"Meu caro,
Um dia, a verdade será dita e a paz reinará para sempre na Guiné-Bissau! Ainda acontecem as barbaridades porque poucos têm coragem de dizer a verdade quando é necessário; É quando o fulano de tal é morto ninguém sabe quem o matou. País onde os assassínios são aqueles que mais recebem patentes e apoio da maioria. Os criminosos são convocados para fazerem parte de segurança do estado; Os mais corruptos são aqueles mais votados.
Ex-suspeitos de roubarem o estado durante os seus mandatos são aqueles que mais tem a voz de rezingar a irregularidade na admiração de coisa pública, Onde os proscrevidos cujas suas candidaturas sãos primeiras a serem aprovadas pelo Supremo tribunal de Justiça;
A injustiça só terá fim:
Se uma só voz ousar dizer “basta a impunidade”!
Ainda que esta, cercada de armas pesadas e, ela capaz de dizer mesmo que eu seja esquartejado, mas me permitam que a voz de apelo à justiça seja gravada como hino nacional para que nossos futuros filhos possam aprender dela a viver o verdadeiro espirito do patriotismo;
A impunidade só terá fim quando os partidos políticos souberam que a Guiné Bissau é um país laico;
Onde só deve ser feito o que está na lei;
Um país para todos os guineenses;
Quando os militares souberem que o papel fundamental deles é defender a integridade nacional;
Não a ingerência nos assuntos políticos;
Não é que faltam pessoas corajosas;
Mas é a força da impunidade que domina;
A nossa Guiné sairá dessa situação brevemente!
Viva Guiné-Bissau,
Que todos os Guineenses digam basta à força do mal!
DEUS SALVANU GUINÉ
Prof. David da Silva"
domingo, 8 de abril de 2012
Badjo di FUNPI
"Caro Aly,
Cada vez, assim como eu, muitos guineenses ficam tristes com estes falsos politicos que temos e que só aparecem nos momentos de apetite ao poder. Hoje lamentávelmente assisti via televisao a conferência de imprensa dos contestários das EPA. Com mágoa, muita mágoa que ouvi da boca da quele que achava, e digo achava porque agora nao acho, ser o meu presidente: Henrique Rosa. Decepçao total!
Numa das suas intervençoes disse entre outras asneiras o seguinte e passo a citar: ... se houver boa vontade, podia-se utilizar fundos destinados oa processo da industrializaçao de castanha de caju (FUNPI) para o novo processo eleitoral, permitindo que se faça novo resenceamento. Isto, depois de anulaçao de todo o processo eleitoral anterior que julgam ser fraudolento. Estava a espera que ele como empresario de quinta aliás de primeira clase, que iria usar o fundo dele para custear o novo processo que pretende. Por a caso esse dinheiro é seu? Qual é a sua contestaçao pessoal? Se nao houvesse fraudes qual seria a percentagem que acha podia ter? Sobre o outro, dispenso comentários pois a figura fala por si.
Poeta Guineense JOSE CARLOS
... SI BU DJUNTA QUI PURCO FOREL QUI BU TA CUME
MAMADJOMBO
... SI SANTCHO CINTA NA MONTANHA, E GASSALI TCHON E FERTCHA PEDRA,
DISSAL I NA BIM CANSA I LANTA I BAI MA MONTANHA, QUILA I NA FICA LA.
A estes contestarários faltam-lhes uma ocupaçao. Por isso têm todo o tempo do mundo para andarem a dizer baboseiras por aí.
Já agora, queiram saber o seguinte: Antes de SER, é preciso, antes de mais, aprender a SER.
Nha mantenha.
Na Fur Fan"
Cada vez, assim como eu, muitos guineenses ficam tristes com estes falsos politicos que temos e que só aparecem nos momentos de apetite ao poder. Hoje lamentávelmente assisti via televisao a conferência de imprensa dos contestários das EPA. Com mágoa, muita mágoa que ouvi da boca da quele que achava, e digo achava porque agora nao acho, ser o meu presidente: Henrique Rosa. Decepçao total!
Numa das suas intervençoes disse entre outras asneiras o seguinte e passo a citar: ... se houver boa vontade, podia-se utilizar fundos destinados oa processo da industrializaçao de castanha de caju (FUNPI) para o novo processo eleitoral, permitindo que se faça novo resenceamento. Isto, depois de anulaçao de todo o processo eleitoral anterior que julgam ser fraudolento. Estava a espera que ele como empresario de quinta aliás de primeira clase, que iria usar o fundo dele para custear o novo processo que pretende. Por a caso esse dinheiro é seu? Qual é a sua contestaçao pessoal? Se nao houvesse fraudes qual seria a percentagem que acha podia ter? Sobre o outro, dispenso comentários pois a figura fala por si.
Poeta Guineense JOSE CARLOS
... SI BU DJUNTA QUI PURCO FOREL QUI BU TA CUME
MAMADJOMBO
... SI SANTCHO CINTA NA MONTANHA, E GASSALI TCHON E FERTCHA PEDRA,
DISSAL I NA BIM CANSA I LANTA I BAI MA MONTANHA, QUILA I NA FICA LA.
A estes contestarários faltam-lhes uma ocupaçao. Por isso têm todo o tempo do mundo para andarem a dizer baboseiras por aí.
Já agora, queiram saber o seguinte: Antes de SER, é preciso, antes de mais, aprender a SER.
Nha mantenha.
Na Fur Fan"
O ex-alvo
O meu blog terá sido invadido durante as primeiras horas de hoje. Que sacrilégio! Hoje, domingo de Páscoa! Sequestraram-no, por assim dizer. Em vez do alarme geral, preferi a discrição. Esteve, pelo feedback que recebia do blogger, 'removido'. Isso durou horas. Numa ditadura, esse crime (ou tentativa de crime, vá lá) é punido com a pena de morte. Pum!, pum!. E está tudo despachado.
Então, comecei, manhã cedo, a receber sms e telefonemas. Uns a reclamar, mas a primeira chamada chegou do país vizinho, o Senegal, como alerta vermelho: "Então, rapaz!. Boa Páscoa. O que se passa com o blogue?". Nada, respondi. E então, atravês do BlackBerry, tentei entrar. Nada. Deixara o ipad em casa. Decidi contactar um amigo, perito em informática (gosto especialmente dos peritos em informática, dão cá um jeito!). "Podes passar em casa dentro de meia hora?". Cheguei passados vinte minutos, vinte minutos que levarm um dia a passar... E continuava a receber sms. Este dizia "Jovem, será que há problemas de acesso ao ditadura?". Já veremos.
Já em casa do meu amigo, acessamos ao blogger e introduzi os dados. 'O seu blogue foi removido', diziam-me dos States. A seguir o murro no estômago: 'Não poderá criar outro com o mesmo nome'. Bom, confessara a alguns amigos com quem partilhei a mesa do café esta manhã: "se aconteceu mesmo o pior, se o blogue foi mesmo removido e não houver volta a dar...estará na hora de parar. chega. Não há mais blogue!". Reclamaram. Que haveria solução para a catástrofe e não sei que mais. "Então e como é que os guineenses que estão lá fora vão fazer?", arriscou um. Respondi à minha maneira: "Bom, quem quiser pode criar um blog". Não me ligaram nenhuma. Ainda bem. Estou-lhes bastante agradecido.
O meu amigo foi rápido. Estava sereno enquanto eu suava, permanecia calmo enquanto eu desesperava. Preenchemos os campos e quase de seguida recebi um sms no telefone, com seis algarismos, que ditei com voz embargada. Assim que introduziu o último número e foi para carregar no enter, apeteceu-me fechar os olhos. Então, deu-se...a ressureição! Aleluia. Afinal estamos na Páscoa. Obrigadinho, ó Cesar! AAS
Então, comecei, manhã cedo, a receber sms e telefonemas. Uns a reclamar, mas a primeira chamada chegou do país vizinho, o Senegal, como alerta vermelho: "Então, rapaz!. Boa Páscoa. O que se passa com o blogue?". Nada, respondi. E então, atravês do BlackBerry, tentei entrar. Nada. Deixara o ipad em casa. Decidi contactar um amigo, perito em informática (gosto especialmente dos peritos em informática, dão cá um jeito!). "Podes passar em casa dentro de meia hora?". Cheguei passados vinte minutos, vinte minutos que levarm um dia a passar... E continuava a receber sms. Este dizia "Jovem, será que há problemas de acesso ao ditadura?". Já veremos.
Já em casa do meu amigo, acessamos ao blogger e introduzi os dados. 'O seu blogue foi removido', diziam-me dos States. A seguir o murro no estômago: 'Não poderá criar outro com o mesmo nome'. Bom, confessara a alguns amigos com quem partilhei a mesa do café esta manhã: "se aconteceu mesmo o pior, se o blogue foi mesmo removido e não houver volta a dar...estará na hora de parar. chega. Não há mais blogue!". Reclamaram. Que haveria solução para a catástrofe e não sei que mais. "Então e como é que os guineenses que estão lá fora vão fazer?", arriscou um. Respondi à minha maneira: "Bom, quem quiser pode criar um blog". Não me ligaram nenhuma. Ainda bem. Estou-lhes bastante agradecido.
O meu amigo foi rápido. Estava sereno enquanto eu suava, permanecia calmo enquanto eu desesperava. Preenchemos os campos e quase de seguida recebi um sms no telefone, com seis algarismos, que ditei com voz embargada. Assim que introduziu o último número e foi para carregar no enter, apeteceu-me fechar os olhos. Então, deu-se...a ressureição! Aleluia. Afinal estamos na Páscoa. Obrigadinho, ó Cesar! AAS
sábado, 7 de abril de 2012
EPA 2012-Reacções à decisão do STJ: CEDEAO avisa militares da Guiné-Bissau que ordem constitucional tem de ser respeitada
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) está a acompanhar "com profunda preocupação a situação política e de segurança" na Guiné-Bissau e lembra aos militares a responsabilidade de "respeitar escrupulosamente a ordem constitucional". Num comunicado divulgado hoje, assinado pelo presidente da CEDEAO, Désiré Kadré Ouedraogo, a instituição afirma que a conclusão do processo para eleger um novo Presidente "é essencial para a consolidação dos esforços internacionais para a estabilização da situação política do país e facilitar as reformas importantes em diversas áreas".
A Guiné-Bissau foi a votos a 18 de março, para eleger um novo Presidente, na sequência da morte do chefe de Estado eleito em 2009, Malam Bacai Sanhá. Ainda antes da divulgação dos resultados, cinco candidatos disseram que o processo eleitoral foi fraudulento e o segundo candidato mais votado, Kumba Ialá (23 por cento), recusa-se a ir à segunda volta, marcada para o próximo dia 22, que deveria disputar com Carlos Gomes Júnior (49 por cento dos votos).
A campanha eleitoral para a segunda volta, que devia ter começado na sexta-feira, está suspensa. No comunicado, a Comissão da CEDEAO insta a classe política a ultrapassar as suas diferenças para assegurar, em boas condições, a conclusão do processo eleitoral e avisa que "todas as disputas eleitorais devem ser resolvidas através dos meios jurídicos de recurso".
"A CEDEAO deseja, a este respeito, reiterar os princípios fundamentais consagrados no Protocolo Suplementar sobre a Democracia e Boa Governação, que declara ´tolerância zero´ para qualquer acesso ou retenção do poder por meios inconstitucionais. A CEDEAO mais uma vez lembra aos militares a sua responsabilidade de respeitar escrupulosamente a ordem constitucional e a determinação da Comunidade para se opor a qualquer obstrução do Exército ao processo eleitoral em curso", diz o documento. Ao Governo e ao povo, a CEDEAO reafirma o seu compromisso em mobilizar a comunidade regional e internacional para a reconciliação da Guiné-Bissau, a recuperação económica e a reforma do setor de defesa e segurança. LUSA
A Guiné-Bissau foi a votos a 18 de março, para eleger um novo Presidente, na sequência da morte do chefe de Estado eleito em 2009, Malam Bacai Sanhá. Ainda antes da divulgação dos resultados, cinco candidatos disseram que o processo eleitoral foi fraudulento e o segundo candidato mais votado, Kumba Ialá (23 por cento), recusa-se a ir à segunda volta, marcada para o próximo dia 22, que deveria disputar com Carlos Gomes Júnior (49 por cento dos votos).
A campanha eleitoral para a segunda volta, que devia ter começado na sexta-feira, está suspensa. No comunicado, a Comissão da CEDEAO insta a classe política a ultrapassar as suas diferenças para assegurar, em boas condições, a conclusão do processo eleitoral e avisa que "todas as disputas eleitorais devem ser resolvidas através dos meios jurídicos de recurso".
"A CEDEAO deseja, a este respeito, reiterar os princípios fundamentais consagrados no Protocolo Suplementar sobre a Democracia e Boa Governação, que declara ´tolerância zero´ para qualquer acesso ou retenção do poder por meios inconstitucionais. A CEDEAO mais uma vez lembra aos militares a sua responsabilidade de respeitar escrupulosamente a ordem constitucional e a determinação da Comunidade para se opor a qualquer obstrução do Exército ao processo eleitoral em curso", diz o documento. Ao Governo e ao povo, a CEDEAO reafirma o seu compromisso em mobilizar a comunidade regional e internacional para a reconciliação da Guiné-Bissau, a recuperação económica e a reforma do setor de defesa e segurança. LUSA
quinta-feira, 5 de abril de 2012
O que você precisa saber
- A história com os angolanos (MISSANG) entra no debate actual das eleições apenas como pretexto... Há que abrir caminho, encontrar um bode expiatório, para intentos menos claros, com contornos obviamente trágicos. O povo sofrerá as consequências de algo a que é completamente alheio.
- A MISSANG gasta cerca de 80.000 USD por dia (cerca de 40 milhões de fcfa) para a manutenção do seu staff, a sua alimentação, o combustível e toda a logística, incluindo as obras, etc, mas também com o staff nacional.
- Nas discussões entre as nossas autoridades e a missão angolana, o nosso ministro da Defesa, Baciro Djá terá afirmado, para incredulidade dos presentes, sobretudo da comitiva angolana: "...eu não tenho nada contra os angolanos, até porque estudei com os angolanos, namorei angolanas..." e por aí adiante. Ou seja, uma atitude irresponsável perante os representantes do Estado angolano (embaixador e Ministro da Defesa).
- O CEMGFA Antonio Indjai disse aos angolanos "têm armamento na Guiné-Bissau que nem os americanos dispõem...". O general terá dito ainda que "vocês aqui, na Guiné?, só se for numa outra Guiné-Bissau, nós sabemos que sacrifícios passamos para dar independencia a este povo...". Ameaças.
- A 1ª Ministra em exercício, Adiato Nandigna, conta quem assistiu à reunião, Foi a 'arma de guerra' do primeiro-ministro e não teve mãos a medir, nem com o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, menos ainda com o Ministro da Defesa, Baciro Djá. Adiato foi dura e "exigiu respeito pela hierarquia, e sobretudo exigiu disciplina". Prometeu ainda 'vestir calções' para enfrentar os militares e alguns políticos. AAS
- A MISSANG gasta cerca de 80.000 USD por dia (cerca de 40 milhões de fcfa) para a manutenção do seu staff, a sua alimentação, o combustível e toda a logística, incluindo as obras, etc, mas também com o staff nacional.
- Nas discussões entre as nossas autoridades e a missão angolana, o nosso ministro da Defesa, Baciro Djá terá afirmado, para incredulidade dos presentes, sobretudo da comitiva angolana: "...eu não tenho nada contra os angolanos, até porque estudei com os angolanos, namorei angolanas..." e por aí adiante. Ou seja, uma atitude irresponsável perante os representantes do Estado angolano (embaixador e Ministro da Defesa).
- O CEMGFA Antonio Indjai disse aos angolanos "têm armamento na Guiné-Bissau que nem os americanos dispõem...". O general terá dito ainda que "vocês aqui, na Guiné?, só se for numa outra Guiné-Bissau, nós sabemos que sacrifícios passamos para dar independencia a este povo...". Ameaças.
- A 1ª Ministra em exercício, Adiato Nandigna, conta quem assistiu à reunião, Foi a 'arma de guerra' do primeiro-ministro e não teve mãos a medir, nem com o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, menos ainda com o Ministro da Defesa, Baciro Djá. Adiato foi dura e "exigiu respeito pela hierarquia, e sobretudo exigiu disciplina". Prometeu ainda 'vestir calções' para enfrentar os militares e alguns políticos. AAS
História
Guiné-Bissau era a terceira colônia de Portugal ems extensão territorial na África, depois da Angola e de Moçambique, onde o navegante lusitano Nuno Tristão chegou em 1446 - em pleno século XV - então considerado seu descobridor.
Os portugueses foram os primeiros europeus a explorar a costa continental e também em obter o controle de vários territórios nos quais implementaram um severo sistema de exploração. A historiografia ocidental destaca Tristão como o descobridor de Guiné-Bissau, sem considerar que desde muito antes de sua chegada, o território estava habitado por mandingas, fulas, balantos e vários outros grupos étnicos diversos, os quais, em realidade, seriam seus verdadeiros descobridores.
Esse fato pode ser qualificado como outro exemplo da distorsão da história dos povos da África que o Ocidente escreve a partir da presença dos colonizadores europeus, e é uma memória que o continente se empenha em resgatar. Os historiadores não contam o que aconteceu duas décadas depois da chegada de Tristão, só afirmam que 23 anos depois o também português Fernando Gomes já tinha o controle do comércio. A partir de 1530, outros países europeus começaram a mostrar interesse pela zona.
ESCRAVOS
A partir do século XV, já funcionava a Companhia Portuguesa da Guiné, autorizada pela Igreja para introduzir milhares de escravos na América, destinados fundamentalmente à colônia lusitana do Brasil.
O português Pedro Álvares Cabral chegou às praias brasileiras no século XV, dando início à conquista do país, que se converteu mais tarde na única posse de Lisboa em solo americano. Aqui, os escravos trabalhariam nas plantações agrícolas. O monopólio do comércio humano exercido por Portugal até o primeiro terço do século XVI, foi afetado pelas companhias francesas, britânicas e holandesas, que contavam com domínios nas ilhas do Caribe e nas Américas.
A necessidade da força de trabalho nas novas colônias inaugurou uma etapa de dura concorrência entre os traficantes, que se tornou mais aguda depois da quase eliminação da população indígena autôctona, que era também menos resistente ao rigoroso trabalho forçado no campo e aos abusos e crimes de amos e capatazes. Os proprietários de fazendas precisavam de mais escravos e os praticantes do tráfico viam que o chamado continente negro poderia ser sua fonte. Portugueses, franceses, britânicos, holandeses e espanhóis controlavam o horrendo negócio do contrabando de africanos.
Zonas ocidentais da África foram literalmente esvaziadas de homens e mulheres, que caçados e armazenados em centros de embarque como a ilha de Gorée (no atual Senegal), São Tomé e Príncipe, e outros lugares, esperavam para serem despachados em barcos negreiros. Por causa das péssimas condições da travessia pelo Atlântico, muitos morriam e outros eram lançados ao mar. A Trata de escravos se prolongou em Guiné-Bissau até 1840, ainda que em 1834 o governo da Coroa britânica tinha decretado a abolição da escravatura em suas colônias.
As autoridades britânicas criaram uma base naval na extensa baía de Freetown, em sua colônia de Sierra Leona, no ocidente africano, para perseguir os violadores da norma real. O Reino Unido, que tinha entrado na revolução industrial, não estava interessado no comércio de escravos. Lisboa também proibiu o comércio de escravos entre os portugueses estabelecidos arquipélago de Cabo Verde, próximo a Guiné-Bissau, que era administrado por um governador com base nessa nação.
CONTRA OS ESTRANGEIROS
A presença estrangeira nunca foi aceita pela população nativa de maneira pacífica, que de diferentes formas mostrou sua resistência ao ocupante europeu. Esta rejeição ao colonizador, causa de tantos sofrimentos e humilhações, continuou desde aqueles distantes anos até o século XX.
Um líder carismático - agrônomo de profissão - Amílcar Cabral, fundou em 1956, junto a um grupo de seus colegas, o Partido Africano para a Independência de Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC), que conduziu a vitoriosa guerra libertária frente ao exército colonial de Portugal. Foram longos anos nos quais o povo guineense combateu forças militares que possuíam armamentos mais modernos e, além disso, tinham em seu poder as instalações castrenses, depois tomadas às custas de enormes sacrifícios.
Um dos primeiros atos populares a fomentar no país a conquista da vida independente em 1974, foi o derrubamento das estátuas de Nuno Tristão, Fernando Gomes, Diego Cao e outros conquistadores coloniais, colocadas pelas autoridades de Portugal nos lugares mais centrais de Guiné-Bissau. Esperando um destino mais adequado, essas estátuas derrubadas de seus pedestais foram jogadas como objetos inúteis em uma área baldia da capital, e ficaram como símbolos de um passado que nunca será esquecido.
* Jornalista cubano especializado em política internacional, foi correspondente em vários países africanos e é colaborador da Prensa Latina.
Os portugueses foram os primeiros europeus a explorar a costa continental e também em obter o controle de vários territórios nos quais implementaram um severo sistema de exploração. A historiografia ocidental destaca Tristão como o descobridor de Guiné-Bissau, sem considerar que desde muito antes de sua chegada, o território estava habitado por mandingas, fulas, balantos e vários outros grupos étnicos diversos, os quais, em realidade, seriam seus verdadeiros descobridores.
Esse fato pode ser qualificado como outro exemplo da distorsão da história dos povos da África que o Ocidente escreve a partir da presença dos colonizadores europeus, e é uma memória que o continente se empenha em resgatar. Os historiadores não contam o que aconteceu duas décadas depois da chegada de Tristão, só afirmam que 23 anos depois o também português Fernando Gomes já tinha o controle do comércio. A partir de 1530, outros países europeus começaram a mostrar interesse pela zona.
ESCRAVOS
A partir do século XV, já funcionava a Companhia Portuguesa da Guiné, autorizada pela Igreja para introduzir milhares de escravos na América, destinados fundamentalmente à colônia lusitana do Brasil.
O português Pedro Álvares Cabral chegou às praias brasileiras no século XV, dando início à conquista do país, que se converteu mais tarde na única posse de Lisboa em solo americano. Aqui, os escravos trabalhariam nas plantações agrícolas. O monopólio do comércio humano exercido por Portugal até o primeiro terço do século XVI, foi afetado pelas companhias francesas, britânicas e holandesas, que contavam com domínios nas ilhas do Caribe e nas Américas.
A necessidade da força de trabalho nas novas colônias inaugurou uma etapa de dura concorrência entre os traficantes, que se tornou mais aguda depois da quase eliminação da população indígena autôctona, que era também menos resistente ao rigoroso trabalho forçado no campo e aos abusos e crimes de amos e capatazes. Os proprietários de fazendas precisavam de mais escravos e os praticantes do tráfico viam que o chamado continente negro poderia ser sua fonte. Portugueses, franceses, britânicos, holandeses e espanhóis controlavam o horrendo negócio do contrabando de africanos.
Zonas ocidentais da África foram literalmente esvaziadas de homens e mulheres, que caçados e armazenados em centros de embarque como a ilha de Gorée (no atual Senegal), São Tomé e Príncipe, e outros lugares, esperavam para serem despachados em barcos negreiros. Por causa das péssimas condições da travessia pelo Atlântico, muitos morriam e outros eram lançados ao mar. A Trata de escravos se prolongou em Guiné-Bissau até 1840, ainda que em 1834 o governo da Coroa britânica tinha decretado a abolição da escravatura em suas colônias.
As autoridades britânicas criaram uma base naval na extensa baía de Freetown, em sua colônia de Sierra Leona, no ocidente africano, para perseguir os violadores da norma real. O Reino Unido, que tinha entrado na revolução industrial, não estava interessado no comércio de escravos. Lisboa também proibiu o comércio de escravos entre os portugueses estabelecidos arquipélago de Cabo Verde, próximo a Guiné-Bissau, que era administrado por um governador com base nessa nação.
CONTRA OS ESTRANGEIROS
A presença estrangeira nunca foi aceita pela população nativa de maneira pacífica, que de diferentes formas mostrou sua resistência ao ocupante europeu. Esta rejeição ao colonizador, causa de tantos sofrimentos e humilhações, continuou desde aqueles distantes anos até o século XX.
Um líder carismático - agrônomo de profissão - Amílcar Cabral, fundou em 1956, junto a um grupo de seus colegas, o Partido Africano para a Independência de Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC), que conduziu a vitoriosa guerra libertária frente ao exército colonial de Portugal. Foram longos anos nos quais o povo guineense combateu forças militares que possuíam armamentos mais modernos e, além disso, tinham em seu poder as instalações castrenses, depois tomadas às custas de enormes sacrifícios.
Um dos primeiros atos populares a fomentar no país a conquista da vida independente em 1974, foi o derrubamento das estátuas de Nuno Tristão, Fernando Gomes, Diego Cao e outros conquistadores coloniais, colocadas pelas autoridades de Portugal nos lugares mais centrais de Guiné-Bissau. Esperando um destino mais adequado, essas estátuas derrubadas de seus pedestais foram jogadas como objetos inúteis em uma área baldia da capital, e ficaram como símbolos de um passado que nunca será esquecido.
* Jornalista cubano especializado em política internacional, foi correspondente em vários países africanos e é colaborador da Prensa Latina.
Só falta o charuto
O representante da União Europeia na Guiné-Bissau, Joaquin Gonzalez Ducay, afirmou hoje que o antigo chefe das Forças Armadas guineenses Zamora Induta "continua tranquilamente" na sede da organização em Bissau aguardando o desfecho da sua situação.
Zamora Induta pediu para, digamos, ser convidado, mas para Gonzalez Ducay "Zamora Induta é um convidado da União Europeia. Ele está lá tranquilamente. A União Europeia tem uma grande preocupação com os direitos humanos. É a nossa base de funcionamento. Para nós, a proteção dos Direitos Humanos é absolutamente chave", disse Gonzalez Ducay, em declarações aos jornalistas. AAS
Zamora Induta pediu para, digamos, ser convidado, mas para Gonzalez Ducay "Zamora Induta é um convidado da União Europeia. Ele está lá tranquilamente. A União Europeia tem uma grande preocupação com os direitos humanos. É a nossa base de funcionamento. Para nós, a proteção dos Direitos Humanos é absolutamente chave", disse Gonzalez Ducay, em declarações aos jornalistas. AAS
Um exemplo
"Bom dia amigo,
Ali Haidar, foi nomeado ministro do Ambiente do Senegal. Ele é de origem libanesa mas tem a nacionalidade senegalesa. Esta é uma prova de integração e de aceitação do povo senegalês. Na Guiné-Bissau, pelo contrário, ainda que sejas guineense de sangue, mas de 'cor', chamam-te 'burmedju'. Acordem, estamos em 2012.
Abraço para o meu amigo Aly Silva,
A. Z."
M/R: Bem visto. Abraço. AAS
Ali Haidar, foi nomeado ministro do Ambiente do Senegal. Ele é de origem libanesa mas tem a nacionalidade senegalesa. Esta é uma prova de integração e de aceitação do povo senegalês. Na Guiné-Bissau, pelo contrário, ainda que sejas guineense de sangue, mas de 'cor', chamam-te 'burmedju'. Acordem, estamos em 2012.
Abraço para o meu amigo Aly Silva,
A. Z."
M/R: Bem visto. Abraço. AAS
AAS vs STJ - Em que pensam os juízes quando escrevem os acórdãos?
Esteve, está há mais de 24 hrs online, mas ninguém reparou patavina. Leram bem a DECISÃO do Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, o último parágrafo?
"Nestes termos, ao abrigo das disposições conjugadas dos arts. 120 do CPP e 335 do CC, acordam os juízes desta Câmara Consular do Supremo Tribunal de Justiça em quebrar o segredo profissional, para que o referido jornalista suspeito possa prontamente prestar as declarações."
Afinal...quem tem de quebrar mesmo o segredo profissional?! Juízes...
M/R: Ah, ah! Entao, os juízes que quebrem, e já!, o segredo profissional e nos contem quantas casas construíram, ou compraram, quantos carros possuem, ou seja, quais os bens que possuem, e, sobretudo, COMO conseguiram tantos milhões... AAS
"Nestes termos, ao abrigo das disposições conjugadas dos arts. 120 do CPP e 335 do CC, acordam os juízes desta Câmara Consular do Supremo Tribunal de Justiça em quebrar o segredo profissional, para que o referido jornalista suspeito possa prontamente prestar as declarações."
Afinal...quem tem de quebrar mesmo o segredo profissional?! Juízes...
M/R: Ah, ah! Entao, os juízes que quebrem, e já!, o segredo profissional e nos contem quantas casas construíram, ou compraram, quantos carros possuem, ou seja, quais os bens que possuem, e, sobretudo, COMO conseguiram tantos milhões... AAS
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