domingo, 4 de abril de 2010

sábado, 3 de abril de 2010

Alô Procuradoria-Geral da República: Peçam às Finanças o mapa dos pagamentos do mês de Janeiro...

AAS

Jomav!, Jomav!, Jomav!

Caro Aly,

"O Todo-Poderoso ministro das Finanças (Jomav) no dia da sua fuga
ordenou os seus serviços (especialmente o Tesouro) que limpassem todas
as despesas não tituladas (DNT e mais sujidades) que ele fez nos
últimos tempos e que não podiam sair sem cumprir as suas ordens, e os
coitados tiveram que trabalhar ate a 1 da manhã, enquanto o Jomav
pegava no voo da TAP daquela madrugada com destino a Lisboa, levando
consigo mais de 13 milhões de FCFA que estavam nos cofres do Tesouro,
deixando para trás os seus homólogos francofonos da UEMOA - ministros
das finanças, directores de bancos, etc, a mercê das suas sortes.
Coitados, estavam todos no BCEAO com o Director Nacional (DN) no dia
seguinte (dia 1) aflitos cada um com o seu telemovel a falar com o seu
familiar. Pobre do DN, como o anfitrião da festa (Jomav) fugiu, ajudou
a acalmar os hospedes com esperança de que tudo vai passar.
"

NOTA: Jomav, será que me pode trazer um Nokia E61? É que o meu telefone avariou-se de vez, como o Zamora... 13 milhões sempre são 13 milhões...ou não? AAS

01 de Abril, 09h da manhã: quatro militares armados invadiram a residência do Presidente da Assembleia Nacional Popular, Raimundo Pereira... AAS

AAS

Desculpas NÃO aceites. Levem o António Indjai a Tribunal!!!

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AAS

Apelo dramático da viúva do Presidente 'Nino' Vieira

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Isabel Romano Vieira
Viúva de João Bernardo Vieira

Sua Excelência
Dr. Raimundo PEREIRA
Presidente da Assembleia Nacional
Popular da República da Guiné-Bissau

Bissau Guiné-Bissau

Bruxelas, 2 de Fevereiro de 2010


Senhor Presidente da Assembleia Nacional Popular,

Excelência,


Por intermédio de Vossa excelência, dirijo-me a essa augusta Assembleia, em que têm assento os ilustres representantes do Povo da Guiné-Bissau.

Passaram-se já doze meses sobre o selvagem assassinato do Presidente da República, depois de lhe terem infligido as mais horríveis torturas, sem que até hoje ninguém tenha sido inculpado por esse feito de tamanha gravidade e que interpela a comunidade internacional

O Senhor Presidente sabe, tanto como eu, de que maneira esse facto afecta negativamente a imagem da Guiné-Bissau, tida como um país em que se permite que na mais completa impunidade se viole o domicílio de um Chefe de Estado em pleno exercício das suas funções para o torturar e assassinar sem que ninguém venha em seu socorro. Um país onde os assassinos do Chefe de Estado passeiam na rua sem serem incomodados ou detidos.

O que significa que o nosso país é impotente ara fazer aplicar a Justiça.

Não creio que, com uma tal imagem, o nosso país possa continuar a atrair e a inspirar segurança ao investimento estrangeiro e ao turismo.

Nós achamos, os meus filhos e eu, que é mais do que tempo para que o inquérito chegue ao seu termo e permita enfim punir não apenas os autores deste crime ignóbil mas também todos os que deram prova de negligência grave na protecção do Chefe de Estado.

Foi constituída uma comissão internacional de inquérito, um novo Procurador Geral da República foi nomeado na Guiné-Bissau, mas continuamos a não vislumbrar quaisquer sinais de progressos do inquérito, seja ele nacional ou internacional.

Nós pensamos que essa Assembleia Nacional está particularmente consciente da vergonha que esse facto lançou sobre o país, considerado um lugar sem justiça pelos mais bárbaros crime nele praticados. Essa Assembleia que deveria ser a primeira a querer limpar essa imagem de barbárie.

Na esperança de que o Senhor Presidente saberá encontrar a força ara exigir que seja feita Justiça e que seja restituída ao Povo a garantia de poder viver pacificamente num Estado de Direito credível,

Creia-me, Senhor Presidente da Assembleia Nacional Popular, com elevada consideração

Isabel Romano Vieira, viúva do General João Bernardo Vieira
"

É mesmo... Muitaboba!!!

"Amigos,

Li um artigo e fiquei deveras surpreendido com as declarações do chefe da missão da ONU na Guiné-Bissau:

Joseph Mutaboba, the UN Secretary General's Special Representative in Bissau:

“Recurring military intervention in politics is the result of constantly changing alliances. He says everyone in Guinea-Bissau wants to be the boss. Everyone wants to be a minister. Everyone wants to be an ambassador. Everyone wants to be something. Everyone wants to become what they can never become. He says there is too much demand and not enough vacancies in such a small country.”
Source: VOA

Tradução:

“A constante intervenção militar na vida política é o resultado das constantes mudanças das alianças. Na Guiné-Bissau todos querem ser chefes. Todos querem ser ministros. Todos querem ser embaixadores. Cada um quer ser alguma coisa. Todos querem transformar-se naquilo que nunca podem ser. Diz que há demasiada procura [no Mercado de trabalho] mas poucas ofertas num pequeno país.”
Fonte: VOA

Minha Observação:

Estará o Representante das Nações Unidas a insinuar que todas as movimentações militares na Guiné-Bissau são frutos de alianças políticas? Se este é o caso, porque é que não diz isto às Nações Unidas e ao Conselho da Segurança? Os vossos relatórios não são frontais, mas as suas declarações são.

Quanto à questão de cada um querer ser alguém, pergunto então ao Sr. Representante das Nações Unidas: As pessoas não têm o direito de sonhar e de prosseguir os seus sonhos?” O senhor está a advogar o conformismo? Como explica o Sr. a inabilidade das Nações Unidas mediarem o caso de Bubo Na Tchuto durante três meses? Conformismo ou ineficácia?

Concordo, no entanto, de que a via militar não deve constituir o meio de se chegar ao poder. Mas, se não me engano, tem sempre havido eleições livres e justas na Guiné-Bissau, o que quer dizer que os nossos “chefes, ministros, embaixadores…” são frutos de um exercício democrático – isto a fazer fé nos relatórios das organizações como a ONU que têm declarado as eleições da Guiné-Bissau como “livres, justas, transparentes e democráticas”. E as eleições têm os seus resultados – as nomeações de chefes, ministros, diplomatas…

O que eu saiba – com a exepção do governo de unidade nacional em 1999 após a guerra civil -- não tem havido levantamentos militares resultantes em nomeações de pessoas para cargos civis e públicos na Guiné-Bissau. Esses levantamentos têm beneficiado sobretudo (e unicamente) a classe militar. Mas também como esses privilégios são “short-lived” (de curta duração) – como tem mostrado a história recente na Guiné-Bissau, as alianças de que fala não devem interessar a ninguém. Aqui refiro-me aos políticos sérios, não aqueles que só aparecem nas alturas das eleições.


O que tem faltado na Guiné-Bissau é uma visão clara por parte da ONU e por parte dos nossos dirigentes. Cada vez que aparecem oportunidades para se fazer algo, elas acabam por ser desperdiçadas. Ao fim do dia, dizem-nos que “tudo está bem, tudo está sob o controlo.” Ah sim? Então revejamos os acontecimentos: Guerra de 1998-99, o assassinato de Ansumane Mané, o assassinato de Veríssimo Seabra, o assassinato de Tagme Na Waie, o assassinato de Nino Vieira, os assassinatos de Helder Proença e de Baciro Dabó … Será que tudo está realmente bem?


Há meses atrás, a chefia militar guineense recusou a ideia de uma força militar de manutenção na Guiné-Bissau. Disseram-no na altura que “estava tudo bem” e que era impensável contemplar o envio das tropas da ONU para o nosso país. Gostaria de saber o que pensam agora!

Pensem amigos, pensem!

Abraços,
Umaro Djau
"

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Recados

"Aly Silva,

Obrigado por nos manter sempre informados de diferentes situações que acontecem no nosso país. Eu sempre defendo que as pessoas devem ser reconhecidas pelo bom trabalho que fazem. O próprio reconhecimento é um aspecto de incentivo e de encorajamento, sabendo que o que faz não é em vão! Aly, o Sr. está a fazer um BOM trabalho! Que DEUS o proteja!

Ao presidente, Malam Bacai Sanhá

Sua Excelência Sr. Presidente da República, veio mais uma vez provar-nos que é um homem de paz, determinado e corajoso, ao contrário do que algumas pessoas dizem...
Se não fosse a sua sábia intervenção podia haver, ontem, um banho de sangue no país.
Obrigado Sr. Presidente! Estamos consigo!


Ao Primeiro-Ministro Carlos Gomes Júnior

Deixo aqui a minha palavra de apreço ao primeiro-ministro pelo trabalho que tem feito em prol de dar um novo rumo ao país. Na certeza de que não vamos nunca aceitar entregar o país aos narcotraficantes. Continue a liderar o Governo! Estamos consigo! Há sem dúvida pessoas que estão interessadas em que haja um Governo que feche os olhos a corrupção e ao narcotráfico...Nunca vamos permitir isso! Força! Mas uma coisa, o Governo fez uma má gestão do caso Bubo Na Tchuto!


Ao CEMGFA-José Zamora Induta

Espero que não seja tocado! Estou consigo porque foi designado pelas vias legais, se alguém o acusar de alguma coisa que seja resolvido nos tribunais.

Ao PGR-Amine Saad

Força, está a fazer um óptimo trabalho!

Aos perturbadores

Estamos fartos de violência na Guiné! Num mundo civilizado, os problemas resolvem-se pela força da razão e não pela razão da força! São uns cobardes e desnorteados...Bolas!!!


D.A.Yalá
Lisboa
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'Adoro: aquele chão, aquele cheiro, o som calmo das manhãs e o cantar de miríades de pássaros e outros chilreios...'

"Caro amigo

Permita-me que o trate assim. Sou um jovem de 62 anos e andei como todos os jovens da minha idade, na Guerra Colonial. Ao meu irmão mais velho, tocou-lhe ir para Angola. Eu fui para a Guiné. Para essa Guiné tão linda e tão maltratada. Para essa Guiné que considero a minha segunda Pária. Sou Português, nado e criado no Norte, numa pequena cidade de nome Vizela que também lutou pela sua liberdade.

Estive na Guiné e lá voltei 25 anos depois. Costumo dizer a todos os meus amigos que esse regresso(embora só por dez dias) foi a coisa melhor que me aconteceu em termos de férias. Adoro aquele chão, adoro aquele cheiro, adoro o som calmo das manhãs e o cantar de miríades de pássaros e outros chilreios. E por isso me dói, me dói imenso, quando vejo irmãos, que um dia se levantaram em armas, percorrendo um só caminho na ânsia de libertação, lutarem entre si.

Basta de mortes. Basta de sangue derramado. É tempo de os filhos da Guiné se entenderem. É tempo de enterrar ódios e esquecer divergências. É tempo de harmonia. O futuro assim o exige. Os filhos que estão a nascer assim o exigem. Respeite-se o seu futuro.

Um abraço amigo, parabéns pela coragem e um muito obrigado pelas noticias "na hora", lúcidas e atentas.

Cumprimentos

Júlio César Cunha Ferreira
"

NOTA: Obrigado. AAS

Malam Bacai Sanhã - frases de ontem

Assim que soube do levantamento militar de ontem, 1 de abril, o Presidente da república levantou-se e tomou as rédeas, segurando a tropa. Depois, começou a poupar vidas.

Malam Bacai Sanhá, mostrou que tem autoridade. Dirigiu-se ao vice-CEMGFA António Indjai: "Isto é um disparate. Mande libertar imediatamente o Primeiro-Ministro, e ai de si se acontece alguma coisa ao CEMGFA, Zamora Induta". Quem assistiu, garantiu-me que António Indjai tremia que nem uma vara verde e até respondia ao PR com um «sim, Pai».

Malam Bacai Sanhá disse mais. Disse o que lhe deu na real gana e o que lhe apeteceu. Afinal, o PR sabe estar no lugar de Comandante-em-Chefe das Forças Armadas guineenses: «Durante o meu mandato, não haverá derramamento de sangue neste País, ouviu bem?». «Sim, Pai» - era a resposta do António Indjai.

Depois, Malam Bacai Sanhá mandou ao fim da tarde uma delegação a Bissalanca. Chefiada por Mário Cabral, um dos seus conselheiros, integrava ainda Octávio Lopes, Conselheiro para os Assuntos Jurídicos e Constitucionais do PR, o seu Chefe da Casa Militar e aida um coronel em representação do vice-CEMGFA, António Indjai. Mais um resultado positivo: Zamora Induta está bem e nunca foi maltratado. «Ouviu umas bocas desagradavéis, apenas e nada mais do que isso, o que, em certa medida e atendendo às circunstâncias, não foi de estranhar» - garantiu a fonte do DC.

Hoje, Bacai Sanhá reuniu-se em separado com o Procurador-Geral da República, Amine Saad, com a Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Maria do Céu Silva Monteiro e com o Primeiro-Ministro Carlos Gomes Júnior.

Cadogo insiste que continuará como Primeiro-Ministro porque foi eleito pelo povo. Contudo, há um problema: é o PM quem indica e propõe ao PR o nome para a chefia das forças armadas. Que nome indicará Cadogo? Será o de António Indjai, que disse que o ia matar? E se não indicar o nome deste, como será? AAS