sexta-feira, 7 de junho de 2013

Agora temos também o...Boca-Doce


Fernando Delfim da Silva, o novo ministro dos Negócios Estrangeiros do governo da Guiné-Bissau, pensa que a comunidade internacional vai cair no engodo, na conversa pejada de frases feitas. Todos os que, no exterior, se pronunciaram sobre esta 'remodelação/engordamento', foram claros: só com a realização das eleições (programa mínimo, presumo) é que se estudará a "normalização" que bem prega frei Delfim, o Boca-Doce do governo. Ah, e lá vamos ter de voltar a engolir o porta-disparate.

Mas a comunidade internacional (UA, UE, CPLP, Nações Unidas) deve manter a intransigência: não deve haver misericórdia para com os perturbadores da democracia, cujo mal maior é sentida pela esmagadoria do Povo. Querem ajudas de todos, mas depois desviam-se do essencial, sobressaltando as famílias com tiroteios e banditismo nas cidades, raptando, torturando e assassinando pessoas sem que a Procuradoria-Geral da República mexa uma palha. Que vergonha!!!

Senhores da comunidade internacional,

Não há que reconhecer governo nenhum! Há que fixar claramente um calendário coerente para tudo que tenha que se fazer até às eleições seja feito. E com o dinheiro proveniente da receita interna. Depois das eleições - em que todos tenham o direito de participar - então falaremos. Não há cá pão para malucos. Este governo não tem base legal nenhum. E pouco me importa se a ANP não tenha a mesma opinião. Temos que acabar com os desmandos na Guiné-Bissau.

Mas há outro nome no tabuleiro: Koumba Yalá. Estratega, esquivo, ainda que a perder visibilidade - e votos - continua a mexer todos os cordelinhos, com destaque na classe castrense. Do 'Nando' Vaz já se disse quase tudo. Agora, e à falta da pasta da Comunicação Social, foi elevado a ministro de Estado. Num Estado banalizado, levado aos limites da chacota, 'Nando' Vaz mantém-se no governo apenas por imposição do acossado general António Indjai. Os dois lá saberão... António Aly Silva