Recebemos com muita estranheza, através dos órgãos de comunicação social, a notícia que dá conta que o Coronel e militante do PRID, Dr. António Afonso Té é candidato do Partido Republicano (PRID), fruto de uma suposta vitória numa espécie de primarias organizadas e realizadas pelo Partido no pretérito dia, 28 de Janeiro de 2012, nas quais ele Afonso Té teria vencido o Presidente do Partido, Dr. Aristides Gomes, que teria apresentado a sua candidatura a essas primário, por intermédio de um representante seu,
o que não corresponde minimamente à verdade.
Com efeito, o PRID não organizou nenhumas eleições primárias no seu seio e nem tem candidato oficial para às presidenciais antecipadas marcadas para o dia 18 de Março do presente ano.
A realidade é esta: os Partidários do Dr. António Afonso Té, convocaram e convidaram o Secretário Nacional Adjunto do PRID, para tomar parte numa reunião na Sede Nacional que tinha basicamente como ordem do dia a análise do perfil do Candidato a ser apoiado pelo Partido Republicano (PRID) nas antecipadas de Março de 2012.
No fim da reunião, aproveitaram-se do facto e submeteram à votação por aclamação a proposta do Afonso Té como candidato do PRID, o que é de todo contrário aos princípios básicos que regem qualquer Partido democratico nos dias de hoje.
Ora, pergunta-se qual o órgão do Partido que se reuniu e em virtude dessa escolheu o Dr. Afonso Té como candidato? Ou, melhor, em que disposições dos estatutos fundaram a convocação, organização e realização dessas primárias?
Entretanto, o PRID e os seus militantes declinam de toda a responsabilidade decorrente da escolha do Dr. Afonso Té, por se tratar de uma reuniao de caracter informal, organizada e realizada pelos seus partidários, cuja militância de muitos é duvidosa.
Admitimos, sim, que ele, enquanto cidadão, possa apresentar-se como independente recolhendo os cinco mil (5.000) assinaturas exigidas por lei e eventualmente piscar o apoio dos militantes do PRID e não só, por se tratar de um direito político que assiste a todos os cidadãos.
Aliás, é do conhecimento público que o nosso Partido tem um contencioso no Tribunal, e que a solução do mesmo deve ser consistente, viável e duradoira. Não pode, de forma alguma, ser uma simples operação cosmética, uma pequena cirurgia, porquanto o momento exige de todos os militantes do PRID, sem excepção, uma assunção de responsabilidade e compromisso com o futuro do PRID, que passa pela analisé do que está na origem do nosso mal entendido e/ou impasse, e arranjar saídas possíveis e felizes.
O momento é muito delicado, mas ao mesmo tempo de muita esperança no futuro do Partido. Passos errados ou irreflectidos podem deitar tudo a perder. Guardemos a calma e o discernimento indispensáveis. Saibamos conter os impulsos espontâneos e as declarações inflamáveis e provocadoras.
Um apelo específico aos militantes e simpatizantes do nosso Grande Partido: Que fomentemos a humildade, o diálogo, a unidade e a solidariedade, que sempre nos caracterizaram. Por isso, devemos ser portadores de confiança e esperança. Pois, o povo espera muito de nós enquanto alternativa mais credível ao actual poder do PAIGC, caracterizado pela corrupção, demagogia, maquiavelismo e clientelismo.
Estamos esperançados que o bom senso prevalecerá, e que o reencontro da grande família do PRID está para breve, a bem da nossa democracia e da nossa pátria amada.
Viva o PRID
Viva os seus dirigentes
Viva a Guiné-Bissau
feito em Bissau aos tres dias do mes de fevereiro de dois mil e doze.
O Secretário Nacional,
Arnaldo Gomes