quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
DENÚNCIA
"Aly,
Espero que estejas bem.
Como ninguém fez nada na Guiné Bissau apesar de saberem, espero que desta vez façam para não ficarem definitivamente mal vistos. O Juiz (????????) Gassimo (ou Gacimo, não sei) Djaló, viu-se no direito, (faz na 5a feira duas semanas) de mandar penhorar o meu veículo (julgando que fosse do meu pai) porque ele e o seu amigo (queixoso) assim entenderam. A situação é a seguinte:
Em Fevereiro, se não me engano, o Senhor AC dirigiu-se ao escritório do meu pai porque tinha um carro que iria chegar , para posteriormente proceder ao despacho.
O meu pai sugeriu ao mesmo que o despachasse na condição de emigrante porque quem mandou o carro vive fora e ficaria mais em conta o respectivo despacho, portanto só aí já quis ajudar. Posteriormente (nenhum de nós sabe quando), após o meu pai ter falado com o suposto cliente, um funcionário seu (do meu pai), naturalmente sem conhecimento do meu pai, acabou, por ficar com o dinheiro do senhor, prometendo que iria fazer, só os dois sabem o quê.
Sabendo que há um único Despachante que faz despachos na condição acima referida, o Sr. AC, depois de o meu pai sugerido que procurasse um outro despachante, entregou o dinheiro (creio cerca de 2.000.000 de Fcfa) ao funcionário do meu pai que assinou num papel branco e pôs o carimbo do escritório em como tinha recebido o dinheiro, repito, não sei para quê porque já se tinha sugerido outro despachante ao senhor AC.
Conclusão, o funcionário gastou o dinheiro do Sr. AC e as coisas foram-se arrastando com várias idas deste senhor ao escritório, até que um dia o meu pai lhe perguntou porque razão deu dinheiro a alguém, sabendo que ele é o patrão e já lhe tinha dito para procurar outro despachante.
Este senhor passou a querer que o meu pai assumisse as responsabilidades , mas este deixou-lhe claro que, não era responsabilidade sua , até porque não só lhe indicou que procurasse outro despachante, como o escritório tem recibos e não é num papel branco que se assina a recepção do dinheiro dum cliente para um determinado despacho, seja qual for o valor.
Tempos depois o sr. AC mandou prender o funcionário (bem visto) e depois decidiu novamente incomodar , sim incomodar o meu pai com a mesa história. nessa altura o tribunal enviou uma notificação ao meu pai, que prontamente foi dar os seus esclarecimentos, tudo com base na lei , juntamente com o seu advogado.
Os meses foram passando e há cerca de 4 semanas, dirigimo-nos ao Banco, e disseram ao meu pai que o tribunal tinha mandado bloquear a sua conta sem mais nem menos, ou seja sem suporte nenhum, o que logicamente não aconteceu porque o Banco não funciona como pelos vistos funcionam certas instituições na Guiné Bissau.
Como não deu em nada, no dia 10 de Dezembro, três indivíduos , dois oficiais do tribunal e um polícia, dirigiram-se ao escritório do meu pai e pediram as chaves do carro , justificando que tinham ido penhorar o mesmo a mando do juiz (??????) Gassimo Djalo por causa deste processo (inconclusivo, enfeitando as prateleiras do tribunal).
Assim que se apoderaram do carro ( eu estava fora do escritório mas não muito longe), foi-lhes alertado pelo próprio polícia de que o carro não pertencia ao Sr. Fortunato pois todos os documentos estavam em nome do Renato Moura, por curiosidade, seu filho.
Um dos oficias (mais um espertalhão) usando e abusando do "poder" ordenou que se levasse o carro na mesma. Após uma chamada do meu pai, cheguei ao tribunal em menos de dois minutos, ainda a tempo de lhes ver a chegar com o meu carro.
Viram o escândalo que comecei por fazer (porque não sou tão calmo como o meu pai, muito menos tolero faltas de respeito) e ao saírem do carro, disseram-me, um dos oficiais e o polícia, que tinham visto os documentos e, sim, mesmo cumprindo ordens, não deviam ter trazido o carro por não pertencer ao meu pai.
Posto isto, apenas para explicar o que se passou até chegarmos a este ponto, a minha questão é a seguinte:
-Tem este juiz (?????) algum suporte jurídico para fazer o que fez?
-Está concluído o processo e deu-se como culpado o meu pai em tudo isto, e o mesmo ignorou pura e simplesmente a lei chegando o juiz (???) ao ponto de lhe mandar bloquear a conta e, duas semanas depois mandar apreender o veículo que, por surpresa nem ao meu pai pertence?
- Será que o juiz não deveria de imediato mandar devolver o meu carro visto não pertencer ao "culpado" ???
Coclusão :
Esta "barracada", e ILEGALIDADE DO MAIS ALTO NÍVEL (que deve ser um caso prático no primeiro dia de aulas num curso de Direito), foi cometida pelo Juiz (????) Gassimo Djalo.
Na próxima 5ª feira faz duas semanas que que me apreenderam a viatura e ninguém, ninguém faz nada neste País. Não há desculpas para ninguém pois passou e bem na rádio.
Para não se desculparem mais, peço-te que passes esta informação no teu blogue porque, certamente, aqueles com autoridade mais que suficiente para questionar ao sr juiz (????) o porquê de ter feito o que fez, poderão, depois de terem ouvido, ler agora juntamente com os milhares que se informam diariamente no teu blogue, como vão as coisas no Tribunal em Bissau.
É assim que funciona a lei na Guiné Bissau?? São estes os juízes que temos?? Não acredito. O que acredito é no seguinte:
Este senhor Gassimo Djalo, não tem o mais pequeno nível sequer, para tentar beliscar ou manchar a imagem do meu pai construída ao longo de 36 anos de seriedade, exemplo, rigor, profissionalismo e humildade. A Guiné Bissau conhece e bem o despachante oficial Fortunato Moura e eu, como seu filho, estou e estarei cá sempre para defender a imagem do meu pai contra aqueles que só vivem da forma em que se tornou o País.
Agora pergunto: Você é sério Sr. Juiz(??????)
Avizinha-se uma queixa crime contra o Senhor. Prepare-se !
Por favor, não me faça rir mais do que o meu sobrinho de 2 anos me faz diariamente !!
Exijo, como cidadão , a quem de direito,que resolva imediatamente esta situação que , por si só já acarreta prejuízos! E desafio o juíz a vir a público desmentir tudo o que disse
Renato Moura"