segunda-feira, 9 de abril de 2012

MISSANG acaba...mas angolanos ficam

O Brasil tem já uma força pronta para aterrar em Bissau, força esta a que se juntam militares de países membros da Comunidade de Países de língua Portuguesa, CPLP. Um ex-director geral da polícia de Cabo Verde chefiará a futura missão, ainda por designar. Também a CEDEAO contribuirá com efecivos militares e policiais.

Hoje mesmo chega a Bissau o ministro das Relações exteriores de Angola, Jorge Chicoti, para, oficialmente, dar por finda a missão, mas os militares angolanos permanecerão no País para engrossarem a fileira. Força de dissuasão, ou de interposição, venha o diabo e escolha. Uma coisa é certa, os últimos desenvolvimentos no Mali deixaram bem claro que a reposição da ordem constitucional em África é, agora, uma realidade. Agir com rapidez e com firmeza. AAS

Crise EMGFA-MISSANG: Tropa diz que fim da missão militar angolana "não é da nossa responsabilidade"

O Presidente angolano decidiu pôr fim à missão militar que tinha na Guiné-Bissau, a Missang, disseram hoje as Forças Armadas (FA) do país, negando ter qualquer responsabilidade nessa decisão.

No dia em que chega a Bissau o ministro das Relações Exteriores de Angola, Georges Chikoti, o porta-voz das FA da Guiné-Bissau, o tenente coronel Dabana na Walna, deu uma conferência de imprensa para esclarecer a posição dos militares sobre a polémica que tem envolvido a Missang.
Na semana passada, dia 03, o ministro da Defesa de Angola, Cândido Pereira Van-Dúnem, fez uma visita a Bissau para entregar ao Presidente interino, Raimundo Pereira, uma mensagem de José Eduardo dos Santos, cujo teor não foi divulgado mas que se prendia com a Missang.
Hoje, Dabana na Walna explicou aos jornalistas que na reunião realizada no dia 03 “o ministro da Defesa deu a conhecer aos presentes a decisão do Presidente angolano de pôr fim à Missang”, acrescentando que o governo de Bissau, no dia seguinte, tentou imputar às Forças Armadas, a responsabilidade pelo fim da Missang.

“Não é postura normal um militar dar conferências de imprensa em democracia, devia confiar ao governo a tarefa da defesa do prestígio das FA e do decoro dos militares, mas estamos perante uma situação em que é o próprio governo, que devia ser o chapéu político dos militares, publicamente a imputar responsabilidades às FA pelo fim da Missang em Bissau”, começou por dizer o responsável. O chefe do Estado Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), António Indjai, “nunca exigiu o fim da Missang”, garantiu Dabana na Walna.

Na verdade, disse o também chefe do gabinete do general Indjai, o CEMGFA tomou uma posição sobre a Missang no dia 20 de março, no mesmo dia em que recebeu em audiência o embaixador de Angola, general Feliciano dos Santos, que lhe foi perguntar “se estava a forjar um golpe de Estado”, visto ter informações de Angola nesse sentido.

Nesse mesmo dia, contou o porta-voz, o CEMGA pediu uma reunião de urgência com o Presidente da República e com o governo, a quem deu a conhecer o teor da conversa e “todos ficaram chocados”. António Indjai teria então pedido ao Presidente para que diligenciasse junto do governo de Angola para que a Missang entregasse os meios bélicos que dispõe em Bissau ou então que os devolvesse a Angola.

É que, continuou Dabana na Walna, desde 2011 que a Missang se tem vindo a reforçar com armamento. “Perguntámos o porquê e a resposta foi que esse material era para as FA”, disse, acrescentando que contudo tal armamento nunca foi entregue aos militares guineenses e que depois de várias respostas a Missang disse que tal competiria ao governo angolano decidir.
Depois do levantamento militar de 26 de dezembro passado de novo a Missang  reforçou-se com materiais bélicos e quando da rotação dos militares chegaram “tropas especiais com coletes à prova de bala”, disse o porta-voz, que acrescentou: “mas a gota de água foi a visita do embaixador ao CEMGFA”.

Dabana Na Walna garantiu que os acordos que criaram a missão de cooperação técnico-militar angolana não preveem que Angola tenha material bélico em Bissau e que aquilo que o CEMGFA exigiu foi que esse material ou fosse entregue às FA ou então que fosse devolvido.
Segundo o responsável, se o governo quer uma missão militar armada angolana pode negociar com o seu homólogo de Luanda, mas o atual acordo não prevê o envio de armas.

O porta-voz, que frisou que foi o governo angolano que decidiu acabar com a Missang, disse também que parece haver da parte do governo guineense “uma tendência” para “arrastar as FA para a questão eleitoral”. A Guiné-Bissau teve eleições presidências dia 18 de março mas cinco candidatos não reconhecem os resultados e o segundo mais votado recusa-se a participar na segunda volta.
FP/MB. LUSA

Ditadura do Consenso: Quase 2 milhoes de visitas ao blogue. Quem sabe, pode! AAS

MISSANG: CEMGFA António Indjai, dá hoje uma conferência de imprensa para "falar sobre a missão angolana" no País. Bissau aguarda, ainda hoje, a chegada do ministro das Relações Exteriores de Angola. AAS

Segue o teu caminho

"Caro Aly,

Antes de mais o meu agradecimento e reconhecimento pelo teu empenho e patriotismo inegavel que tens dispensado à causa da Guiné-Bissau. Ouvi vozes discordantes criticando a tua postura recente, querendo condiconar-te. Também ouvi e gostei da tua resposta, pois soubeste estar à altura e reagiste de forma adequada, pondo ponto final a essa ingerência quiça encomendada sobre o teu trabalho. Não deves nada a ninguém e não deves prestar contas a quem quer que seja. Segue o teu caminho que nos estamos contigo.
 
Tenho seguido a situação na Guiné-Bissau com muita apreensão, muita coisa registei através das tuas noticias preciosas, tantas de entre elas quase me impeliam expontaneamente a reagir e a dizer algo sobre o que se disse, ou o que se noticiou… enfim, fui aguardando, analisando a situação para melhor me posionar.
 
Ao assunto que faz actualidade no pais, a situação de instabilidade pos-eleitoral, não pude resisitir e, como humilde de um cidadão preocupado com o seu pais, permita-me o privilégio de, através do teu site, dizer o seguinte:
 
Mais uma vez, constata-se que o problema da Guiné-Bissau continua a ser a luta pelo poder que, traz à colação o problema candente de extrema perigosidade que é a relação premiscua entre os politicos e os militares. Estando o poder em causa, o elo forte dessa promiscuidade fez a sua aparição e fez-se sentir da forma mais eloquente possivel. Kumba Yala, foi a votos e ficou de acordo com os resultados na segunda posição (23% dos votos), habilitando-se a concurrer à segunda volta com o candidato mais votado, Carlos Gomes Junior, sufragado com 49% dos votos. Porém, mercê dessa promiscuidade degenarativa da nossa democracia, Kumba Yala acha-se o «mestre do jogo» e vai dando cartas no actual cenario politico pos-eleitoral, impondo, entre diabruras e ameaças as suas condições do jogo, instalando o medo e a instabilidade de novo no pais. Enfim, a sua especialidade favorita.
 
Nos podemos estar equivocados no nosso exercicio sobre a situação actual no pais, porém Kumba Yala, ele, esta certo da sua « força » para querer, no contexto actual, impôr as regras do «seu» jogo. Essa ponderação Kumbista é simples, mas exequivel no contexto actual que se vive no pais e que, ele mesmo esta a manipular a seu bel prazer.
 
Kumba Yala sabe que é ostensivamente rejeitada, senão «vomitada» por larga maioria da população guineense que, jamais lhe concederia uma segunda oportunidade para desgovernar a Guiné-Bissau e envergonhar o seu Povo, tal como fez no seu triste consulado de 2000/2003. Porém, Kumba Yala, sabe que, para além do seu resultado eleitoral, 23% no presente pleito, detém também, o pulso e o controlo nevralgico da franja mais agitadora, insubordinada e radical do exercito, destacando-se entre eles, um grupo restricto de «comandos-suicidas» espalhados nas diversas unidades de elite das forças armadas que lhe obedecem à olho e ao dedo.

Esse grupo constituido essencialmente de jovens balantas, entre soldados, sargentos e até majores, é responsavel pelas maiores atrocidades e insubordinações levadas a cabo pelas forças armadas de uns tempos a esta parte, com particular destaque ao ataque ao MAI que culminou no assasinato de 3 agentes, ao primeiro ataque à residência do falecido presidente Nino Vieira entre tantos outros de ma memoria. A perigosidade desse grupo, chega ao ponto de pôr mesmo em sentido as mais altas chefias militares… que o diga o actual CEMGFA, hoje, refém-psicologico desse grupo de morte.
 
Kumba Yala sabe de antemão, que num quadro democratico normal não tem minimas chances perante o candidato Carlos Gomes Junior. Sabe muito bem Kumba Yala, mais do que ninguém, de que indo as urnas na segunda volta sera copiosamente derrotado e humilhado politicamente, impondo-se o seu fim politico de anarquismo e chantagens. Kumba Yala, sabe que estas eleições representa a sua derradeira cartada politica, o seu fim de mise en scene, pois esta ciente de que, a sua aura de autrora, de carismatico lider politico fonte mobilizadora de massas ja não existe nele (sabe que so lhe resta o fidelismo do seu eleitorado  étnico reconfirmado no resultado destas ultimas eleições).

Kumba Yala sabe que, hoje nem as suas palhaçadas e tiradas de mau gosto suscitam hoje qualquer interesse mesmo por parte da garotada que em tempos enchiam os seus comicios. Também sabe que, o seu estado de saude não lhe ajuda (da minha parte, pelo que me deu a constactar nestes dias da campanha, o filosofo do nsum nsum não a tem a saude na melhor bitola… nem fisica e muito menos mental).
 
É minha convicção de que, é com base nos pressupostos étnicos e de força acima enunciados que, o maquiavélico Kumba Yala quer inverter a tendência e a vontade democratica do povo da Guiné-Bissau, assaltando o poder através da força contando com a cumplicidade de uma franja bem definida das Forças Armadas.
 
Ninguém pode negar de que, existem sinais latentes, alguns evidentes de tentativas de tomada do poder pela força. A posição debutativa e incoerente do CEMGFA nestes ultimos tempos, é o exemplo mais claro deste estado de coisas que muita gente sabe e não quer dizer nem assumir. Começaram com uma patética querela, para arranjar o pretexto para, desarmar quase por completo todo o corpo de policia, em particular a PIR. Depois, veio a recente pressão sobre a presença da MISSANG na Guiné-Bissau nestes ultimos dias como se fosse o CEMGFA a decidir quem deve e pode estar na Guiné-Bissau. Tudo isso é prova eloquente de que existem intentos maquiavélicamente concertados entre uma franja de classe politica derrotada nas eleições com os militares de querer inverter o processo democratico em curso pela via da força. Ontem…esteve quase.
 
Caros concidadãos, estou certo e creio que voçês também, de que os mentores do Golpe de força têm a consciência de que a presença da MISSANG os incomoda e os inibe profundamente nos seus intentos. Têm o receio dessa força que esta na Guiné-Bissau, todos nos sabemos no interesse e defesa do Povo Guineense e com claro intuito de criar um clima propicio de equilibrio e de PAZ NA GUINE-BISSAU. Pretendem que a MISSANG va embora, pois sabem que, SEM A MISSANG no terreno teriam o caminho livre para cometer todas as barbaridades que lhes desse na gana: prender, matar e voltar a esquartejar como num passado recente fizeram NA MAIOR IMPUNIDADE do mundo.

A Quinta Coluna e o CEMGFA temem e não querem a MISSANG na Guiné-Bissau, pois so se sentem «matchus» quando têm todos os meios de matança nas mãos e as suas vitimas estarem completamente indefesas para cometerem as suas barbaridades. Sempre foi assim, sempre agiram assim. Em pé de igualdade, não assim tão « matchus »… são um grupo de reles e assassinos cobardes.
 
Quanto aos outros seguidores de Kumba Yala, somente quem os não conhecem poderão questionar o seu aparelhamento aos planos golpistas de Kumba Yala. Senão vejamos:

Henrique Rosa, sob a capa de um «homem de paz» oportunisticamente conquistada à custa da boa-fé da Igreja Catolica, é um homem de pretensões obscuras e ambições desmedidas. Ele é useiro e vezeiro em fazer pactos de sangue com os militares. Quem não se lembra da vergonhosa condecoração-recompensa outorgada ao falecido General Baptista Tagmé Na-Wayé apos o barbaro assassinato do Major General Verissimo Correia Seabra. Este foi assassinado às mãos e a mando de quem se sabe… hoje parceiros na parelha de contestarios de sem vergonha.

Henrique Rosa fez essa condecoração-recompensa no seu exclusivo interesse, para conseguir ter as graças e os beneses dos generais no seu tempo de interino… e, também colhé-los, como hoje esta a fazer, neste tempo de candidato frustado e envergonhado pela sua estrondosa derrota que o coloca na devida pequenês da pessoa que na verdade é. Esse Senhor de falsos principios, traiu uma larga franja da sociedade que acreditava nele como um homem de paz e de principios…essa sociedade de guineense enganados o julgara a seu tempo, alias ja começaram a julga-lo.

Serifo Namadjo. Embora so agora decidiu mostrar o seu manifesto de intenções e maqiavelismos ao publico, trata-se porém de um calejado nessas andanças. O seu alinhamento à Quinta Coluna fez submergir da sua ambigua aparência de homem calmo e ponderado, um mestre do complôt e da intriga. Eximio na técnica do dividir para melhor reinar, possui o felling da boa escola do intigrismo (nos dois sentidos)… e também uma tutoria abalizada nessa matéria através da Adja Satu Pinto Camara.

Tem compromissos assumidos na sub-região (fala-se, com o Presidente do Burkina, com o Reino de Marrocos) e também com grupos de duvidosa idoneidade supostamente ligados ao narcotrafico e lavagem do dinheiro. Esses compromissos, baseados no pressuposto de que ganharia as eleições, colocam-no hoje na situação de inapelavel derrotado, numa situação desconfortavel de pagador de promessas sem ter meios para tal…, dai entrar de pés e cabeça no jogo do vale tudo. Ambição e geito para golpadas não lhe falta.

Coronel Afonso Té, mera continuação de um percurso de golpista. Antes inter-pares com os seus colegas de armas, depois palacianos e, agora eleitoral. Aparentemente versatil em toda a sua vida, não teve dificuldades em reconverter-se… pois, de militar aprumado com ascensão duvidosa a comerciante caloteiro de campanha de castanha de caju e, deste, a mentor de golpes de força pos-eleitorais, foi um apice.

Serifo Baldé, a pequenez e insignificância do sujeito torna dificil perceber o seu papel em todo esse embroglio, porém, uma coisa é certa… simples figura de numero é que não faz. Um caso a estudar.
 
Espero Caro Aly, que esta minha contribuição sirva para, por um lado, despertar o espirito dos guineenses para movimentações perigosas que estão sendo congenturadas por um grupo de anti-democratas apoiados na sombra por militares/milicianos e por outro, exorta-los a fazerem face com todas as suas forças e coragem a mais um espiral de instabilidade cujo promotor não é mais ninguém, o factor X : KUMBA YALA KOBDE NHANCA.
 
Do compatriota e admirador,
Benasante Na-Bontchi"

domingo, 8 de abril de 2012

Basta

"Meu caro,

Um dia, a verdade será  dita e a paz reinará para sempre na Guiné-Bissau! Ainda acontecem as barbaridades porque poucos têm coragem de dizer a verdade quando é necessário; É quando o fulano de  tal é morto ninguém sabe quem o matou. País onde os assassínios são aqueles que mais recebem patentes e apoio da maioria. Os criminosos são convocados para fazerem parte de segurança do estado; Os mais corruptos são aqueles mais votados.

Ex-suspeitos de roubarem o estado durante os seus mandatos são aqueles que mais tem a voz de rezingar a irregularidade na admiração de coisa pública, Onde os proscrevidos cujas suas candidaturas sãos primeiras a serem aprovadas pelo Supremo tribunal de Justiça;
 
A  injustiça só terá fim:

Se uma  só voz  ousar dizer “basta a impunidade”!
Ainda que esta, cercada de armas pesadas e, ela  capaz de dizer mesmo que eu seja esquartejado, mas  me permitam  que a voz de apelo à justiça seja  gravada como hino nacional  para que nossos futuros filhos  possam aprender dela a viver o verdadeiro espirito do patriotismo;

A impunidade só terá fim quando os partidos políticos souberam que a Guiné Bissau é um país laico;
Onde só deve ser feito o que está na lei;
Um país para todos os guineenses;
Quando os militares souberem que o papel fundamental deles é defender a integridade nacional;
Não a ingerência nos assuntos políticos;
Não é que faltam pessoas corajosas;
Mas é a força da impunidade que domina;

A nossa Guiné  sairá dessa situação brevemente!
Viva Guiné-Bissau,
Que todos os Guineenses digam basta à força do mal!
DEUS SALVANU GUINÉ

Prof. David da Silva"

Badjo di FUNPI

"Caro Aly,
 
Cada vez, assim como eu, muitos guineenses ficam tristes com estes falsos politicos que temos e que só aparecem nos momentos de apetite ao poder. Hoje lamentávelmente assisti via televisao a conferência de imprensa dos contestários das EPA. Com mágoa, muita mágoa que ouvi da boca da quele que achava, e digo achava porque agora nao acho, ser o meu presidente: Henrique Rosa. Decepçao total!
 
Numa das suas intervençoes disse entre outras asneiras  o seguinte e passo a citar: ... se houver boa vontade, podia-se utilizar fundos destinados oa processo da industrializaçao de castanha de caju (FUNPI) para o novo processo eleitoral, permitindo que se faça novo resenceamento. Isto, depois de anulaçao de todo o processo eleitoral anterior que julgam ser fraudolento. Estava a espera que ele como empresario de quinta aliás de primeira clase, que iria usar o fundo dele para custear o novo processo que pretende. Por a caso esse dinheiro é seu? Qual é a sua contestaçao pessoal? Se nao houvesse fraudes qual seria a percentagem que acha podia ter? Sobre o outro, dispenso comentários pois a figura fala por si. 
 
 
Poeta Guineense JOSE CARLOS
 
... SI BU DJUNTA QUI PURCO FOREL QUI BU TA CUME
 
MAMADJOMBO
 
... SI SANTCHO CINTA NA MONTANHA, E GASSALI TCHON E FERTCHA PEDRA,
DISSAL I NA BIM  CANSA I LANTA I BAI MA MONTANHA, QUILA I NA FICA LA.
 
A estes contestarários faltam-lhes uma ocupaçao. Por isso têm todo o tempo do mundo para andarem a dizer baboseiras por aí.
 
Já agora, queiram saber o seguinte: Antes de SER, é preciso, antes de mais, aprender a SER.
 
Nha mantenha.
 
Na Fur Fan"

O ex-alvo

O meu blog terá sido invadido durante as primeiras horas de hoje. Que sacrilégio! Hoje, domingo de Páscoa! Sequestraram-no, por assim dizer. Em vez do alarme geral, preferi a discrição. Esteve, pelo feedback que recebia do blogger, 'removido'. Isso durou horas. Numa ditadura, esse crime (ou tentativa de crime, vá lá) é punido com a pena de morte. Pum!, pum!. E está tudo despachado.

Então, comecei, manhã cedo, a receber sms e telefonemas. Uns a reclamar, mas a primeira chamada chegou do país vizinho, o Senegal, como alerta vermelho: "Então, rapaz!. Boa Páscoa. O que se passa com o blogue?". Nada, respondi. E então, atravês do BlackBerry, tentei entrar. Nada. Deixara o ipad em casa. Decidi contactar um amigo, perito em informática (gosto especialmente dos peritos em informática, dão cá um jeito!). "Podes passar em casa dentro de meia hora?". Cheguei passados vinte minutos, vinte minutos que levarm um dia a passar... E continuava a receber sms. Este dizia "Jovem, será que há problemas de acesso ao ditadura?". Já veremos.

Já em casa do meu amigo, acessamos ao blogger e introduzi os dados. 'O seu blogue foi removido', diziam-me dos States. A seguir o murro no estômago: 'Não poderá criar outro com o mesmo nome'. Bom, confessara a alguns amigos com quem partilhei a mesa do café esta manhã: "se aconteceu mesmo o pior, se o blogue foi mesmo removido e não houver volta a dar...estará na hora de parar. chega. Não há mais blogue!". Reclamaram. Que haveria solução para a catástrofe e não sei que mais. "Então e como é que os guineenses que estão lá fora vão fazer?", arriscou um. Respondi à minha maneira: "Bom, quem quiser pode criar um blog". Não me ligaram nenhuma. Ainda bem. Estou-lhes bastante agradecido.

O meu amigo foi rápido. Estava sereno enquanto eu suava, permanecia calmo enquanto eu desesperava. Preenchemos os campos e quase de seguida recebi um sms no telefone, com seis algarismos, que ditei com voz embargada. Assim que introduziu o último número e foi para carregar no enter, apeteceu-me fechar os olhos. Então, deu-se...a ressureição! Aleluia. Afinal estamos na Páscoa. Obrigadinho, ó Cesar! AAS

sábado, 7 de abril de 2012

EPA 2012-Reacções à decisão do STJ: CEDEAO avisa militares da Guiné-Bissau que ordem constitucional tem de ser respeitada

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) está a acompanhar "com profunda preocupação a situação política e de segurança" na Guiné-Bissau e lembra aos militares a responsabilidade de "respeitar escrupulosamente a ordem constitucional". Num comunicado divulgado hoje, assinado pelo presidente da CEDEAO, Désiré Kadré Ouedraogo, a instituição afirma que a conclusão do processo para eleger um novo Presidente "é essencial para a consolidação dos esforços internacionais para a estabilização da situação política do país e facilitar as reformas importantes em diversas áreas".

A Guiné-Bissau foi a votos a 18 de março, para eleger um novo Presidente, na sequência da morte do chefe de Estado eleito em 2009, Malam Bacai Sanhá. Ainda antes da divulgação dos resultados, cinco candidatos disseram que o processo eleitoral foi fraudulento e o segundo candidato mais votado, Kumba Ialá (23 por cento), recusa-se a ir à segunda volta, marcada para o próximo dia 22, que deveria disputar com Carlos Gomes Júnior (49 por cento dos votos).

A campanha eleitoral para a segunda volta, que devia ter começado na sexta-feira, está suspensa. No comunicado, a Comissão da CEDEAO insta a classe política a ultrapassar as suas diferenças para assegurar, em boas condições, a conclusão do processo eleitoral e avisa que "todas as disputas eleitorais devem ser resolvidas através dos meios jurídicos de recurso".

"A CEDEAO deseja, a este respeito, reiterar os princípios fundamentais consagrados no Protocolo Suplementar sobre a Democracia e Boa Governação, que declara ´tolerância zero´ para qualquer acesso ou retenção do poder por meios inconstitucionais. A CEDEAO mais uma vez lembra aos militares a sua responsabilidade de respeitar escrupulosamente a ordem constitucional e a determinação da Comunidade para se opor a qualquer obstrução do Exército ao processo eleitoral em curso", diz o documento. Ao Governo e ao povo, a CEDEAO reafirma o seu compromisso em mobilizar a comunidade regional e internacional para a reconciliação da Guiné-Bissau, a recuperação económica e a reforma do setor de defesa e segurança. LUSA

EPA 2012: "Sem fundamento", Diz o STJ sobre as reclamações dos cinco contestatários dos resultados da eleição presidencial. Siga para bingo. AAS

CASO FEDERAÇÃO DE FUTEBOL DA GUINÉ-BISSAU: FIFA TOMA ATITUDE...

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... Conselho de Ministros, também.

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EPA 2012: Supremo Tribunal de Justiça diz de sua justiça na próxima quarta-feira. AAS

quinta-feira, 5 de abril de 2012

O que você precisa saber

- A história com os angolanos (MISSANG) entra no debate actual das eleições apenas como pretexto... Há que abrir caminho, encontrar um bode expiatório, para intentos menos claros, com contornos obviamente trágicos. O povo sofrerá as consequências de algo a que é completamente alheio.

- A MISSANG gasta cerca de 80.000 USD por dia (cerca de 40 milhões de fcfa) para a manutenção do seu staff, a sua alimentação, o combustível e toda a logística, incluindo as obras, etc, mas também com o staff nacional.

- Nas discussões entre as nossas autoridades e a missão angolana, o nosso ministro da Defesa, Baciro Djá terá afirmado, para incredulidade dos presentes, sobretudo da comitiva angolana: "...eu não tenho nada contra os angolanos, até porque estudei com os angolanos, namorei angolanas..." e por aí adiante. Ou seja, uma atitude irresponsável perante os representantes do Estado angolano (embaixador e Ministro da Defesa).

- O CEMGFA Antonio Indjai disse aos angolanos "têm armamento na Guiné-Bissau que nem os americanos dispõem...". O general terá dito ainda que "vocês aqui, na Guiné?, só se for numa outra Guiné-Bissau, nós sabemos que sacrifícios passamos para dar independencia a este povo...". Ameaças.

- A 1ª Ministra em exercício, Adiato Nandigna, conta quem assistiu à reunião, Foi a 'arma de guerra' do primeiro-ministro e não teve mãos a medir, nem com o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, menos ainda com o Ministro da Defesa, Baciro Djá. Adiato foi dura e "exigiu respeito pela hierarquia, e sobretudo exigiu disciplina". Prometeu ainda 'vestir calções' para enfrentar os militares e alguns políticos. AAS

História

Guiné-Bissau era a terceira colônia de Portugal ems extensão territorial na África, depois da Angola e de Moçambique, onde o navegante lusitano Nuno Tristão chegou em 1446 - em pleno século XV - então considerado seu descobridor.

Os portugueses foram os primeiros europeus a explorar a costa continental e também em obter o controle de vários territórios nos quais implementaram um severo sistema de exploração. A historiografia ocidental destaca Tristão como o descobridor de Guiné-Bissau, sem considerar que desde muito antes de sua chegada, o território estava habitado por mandingas, fulas, balantos e vários outros grupos étnicos diversos, os quais, em realidade, seriam seus verdadeiros descobridores.

Esse fato pode ser qualificado como outro exemplo da distorsão da história dos povos da África que o Ocidente escreve a partir da presença dos colonizadores europeus, e é uma memória que o continente se empenha em resgatar. Os historiadores não contam o que aconteceu duas décadas depois da chegada de Tristão, só afirmam que 23 anos depois o também português Fernando Gomes já tinha o controle do comércio. A partir de 1530, outros países europeus começaram a mostrar interesse pela zona.

ESCRAVOS

A partir do século XV, já funcionava a Companhia Portuguesa da Guiné, autorizada pela Igreja para introduzir milhares de escravos na América, destinados fundamentalmente à colônia lusitana do Brasil.

O português Pedro Álvares Cabral chegou às praias brasileiras no século XV, dando início à conquista do país, que se converteu mais tarde na única posse de Lisboa em solo americano. Aqui, os escravos trabalhariam nas plantações agrícolas. O monopólio do comércio humano exercido por Portugal até o primeiro terço do século XVI, foi afetado pelas companhias francesas, britânicas e holandesas, que contavam com domínios nas ilhas do Caribe e nas Américas.

A necessidade da força de trabalho nas novas colônias inaugurou uma etapa de dura concorrência entre os traficantes, que se tornou mais aguda depois da quase eliminação da população indígena autôctona, que era também menos resistente ao rigoroso trabalho forçado no campo e aos abusos e crimes de amos e capatazes. Os proprietários de fazendas precisavam de mais escravos e os praticantes do tráfico viam que o chamado continente negro poderia ser sua fonte. Portugueses, franceses, britânicos, holandeses e espanhóis controlavam o horrendo negócio do contrabando de africanos.

Zonas ocidentais da África foram literalmente esvaziadas de homens e mulheres, que caçados e armazenados em centros de embarque como a ilha de Gorée (no atual Senegal), São Tomé e Príncipe, e outros lugares, esperavam para serem despachados em barcos negreiros. Por causa das péssimas condições da travessia pelo Atlântico, muitos morriam e outros eram lançados ao mar. A Trata de escravos se prolongou em Guiné-Bissau até 1840, ainda que em 1834 o governo da Coroa britânica tinha decretado a abolição da escravatura em suas colônias.

As autoridades britânicas criaram uma base naval na extensa baía de Freetown, em sua colônia de Sierra Leona, no ocidente africano, para perseguir os violadores da norma real. O Reino Unido, que tinha entrado na revolução industrial, não estava interessado no comércio de escravos. Lisboa também proibiu o comércio de escravos entre os portugueses estabelecidos arquipélago de Cabo Verde, próximo a Guiné-Bissau, que era administrado por um governador com base nessa nação.

CONTRA OS ESTRANGEIROS

A presença estrangeira nunca foi aceita pela população nativa de maneira pacífica, que de diferentes formas mostrou sua resistência ao ocupante europeu. Esta rejeição ao colonizador, causa de tantos sofrimentos e humilhações, continuou desde aqueles distantes anos até o século XX.

Um líder carismático - agrônomo de profissão - Amílcar Cabral, fundou em 1956, junto a um grupo de seus colegas, o Partido Africano para a Independência de Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC), que conduziu a vitoriosa guerra libertária frente ao exército colonial de Portugal. Foram longos anos nos quais o povo guineense combateu forças militares que possuíam armamentos mais modernos e, além disso, tinham em seu poder as instalações castrenses, depois tomadas às custas de enormes sacrifícios.

Um dos primeiros atos populares a fomentar no país a conquista da vida independente em 1974, foi o derrubamento das estátuas de Nuno Tristão, Fernando Gomes, Diego Cao e outros conquistadores coloniais, colocadas pelas autoridades de Portugal nos lugares mais centrais de Guiné-Bissau. Esperando um destino mais adequado, essas estátuas derrubadas de seus pedestais foram jogadas como objetos inúteis em uma área baldia da capital, e ficaram como símbolos de um passado que nunca será esquecido.

* Jornalista cubano especializado em política internacional, foi correspondente em vários países africanos e é colaborador da Prensa Latina.

Só falta o charuto

O representante da União Europeia na Guiné-Bissau, Joaquin Gonzalez Ducay, afirmou hoje que o antigo chefe das Forças Armadas guineenses Zamora Induta "continua tranquilamente" na sede da organização em Bissau aguardando o desfecho da sua situação.

Zamora Induta pediu para, digamos, ser convidado, mas para Gonzalez Ducay "Zamora Induta é um convidado da União Europeia. Ele está lá tranquilamente. A União Europeia tem uma grande preocupação com os direitos humanos. É a nossa base de funcionamento. Para nós, a proteção dos Direitos Humanos é absolutamente chave", disse Gonzalez Ducay, em declarações aos jornalistas. AAS