites de sacrifícios e de luta nas matas de BOÉ, GUILEDJE E KASSAKA...
Esta nota era uma promessa que nossos povos, teriam garantido os direitos inalienáveis de vida, liberdade e a busca da felicidade. A Guiné-Bissau, não apresentou esta nota promissória...!
Quarenta anos depois, da independência, o povo guineense ainda não é livre.
Quarenta anos depois, o povo vive numa ilha de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material.
Quarenta anos depois, o povo ainda se encontra exilado na sua própria terra.
Quarenta anos depois, o pais encontra-se hibernado no lago de incertezas.
O povo guineense recebeu um cheque sem fundo, um cheque que voltou marcado com "fundos insuficientes".
Mas nós, (povo) acreditamos que o banco da justiça é infalível. Nós acreditamos que há capitais suficientes de oportunidade nesta nação. Assim, queremos trocar este cheque, um cheque que nos dará o direito de reclamar as riquezas de liberdade, a segurança de justiça, estabilidade política e a paz de espírito.
Minha boa gente, este não é o momento para descansar no luxo refrescante ou tomar o remédio tranquilizante do gradualismo...!
Será fatal para a nação, negligenciar a urgência deste pedido!
Agora é o tempo para transformar em realidade, as promessas de democracia.
Agora é o tempo para erguer nossa nação das areias movediças da injustiça para a pedra sólida da fraternidade.
Agora é o tempo para fazer da justiça uma realidade para todos os filhos desta pátria. (pátria de Cabral)
Somos veteranos do sofrimento. NO KINGUITI DJA!
Não deixemos caiar no vale de desespero.
Não, não, nós (povo) não estamos satisfeitos e não estaremos satisfeitos até que a justiça e a rectidão rolem abaixo como águas de uma poderosa correnteza. Não vamos satisfazer nossa sede de liberdade bebendo da xícara da amargura e do ódio.
Não devemos permitir que nosso criativo protesto se degenere em violência física.
Não podemos retroceder! Caminharemos... Marcharemos sempre à frente.
Cumpriremos a nossa promessa.
Meus irmãos, embora enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã, eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho guineense.
Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado da sua crença.
Tenho um sonho que um dia os filhos desta nação se sentarão juntos à mesa da fraternidade.
Eu tenho um sonho que um dia, a Guiné-Bissau, que transpira com o calor da injustiça, violência, impunidade e opressão, será transformado num oásis de liberdade, paz e justiça social. Tenho um sonho que um dia, todo vale será exaltado, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares tortuosos serão endireitados e a glória do senhor será revelada. Esta é nossa esperança.
Com esta fé, poderemos cortar da montanha do desespero, uma pedra de esperança. Com esta fé, poderemos transformar as discórdias estridentes da nossa nação, numa bela sinfonia de fraternidade. Com esta fé, poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, defender a liberdade juntos e erguer a nossa bandeira juntos.
Irmãos, temos que provar ao mundo que a Guiné-Bissau é uma grande nação...!
Para isso, nós (guineenses) devemos permitir que o sino da liberdade soe em todas as tabancas, todas as cidades, nas nossas bolanhas, nossos rios e florestas assim, poderemos acelerar aquele dia que todas as crianças, homens e mulheres, muçulmanos, protestantes e católicos, fulas, balantas, cabo-verdianos, mandingas etc. poderão unir mãos e cantar com um novo significado o nosso hino numa só voz.
Sol, suor e o verde e mar,
Séculos de dor e esperança!
ESTA É A TERRA DOS NOSSOS AVÓS!
Fruto das nossas mãos,
Da flor do nosso sangue:
ESTA É A NOSSA PÁTRIA AMADA
Viva a pátria gloriosa!
Floriu nos céus a bandeira de luta.
AVANTE, CONTRA O JUGO ESTRANGEIRO!
Nós vamos construir
Na pátria imortal
A paz e o progresso!
Mantenhas para quem luta!
Vasco Barros.
Sociedade descaracterizada
Meu Caro Aly e leitores,
O que me preocupou com o encontro do CEMGFA, com Antigos Combatentes, não são as suas palavras, mas sim a forma muito avançada da descaracterização da nossa sociedade, tanto civil e bem como castrense.
Afrente de Manuel Saturnino Costa, Carmem Pereira, Teodora I. Gomes, Brígido de Barros, algumas pessoas que conhecemos o nome na Formação Militante, o António Injai, a falar do PAIGC de Cabral (NUDADI), onde queremos chegar, que tipo de sociedade queremos construir. Gostaria de perguntar se o António Injai alguma vez falou pessoalmente com Cabral, o António alguma vez sabe ler para ler as ideias de Cabral? Tudo isto é fruto da sociedade que temos, onde os mentirosos é que são competentes, os sanguinarios é que são capazes, MA TUDO TARDA KI NA TARDA UM DIA NA SEDU KI MESMO DIA.
Quanto o CEMGFA, não me serpreendeu as suas palavras, porque ele é do tipo camalhão, vai virar a capa daqui a mais dias.
Um ponto, que tambem muitas gente, não conseguem explorar, é fácil pegar a verdade nas pessoas tipo Antonio Injai, devido seu nível de raciocínio, acabou por declarar o fonte dos seus argumentos e inspirações (Koumba Yala conta bo ka fia, kila i sumbia de maldade e ca sumbia di Cabral), alguma coisa esta dito nesta passagem.
Tambem gostaria de perguntar, se os antigos combatentes recebem 14.000 Fcfa, a culpa é do Cadogo chefe do governo que aumentou pensão de14.000 para 30.000 Fcfa? E quanto ganha o António Injai? Se não fosse as promoções, baseada nos laços étnicos e familiares quem é Antonio Injai como sendo antigo combatente ou como sendo militar de carreira?
Tenham Juíso, Antonio e os teus apoiantes, só adiaram mais uma vez o futuro da Guiné Bissau, mas ainda é possível, por isso com toda a capacidade e energia vamos lutar para o bem a que temos direito.
J.S.M.
Santana & Herbert - um debate
"Caro Aly,
Permita-me responder ao meu companheiro da luta pacífica, sr. Jorge Herbert.
Sei muito bem o que você quis dizer, mas só que precisava de um BELO empurrão para poder dirigir-me a esses bandidos, abusadores, desenvergonhados, mentirosos, burros ao cúbico (b3) ao ponto de não perceberem a intenção do Senegal para com o desenvolvimento do nosso país (o país que é, também, infelizmente dos golpistas) acompanhados dos seus cachorros fiéis, chamados políticos.
Às vezes, quando observo quão burro eles são, chego a ficar com a vergonha de ter a mesma nacionalidade!!! Felizmente tenho muitos conterrâneos que conhecem a direita e a esquerda. Estou sem energia para tomar a iniciativa de escrever sobre a Guiné-Bissau, por isso "aproveitei" essa oportunidade, enquanto soube muito bem o que você quis dizer, desculpa-me pelo incómodo.
Agora sobre o insulto: pequei, insultando, quando os chamei de cachorros, atendendo que não têm rabos. Isso sim é um insulto. Perdoem-me!
Santana"
Carta ao chefe da dependência da Guiné-Bissau sobre a DESexplicação aos veteranos da guerra
Caro irmão, permita-me enviar essa carta através do seu Bog do povo - é a única forma para o fazer.
Com todo o respeito, acho que os veteranos merecem ganhar mais, mas não devemos esquecer que esses veteranos antes da era de Carlos Gomes nem sequer recebiam esses 14 mil francos CFA (21 euros) na realidade. Ficavam meses sem salário.
"Os que atualmente estão no PAIGC têm que sair de lá. Deixem-nos o nosso partido em paz. Já não querem saber dos verdadeiros combatentes da liberdade da pátria. É por isso que digo que desta vez vamos arrumar o problema dos combatentes de uma vez por todas", vincou António Indjai.
1 -Como pode o sr. determinar que os que estão no PAIGC têm de sair de lá?! É mais uma forma de exprssar de uma pessoa que a lei não lhe interessa. Ou por ignorância ou por hábito de usar força em tudo. Só UM Homem não pode determinar isso! Baseando na definição do PAIGC seria um atrtevimento chamar o PAIGC do seu partido, é partido da indêpendencia e não da dependência, assim como o senhor fez com a nossa Guiné-Bissau. Somos outra vez dependente graças ao senhor e aos seus "barridures de padja".
2 - Acredito que o sr. é capaz de arrumar esse problema (dos veteranos) para sempre, é tão fácil com o seu negócio ilícito, porque da Comunidade Internacional, temos ainda muito que esperar. Contribua para um bom fim!!!
"Mesmo que venhamos a ter um governo saído das eleições, tem que assinar um documento em que diz claramente como vai resolver o problema dos combatentes da liberdade da pátria", avisou o chefe das forças armadas.
1 - Acredito que vão TER QUE assinar esse documento, porque caso contrário o sr. e os seus "sipaios" vão outra vez recorrer à força para ser cumprido. Essa é a lei que o sr. conhece. A lei de macacos.
O sr. não disse que vai FALAR com o governo para resolver esse problema, mas disse que VÃO TER QUE......
"Em relação à minha pessoa, posso-vos garantir que não tenciono ficar nas Forças Armadas mais do que os próximos três anos. Vou para a reforma e aí volto para o PAIGC. O verdadeiro PAIGC de Amílcar Cabral", acrescentou o Indjai
1 - Faça o favor de nos avisar já daquilo que vai acontecer caso for pedido/exigido a reformar antes desses três anos.
2 - Fiquei tão enjoada quando o sr. frisou o nome de Amilcar Cabral. É um grande desrespeito associar a mentalidade do nosso grande líder com a sua.
FAÇAM O FAVOR DE ENTREGAR O PODER, PORQUE NÃO É NENHUM SEGREDO QUE A GRANDE MAIORIA NÃO VOS QUEREM VER LÁ. MOSTRAM A DIGNIDADE DE UM VERDADEIRO SENHOR!!!
MOSTRAM AO POVO E AO MUNDO EM GERAL QUE QUEREM SER DIGNOS, SE É QUE QUEREM. QUE PIADA TEM GOVERNAR UM POVO CONTRA A SUA VONTADE. É VERGONHOSA!
Um DESabraço,
Santana
Vento nefasto
Meu irmão,
Fiz este poema para, se possivel, publicares.
Um abraço
Sopra vento nefasto
vindo do norte,
sopra leve, com ar funesto
… trazendo, aragem de morte
morte fresca
Soam ameaças, vãs no vento
veladas de terror
quiçá, medos escondidos
em valentia acobardada
… senão, na arte
da morte traiçoeira
Grita surdo o tirano,
em pedestal virtual,
prenhe de poder, arrôto de sangue
rodeado de muita gente,
incrédulos de tanta arrogância
Botas ruins, enlamedos de sangue
traços das vitimas em série,
friamente caladas, para sempre,
na imparavel impunidade,
… Eis o general no seu melhor
Crê-se, olhando-o,
para além do horizonte
nada de bom, sem sombra
estou certo,
...o seu discurso de adeus
E, em breve,
lhe esqueceremos
e, nunca mais querer lembrar,
sem saudades e sem remorsos
dessa bestialidade da morte
Avé General
VFT
Esclarecimento
"Meu Caro Aly Silva,
Antes de mais as minhas felicitações pelo excelente trabalho que vens prestando para o bem da nossa querida Pátria, a Guiné-Bissau. Queria esclarecer de que, desde Janeiro de 2012 nenhum Combatente de Liberdade da Pátria recebe
14.000 FCFA, pois foram todos aumentados para, no mínimo, 30.000 FCFA.
Coragem e um abraço
Constantino C."
M/R: Está esclarecido. Um abraço, AAS
Sanções, ou... Futilidades?
Para a Comunidade Internacional
Era bom que a Comunidade Internacional (CI), deixe de ser naif e aceite compreender de uma vez por todas que o golpe de Estado de 12 de abril na Guiné-Bissau, não é mais do que uma simbiose perfeita, entre a acção militar sobejamente arreigados ao anarquismo e à impunidade institucionalizada ao nacrotráfico, com a cupidez dos nossos políticos de ascenderem ao poder por quaisquer meios, cultura suficientemente enraizada na mente de um grupo de políticos medíocres e pedantes rodados nessa prática que, fora do poder, proliferam, impunes, pela urbe de Bissau.
O nexo causal e o enquadramento entre estes dois pólos de interesses perigosamente convergentes na Guiné-Bissau estão e têm estado na génese da crônica instabilidade na Guiné-Bissau. A ligação dos políticos emergentes dessa situação da ordem constitucional no golpe de Estado último, é mais do que evidente. Aliás, de há um tempo a esta parte que sempre é assim. A realidade é inegável. Aliás, só um cego que...não quer ver, é que não sabia disso.
A postura de negação primária e sistemática orquestrada pelos cinco candidatos presidenciais derrotados na primeira volta das eleições presidenciais da Guiné-Bissau, persistindo na contestação infundada da verdade democraticamente expressa nas urnas pela vontade livre e consciente dos eleitores guineenses, não deixava antever um desfecho sereno e democrático para um processo que, no seu todo, foi reconhecido de forma unânime por todos os observadores internacionais e fontes nacionais, como tendo sido livres justas e transparentes.
Tendo Kumba Yala à cabeça, e como séquitos Serifo Nhamadjo, Henrique Pereira Rosa, Serifo Baldé e Afonso Té, muito cedo, mesmo antes da publicação dos resultados provisórios, esse grupo claramente deu sinais de que estava a preparar-sd o pior para a Guiné-Bissau. Havia indícios claros da cogitação, senão mesmo da preparação de uma sublevação que levaria à subversão da ordem constitucional na Guiné-Bissau. A eminência da vitória de Carlos Gomes Junior e do PAIGC punha em sentido de alerta toda uma estrutura pronta para a desestabilização e caucionamento da violência e deliquência com cátedra feita na Guiné-Bissau.
Assim, publicados os resultados ditos definitivos a nivel da CNE e, apesar de defenderem publicamente a recusa de quaisquer dos resultados eleitorais publicados, os supostos democratas apresentaram as respectivas reclamações e recursos legalmente previstos junto as instâncias competentes. Entretanto, igualmente, em instâncias próprias, foi-lhes negado as suas pretensões, primeiro na CNE e posteriormente, em última instância no STJ. Porém, hoje compreende-se que, a suposta capa de contestação legítima não era mais do que um pretexto para ganhar tempo e engendrar estratégias de força e de subversão para tentar inverter o irreversível: a humilhação e o fim político do 'ícone' e último lider em fase de declínio político sem retorno. Assim, a componente militar e criminal foi associada ao processo da subversão da ordem a fim de consubstanciar a inversão constitucional.
Ninguém, no seu perfeito juízo, duvidava de que Carlos Gomes Junior, apoiado pelo PAIGC e vencedor da 1a volta com 49% dos votos esmagaria inapelavelmente Kumba Yala, cujo partido, PRS, nem um congresso conseguira realizar, fruto da sua desorganização, tendo mesmo procedido à recolha de assinaturas para que Kumba fosse candidato... Seria, assim, o fim de um mito, cuja degradação física e o evidente senilismo não conseguem esconder... enfim, essas eleições seriam um golpe duro para as forças do mal e do anti-progresso da Guiné-Bissau.
Para atingirem esses maquiavélicos intentos, CGJ, foi «vendido» e catalogado de todos os nomes pejorativos e caluniosos possíveis, entre eles, como sendo defensor dos interesses coloniais e de Portugal, de colonialista, de ser contra os balantas e de querer erradicá-los das forças armadas, de possuir projectos maquiavélicos de eliminar as chefias militares, em particular as de etnia balanta, de ser contra os militares, ser o mentor de várias mortes de políticos e militares ao longo dos anos, de ter um acordo secreto com os angolanos e forças estrangeiras para aniquilamento das FA da Guiné-Bissau, de querer vender a soberania nacional a interesses estrangeiros... e, muitos outros infindáveis delírios baseados num complexo doentio, primário, eivado de complexado contra quem faz o bem e traz o desenvolvimento para o seu País e, consequentemente, para o Povo da Guiné-Bissau.
Todos esses boatos e calúnias falaciosas, foram ventiladas e vendidas ao longo dos tempos (com Malam Bacai Sanha e alguns assessores complexados à cabeça), que, sem credibilidade, sustentabilidade e muito menos provas, acabaram por cair no descrédito... apesar de todas as incidiosas campanhas e montagens feitas a todos os niveis e instâncias, sempre visando o seu aniquilamento politico e, até fisico, caso fosse necessário. Porém, Carlos Gomes Jr. sobreviveu a todas as tempestades e complôs urdidos contra a sua pessoa. Sofreria mais de quatro tentativas de golpe de Estado durante o seu mandato...Coisa pouca, pensariam...
Entretanto, a estratégia da 'Quinta Coluna' não se ficaria por aqui, pois esgotados os argumentos legais - reclamação junto à CNE e recursos para o STJ - que foram usados supostamente como simples fachada de aparência democraáica, passa-se à 2a fase do plano maquiavélico, montado de assalto ao poder pela força das armas com a inevitável cumplicidade dos militares, grupo castrense imbuído de um tribalismo complexado e exacerbado que têm destruido irresponsavelmente todas as bases sociais de uma convivência pacífica futura entre as várias etnias que compõem o mosaico socio-racial da Guiné-Bissau.
O mote para a subversão foi dada através de uma saída, tão surpreendente quanto fundamentalista, de um elemento do orgão de superintedência do processo eleitoral, a CNE, na pessoa do seu Secretário Executivo, que, contra a corrente das evidências e dos dados, vem, por pressão ou orientações do PRS, caucionar publicamente e sem quaisquer fundamentos as alegadas «fraudes eleitorais» propaladas patéticamente aos quatro ventos pela 'Quinta Coluna', no entanto, rejeitadas com argumentos validos pelas instâncias competentes. Como principal tenor dessa propalada "fraude", Antonio Artur Sanha... sintoma preocupante do radicalismo, sectarismo e violência do movimento..., enfim, ingredientes sujacentes à sua génese de inadaptado social de irreversível reencaminho.
Seguem-se as ameaças veladas feitas por Kumba Yala de que não heveria 2a volta das eleições. Assim dito, assim feito. Trinta (30) minutos depois das suas incendiárias declarações de 'interdição' da realização da segunda volta, a residência de Carlos Gomes Jr., candidato vencedor da 1a Volta das eleições presidenciais, foi atacada com armas pesadas, visando o seu aniquilamento. Porém, este, salvo miraculosamente do brutal assalto, foi detido, mantido em cativeiro em condições desumanas durante 15 dias até à sua saída para o estrangeiro, em condições que ainda se questiona. O resto é o que se sabe...
No entanto, internamente a participação directa dos políticos na subversão da ordem constituicional e participação no golpe de Estado, é mais do que evidente, senão inquestionável:
- O Comando militar, assume-se como parte prenante no processo do golpe, advogando a favor do PRS, dos dissidentes do PAIGC e dos partidos da oposição conjugados em coligações que perderam com os seus candidatos;
- Kumba Yala, Serifo Nhamadjo, Henrique Pereira Rosa, Afonso Té e Serifo Baldé, posicionaram-se de forma inequívoca e pública como os maiores e únicos interlocutores do Comando Militar em todo o processo do golpe de Estado;
- Kumba Yala como mentor, estratega político do golpe e líder balanta que a estrutura militar presta subservência, está pretorianamente 24/24 horas guardado pelos militares do Comando Militar e milícias fortemente armadas que cortam mesmo o tránsito na rua onde este mora;
- O PAIGC, partido maioritário e apoiante do candidato vencedor da primeira volta das eleições presidenciais, foi afastado e marginalizado de todos o processo negocial e de saída para a crise;
- Os cinco candidatos contestários da primeira volta das eleições - embora tenha começado ainda antes da realização da 1a volta... - associaram-se e apoiaram, declarada, aberta e descaradamente o golpe de Estado e o Comando Militar que o promoveu;
- As negociações foram sempre realizadas de forma pública e assumida entre o Comando Militar e os partidos políticos apoiantes do golpe de Estado;
- Está provado e comprovado que a escolha do 'primeiro-minisro' dito de transição foi uma escolha pessoal e directa de Koumba Yala, tendo rejeitado, pelo menos dois nomes inicialmente avançados para ocupar esse posto. Convém realçar que Serifi Nhamadjo não era o preferido de Kumba;
- Kumba Yala e Serifo Nhamadjo participaram em total sintonia com o Comando Militar na elaboração da lista do dito Governo de transição;
- Alguns politicos devidamente identificados, participaram activamente no golpe, alguns inclusivamente fardados, armados e com escolta militarizada. Por exemplo, o meu espancamento e prisão...foi ditada por civis, que eu, perfeitamente posso identificar...
Assim, perante estes e outros factos aqui enunciados, alguns não, ora por desconhecimento, ora por omissão, não se compreende que, até à data presente, certos políticos activamente envolvidos na alteração da ordem constitucional na Guiné-Bissau não constem ainda das listas, quer as publicada pela União Africana, quer na da União Europeia ou das Nações Unidas. Esses políticos têm nome e são, sem quaisquer duvidas: Kumba Yala, Serifo Nhamadjo, Henrique Pereira Rosa, Afonso Té, Fernando Vaz, Artur Sanha, Faustino Imbali, Umaro Embalo (Cissoko) e tantos outros que seria fastidioso enumerar.
Perante este perigoso «descuido» da CI, com respaldo gravemente nocivo no actual cenario político-militar na Guiné-Bissau, corre-se o risco de que todas as decisões que possam tomar em relação aos militares sejam uma perfeita «sinfonia para surdos»..., pois para esses, ser interditado ou sancionado é como se fosse NADA. Ao Bicho do Mato a cidade e as viagens não interessam para nada, pois como Bicho que é...gosta é de viver no mato, no meio da desordem e da anarquia.
E bom que a CI entenda de uma vez por todas que, sem se envolver esses politicos maliciosos e criminosos que estão comprovadamente envolvidos na situação de instabilidade na Guiné-Bissau, no lote das pessoas abrangidas pelas sanções, tais como os seus cúmplices militares golpistas, NADA SE RESOLVERÁ e tudo continuará na mesma na Guiné-Bissau, isto é... na passivel e pachorenta impunidade a que o nosso País, infelizmente, já está habituado.
Se a CI persistir em fechar os olhos e fingir não ver essa realidade tão evidente e escandalosa, deixando de lado os mentores morais e manipuladores do golpe de Estado e da instabilidade na Guiné-Bissau, livres de quaisquer constrangimentos ou medidas de limitação, de circulação ou de acesso aos seus bens de forma impune e criminosa.... a saga da desordem e desconstrução do Estado de Direito, continuará imparável e impune, até que a Guiné-Bissau acabe exanque... morto por abandono e omissão de auxilio da Comunidade Internacional.
Em suma, limitando a CI as suas sanções e restrições meramente aos militares já enumerados, nada mudará: esses não viajam para a Europa, muito menos para os EUA e, provavelmente, nem possuem contas bancárias no exterior, porquanto os seus rendimentos provindos de serviços de interposição, recepção e estocagem da droga trazidos pelos cartéis colombianos, venezuelanos, marroquinos, entre outros, no território da Guiné-Bissau e ou para o exterior, é pago a pronto 'cash', sem interposição ou intervenção bancária... tendo assim, muitos lugares e meios por onde guardá-los com total segurança.
Essas sanções, é bom que se diga, não aquecem nem arrefecem os militares (Antonio Injai disse-o ontem claramente no Repórter África), pois o seu ganha pão e o seu império da violência e da anarquia estão na Guiné-Bissau, onde são reis e senhores absolutos. Os descarregamentos e transposições de lotes de droga no interior (entre Cassolol e Varela) e as ilhas bijagós da Guiné-Bissau aumentaram exponencialmente desde fins de abril último. Os aviões já nem aterravam, lançam a mortífera carga... E, na falta de clientes para descarregar o lucrativo negócio da droga, os próprios militares metem maos à obra. E há, ainda, o suculento erário público para delapidar a granel...
Estou certo de que, a esses políticos citados, comprovadamente envolvidosao até o tutano no golpe de estado de 12 abril, far-lhes-ia diferença serem interditados de viajarem para o exterior, de terem acesso às suas contas bancárias no exterior congeladas, às suas casas corruptamente adquiridas confiscadas, não poderem visitar os seus filhos e as suas famílias principescamente instalados no estrangeiro... a esses, sim, ha interesse e objectividade em lhes serem aplicadas as sanções e restrições impostas aos militares.
Para se aplicarem essas sanções PROVAS NAO FALTAM: existem e são mais do que suficientes.
Às entidades que aplicam essas sanções, cabe ver a pertinência deste meu ponto de vista, senão, tudo o que se faça, dará inevitavelmente em NADA, tudo que se faça será FÚTIL e, inevitavelmente o Povo da Guiné-Bissau continuará a sofrer, a ser espezinhado e a ser violentado e estirpado dos seus direitos mais elementares por uma associação restrita, prenhe de malfeitores, e constituído por militares, alguns deles criminosos, outros ainda narcotraficantes e os seus acólitos de políticos de igual estirpe.
Deixem de lado, a diplomacia, sejam realistas, tenham dó de todo um povo que esta à mercê da bárbarie, ACUDAM o Povo da Giné-Bissau. António Aly Silva
Três, dois, um...zero!
A reunião promovida, ontem, pelo CEMGFA António Indjai no parlamento guineense com os antigos combatentes (da guerra colonial, do 7 de junho?) para justificar o golpe de 12 de abril, não tem memória na Guiné-Bissau. Foi, acima de tudo, deplorável. E é sinal de que a cadeira onde se senta o CEMGFA está podre, e que o fim do general está próximo.
Da reunião propriamente dita, retive dois pontos: as cerca de oito(!) vezes, seguidas, em que disse 'não' a Angola, e o ter chamado Cabo Verde e Portugal de colonialistas. "Angola nunca mais, angolanos nunca mais". Mas é aqui que a porca torce o rabo: afinal, quem manda na Guiné-Bissau, hoje? O 'presidente' e o 'primeiro-ministro', impostos por alguns fascistas da CEDEAO, ou o todo-poderoso general com pés de barro? Será que o mundo civilizado, assim mesmo e sem medo da expressão, vai continuar a tolerar o medo imposto pela classe castrense ao povo da Guiné-Bissau?
O 'governo' guineense tem andado com pézinhos de lã a tentar fazer pontes para retomar a cooperação com Angola, e o próprio 'presidente' da CEDEAO, Serifo Nhamadjo ESCREVEU uma carta ao Presidente angolano José Eduardo dos Santos, a pedir o retorno do relacionamento entre os dois estados... e vem o CEMGFA António Indjai dizer destas coisas? Onde está o bom senso?
Outra coisa que não se compreende: António Indjai aproveitou também para se atirar à RTP, mais propriamente ao seu delegado, dizendo que este nunca "beneficiou" o comando militar e que deve estar na Guiné-Bissau ao serviço de alguém... "O melhor é mandarmos esse gajo embora", disse ele... Pelo que conheço do meu País e das pessoas que estão à frente, esta é uma ameaça velada, que o delegado - e a RTP - devem levar a sério.
Outra barbaridade, dita pelo CEMGFA: "Angola está a injectar dinheiro na Guiné-Bissau para criar a confusão", tendo assinalado haver "um antigo combatente que está a receber esse dinheiro. Esse dinheiro está cá", barafustou, alegando que quando tiver os documentos comprovativos disso irá tomar medidas... Se eu morrer, outros Antónios se levantarão, disse, meio a tremer. António Indjai, e não estou nada enganado, tem o dia marcado no calendário. AAS
Descubra as diferenças
"Bom dia, Mestre Aly
Não podia deixar de comentar as palavras do CEMGFA Antonio Indjai durante o encontro com algums combatentes da libertadade da Pátria. Ele disse querer reformar-se dentro de 3 anos. Nisso, estou de acordo com ele, mas quando ele disse que tenciona ingressar ao PAIGC para fazer a política...tem o meu total desacordo.
Ele deve saber primeiro a diferença entre Político, Política e Militar antes de dizer que pretende fazer a politica. Na posicão em que o Indjai está e sobre o trabalho que tem feito para o país, ele merecia SER JULGADO E CONDENADO pelos crimes que ele cometeu e está a cometer contra este povo. Alguém de direito deve explicar ao Injai a diferença entre estas palavras. Mas, antecipadamente e como bom filho deste país, esta é a minha contribuicão para o CEMGFA António Injai.
- O político que representa realmente a população deve saber que a Política denomina arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados; aplicação desta ciência aos negócios internos de uma nação...
- O militar refere-se aos membros, instituições, instalações, equipamentos, veículos e tudo aquilo que faz parte de uma organização autorizada a usar a força, geralmente incluindo o uso de armas de fogo, na defesa do seu país.
Serifo Djalo"
Inquietude
Depois da reunião de ontem na ANP, foi convocada mais uma para o mesmo local, desta feita entre António Injai e as viúvas dos antigos combatentes. O António Injai terá substituído o Ibraima Sory Djaló na presidência da ANP? Falta, agora, marcar a data da reunião. AAS
quarta-feira, 6 de junho de 2012
Abidjan acolhe próxima reunião dos parceiros da Guiné-Bissau
Os parceiros internacionais que tentam solucionar a crise político-militar na Guiné-Bissau vão voltar a reunir-se na quinta-feira, em Abidjan, na Costa do Marfim, disse à Lusa o secretário-executivo da Comunidade dos Países em Língua Portuguesa (CPLP). Domingos Simões Pereira já está na capital marfinense e informou que a reunião vai realizar-se às 16:00 locais [17:00 em Lisboa], sem adiantar, porém, mais detalhes sobre a discussão.
Desde o golpe de Estado de 12 de abril, têm-se sucedido reuniões das principais organizações internacionais e manifestado a diferença dos pontos de vista da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), que defende autoridades de transição, e a CPLP, que sustenta a reposição do Governo deposto e realização das eleições presidenciais, interrompidas pela ação militar.
Conselho de Segurança considera sanções a políticos
O primeiro-ministro deposto da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, afirmou hoje que o Conselho de Segurança vai considerar sanções a políticos com responsabilidades no golpe de Estado de 12 de abril no país.
Após um encontro com o subsecretário geral das Nações Unidas para os Assuntos Políticos, Lynn Pascoe, nas Nações Unidas, Gomes Júnior disse à Lusa que o Conselho de Segurança vai analisar "caso por caso" os políticos implicados no golpe, mas escusou-se a referir os nomes que pretende ver incluídos nessa lista.
"O Conselho de Segurança vai apreciar a nossa proposta. Pensamos que, para além dos militares, há civis que instigaram os militares e têm responsabilidade moral pelo que se passou. Essa gente tem de ser responsabilizada", disse à Lusa. A resolução de 15 de maio do Conselho de Segurança obriga todos os 192 Estados membros da ONU a bloquear a entrada ao chefe das Forças Armadas, general António Indjai, e outros oficiais da Guiné-Bissau, acusados de promover o golpe de Estado no país - Mamadu Ture, Ibraima Camará e Daba Naualna. A resolução exige ao Comando Militar golpista na Guiné-Bissau que abandone o poder e permita "um processo eleitoral democrático", mas deixou cair a exigência inicial de regresso do Governo guineense deposto. Foi criado um comité do Conselho de Segurança responsável por acrescentar ou retirar indivíduos da lista.
Os critérios de inclusão na lista são a "obstrução à reposição da ordem constitucional" na Guiné-Bissau ou "ações que minem a estabilidade" do país, em particular "aqueles que desempenharam um papel de liderança no golpe de Estado e que visam, através das suas ações, minar o Estado de Direito, limitar a primazia do poder civil e aumentando a impunidade e instabilidade". Gomes Júnior, que esteve na ONU acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné Bissau, Djaló Pires, reuniu-se na tarde de terça-feira com os países membros do Conselho de Segurança, depois de um encontro com a configuração Guiné-Bissau da Comissão para a Consolidação da Paz, presidida pelo Brasil.
Antes do golpe, Gomes Júnior era primeiro-ministro eleito e favorito à vitória nas eleições presidenciais, depois de ter ganho a primeira volta. Desde meados de maio, a Guiné-Bissau tem um chefe de Estado de transição e um governo de transição, apoiados pela CEDEAO e pelos militares golpistas, enquanto os principais dirigentes depostos se mantêm fora do país, exigindo o regresso à normalidade constitucional. A Lynn Pascoe, Gomes Júnior pediu hoje a ativação de uma comissão internacional que aborde "de forma mais profunda e mais inclusiva a situação na Guiné-Bissau", para além da comunidade regional da África Ocidental(CEDEAO).
"Essa proposta foi abraçada por todos e penso que o secretário-Geral [Ban Ki-moon] vai analisar o resultado destas reuniões a fim de tomar as medidas mais adequadas para restabelecimento da ordem constitucional, conforme a resolução da ONU", disse Gomes Júnior. "A CEDEAO é a organização regional, mas temos a ONU que sempre defendemos ter o seu papel, a União Africana, a CPLP. Devemos admitir esses parceiros de desenvolvimento que há vários anos têm a responsabilidade de ajudar no desenvolvimento do nosso país", adiantou. Antes da partida de Nova Iorque, Gomes Júnior reuniu-se ainda com alguns representantes da comunidade guineense local.
Dinamarca quer o fim do controlo do poder político por militares na Guiné-Bissau
O ministro dinamarquês dos Assuntos Europeus, Nicolai Wammen, sublinhou, terça-feira (5), em Bruxelas, a necessidade "de se pôr fim ao controlo do poder político por militares" na Guiné-Bissau, informa a AIM. Falando durante um debate no Parlamento Europeu, consagrado à situação na Guiné-Bissau, Wammen advogou o fim da impunidade para os que violaram os direitos humanos.
Ele apelou à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para intensificar os esforços de mediação entre as partes na Guiné-Bissau, em colaboração com a União Africana (UA) e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
O ministro dinamarquês dos Assuntos Europeus achou 'útil' a criação, pela comunidade internacional, de um grupo de contacto internacional encarregue de acompanhar o desenvolvimento da situação na Guiné-Bissau. A Dinamarca, recorde-se, exerce actualmente a presidência rotativa da União Europeia (EU).
António Indjai: «Pretendo reformar-me dentro de 3 anos»
O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, António Indjai, afirmou hoje que pretende reformar-se dentro de três anos para se dedicar à política no PAIGC, partido que diz ser «dos veteranos de guerra» como ele. António Indjai falava hoje na sede do parlamento para cerca de uma centena e meia de veteranos de guerra por ele convocados para uma explicação sobre os «verdadeiros motivos» do golpe de Estado de 12 de abril passado que ele próprio liderou.
«Toda gente sabia o que se passava no regime do 'Cadogo' [primeiro-ministro deposto, Carlos Gomes Júnior], mas muita gente que está no PAIGC [Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, no poder até ao golpe] não dizia nada. Ficava tudo calado porque recebiam dinheiro dele. Acham normal que um antigo combatente (veterano de guerra) ganhe uma pensão mensal de 14 mil francos CFA (21 euros) enquanto governantes ganhem um subsídio de milhões?», questionou Indjai. LUSA
NOTA - Pretendo é diferente do vou... Mas, senhor General, é de hoje que a tropa ganha salários desses? Por amor de Deus. Ou seja, já nao será por causa da MISSANG, mas sim dos salários. Se nao é da doença, será da cura... AAS
Educação ao deus dará...
O sector do ensino na Guné-Bissau encontra-se à beira do colapso e os alunos arriscam perder o ano lectivo na sua totalidade, informa o correspondente da rádio estatal norte-americana Voz da América (VoA) em Bissau, Lassana Cassamá. Oficialmente não há greve mas, na prática, o sector do ensino guineense está paralisado. Alunos não frenquentam não frequentam as aulas e os professores comparecem apenas em número minimo que não é suficiente para assegurar o funcionamento das aulas.
Esta situação deve-se a uma combinação de diversos factores mas não tem saída à vista já que o governo de transição formado após o golpe de estado de 12 Abril não tem até agora feito qualquer promessa no sentido de resolver a crise e certamente que terá dificuldades para responder algumas exigências dos docentes, sobretudo das categorias de contratados e novos admitidos que têm entre quatro a cinco meses de ordenados em atraso. O presidente do Sindicato Nacional dos Professores, Luís Nancassa, disse que apesar de não haver qualquer ação reivindicativa formal, os docentes não estão em condições morais para ir as salas de aulas devido aos salàrios em atraso.
"Se as aulas não funcionam ninguém nos pode imputar responsabiolidades," disse o dirigente sindical. Nancassa acredita que há ainda a possibilidade de salvar o presente ano lectivo, se bem que isso a ser feito será com muita deficiência e com o claro incumprimento do programa. Mas, Rui Landim, perito em matéria educativa, disse que para salvar o presente ano lectivo, o Governo tem pouco mais de uma semana para resolver as questões. Mas para isso, disse, "é preciso que o governo tenha um plano ... para que se passe de cinco dias lectivos para seis dias .... no mínimo de cinco horas diárias". Landim fez notar que para além das consequências para os alunos na perca de um ano lectivo o governo irá tambem perder os ivnestimentos que fez para este ano em termos de salários já pagos e despesas com material didático. VOZ DA AMÉRICA
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