sexta-feira, 8 de agosto de 2014

URGENTE/ÉBOLA: OMS recomenda à Guiné-Bissau reforço de vigilância nas fronteiras


A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou hoje à Guiné-Bissau o reforço da vigilância das fronteiras com a Guiné-Conacri, um país onde já se verificaram 367 mortes provocadas pelo Ébola.

"Neste momento a OMS, em Genebra, ainda não recebeu nenhuma informação relativa a casos registados em Guiné-Bissau", afirmou à Lusa Tarik Jasarevic, da organização sedeada em Genebra.

Segundo o responsável, a Guiné-Bissau deve reforçar a vigilância das suas fronteiras, seguindo as indicações anunciadas hoje pela OMS. Lusa

Domingos Simões Pereira em entrevista à rádio ONU


Para ouvir AQUI

USA/ÁFRICA: Mais compromissos da administração Obama


Cooperação EUA-África para a Promoção da Igualdade de Gênero

“(...) apoiamos sociedades que capacitam as mulheres – porque nenhum país alcançará seu potencial a menos que aproveite os talentos das nossas esposas, das nossas mães, das nossas irmãs e das nossas filhas. (...) E vou dizer uma coisa, é possível medir o sucesso de um país pela forma como trata suas mulheres.” – Presidente Obama, Cidade do Cabo, África do Sul, 30 de junho de 2013
Neste quarto ano que a União Africana (UA) chama de “Década da Mulher Africana”, os Estados Unidos apoiam fortemente os grandes progressos e os compromissos que muitos países africanos e a União Africana têm feito para aumentar o empoderamento das mulheres e das meninas através de medidas para promover a boa governança e o Estado de Direito, acelerar o crescimento econômico e melhorar a segurança alimentar, promover o respeito pelos direitos humanos e melhorar o acesso a serviços – desde assistência médica à educação. O desenvolvimento de longo prazo será apenas possível quando mulheres e homens se beneficiarem de oportunidades iguais para atingir sua capacidade plena.
Conforme anunciado, os Estados Unidos estão a providenciar nova assistência para promover a igualdade de gênero na África por meio de:

• Apoio a três países para desenvolver ou implementar estratégias nacionais que visam promover a participação da mulher na construção da paz e sua proteção contra a violência.
• Novos programas na República Democrática do Congo, na Líbia, no Mali, em Ruanda, na Somália e em Uganda, bem como em toda a África Ocidental, focados no aumento da participação da mulher nos processos de construção da paz e na elaboração da Constituição, fazendo avançar os direitos fundamentais da mulher e mitigando a violência relacionada às eleições.
• Três novos centros que fornecerão assistência relacionada ao desenvolvimento empresarial para mulheres empresárias na África Oriental, Meridional e Ocidental por meio do Programa de Empreendedorismo das Mulheres Africanas (Awep) e o projeto Centros Empresariais de Recursos, Educação, Acesso e Capacitação para Empoderamento Econômico da Mulher (Wecreate).
• Apoio técnico para fortalecer a Comissão da UA e esforços de âmbito nacional para tratar das barreiras à participação igualitária da mulher no setor agrícola.
• Apoio através da parceria wPower, trabalhando com Aliança Global para Fogões com Energia Limpa, para obter subvenções de organizações que promovem o papel das mulheres empresárias na venda de tecnologias limpas, bem como o apoio para expandir programas que educam meninas adolescentes sobre tecnologias de energia limpa.
• Maior assistência à União Interparlamentar para fornecer capacitação dos Parlamentos africanos que trabalham para promover a igualdade de gênero e apoiar campanhas parlamentares sobre questões específicas de igualdade de gênero.
Mais amplamente, o pedido de orçamento do ano fiscal de 2015 requer mais de US$ 190 milhões para promover diretamente a igualdade de gênero nos países da África Subsaariana e do Norte, que inclui atividades para promover oportunidades políticas e econômicas para as mulheres, acesso a serviços nas áreas de saúde e educação, e esforços para prevenir e responder à violência de gênero. Mobilizamos ainda mais investimentos mais amplos em desenvolvimento para promover a igualdade de gênero e o empoderamento da mulher em toda a África.
Promovendo Oportunidades de Liderança Para Mulheres e Meninas. A liderança e a participação significativa da mulher no governo, na economia e na sociedade civil aceleram o desenvolvimento econômico, melhoram os indicadores da saúde e da educação, promovem o desenvolvimento democrático, e fomentam a paz e a segurança. Cinco países da África Subsaariana e do Norte participam da Parceria Futuros Iguais liderada pelos Estados Unidos, através da qual países empreendem reformas domésticas para remover barreiras ao empoderamento econômico e político da mulher. O Estados Unidos:
• Participaram capacitando a próxima geração de líderes africanas por meio da Iniciativa Presidencial Jovens Líderes Africanos (YALI), do Projeto Mulheres no Serviço Público e dos acampamentos Meninas Liderando Nosso Mundo (Glow), que são organizados e dirigidos por Voluntários do Corpo da Paz.
• Apoiaram a capacitação para que mulheres possam se candidatar a um cargo público e defender legislação que promova os direitos da mulher em toda a África do Norte através da Iniciativa Parceria do Oriente Médio (MEPI). Na Argélia, na Líbia, no Marrocos e na Tunísia, os Estados Unidos capacitam mulheres candidatas e líderes de partidos políticos sobre o desenvolvimento de campanhas que promovam as oportunidades e direitos da mulher.
Expandindo Oportunidades Econômicas. Para promover o empoderamento econômico da mulher, a União Africana, o Banco de Desenvolvimento Africano, o Grupo do Banco Mundial, países africanos e os Estados Unidos apoiaram esforços para aumentar o acesso da mulher aos mercados, ao capital e a bens, e para promover a liderança, voz e atuação da mulher. Os Estados Unidos:
• Ajudaram, somente em 2013, 1,8 milhão de agricultores na África (mais de 700 mil dos quais mulheres) a aplicar novas práticas e tecnologias que têm o potencial de tirá-los da pobreza, com o apoio da Alimentar o Futuro, iniciativa do presidente para acabar com a fome mundial e promover a segurança alimentar. As tecnologias que os produtores desenvolveram estão transformando tarefas agrícolas exclusivas das mulheres em tarefas nas quais maridos e esposas trabalham juntos e produzem um maior benefício geral para si mesmos e suas famílias. O Índice de Empoderamento da Mulher na Agricultura mede o impacto de investimentos agrícolas nas mulheres para servir de informação para programações futuras. Programações direcionadas ajudam a promover o empoderamento da mulher, incluindo as bolsas Mulheres Africanas na Pesquisa e no Desenvolvimento Agrícola, que fortalecem as habilidades das mulheres cientistas africanas em pesquisa e liderança, e
incentiva a pesquisa para melhorar a vida dos pequenos produtores, em especial as mulheres.
• Promoveram uma série de medidas para fazer avançar a participação econômica da mulher por meio do pacto Corporação Desafio do Milênio em 14 países africanos, incluindo a realização de assistência para mais de 11 mil pessoas para criar apoio para reformas judiciais que ampliem os direitos da mulher em Lesoto, incentivando que as terras sejam registradas tanto em nome do marido como da mulher e apoiar a criação de 54 associações femininas para aumentar o acesso da mulher à terra no Mali, e fornecer US$ 10 milhões para aumentar o acesso à eletricidade para empresas de pequeno e médio porte em mercados onde a mulher prevalece em Gana.
• Investiram US$ 2,6 milhões desde 2010 em uma rede de mais 1.700 mulheres empresárias da África Subsaariana para ajudar a expandir suas empresas, facilitar intercâmbios profissionais, aumentar o comércio para os Estados Unidos e se beneficiar da Lei de Crescimento e Oportunidades para a África, por meio do Programa de Empreendimento da Mulher Africana.
• Prestaram apoio às mulheres empresárias por toda a África do Norte para que pudessem adquirir novas habilidades e redes, abrir e ampliar empresas, e se desenvolver como líderes inovadoras, tais como na Tunísia, onde os Centros de Empreendimentos para a Sustentabilidade da Mulher contribuíram para que mais de 150 mulheres pudessem abrir e ampliar empresas desde 2012, e na Líbia, onde 200 mulheres têm sido capacitadas desde 2013 em empreendedorismo, contabilidade, finanças e economia.
• Forneceram capacitação em desenvolvimento empresarial e investimento para mulheres empresárias que trabalham visando levar o acesso à energia limpa para mais de 3,5 milhões de pessoas nos próximos três anos por meio da Parceria Empreendedorismo de Mulheres em Energias Renováveis (wPower).
Aumentar os Papéis da Mulher na Prevenção de Conflito e Decisões no Âmbito da Segurança. Os Estados Unidos se unem à União Africana, às comunidades econômicas regionais e a muitos países africanos para se comprometer para fortalecer as probabilidades para a paz e a segurança por meio de empoderamento e proteção contra a violência às mulheres e às meninas em países afetados pela crise, pela insegurança e pela transição política. Os Estados Unidos:
• Investiram cerca de US$ 25 milhões no ano fiscal de 2014 na África para apoiar o papel das mulheres na construção da paz e sua participação na tomada de decisões, inclusive através de programas na Etiópia, Libéria, Mali, Nigéria, Quênia, Serra Leoa e Sudão do Sul. Os programas incluem desenvolvimento de competências para mulheres líderes e organizações de mulheres para defender e fornecer assistência às suas comunidades, através da capacitação em criação de coalizões, negociações, resolução de conflito e oratória em público.
• Envolveram mulheres líderes para promover eleições pacíficas, inclusive em Serra Leoa em 2012, onde os Estados Unidos apoiaram parceiros da sociedade civil no desenvolvimento de mensagens de prevenção de conflito e capacitação de mulheres líderes comunitárias a fim de ajudar a prevenir que conflitos locais aumentassem, agindo como mediadoras e defendendo a não violência através de rádio e outros engajamentos públicos.
• Proporcionaram capacitação para cerca de 4 mil mulheres africanas para melhorar suas funções de agentes de manutenção da paz desde 2005, através da Iniciativa Operações de Paz Global.
• Proporcionaram capacitação para militares africanos através do Comando dos EUA para a África (Africom) e do Centro Africano para Estudos Estratégicos (ACSS), com ênfase na promoção da participação de mulheres e garantindo a sua proteção contra a violência, inclusive por intermédio de um curso de duração de uma semana em janeiro de 2014 no Quênia, voltado para operações de apoio à paz, para representantes dos 11 países africanos, e como um componente do Seminário de Líderes Sêniores da ACSS, evento anual que envolve mais de 45 países africanos.
• Apoiaram esforços para prevenir e responder à violência de gênero (VDG) em situações de emergência em toda a África, inclusive como parte da iniciativa Safe from the Start (Segurança desde o Início, em tradução livre) que os Estados Unidos lançaram em 2013 para melhor atender as necessidades das mulheres e das meninas e de outros grupos em situação de risco de VDG em emergências. Os Estados Unidos estão apoiando o aumento de programas com a Agência da ONU para Refugiados e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, além de trabalhar diretamente com parceiros nacionais, como na Somália, onde a USAID está ajudando a estabelecer vias de encaminhamento para que sobreviventes da VDG acessem serviços; estão capacitando trabalhadores comunitários e agentes de saúde para a prestação de cuidados e o apoio psicossocial para sobreviventes; e estão conectando sobreviventes com oportunidades de subsistência.
Expandindo Oportunidades Educacionais. Ao reconhecer que a educação é uma das maneiras mais eficazes para expandir oportunidades e opções de vida para meninas e jovens mulheres, os Estados Unidos estão trabalhando com países em todo o continente para diminuir a disparidade educacional entre meninos e meninas através da identificação dos obstáculos relacionados ao gênero e do trabalho com nossos parceiros nos países para implementar políticas e programas para superar esses obstáculos. Os Estados Unidos:
• Investiram uma média de US$ 350 milhões anualmente desde 2010 em aproximadamente 20 países da África Subsaariana para ajudar meninas e meninos a receber uma educação de qualidade e a obter as habilidades de que necessitavam para viver de maneira saudável e produtiva. Isso inclui garantir que as meninas estejam aprendendo nas salas de aula e criar apoio comunitário para a educação de meninas, como acontece na Libéria, onde o projeto Girls Opportunity to Access Learning (Oportunidade para Meninas Acessarem o Aprendizado, em tradução livre) concede bolsas de estudos para meninas, apoia clube de meninas e fornece subvenções para melhoria de escolas a comunidades a fim de criar ambientes escolares mais seguros.
• Promoveram a participação de mulheres nos seguintes campos: ciência, tecnologia, engenharia e matemática, inclusive através da TechWomen (Tecnologia para Mulheres) e da TechGirls (Tecnologia para Meninas), que oferecem às mulheres e meninas adolescentes da África do Norte e Subsaariana a oportunidade de participar em um programa de intercâmbio intensivo nos Estados Unidos que as prepara com habilidades, redes de contato e recursos para prosseguir no ensino superior e em carreiras na área da tecnologia.
Promovendo a Saúde das Mulheres e das Famílias. Quando as mulheres são saudáveis e possuem educação formal, elas são capazes de participar da força de trabalho e são mais propensas a ter filhos mais saudáveis e com instrução – acrescentando um ciclo de oportunidades ao invés de perpetuar um ciclo de pobreza. Os Estados Unidos:
• Desempenharam um papel fundamental – através do reforço dos sistemas de saúde dos países, da capacitação de profissionais de saúde e do investimento em ferramentas para salvar vidas por intermédio da Iniciativa de Saúde Global – na assistência a 16 países africanos prioritários para a redução pela metade das taxas de mortalidade materna e infantil desde 1990, redução da mortalidade materna em média de 1.065 a cada 100 mil nascimentos em 1990 para 467 em 2013, e taxas de mortalidade infantil de 190 mortes por mil nativivos para 96 em 2012. Esforços renovados para expandir o acesso ao planejamento familiar voluntário também contribuíram para aumentos na percentagem de mulheres casadas usando métodos anticoncepcionais modernos em muitos países africanos, incluindo até 50% na Libéria e na Etiópia desde 2005.
• Na África Ocidental, a USAID investiu cerca de US$ 44 milhões no ano fiscal de 2013 e está trabalhando através da Parceria Ouagadougou para alcançar um adicional de 1 milhão de mulheres com informações e serviços de planejamento familiar em 2015. A USAID planejou mais de US$ 98 milhões na África no ano fiscal de 2013 a fim de prevenir a transmissão do HIV de mãe para filho e de ajudar a fornecer acesso a tratamento ao longo da vida tanto para mães como para seus filhos.
Abordando a Violência de Gênero. A violência de gênero prejudica não somente a segurança, a dignidade, o estado geral da saúde e os direitos humanos de milhões de indivíduos que são vítimas dela, mas também a saúde pública, a estabilidade econômica e a segurança de países ao redor do mundo. Na África, os Estados Unidos:
• Investiram quase US$ 60 milhões desde 2011 para prevenir e responder à VDG na República Democrática do Congo (RDC), na Tanzânia e em Moçambique através do Plano de Emergência do Presidente para Combate à Aids, incluindo a promoção da educação de meninas para ajudar a prevenir o HIV e a VDG na RDC, o investimento em pesquisa e avaliação na Tanzânia e a melhoria da disponibilidade e qualidade dos serviços contra a VDG em Moçambique.
• Apoiaram os setores judiciais e de aplicação da lei que trabalham para melhorar o acesso à justiça para os sobreviventes da VDG. Na RDC, desde 2011 os Estados Unidos têm fornecido US$ 2,6 milhões para capacitar profissionais das áreas de saúde local, judicial e de aplicação da lei no que se refere a coletar evidências médicas para a acusação e condenação bem-sucedidas de infratores de VDG. Na Etiópia, os Estados Unidos forneceram US$ 1,2 milhão no exercício de 2012 para aumentar a capacidade das agências de aplicação da lei de investigar, processar e julgar casos relativos a casamento forçado e precoce de crianças, e a mutilação e excisão genital feminina.
• Fizeram parceria com seis países africanos desde 2009 através da parceria público-privada Together for Girls (Juntos pelas Meninas, em tradução livre) a fim de realizar levantamentos em âmbito nacional dos CCPDs sobre a violência contra crianças, construindo a base para soluções baseadas em evidências para pôr fim à violência sexual contra crianças, especialmente meninas.
• Incentivaram os homens a se tornarem parceiros na prevenção da VDG através de programas de mudança de comportamento, como na Zâmbia, onde o projeto “Boys to Men” (De Meninos a Homens, em tradução livre) – estabelecido em 2014 com US$ 2,3 milhões – tem como objetivo reduzir a aceitação social e a ocorrência de VDG através da promoção da não violência nas escolas.
• Apoiaram um estudo de 2010-2016 em Burkina Fasso, na Etiópia e na Tanzânia para avaliar a eficácia de várias abordagens para prevenir o casamento precoce e forçado de crianças, e cujas descobertas serão compartilhadas com outras regiões afetadas pela prática.
• Lançaram em 2014 a Iniciativa de Resposta e Proteção Emergencial contra a Violência de Gênero, parceria público-privada com a Vozes Vitais e a Fundação Avon, que fornece assistência emergencial a sobreviventes da VDG globalmente e coordena uma rede global de socorristas de VDG. Centros para coordenar os esforços de resposta e capacitação na África Subsaariana incluem a África do Sul, o Mali e o Quênia.

ÉBOLA/EMERGÊNCIA MUNDIAL: Passageiros oriundos de Luanda, foram ontem alvo de desinfestação à chegada a Lisboa. TAP diz tratar-se de "medida obrigatória.". AAS

URGENTE: OMS declara ébola "emergência mundial de saúde". AAS

BRINCADEIRINHA: Acusar alguém/uma publicação de cometer "crime de honra" contra o PGR en pasant Abdu Mané, só pode ser uma brincadeira de mau gosto. Muito mau gosto mesmo. E as pessoas a quem Abdu feiru na sua honra - nomeadamente o actual PR José Mário Vaz, que Abdu mandou meter na cadeia?!? E falam-me em 'crime de honra' quando o atingido é um autêntico snipper? Poupem-me, foda-se! AAS

VIDROS ESCUROS: A estratégia mudou, graças à denúncia no DC


"Boas,

A polícia agora mudou de estratégia, estão mais gentis, se o vidro for de origem já não levam o carro preso, pedem-te gentilmente para passares na esquadra e ir buscar o livre trânsito. Deu resultado, obrigado pela publicação. Abraços,

T.A."

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

ÉBOLA: Guiné-Bissau sob "perigo de alastramento", avisa UNICEF


O Representante do Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF) na Guiné-Bissau, Abubacar Sultan, advertiu esta quinta-feira, 7 de Agosto, que a Guiné-Bissau «está sob o perigo de alastramento de vírus de Ébola». O diplomata moçambicano ao serviço da UNICEF em Bissau fez esta chamada de atenção á PNN durante a cerimónia de abertura de uma formação sobre a prevenção contra o tráfico de seres humanos, destinado aos elementos da Polícia de Ordem Pública, Serviço de Protecção Civil e Guarda Nacional.

O mesmo responsável lembrou que os casos de Ébola foram diagnosticados na vizinha Guiné-Conakry e que já se alastrou para Serra Leoa e Libéria, Nigéria, para além de alguns casos mortais terem sido registados na Arábia Saudita assim como de um cidadão americano contaminado pelo mesmo vírus. «Apelo para que cada um adopte as medidas necessárias no sentido de evitar e prevenir assim como passar a informação para que a doença não se propague», disse Sultan.

A cerimónia de abertura da formação foi presidida pelo Inspector-geral do Ministério da Administração Interna, Francisco Malam Ndur Djata, que destacou a necessidade imperiosa de salvaguardar os direitos das crianças através de disposições normativas de forma a assegurar o seu crescimento físico e desenvolvimento das suas potencialidades na sociedade.

Por outro lado, este responsável adiantou ser fundamental a monitoria e troca de informação regional e internacional sobre o tráfico transfronteiriço de crianças. Durante dois dias cerca de uma centena de agentes da segurança vão abordar, entre outros temas, o quadro legal nacional e internacional com base nos princípios fundamentais de protecção das crianças, lei Número 12/2011 relativa ao tráfico de Seres Humanos, mulheres e crianças. PNN

ÉBOLA: Guiné-Bissau precisa de 600 mil euros para plano de contingência contra o surto que já matou mais de mil pessoas na África Ocidental. AAS

USA/ÁFRICA: Comunicado da Casa Branca



COMUNICADO DE IMPRENSA

CASA BRANCA
Escritório do Secretário de Imprensa
Washington, DC
4 de agosto de 2014

Investimento Compartilhado em Jovens

A África possui a população mais jovem do mundo, com aproximadamente 200 milhões de pessoas entre 15 e 24 anos de idade – um total que deverá aumentar para 330 milhões até 2034. A África também possui a população que mais cresce no mundo. Em menos de três gerações, 41% dos jovens do mundo serão africanos. Até 2050, mais de um quarto da força de trabalho do mundo será africana. Entre 2010 e 2020, a África acrescentará 163 milhões de pessoas à sua força de trabalho potencial. No século 21, a África será o único continente cuja população jovem continuará a se expandir de forma significativa. Existe uma compreensão compartilhada entre os Estados Unidos e os parceiros africanos de que o sucesso futuro das nações africanas dependerá da liderança, habilidades e inventividade dos jovens do continente.

Compromissos dos EUA para aumentar o investimento na próxima geração

Em uma reunião pública com 500 jovens líderes africanos em 28 de julho, o presidente Obama anunciou a expansão de sua Iniciativa Jovens Líderes Africanos (Yali), que foi lançada em 2010. Através da Yali, os Estados Unidos estão investindo na próxima geração de líderes africanos e comprometeram recursos significativos para melhorar as capacidades de liderança, reforçar o empreendedorismo e conectar os jovens líderes africanos entre si, com os Estados Unidos e com o povo americano. Esses novos investimentos incluirão o desenvolvimento de quatro Centros Regionais de Liderança na África, uma vasta gama de aulas e recursos on-line, e de financiamento inicial, capacitação e oportunidades de fazer networking para jovens empreendedores.
O presidente também redenominou o seu principal programa de Bolsa de Estudos Mandela Washington, em homenagem ao ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, e anunciou que a Bolsa de Estudos contemplará mil jovens líderes todos os anos até 2016.

Compromissos de governos africanos para aumentar o investimento na próxima geração

Muitos governos africanos têm se envolvido em apoiar oportunidades para jovens. Alguns assumiram compromissos de novas atividades no decorrer da Cimeira de Líderes EUA-África, ao passo que outros possuem iniciativas em vigor. Abaixo apresentamos uma lista de compromissos africanos feitos em conexão com a Cimeira de Líderes EUA-África.

• A Comissão da União Africana se empenhou em redobrar seus esforços para promover oportunidades educacionais através da Universidade Pan-Africana; para levar adiante a Carta da Juventude Africana, instando os Estados-membros a considerar o Plano Década de Ação para Jovens Africanos como um roteiro para implementação; e propor que os Estados-membros adotem a Declaração e Plano de Ação sobre Emprego, Erradicação da Pobreza e Desenvolvimento Inclusivo com um foco principal em jovens e mulheres na próxima Cúpula Extraordinária de Chefes de Estado e Governos da União Africana em Ouagadougou em setembro de 2014.

• Benim, com base na experiência bem-sucedida dos Centros de Promoção de Negócios, criou duas incubadoras de natureza empresarial que já apoiaram mais de 2.500 jovens agricultores profissionais em empreendedorismo agrícola. Além disso, Benim se comprometeu a recrutar 15 mil jovens em 2015 para preencher cargos de funcionários públicos e dedicou 20% do orçamento nacional à agricultura para ajudar a combater o desemprego entre jovens.

• Burkina Fasso acaba de anunciar um projeto de investimento em jovens envolvendo 46.800 jovens de ambos os sexos, oferecendo uma oportunidade de encontrar empregos sustentáveis no mercado de trabalho. O “Projeto de Empregos para Jovens e Desenvolvimento de Competências” (PEJDC, na sigla em inglês), de cinco anos de duração, é inteiramente financiado pelo Banco Mundial.

• Burundi estabeleceu recentemente a Agência de Empregos para Jovens, que ajudou cerca de 250 formandos do ensino médio a obter cargos permanentes ou estágios nos setores público-privado durante os últimos três anos. O Ministério da Juventude do Burundi também ajudou cerca de 3.700 jovens do Burundi a obter crédito para as start-ups (microempresas iniciantes) durante esse período. No decorrer do ano passado, Burundi organizou diversas reuniões e workshops setoriais e intersetoriais sobre questões relativas aos jovens.

• Cabo Verde expandirá seus atuais 20 centros para jovens a fim de abrir um em cada cidade e em cada ilha do país, e para expandir a estrutura de suas cartas para incluir informações sobre boas práticas e iniciativas de saúde.

• República do Congo instituiu o “Corpo de Jovens Voluntários e de Estagiários do Serviço Público” (Chantiers Jeunesse et Service Civique) que oferece aos seus voluntários uma oportunidade de fazer serviço comunitário e de participar em atividades de educação cívica enquanto constroem suas experiências profissionais como professores, enfermeiros e agricultores voluntários. O Corpo de Jovens será gerido a partir dos Centros de Jovens (“Maison de la Jeunesse”) que estão sendo construídos em todas as regiões do Congo.

• Costa do Marfim declarou 2014 o Ano do Emprego através de iniciativas especiais direcionadas aos jovens, incluindo a Competição Jovens Empreendedores e um “Prêmio Alassane Ouattara para o Empreendedor Jovem Emergente”.

• Gabão apoiou a criação do Fundo “Capacite minha Geração” da Comunidade Econômica e Monetária Centro-Africana (CAEMC, da sigla em inglês), que visa apoiar a capacitação e o emprego de jovens em setores-chave da economia.

• Guiné, em parceria com a Peace Child International (Paz às Crianças Internacional, em tradução livre) sediará o “Congresso Mundial de Jovens da Guiné” a partir de 2 de dezembro de 2014. O fórum enfatizará o desemprego entre jovens, a criação de empregos e as inovações do setor do econegócio.

• Senegal, como parte do compromisso contínuo de seu governo para com o envolvimento com jovens, o país trouxe dois de seus jovens líderes excepcionais à Cimeira de Líderes EUA-África integrando sua delegação e também incluirá os jovens líderes na delegação do Senegal na próxima reunião do G-20. O Senegal também anunciou um aumento em programas de formação profissional e de competências que visam oferecer oportunidades aos jovens.

• Seychelles possui o compromisso de liberar o potencial de seus jovens através de seu Conselho Nacional de Jovens Seychelles, e de um fundo recém-criado para apoiar jovens empreendedores a fim de estimular o emprego dos jovens. O Conselho também aderiu ao SIDS Youth AIMS Hub – SYAH (Centros Aims de Jovens SIDS), organização não governamental interinsular sediada nas Maurícias e liderada por um grupo de jovens da região que representa a sigla em inglês Aims: Atlântico, Oceano Índico, Mediterrâneo e Mar do Sul da China – para motivar os jovens a aprender e a se preocupar com o desenvolvimento sustentável. Seychelles criou um Programa de Liderança Jovem ligado à Universidade de Seychelles que visa proporcionar a jovens profissionais aspirantes dos setores público-privado um mestrado em liderança estratégica e ao mesmo tempo envolvê-los em projetos comunitários.

• Somália lançará um quadro de capacitação de jovens com iniciativas-chave em criação de empregos e representação de jovens no governo.

• Tanzânia pretende anunciar o estabelecimento de um programa "State House Fellows" (Bolsistas da Assembleia Legislativa Estadual, em tradução livre), inspirado no programa de longa data Bolsistas da Casa Branca nos Estados Unidos, para identificar, capacitar e proporcionar uma experiência de alto nível para a próxima geração de líderes da Tanzânia. Essa nova iniciativa complementa o programa que já dura há décadas Serviço Nacional da Tanzânia, através do qual milhares de jovens têm servido duas atribuições de dois anos em uma ampla gama de áreas de desenvolvimento social e econômico.

Consultar: http://iipdigital.usembassy.gov/st/portuguese/texttrans/2014/08/20140805304863.html#ixzz39j5s3LFn

ÉBOLA: Manual de instruções

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

USA/ÁFRICA: Um John Kerry embaraçado foi tradutor por uns minutos



INCIDENTES NA CIMEIRA USA ÁFRICA Depois do não de Eduardo dos Santos a Obama, Manuel Vicente embaraça vice John Kerry

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, viu-se obrigado a servir de tradutor do vice-presidente angolano, Manuel Domingos Vicente, depois de este ter resolvido falar em português antes da reunião entre os dois ontem em Washington, à margem da cimeira EUA/África que hoje termina.

“Eu sei que ele fala – estávamos a contar com o seu excelente inglês, que eu sei que fala, mas, basicamente, quer resumir ou quer que eu diga?”, diz o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, na transcrição do resumo aberto aos jornalistas que se pode ler no site do Departamento de Estado norte-americano.

“Pode”, responde o vice-presidente angolano, e Kerry, número dois da grande potência do planeta, lá continua: “O resumo mais rápido do mundo é que ele disse que estava muito contente por estar aqui em Washington com o secretário de Estado, muito contente por participar nesta conferência, que tem muita vontade de trabalhar connosco e para a permanente estabilização do continente africano. Falou sobre o crescimento e o aprofundamento e as relações económicas. E acho que este é o resumo rápido”, traduz Kerry.

A seguir pergunta, voltando-se para Manuel Vicente: “Parece-lhe bem?’” Ao que o vice-presidente angolano responde: “Está bem.”

As declarações de Manuel Vicente não eram estratégicas, nem importantes em termos de diplomacia que fosse preciso dizê-las em português para ser mais claro, eram palavras de circunstância antes de uma reunião à porta fechada, talvez por isso o protocolo norte-americano se tenha esquecido de convocar um tradutor.

Não fosse o caso de John Kerry, candidato derrotado à presidência pelo Partido Democrata e 2004, falar português – está até casado há quase 20 anos com uma portuguesa nascida em Moçambique, Maria Teresa Simões Ferreira, mais conhecida por Teresa Heinz Kerry – e o caso teria sido ainda mais embaraçoso.

Antes do embaraço, Kerry soltara elogios para Angola, recordando a sua recente visita ao país e a forma calorosa como foi recebido, aproveitou para agradecer ao presidente José Eduardo dos Santos: “Quero agradecer-lhe e ao governo de Angola pela sua cooperação extraordinária e liderança em relação ao Processo Kimberley [diamantes] e ao processo dos Grandes Lagos, com respeito à República Democrática do Congo, o M23, a FDLR e a forma de tentar resolver a crise de uma vez por todas. A sua liderança tem sido muito, muito importante”.

“O estatuto do presidente Dos Santos, a sua antiguidade na região e a sua liderança têm sido muito, muito importantes para ajudar a estabelecer os princípios que ajudaram a encontrar um caminho para essa crise, um rumo, que toda a gente entende e poderá trazer a paz” para a Região dos Grandes Lagos, acrescentou Kerry.

USA/ÁFRICA: Tudo o que precisa saber sobre a cimeira


Sigam em baixo o link para as informacoes sobre a cimeira

http://iipdigital.usembassy.gov/portuguese/#axzz39cCjweJq

A partir desse podeis consultar:

Cooperacao EUA-Africa sobre a Seguranca Alimentar;

Investimento Compartilhado na Juventude;

Engajamento dos EUA sobre as Mudancas Climaticas em Africa;

Cooperacao EUA-Africa sobre a Igualdade do Genero;


Tambem podeis ver as fotos de presidents africanos (incluindo S.Exa. Jose Mario Vaz):

https://www.flickr.com/photos/statephotos/sets/72157646159301566/

E, o video sobre a chegada de Jomav para o Jantar na Casa Branca, Washington, DC:

http://www.dvidshub.net/video/353642/arrival-his-excellency-jose-mario-vaz-white-house-dinner-us-africa-leaders-summit#.U-Fw7_ldWSo

USA/ÁFRICA: PR José Mário Vaz viajou com o seu homólogo da Mauritânia

USA/ÁFRICA: Barack Obama, Presidente dos EUA, e o seu homólogo guineense, José Mário Vaz, acompanhado das esposas Rosa Vaz e Michele Obama



Barack Obama aproveitou para anunciar investimentos em África, no valor de mais de 30 mil milhões de dólares.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Especialista considera amêndoa de caju guineense como "a melhor do mundo"


O presidente da Agência Nacional do Caju (ANCA) da Guiné-Bissau e investigador na área, Henrique Mendes, considerou hoje que a amêndoa de caju do país deve ser publicitada como "a melhor do mundo". "Do ponto de vista organolético, do sabor, do paladar, somos o número um ao nível mundial", defendeu hoje Henrique Mendes à agência Lusa, ao fazer o balanço de uma visita de quatro dias da Aliança Africana do Caju (ACA) a Bissau.

Mestre em engenharia alimentar pelo Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa, Henrique Mendes tem em discussão pública uma tese sobre segurança alimentar e produção de caju na Guiné-Bissau.

O especialista lamenta o facto de o país não estar a tirar partido do que diz ser "vantagem comparativa". "Temos uma amêndoa inteiramente orgânica que é produzida em pomares que não têm necessidade de uso de inseticidas ou pesticidas", afirmou. Uma amêndoa produzida nestas condições "vale três vezes mais" do que aquela que, durante o processo de produção, precisou de um produto químico no seu tratamento fitossanitário, sublinhou.

Henrique Mendes destacou ainda a "posição geográfica privilegiada" da Guiné-Bissau face à Europa, que é o segundo maior mercado comprador de amêndoa do caju, a seguir aos Estados Unidos. "Somos o único país produtor no mundo que em oito dias consegue fazer chegar a sua amêndoa à Europa, de barco", defendeu Mendes, enaltecendo ainda o facto de a Guiné-Bissau ser também o único país produtor cuja safra pode ser apanhada, transformada e consumida no mesmo ano.

Em termos mundiais, o presidente da Agência Nacional do Caju da Guiné-Bissau diz que o país é atualmente o quarto produtor mundial, atrás da Índia, Costa do Marfim e Vietname, mas acredita ser o primeiro em termos da qualidade da amêndoa, destacou. A Guiné-Bissau produz em média cerca de 220 mil toneladas do caju por ano.

Entre 60 a 70 mil toneladas são escoadas pelo mercado clandestino para o Senegal e o resto é vendido em circuito oficial para a Índia, indicou Mendes, que convidou as autoridades guineenses a tomarem parte na conferência mundial sobre o produto a ter lugar no Gana em novembro. Lusa

CONDENAÇÃO: Jornal 'Donos da Bola' condenado


O jornal generalista guineense 'Donos da Bola' foi hoje condenado ao pagamento de uma indemnização ao Procurador-Geral da República (PGR) e ao presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), disse à Lusa o diretor do semanário, Pedro Luca de Carvalho.

A indemnização no valor total de 1,5 milhões de francos CFA (2.287 euros) a favor dos dois magistrados foi decidida pelo Tribunal Regional de Bissau na sequência do julgamento de uma queixa-crime intentada por ambos contra o jornal. O jornal foi também condenado a pagar uma multa de 5,7 milhões de francos CFA (8.690 euros) ao Conselho Nacional da comunicação social. O PGR demissionário, Abdu Mané, e o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Paulo Sanhá, acusam o jornal de ter posto em causa a honra dos dois com uma notícia publicada no dia 15 de novembro de 2013.

Pedro Luca de Carvalho explicou à Lusa que a notícia tinha como titulo "Abdú Mane e Paulo Sanhá querem afastar José Mário Vaz (que viria a ser candidato e atual presidente guineense) da política". Vaz estava a ser investigado pela justiça num processo relativo à utilização de fundos públicos enquanto foi ministro das Finanças. O jornalista adiantou ainda que a notícia foi publicada pelo "Donos da Bola", mas a partir de um blogue que a tinha divulgado dias antes.

"Mostrámos ao tribunal que a notícia não é da nossa autoria, mas, ainda assim, o tribunal decidiu avançar com a condenação", disse Luca de Carvalho, que não concorda com a sentença, que o jornal vai contestar no tribunal de relação e "se for o caso" no STJ, afirmou.

Luca de Carvalho disse à Lusa que o jornal foi condenado por prática do crime de difamação e atentado à honra dos dois responsáveis. "Não vamos parar de fazer o nosso trabalho", sublinhou Luca de Carvalho, prometendo que na quarta-feira o jornal estará nas bancas e com relatos sobre o processo movido pelos dois magistrados. Luca de Carvalho só admite deixar de publicar se o jornal for obrigado pela justiça a fechar as portas. Lusa

VIDROS ESCUROS: Proibição já fez 'vítimas'


Tanto o Presidente da República, José Mário Vaz, como o Primeiro-Ministro Domingos Simões Pereira já retiraram as películas escuras dos seus carros. O ministro Botche Candé e o secretário de Estado Domenico Sanca, também obedeceram. Resta saber se os da fortaleza seguirão o exemplo... AAS

CRÓNICA: Passar pelos intervalos da chuva


Todos os dias, impreterivelmente, alguém atira-me com um sonoro "estás magro, pá!". Mas não estou. Quem me conhece desde sempre habituou-se a ver um gajo magrinho, um fio de azeite, um sujeito capaz até de passar pelos intervalos da chuva. Mas um gajo, digamos que... porreiro.

Agradeço a preocupação, mas não encaixo a coisa. A senhora minha Mãe viveu sempre obcecada com os meus parcos quilinhos; o senhor meu Pai (que o seu deus o tenha), gabava o meu caparro - também éramos panos da mesma banda...a Gabriela, pelo contrário, elogiava a minha ausência de barriga e os six pack e achava graça ser capaz de rodear o meu corpo apenas com um braço.

Habituei-me, portanto, a ser um gajo com aspecto de doente. Em vez de optar pelo suicídio (será a costela do Fogo?), fiz disso um estilo, ou melhor, uma personalidade - porreiro, pá! Aly Silva, um estiloso com 1 metro e 79, levitando em 60 quilos.

A vida que levo nunca ajudou: acordo e acendo logo o primeiro de 50 cigarros do dia que de certeza me vão destruir, saio de casa e avio 3 cafés de um total dos dez diários. Faço isto desde que saí da tropa, em 1989. E ainda não me cansei, e dá-me prazer. De qualquer maneira, vou passar mais tempo morto...

No que me diz respeito, fazer ginástica é uma canseira, incómodo a mais. Tomar comprimidos para o apetite pode ser perigoso (estou sozinho...), continuar a fumar 2/3 maços de cigarros por dia é, nota-se, suicídio à vista. Mas não quero ser gordo. Ao contrário dos vitoriosos sobre o estômago, admito a derrota. Mas não quero habituar-me a um novo Aly Silva. Quero continuar um tipo giro, porreiro, de olhos ora verdes ora azuis.

Quem sabe não arruíne a minha vida e os que me amam passem a detestar-me, pois não seria a mesma pessoa. É que, afinal, 60 quilos é uma...enormidade! Agora, o coração pede troco. Seja. AAS

VIATURAS COM VIDROS ESCUROS: Lei do ministro é ilegal


"Boas, antes de mais desejo te rápidas melhoras. Estou a escrever te para o seguinte: o governo na pessoa do ministro do interior, proibiu a circulação de carros com vidros escuros, aplicando uma multa ilegal de 50 mil fcfa, acontece que há duas situações, ou o vidro é assim de origem ou então o proprietário do automóvel é que decidiu escurece lo. Eu fui levado a segunda esquadra pq o meu é escuro de origem, não paguei os 50 mil mas, fizeram pagar 6 mil para me entregarem o documento de livre circulação com vidros escuros, o que no meu entender é um autêntico roubo que andam a cometer. Ainda por cima sem factura.

T.A."


NOTA: Mas o secretário de Estado Domenico Sanca não é jurista? E então, tcholona Botché di fabur...AAS

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

SAÚDE: Ministra destaca prioridades


Melhorar a assistência, a limpeza e as refeições servidas aos pacientes são as três prioridades da nova ministra da Saúde da Guiné-Bissau, Valentina Mendes, para os hospitais do país, disse a governante em entrevista à agência Lusa. "Primeiro pretendemos atacar a área da assistência e atendimento. Depois, sobretudo em Bissau, temos graves problemas de limpeza e de saneamento", referiu.

"Um terceiro aspeto é a cozinha: os grandes hospitais não confecionam uma dieta adequada para os doentes", sublinhou a governante que é médica pediatra há 22 anos e que antes de entrar no Palácio do Governo exercia no Hospital Simão Mendes - a principal unidade pública de saúde da Guiné-Bissau, mas que funciona em condições precárias. "Sou otimista, mas não vou aventurar-me aqui a dizer que num ano ou dois" as situações se resolvem, acrescentou.

"Durante esses quatro anos de governo vamos tentar melhorar" as necessidades mais urgente. "Vamos conseguir. Depois é que acho que daremos já uma resposta bem firme" em termos de saúde pública, destacou a ministra da Saúde. Valentina Mendes e os restantes membros do governo tomaram posse a 03 de julho como o primeiro executivo eleito depois do golpe de Estado de abril de 2012 e que segundo entidades internacionais encontrou um país de rastos em todos os setores.

A médica que tutela a Saúde acredita que parte da inoperância dos serviços públicos nesta área se deve aos atrasos no pagamento de salários, mas considera que a mentalidade dos funcionários também pode ser um problema. "Temos que mudar a mentalidade dos servidores de saúde. Nós jurámos dar vida e fazer o que seja necessário para que esta seja preservada", destacou a ministra. "Quando saio de minha casa para trabalhar, tenho que o fazer independentemente de me terem pago o salário ou não. Se vou para reivindicar lá no serviço, enquanto devia estar no meu posto, prefiro ficar em casa", ilustrou.

O governo já anunciou que durante o mês de agosto vai regularizar o pagamento de salários em atraso em todos os setores públicos, ponto a partir o qual a ministra acredita que o cenário poderá evoluir com diálogo entre tutela e funcionários e "responsabilizando" quem não cuida bem "da coisa pública".

A esperança média de vida à nascença na Guiné-Bissau é de 47 anos, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cujos indicadores mostram que ter saúde no país é quase um luxo. Abundam os casos de paludismo, doenças diarreicas, SIDA e há um ciclo quase estabelecido de epidemias de cólera, "o que constitui uma situação de emergência no país", refere a organização.

De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), em cada mil crianças 63 morrem com menos de um ano - uma taxa de mortalidade infantil quase 20 vezes superior à que se regista em Portugal, por exemplo. Mais de dois terços da população da Guiné-Bissau vive com menos de um dólar por dia e 65 por cento dos 1,7 milhões de habitantes não sabe ler nem escrever, de acordo com os dados da OMS e de outras agências internacionais. Lisa

domingo, 3 de agosto de 2014

DROGA: Duas guineenses expulsas de Cabo Verde


Duas cidadãs guineenses, detidas num grupo de três, apanhadas com cocaína num voo proveniente do Brasil, foram ontem repatriadas para Bissau, depois de cumprirem parte da pena a que foram condenadas por tráfico de drogas. As duas eram portadoras de documentos portugueses, e viajaram para Bissau com salvos-conduto emitidos pelo Consulado Geral da Guiné-Bissau na Cidade da Praia.

Actualmente, cerca de trinta guineenses cumprem penas de prisão, a sua maioria por tráfico de drogas e quase todos provenientes do Brasil e em trânsito por Cabo Verde com destino à Europa (Portugal e Espanha). A terceira cidadã, M., ex-mulher de um antigo combatente, depois influente político guineense, do PAIGC, ainda cumpre pena na cadeia central no interior da ilha de Santiago e será igualmente expulsa. AAS

Campeonatos Iberoamericanos Brasil 2014


O velocista guineense Holder da Silva não passaou das meias finais dos 100 metros planos, tendo perdido o acesso à final por escassos 6 centésimos. Entretanto, foi o melhor qualificado dos palop nesta competição. Ontem também foi eliminado na prova dos 200 m (que lhe deu o ouro nos jogos da lusofonia) após ter ficado em 4º lugar na sua série, onde só se apuravam os 3 primeiros de cada.

Holder sofreu uma forte queda no início do mês passado, numa competição em Espanha, queixando-se de dores na perna direita até então. A Guiné Bissau também estará representada nos campeonatos de africa de atletismo de 10 a 14 em Marrocos onde o Holder participará por ter-se qualificado directamente.

sábado, 2 de agosto de 2014

ANP: Cipriano Cassamá diz que a casa do Povo "padece de males"


CIPRIANO CASSAMA, PESIDENTE DA ANP: Só com a força unida de todos será capaz de ultrapassar os males

O Presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau (ANP) reconheceu esta quinta-feira, 31 de Julho, que a instituição que dirige «padece de males» e que só a força unida de todos os seus deputados será capaz de ultrapassar tais males. Falando a PNN durante a abertura de sessão extraordinária, Cipriano Cassamá apelou à união dos deputados nesta nona legislatura para vencer os desafios que herdaram.

Cassamá anunciou que em Novembro, no início da sessão ordinária da IX Legislatura, serão debatidos, entre outros assuntos, a tão controversa «Lei de amnistia» para a qual pediu uma atenção, meditação e ponderação por parte dos deputados da nação. “Cada um deve reflectir se é a amnistia que vai consolidar a paz e a estabilidade, meditem e assumamos a nossa responsabilidade” disse Cipriano Cassamá garantido que os parlamentares farão desta legislatura uma legislatura de sucesso.

O Presidente da ANP garantiu também que os deputados vão lutar para uma estabilidade política e social onde reine um clima entendimento e de bom senso, acrescentando que a mulher e homem guineense precisam de sossego para debelar os sofrimentos em que vivem neste momento em todo o país.

O governo de transição já tinha apresentado no mês de Setembro de 2013 uma proposta referente à Lei de Amnistia a qual foi reprovada com 40 votos a favor, 25 contra e 7 abstenções. Esta lei impunha que fosse aprovada com um mínimo de 51 votos a favor, o que não foi o caso, no universo de 72 deputados presentes o hemiciclo na altura. Na sessão desta quinta-feira foi escolhido o deputado Amizade Farã Mendes como presidente do Conselho de Administração da Assembleia Nacional Popular. PNN

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

GALÕES: Ministra proibe uso de farda a militares que não estejam em serviço


A Ministra da Defesa Nacional, Cadi Seidi, anunciou esta terça-feira, 29 de Julho, que qualquer militar que não esteja em serviço não pode envergar o uniforme militar fora dos quartéis ou na via pública. A decisão da responsável da pasta de Defesa Nacional foi manifestada à PNN durante uma visita aos quartéis da capital guineense com o objectivo de se inteirar da real situação em que se encontram estas unidades assim como das condições em que vivem os militares.

«É uma orientação digna, e cabe a nós fazer circular esta informação através do Estado Maior General das Forças Armadas. Assim como informar todos os militares que estamos numa situação de paz por isso temos de saber quando e em que sitio utilizar o uniforme militar. É apenas cumprir aquilo que está prescrito na lei», disse Seidi. PNN

JULGAMENTO/IMPRENSA: O Director do semanário “Donos da Bola”, Pedro Lucas de Carvalho, foi acusado hoje pela justiça guineense de ter cometido um “crime de imprensa e de honra” contra Abudu Mane e Paulo Sanha, respectivamente o demissionário Procurador-geral da República e o actual Presidente do Supremo Tribunal de Justiça. AAS

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Presidente da República José Mário Vaz viaja amanhã para assistir à tomada de posse do presidente da Mauritânia, e depois segue para a cimeira EUA/ÁFRICA, nos Estados Unidos da América. AAS

Bolsas de estudo Mandela Washington para jovens líderes africanos


Hoje, perante 500 extraordinários jovens líderes, o presidente Obama anunciará a redenominação da Bolsa de Estudos Washington para Jovens Líderes Africanos em homenagem a Nelson Mandela. Ele também anunciará que os Estados Unidos pretendem dobrar o número de participantes anuais na Bolsa de Estudos Mandela Washington para mil até o terceiro trimestre de 2016.

A Bolsa de Estudos Mandela Washington é o principal programa da Iniciativa Presidencial Jovens Líderes Africanos (Yali) e incorpora o compromisso do presidente Obama de investir no futuro da África. A primeira turma da Bolsa de Estudos Mandela Washington chegou em junho de 2014 para seis semanas de capacitação intensiva em liderança executiva, networking e desenvolvimento de competências, seguidos de uma Cúpula Presidencial em Washington, DC. Por meio dessa iniciativa, os jovens líderes africanos estão adquirindo habilidades e conexões de que precisam para acelerar suas próprias trajetórias de carreira e contribuir de forma mais enérgica para o fortalecimento de instituições democráticas, fomentando crescimento econômico e reforçando a paz e a segurança na África.

Selecionados dentre 50 mil inscrições, os 500 bolseiros Mandela Washington representam a promessa extraordinária de uma geração emergente de empresários, ativistas e funcionários públicos. Os bolseiros Mandela Washington têm entre 25 e 35 anos de idade; possuem um histórico comprovado de liderança numa organização pública, privada ou cívica; e demonstram um forte compromisso para contribuir com suas habilidades e talentos para construir e servir suas comunidades. A primeira turma de bolseiros representa 49 países da África Subsaariana e inclui números equivalentes de homens e mulheres. Apesar de serem jovens, mais de 75% dos bolseiros já trabalham num cargo de nível médio ou executivo, e 48% possuem diploma universitário. Atualmente, 25% dos bolseiros trabalham numa instituição não governamental e 39% deles conduzem o próprio negócio. Quase todos os bolseiros são os primeiros na família a visitar os Estados Unidos.

Os bolseiros Mandela Washington chegaram aos Estados Unidos em junho de 2014 e estudaram em universidades americanas cotadas entre as 20 melhores. Seu currículo acadêmico e formação em liderança executiva de seis semanas se concentraram em uma de três áreas: negócios e empreendedorismo, liderança cívica ou gestão pública. O currículo universitário formal foi incrementado com workshops, mentoreamento e oportunidades de fazer networking com líderes em seus campos de atuação.

Hoje, os bolseiros Mandela Washington se reunirão em Washington, DC para uma Cúpula Presidencial e uma reunião pública. Nos próximos três dias, os bolseiros continuarão a engajar com líderes dos setores públicos e privados, e entre si. Após a Cúpula, 100 bolseiros permanecerão nos Estados Unidos para participar de estágios de oito semanas com mais de 80 organizações não governamentais (ONGs) americanas, empresas privadas e escritórios governamentais.
Investindo em oportunidades no Continente.

O governo dos EUA está a trabalhar com empresas, governos e ONGs para criar oportunidades profissionais em curso e recursos para prestar apoio a esses jovens líderes quando voltarem para os respectivos países.

• Desenvolvimento profissional: o governo dos EUA está garantindo mais de 200 estágios e colocações profissionais para a Bolsa de Estudos Mandela Washington em empresas privadas, ministérios, institutos de pesquisa, organizações multilaterais e organizações sem fins lucrativos e de base comunitária no continente. Os bolseiros serão colocados em estágios em empresas do setor privado como a Microsoft e em ONGs globais como a Partners for Democratic Change (Parceiros por uma Mudança Democrática).

• Mentoreamento: os bolseiros formarão par com mentores – líderes da indústria dos setores público-privado e sem fins lucrativos, incluindo de grandes empresas internacionais e organizações dos EUA que operam na África – que orientarão e apoiarão os bolseiros enquanto buscam colocar em prática as lições e as habilidades adquiridas através da experiência da bolsa, planejam metas profissionais de curto e longo prazo e crescem profissionalmente após retornar para a África.

• Financiamento inicial: os bolseiros Mandela Washington terão acesso a financiamento específico para apoiar suas ideias, negócios e organizações, e para realizar projetos conjuntos visando melhorar suas comunidades. Mais de US$ 5 milhões em pequenas subvenções serão concedidas nos primeiros três anos pela Fundação para o Desenvolvimento Africano aos bolseiros Mandela Washington que tenham a intenção de iniciar ou melhorar seus negócios ou empresas sociais. Além disso, os bolseiros terão condições de atrair financiamento para seus empreendimentos e projetos através da plataforma específica Yali de crowdfunding (financiamento coletivo via web) do Rocket Hub (Centro Rocket, em tradução livre).

• Contribuição à comunidade: O Departamento de Estado investirá um adicional de US$ 5 milhões nos próximos três anos para ajudar os bolseiros a estabelecer ou a expandir suas próprias ONGs, a empreender projetos para melhorar suas comunidades, ou a trabalhar de forma colaborativa para construir a rede de jovens líderes africanos, inclusive em regiões carentes. Os bolseiros atuarão como mentores para outros jovens africanos em oito Connect Camps (Campos de Conexões), onde usarão tecnologia para promover o bem social e o envolvimento comunitário.

• Alavancando investimentos já existentes do governo dos EUA: a USAID alavancará mais de US$ 350 milhões em programas já existentes para jovens e desenvolverá iniciativas para conferir aos bolseiros acesso a uma ampla gama de assistência e ajuda. Por exemplo, mediante a Iniciativa Alimentar o Futuro, os bolseiros em países específicos se beneficiarão de programas de capacitação e estágios adaptados.
Mantendo uma rede forte

As Embaixadas dos EUA fornecerão recursos e apoio para garantir que os bolseiros Mandela Washington permaneçam conectados através de associações de ex-alunos existentes nos países e de atividades de serviço comunitário. Os bolseiros terão acesso a kits de intercâmbio virtual (personalizados para uma ampla gama de ambientes de banda larga) a fim de manter conexões fortes de volta com os Estados Unidos e ampliar sua experiência para outros jovens africanos. Finalmente, o governo dos EUA organizará regularmente eventos locais e regionais, e oportunidades de fazer networking para sustentar laços profundos com esses bolseiros dinâmicos ao longo dos próximos anos.
Instituições académicas:

• Universidade Clark-Atlanta
• Faculdade Dartmouth
• Universidade Northwestern
• Universidade de Notre Dame
• Universidade do Texas em Austin
• Universidade de Wisconsin – Stout
• Universidade de Yale
• Universidade Estadual do Arizona
• Universidade de Rutgers, a Universidade do Estado de Nova Jersey
• Universidade Tulane
• Universidade da Califórnia, em Berkeley
• Universidade de Delaware
• Universidade da Virgínia/Faculdade William e Mary
• Faculdade Wagner
• Universidade Internacional da Flórida
• Universidade Howard
• Universidade Estadual Morgan
• Universidade de Syracuse
• Universidade do Arkansas
• Universidade de Minnesota

Consultar: http://iipdigital.usembassy.gov/st/portuguese/texttrans/2014/07/20140730304631.html#ixzz392B85BUo

TAP: Guiné-Bissau admite retirar exclusividade à companhia aérea portuguesa


O primeiro-ministro da Guiné-Bissau admitiu a possibilidade de abrir à concorrência a rota aérea entre a capital do país e Lisboa, explorada exclusivamente pela TAP Air Portugal. "A única forma de influenciarmos os bilhetes é promovendo a concorrência. Temos que ser capazes de pensar nisso, temos que ser capazes de criar alternativas", referiu Domingos Simões Pereira numa conferência de imprensa em que foi confrontado com queixas de clientes da companhia aérea portuguesa.

Os governos de Portugal e da Guiné-Bissau assinaram na segunda-feira um protocolo na área da segurança que permite à TAP reativar a rota a partir de 28 de Outubro - depois da suspensão por força do embarque forçado em Bissau de 74 passageiros ilegais em Dezembro.

Algumas queixas colocadas até então prendiam-se com o elevado preço dos bilhetes entre Lisboa e Bissau (a rondar os mil euros por cada passagem de ida e volta, para uma viagem de pouco mais de três mil quilómetros, inferior a quatro horas), assim como com os horários.

Tais questões "são do âmbito estritamente empresarial: isso compete à TAP" e o governo só pode intervir promovendo "a concorrência" no espaço aéreo, referiu Simões Pereira. "Assinámos o acordo, mas o nosso secretário de Estado dos Transportes e Comunicações continua em Portugal e está em reuniões de trabalho com o seu homólogo, a passar em revista um conjunto de questões", sublinhou o chefe de governo guineense.

A exploração da rota Bissau - Lisboa - Bissau "faz-se ao abrigo de um acordo aéreo" entre os dois Estados e "é por isso importante que as autoridades façam a revisão desse contrato para se poder aproximar dos padrões universais", sublinhou Simões Pereira. No acordo, a exploração pertence à TAP e caberia a uma transportadora guineense, que na prática não existe.

"Ao falarmos da retoma dos voos da TAP, também estamos a falar do interesse do governo da Guiné-Bissau em exercer os direitos que lhe assistem de explorar essa mesma rota", acrescentou. Segundo Domingos Simões Pereira, trata-se de um tema que está "na agenda" do governo, com várias opções a equacionar. Lisa

quarta-feira, 30 de julho de 2014