segunda-feira, 2 de setembro de 2013
Comandante Pedro Pires - “Não vou enganar ninguém, e a minha opinião é que é fundamental uma mudança na atitude dos militares guineenses, que os princípios do Estado de Direito prevaleçam e que as Forças Armadas se limitem às suas atribuições de protecção e defesa da soberania nacional deixando os outros órgãos do Estado fazer o seu papel sem estarem condicionados por aquilo que pensam, desejam ou fazem os militares”
Pedro Pires admite mediar conflito na Guiné-Bissau se for desejado
Eu não entrarei num processo onde não tenho a certeza de que a minha presença será bem interpretada”, afirmou Pedro Pires em declarações a este jornal, acrescentando que, “há muita gente que compreenderia e aceitaria tal mediação, mas há outras que poderiam levantar certas reservas”.
Para o antigo chefe de Estado cabo-verdiano, que concluiu no final da semana passada uma mediação da União Africana (UA) na Tunísia visando o regresso daquele país à normalidade constitucional, o seu envolvimento numa missão do género na Guiné-bissau teria que contar com a anuência prévia de todas as partes envolvidas.
“Conheço a atitude e os sentimentos dos guineenses em relação à minha pessoa e conservo imensos amigos naquele país, mas nunca farei nada que não seja desejado tanto pelos actores políticos como pelas Forças Armadas”, asseverou, garantindo que nessa matéria “não tomaria nunca a iniciativa” que teria de partir de outras entidades interessadas.
Neste leque, Pedro Pires inclui a Comunidade Económica do Estados da África do Oeste (CEDEAO), a Comunidade dos Povos de Língua Portuguesa (CPLP) e a União Africana (UA), organizações internacionais que, segundo o antigo dirigente do partido que governou a Guiné Bissau e Cabo Verde, “têm a obrigação de tudo fazer para ajudar nesse processo”.
Instado a apreciar a actual situação política, militar, económica e social na Guiné-bissau, Pedro Pires considerou ser “urgente” uma mudança de fundo para que o país possa reencontrar a estabilidade e o caminho do desenvolvimento. “Não vou enganar ninguém, e a minha opinião é que é fundamental uma mudança na atitude dos militares guineenses, que os princípios do Estado de Direito prevaleçam e que as Forças Armadas se limitem às suas atribuições de protecção e defesa da soberania nacional deixando os outros órgãos do Estado fazer o seu papel sem estarem condicionados por aquilo que pensam, desejam ou fazem os militares”, defendeu o comandante de brigada.
Para o antigo presidente cabo-verdiano, a principal condição para aquele país lusófono regressar definitivamente à normalidade constitucional é o entendimento desta realidade por parte dos militares, que “não podem reclamar para si funções políticas porque não são órgãos eleitos”. Nesta perspectiva, assegura Pedro Pires, “é a vontade popular que deve comandar os destinos da Guiné-bissau e não uma pseudo legitimidade histórica, porque ela não existe”. Antigo combatente da luta de libertação dos dois países, que teve como palco físico o território guineense, Pedro Pires foi um dos principais dirigentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
Comandante de brigada, foi, posteriormente, primeiro-ministro de Cabo Verde durante o período de Partido Único (de 1975 a 1990) e eleito democraticamente Presidente da República do arquipélago, cargo no qual cumpriu os dois mandatos de 5 anos constitucionalmente permitidos (de 2001 a 2011). Desde que deixou as funções de chefe de Estado, Pedro Pires, distinguido em 2010 com o Prémio Mo Ibrahim, que premeia a boa-governação nos países africanos, tem-se dedicado, entre outras acções, a missões de paz e de busca da estabilidade em vários pontos do continente, por solicitação da União Africana e de outras organizações internacionais. O País/Angola
sábado, 31 de agosto de 2013
Assassinato de cidadão natural da Guiné-Bissau, na cidade da Praia
Notícia do jornal 'A Semana'
O empresário Emanuel Spencer, 47 anos, sócio-fundador de várias empresas do grupo Spencer em Santo Antão, foi encontrado sem vida na manhã deste sábado, 31, na sua residência no Palmarejo, cidade da Praia. As causas da morte ainda estão por apurar, mas notícias não confirmadas apontam para um ajuste de contas ligado ao narcotráico.
As informações ainda são escassas, mas a Polícia Judiciária já está no terreno para apurar as causas da morte do engenheiro que recentemente se mudou para a Praia, onde pretendia sediar os seus negócios.
Segundo fontes deste Jornal, Emanuel Spencer foi encontrado morto em sua própria cama, com mãos e pés amarrados. Supostamente os seus assassinos terão usado o próprio colchão para o asfixiar até a morte. Segundo consta, dois indivíduos terão ido à sua casa na noite desta sexta-feira e tocado a campainha. Após se identificarem, o próprio Emanuel Spencer terá dado ordens ao porteiro para os deixar subir. E eles terão ficado um largo tempo com ele, inclusive nesse interim chegou uma terceira pessoa querendo contactar Spencer, mas este a terá despachado dizendo que estava ocupado numa reunião. Passadas horas as duas pessoas voltaram a sair normalmente, o porteiro não desconfiou de nada. Só manhã deste Domingo é que Spencer seria encontrado morto em sua própria cama, com os pés e mãos amarrados.
A PJ apura agora as ligações de Spencer com o conhecido chefe do narcotráfico Djoi, para hipotéticas teses sobre acerto de contas ou dívidas como causa deste suposto caso de assassinato. As marcas de Emanuel Spencer estão espalhadas em quase todos os cantos da ilha de Santo Antão, sendo as mais visíveis nos sectores da construção civil, turismo e imobiliária.
Actualmente, o grupo Spencer emprega cerca de 350 trabalhadores na ilha das montanhas, mas desenvolve negócios também nas ilhas de São Vicente e Santiago. Além-fronteiras realizava trabalhos no sector da construção na Guiné Bissau e em Angola. A Semana
Nôs Komandanti
Foi apresentado ontem publicamente na cidade da Praia, Cabo Verde, o Instituto Pedro Pires para a Liderança. O Instituto, criado pelo antigo presidente de Cabo Verde, Pedro Pires, tem o propósito de contribuir para a consolidação do processo de desenvolvimento de Cabo Verde através da formação e capacitação para a liderança e participação cidadã.
Entre as primeiras actividades a serem realizadas pelo instituto está um curso de capacitação para a liderança e inovação na gestão do desenvolvimento, organizado em parceria com a Escola de Negócios e Governação, a Bridgewater State University dos Estado Unidos e o Centro de Políticas Estratégicas. O Instituto Pedro Pires vai ser presidido pelo seu Fundador, terá duas administradoras e conta igualmente com a orientação de um Conselho Consultivo formado por especialista em várias áreas. Redacção RCV
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
ÚLTIMA HORA - Espancamento do Masta Tito: Liga dos Direitos Humanos reage
A Liga Guineense dos Direitos Humanos foi surpreendida no inicio da noite desta Quinta-feira com mais um episódio de rapto e espancamento, desta vez a vitima foi o musico de intervenção Tito Marcelino Morgado vulgarmente conhecido por Masta Tito.
A vítima foi raptada por indivíduos à paisana e conduzido numa viatura dupla cabine de cor branca, sem chapa de matrícula, para um lugar desconhecido, onde foi fortemente espancado durante mais de duas horas e depois abandonado no Bairro de Ajuda, próximo da sua casa, com sinais evidentes de espancamento nas costas.
Este acto bárbaro contra cidadãos indefesos e que vem sendo recorrente nos últimos tempos, revela claramente o estado de caos e de insegurança em que a Guiné-Bissau está mergulhada, perante um olhar impotente das autoridades tanto judiciarias como administrativas.
As forças de segurança devem assumir as suas responsabilidades constitucionais de garantir segurança aos cidadãos, de forma a assegurar uma convivência pacífica entre as pessoas.
Pelo exposto, a Direcção Nacional da Liga Guineense dos Direitos Humanos delibera o seguinte:
Condenar veementemente este acto cruel e cobarde que põe em causa os princípios fundamentais sobre os quais assenta o Estado guineense.
Exigir da polícia judiciária a abertura de um inquérito sério e responsável com vista a apurar os autores morais e materiai deste crime hediondo.
Manifestar a sua solidariedade para com o Masta Tito encorajando-o a prosseguir com a sua luta pelo respeito da dignidade da pessoa humana.
Feito em Bissau aos 30 dias do mês de Agosto 2013
Pela Paz, Justiça e Direitos Humanos
Direcção Nacional
ÚLTIMA HORA - ESPANCAMENTO do MASTA TITO: O rapper está num local seguro, com fortes dores, mas sem segurança nem apoio médico. Organizações da sociedade civil estão a tentar mobilizar a UNIOGBIS para resgatar o músico de intervenção. A Liga Guineense dos Direitos Humanos está a acompanhar tudo no terreno. AAS
António Indjai: Um nome que incomoda
Realizou-se nos dias 28 e 29 do corrente, em Dakar, no Senegal, uma importante reunião dos CEMGFA da CEDEAO. O general António Indjai - EUA oblige - não foi sequer convidado. E o assunto era...ele! A CEDEAO, de acordo com uma fonte diplomática, considera-o um entrave ao reconhecimento internacional da Guiné-Bissau, e a sua última intervenção (onde acusou dois agentes de Cabo Verde de terem assassinado a cidadã guineense Enide Soares da Gama - provou-se que afinal é mentira) foi analisada à lupa.
Nessa reunião, participaram ainda os oficiais de ligação dos serviços secretos das embaixadas instaladas em Dakar, e ambos consideraram que António Indjai é, neste momento, uma carta a descartar dado a sua perigosidade e descontrolo, e disseram ter provas de que Koumba Yalá o tem na mão e que ambos prevêem um plano tribal perigoso, de resto já em marcha, para a Guiné-Bissau.
Os EUA, que participaram dessa reunião, voltaram a exigir a cabeça do general que tem atormentado a Guiné-Bissau, e que acusam de crimes como tráfico de droga, associação com terroristas colombianos das FARC, entre outros, tendo traçado as várias possibilidades para a sua captura. Para já, o Senegal é o que tem feito finca-pé, com "medo de represálias", segundo a mesma fonte do ditadura do consenso. AAS
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
ÚLTIMA HORA: Afinal, o rapper Masta Tito foi mesmo espancado por militares que o raptaram ao final da tarde. Aconteceu tudo na zona do cemitério de Antula, e depois foi abandonado no Bairro da Ajuda. Amanhã, será submetido a exames médicos. ANTÓNIO INDJAI é o todo-poderoso da Guiné-Bissau. Manda raptar, espancar e, na pior das hipóteses, manda MATAR! AAS
ÚLTIMA HORA: Masta Tito foi libertado
O cantor Masta Tito já foi libertado, atrás da padaria do Bairro da Ajuda, só que ainda não se sabe nada sobre o seu estado de saúde. Ditadura do Consenso sabe que foi pelo facto de, há poucos dias, o rapper ter introduzido na sua música, excertos de uma frase utilizado pelo General Indjai: "ami americanos cana panham...". É NA PANHAU GORA... AAS
Bando de AK-47 aterroriza população em Bissau e no interior do país
Um grupo de bandidos, na posse de armas automáticas AK-47 e armas brancas está a atacar e a roubar os estabelecimentos comerciais pertencentes a cidadãos mauritanianos, em Bissau, e também no interior do pais. Esta denúncia foi feita pelo terceiro vice-presidente da associação de mauritanianos na Guiné-Bissau, que adiantou que o bando actua em plena luz do dia usando viaturas, tendo já provocado mais de cinco feridos.
"Há quatro semanas que estamos a sofrer com operações de bandidos, que de dia e de noite surgem e atacam as nossas lojas. Os ataques ocorrem entre as 20 e 21 horas, estão muito bem armados, usando ora táxis ora viaturas civis. Ao avisarmos os nossos concidadãos, agora, o grupo passou a atacar em plena luz do dia e já feriram quatro pessoas", acrescentou ele.
Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos ouvido em Bissau
O Presidente da LGDH Luis Vaz Martins esteve a ser ouvido nas instalações da Polícia Judiciária desde as 9h desta manhã e até à hora em que escrevo este post, no âmbito do último comunicado da LGDH que confirma que a Enide Tavares Soares da Gama (presa por tráfico de droga em Cabo Verde, depois expulsa desse país, e que o CEMGFA António Indjai disse ter sido "assassinada" pelos agentes de Cabo Verde) está sã e salva. A direcção da LGDH, soube o DC, mobilizará todos os mecanismos para fazer face a qualquer tentativa de detenção ilegal do seu presidente. AAS
NOTA: Agora na Guiné-Bissau, só é permitido mentir. Nada de verdades... AAS
Assine a petição
Petição do Movimento de Salvaçao Nacional da Guiné-Bissau
ASSINE JÁ!
O Movimento de Salvação Nacional de Guiné-Bissau (MSN/GB), é, como indica o nome um movimento que tem como único objectivo salvar a nossa terra. Foi criado em Bissau no dia 13 de Abril de 2012. Não é um partido, não é uma organização, não é uma associação.
Se és Guineense, maior de idade, e concordas com a evidéncia que se encontra no texto, assina e junta-te ao Movimento.
O Abaixo assinado é um grito de Socorro do Povo Guineense. Assinando, juntas a tua voz para que possamos gritar alto,forte e de uma só voz: Basta!
Excelentíssimo Senhor Secretario Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon
As cidadãs e os cidadãos Guineenses abaixo assinados, com base no artigo 75° e 76° da Carta das Nações Unidas, vem por este meio requerer junto à Magna instância que V. Exa preside que o território de Guiné-Bissau seja colocado em regime de tutela internacional sob a autoridade das Nações Unidas.
Consicentes de que é provavelmente a primeira vez na história do direito internacional que os cidadãos de um estado formulam um tal pedido, permita-nos indicar as razões que nos levaram à optar pelo presente requerimento, que consideramos ser o último recurso para salvar o nosso povo e recuperar a soberania perdida.
Com a derrota nas matas da Guiné-Bissau do colonialismo português, nasce a esperança de uma nova vida para o Povo Guineense: educação, saúde, trabalho para todos num Estado independente
A dignidade perdida com a colonização portuguesa seria assim reconquistada.
Mas a esperança de uma vida nova, não passou disso mesmo: uma esperança.
Os ideais de Amilcar Cabral e daqueles combatentes que deram as suas vidas para uma Guiné-Bissau Independente foram traídos.
- Traídos pelo partido único (PAIGC) que governou a Guiné-Bissau depois da Independência até às primeiras eleições multipartidárias em 1994.
- Traídos pela classe politica guineense que tem vindo servir-se sistematicamente do aparelho de estado para se enriquecer em vez de servirem o Povo Guineense.
- Traído pelas forças armadas de Guiné-Bissau que se transformou num bando armado ao serviço do crime organizado, estando envolvido na pratica de varios crimes, tais como trafico de droga, contrabando de armas, assassinatos, raptos, torturas... Crimes cometidos com o objectivo de enrequecimento pessoal dos membros que formam o bando armado.
Hoje em dia Guiné-Bissau é conhecido como sendo um narco-estado. As mais altas autoridades militares e civis do estado estão directa ou indirectamente envolvidos no tráfico de droga.
A história recente da Guiné-Bissau pode-se resumir assim: eleições seguida de golpe estado; golpe de estado seguida de eleições.
Quarenta anos depois da Independéncia, Guiné-Bissau, de acordo com o relatório do desenvolvimento humano 2013 das Nações Unidas, encontra-se no 176° lugar do conjunto de 186 países.
Todos os indicadores de desenvolvimento analisados sao negativos.
Na Guiné-Bissau, a esperarança de vida à nascença é de 48.6 anos de idade.
O que se esconde atras destes dados, são tragédias pessoais, enorme desperdicio de vidas humanas que poderiam ter sido evitadas ; que podem e devem ser evitadas no futuro!
Parece-nos evidente concluir que a Guiné-Bissau, não tem forças internas capazes de mudar a situação política, económica e social do País. Essas forças internas são os principais responsavéis da situação dramatica em que o País se encontra.
A única soluçao para quebar o círculo vicioso em que Guiné-Bissau se encontra será através da tutela das Nações Unidas.
Hoje em dia, não se pode considerar que Guiné-Bisssau seja um país soberano do ponto vista político,económico, militar ou jurídico.
A soberania dolorosamente conquistada nas matas da Guiné-Bissau, foi perdida.
Por essa razão e para impedir que inúmeras tragédias humanas se continuem a repetir, para impedir que o país continue a servir de base aos traficantes de drogas internacionais e nacionais, para que as crianças de Guiné-Bissau possam ter uma vida decente e um futuro digno, pedimos as Nações Unidas que a Guiné-Bissau seja colocado sob um regime internacional de tutela.
Determinado
"BOM DIA CARO ALY,
ESPERO QUE ESTE EMAIL LHE ENCONTRE DE SAÚDE E DE BOA DISPOSIÇÃO. SOU UM GRANDE APRECIADOR DO TEU BLOG, ACREDITO QUE SOU UM DOS POUCOS ANGOLANOS QUE ESTOU SEMPRE ACTUALIZADO NAS TUAS NOTICIAS, POR MIM ÉS O MELHOR JORNALISTA GUINEENSE, CORAJOSO, DETERMINADO. VI OS TEUS COMENTÁRIOS NO NOTICIÁRIO DA TELEVISÃO DE CABO VERDE, E SIMPLESMENTE FIQUEI PASMADO COM AQUILO QUE DISSESTE. CONTINUA ASSIM, DETERMINADO, MEU CARO AMIGO.
MEUS MELHORES CUMPRIMENTOS
ALBANO JÚNIOR
ANGOLA"
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
E agora, Indjai?
Enide Soares da Gama, que o CEMGFA António Indjai disse ter sido assassinada pelos agentes de Cabo Verde, está bem, vivinha da Silva mesmo. Ora, OIÇA...
Comandante Pedro Pires - Cabo Verde deve manter contacto com Guiné Bissau
Numa entrevista à Rádio pública de Cabo Verde, o ex-Presidente Pedro Pires considerou que as autoridades da Praia devem preservar o contacto com as suas homólogas da Guiné Bissau. As relações entre a Praia e Bissau têm-se caracterizado nos últimos tempos por uma tensão, que registou um crescendo com o golpe de Estado militar de 12 de Abril de 2012 na Guiné-Bissau.
OIÇA A ENTREVISTA
O golpe ocorrido antes da segunda volta da eleição presidencial na Guiné Bissau, foi severamente criticado pelas autoridades cabo verdianas que puseram em causa a postura das Forças Armadas guineenses como factor de instabilidade permanente no país da África Ocidental. Mais recentemente, a detenção pelas autoridades da Guiné Bissau de dois agentes da polícia cabo verdiana que se tinham deslocado à Bissau para acompanhar uma ex-prisioneira guineense, exacerbou o clima nas relações entre os dois países da CPLP(Comunidade dos Países de Língua Portuguesa).
Exprimindo-se na Rádio Nacional de Cabo Verde, o antigo Presidente Pedro Pires considerou que não obstante a tensão que prevalece entre as duas capitais africanas, as autoridades da Praia não devem encetar um processo de ruptura com as suas homólogas de Bissau. Cabo Verde deve contribuir para que os mecanismos do exercício pleno de um Estado de direito possam funcionar na Guiné Bissau, de acordo com o ex-Chefe de Estado cabo verdiano. Pedro Pires recomendou também, que futuramente todas as missões oficiais de agentes do Estado cabo verdiano à Guiné Bissau se efectuem sob condições de segurança.
terça-feira, 27 de agosto de 2013
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
"Vês e escreves o que o teu povo vê e sente"
"Meu caro Aly!
O teu blog é desde há muito uma referência na informação que todos desejamos, séria honesta, mas naturalmente com opinião. Isso aliás é o que para mim, te diferencia dos “outros”. Porque tu tens opinião, e não tens medo de a assumir. Mesmo que signifique uns cortes na orelha, material de trabalho a menos, alguns arrepios no corpo, alguns calafrios na alma!
Nem sempre estive de acordo contigo, melhor, nem sempre estou, mas é essa diferença que me “obriga” a ler-te. E depois porque sei que ao contrário de muitos tu és em primeiro lugar um guineense pró Guiné-Bissau, patriota, livre, desenvolvido e activo. Tu vês e escreves o que o teu povo vê e sente, e porque eu também o vejo e sinto, estou do teu lado.
E escrevo esta mensagem porque tal como eu, pareces ser o único blogger guineense a defender um dos mais elementares princípios da Constituição, o direito democrático ao voto. Que estranhamente, gente que vive deste lado do Atlântico não considera como direito do povo guineense. Eu, como português, ex-residente na Guiné-Bissau, filho adoptivo dessa terra fantástica, sou insultado porque defendo esse valor que me parece primário para quem defende os valores de direito e da democracia! Eu sei porquê. Porque para alguns a democracia só é exercida se defender os seus interesses. Na GB como aqui, ou noutros sítios aliás!
A Guiné-Bissau não é a quinta de A, B, ou C, a Guiné-Bissau é, e terá que ser sempre aquilo que o seu povo, mais ou menos inculto, mais ou menos informado, quiser. A Guiné-Bissau é a soma dos interesses dos seus cidadãos! E isso decide-se nas urnas!
Já vimos porém que infelizmente para alguns, urnas significa caixão. Estupida língua portuguesa tão cheia de rasteiras. Para isso vai-se ameaçando, protelando, mantendo o povo refém na sua própria terra. Eleições? Mandem o dinheiro, que nós escolhemos a data e os candidatos. E já agora os resultados também, caso contrário repetimos o 12 de Abril se for caso disso!
E por isso legitimo para mim que todos, sem excepção, desde que respondam aos requisitos legais tenham o direito de concorrer, vencer, governar ou aceitar a escolha do seu povo! Custa muito entender estes princípios tão básicos? Nesta terra, infelizmente para este povo, parece que mais do que a dificuldade de o entender, existe a possibilidade pela força das armas de o evitar! Que ao povo da Guiné-Bissau seja dado o direito de escolher o seu futuro!
Marcelo"
De Profundis
Ditadura do Consenso - o blog, sempre foi a cara do António Aly Silva, independentemente dos sentimentos, que assumiram várias formas. A meu ver, foram argumentos mais fortes do que o argumento, sempre discutível, de ter ou não ter um efeito que nortearam a criação deste blog. Porém, estava longe de imaginar as proporções que iria ter. Às vezes até pareço ums estrela de rock - logo eu!
Lamento algumas coisas. Sei que feri susceptibilidades, e que em alguns posts - poucos - causei dor e sofrimento em algumas pessoas e nas suas famílias. Mas também passei por momentos muito difíceis e fui conseguindo superá-los. De resto, tenho subido um escalão aly e descido outro acolá, mas, pasmem-se, tenho subido quase o triplo no respeito e na consideração de muito boa gente.
Mas de que serve, hoje, o lamento? De que me posso lamentar, alguma coisa de que me arrependa? Não, nada. Cometi erros, mas nenhum estratégico, simplesmente tácticos. As pessoas lamentam-se de muitas coisas... Como pessoa, no pouco que de mim conheço, nos meus simples costumes, nas minhas práticas diárias, nas minhas poucas coisas, até sou uma pessoa bastante humana.
De algumas coisas que escrevi, sim - e lamentá-las-ei até à efectiva consumação dos séculos. Bastante mesmo. Como lamento não ter podido descobrir antes todas as coisas que agora conheço, com as quais, com metade do tempo, teria podido fazer mais, muito mais do que o que fiz em 46 anos de vida.
Durante séculos os homens cometeram erros e, tristemente, continuam a incorrer nos mesmos erros. Acredito ainda assim, que o Homem é também capaz de conceber e criar coisas belas, de ter os mais nobres ideais, de albergar os mais generosos sentimentos e remorsos e, superando até mesmo os instintos que a natureza lhe impôs; de dar a vida pelo que sente e, sobretudo, pelo que pensa.
Escrevi já muito no blog. Ultrapassei já o número mágico de oito (8!) milhões de visitas ao blog - cinco ou seis vezes mais do que a população da Guiné-Bissau. Sempre soube que havia inconvenientes naquilo que divulgo, mas que fique claro: quando critico os poderes faço-o de forma responsável - apesar das possíveis e, inadiáveis consequências, tudo é melhor do que a ausência de críticas.
Nos 46 anos que já levo por cá, tive o privilégio de ver realidades com as quais nem supunha quanto mais atrever a sonhá-los. Hoje, não penso em mais nada a não ser que tenho mais vida para além de mim, dois filhos maravilhosos, oportunidades que convém agarrar; para mim, o essencial, o principal, o fundamental, o vital, a questão de vida ou morte era de facto a luta comigo mesmo. E pela Guiné-Bissau e o seu maravilhoso Povo.
António Aly Silva
domingo, 25 de agosto de 2013
...
(...) "Eu odeio brancos e pessoas de pele clara, porque eu sei como é que mataram o meu pai no início da luta, sob o meu olhar, e depois impediram que o seu corpo fosse sepultado, tendo sido depois totalmente consumido por aves de rapina." (...)
António Indjai, general, Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, num encontro com os serviços secretos (civis e militares) em Bissau, no dia 15 de agosto de 2013
Palhaçada
"Hi Aly,
Parabéns pelos comentários ao vivo na TV de Cabo Verde.
Mas agora olha o seguite:
'Comprei a catana só para ele. Não vou dar-lhe um tiro, não! Vou esquartejá-lo'
Mas só que o Indjai não terminou raciocínio, que é o seguinte:
'E ninguém na Guiné-Bissau terá coragem de me acusar de nada e ainda vão intimar o Carlos Gomes Jr., em Lisboa, por AUTORIA MORAL dos meus actos’.
PALHAÇADA!!! Só na Guiné-Bissau!
Ser mentiroso até que não foge à regra, que é a imagem do PRS, Daba Na Walna, etc..., mas agora o super assassino é que é preocupante. PRS - um partido que confunde FALTA DE CARÁCTER com ESTRATÉGIA POLITICA! Ele falou do voto étnico. E será que foram só os Balantas a pôr o Kumba e o PRS no poder depois da guerra (7 de Junho)?
Com um PAIGC completamente no chão, e tirando a luta de libertação nacional, ninguém queria ouvir falar mais deles e todos sabem o porquê. Quase uma nação inteira confia o Poder a um Homem carismático, um filósofo (que se distraiu a pensar muito e se esqueceu-se de trabalhar), que no fundo tinha um plano étnico-tribal e não nacional. E isso resultou num falhanço total desse governo e a completa desilusão do povo Guineense.
Isso tudo permitiu o aparecemento de um empresário extremamente capaz (Carlos Gomes Jr.) que fez um ‘trabalho de casa’ espetacular dentro do PAIGC, injectando diversas competências ao partido e que trouxe o partido de novo à ribalta. Agora só não batemos as palmas a uma pessoa COMPETENTE que soube criar uma ‘EQUIPA’ de gente com competências necessárias como a Guiné NUNCA teve, mas sim vamos buscar o PIOR de um Guineense que é de fazer CALUNIAS!!! Ao povo Guineense, se o Cadogo quisesse estaria no governo ou na presidência até hoje, era só se associar ao corja do Indjai & Mansoa Limitada.
Mas como ele prima pela qualidade e o Indjai CONSCIENTE disso sabia que iria levar uma patada depois das eleições, e que também iria levar com o Zamora logo agiu. Logo ao Cadogo, um obrigado por enfrentar Indjai e ao povo Guineense digo: o que estão à espera? Olhem o que se passa no Egipto!!! Revolução de verdade é SANGUE!!! Como foi a nossa libertação e agora temos MEDO de um grupinho liderado por um Nabo.
SAIAM PARA AS RUAS EM GRANDE NUMERO QUE ESTES COBARDES NÃO VÃO FAZER NADA!!!
Vocês são a SOLUÇÃO!!!
Alves"
sábado, 24 de agosto de 2013
Terra sabi "mal"
Aly
Na é no guiné:
Transformamos Dignidade em doença
Transformamos Inteligência em traição transformamos Estupidez em recompensa
Transformamos a Esperança em maldição
Transformamos o bem no mal
Transformamos a prostituicao em castidade
Transformamos o ladrao no heroi
Transformamos a honra na desonra
Transformamos um assassino em lider
Transformamos o alcool em agua
I ka di admira tb pabia no criol i unico lingua ku ta usa palavra "mal" pa fala kussa i bon senao vejamos:
I sabi mal
I bonito mal
I fixi mal
I bom mal
I djiru mal
No sta mal dé.. Na é caso mal i mal nan propi
Guineense filipado
ÚLTIMA HORA: Morreu esta tarde, em Lisboa, Zeca Castro Fernandes. O malogrado foi companheiro da linha da frente - e de sempre - do nosso saudoso músico José Carlos Scwhartz, pioneiro da música moderna da Guiné-Bissau. Que a terra lhe seja leve. O editor do Ditadura do Consenso endereça as mais sentidas condolências para toda a família, nesta hora de dor e sofrimento. Tinha 71 anos. AAS
O sinistro baile dos cangalheiros
Na reunião que manteve com os serviços de informações civis e militares guineense, e em que estiveram também presentes todos os golpistas e usurpadores do poder legalmente instiuído na Guiné-Bissau, o CEMGFA António Indjai acusou Cabo Verde de "assassinar" a cidadã guineense Enide Soares da Gama, expulsa desse país nosso irmão por tráfico de droga, onde de resto cumprira uma parte da pena de prisão a que fora condenada.
NOTA: António Indjai é um sujeito perigoso, e está descontrolado. Há que pará-lo enquanto é tempo, para evitar que faça mais uma das suas enormidades...
Acusar um Estado - sem qualquer fundamento - baseado apenas na mentira e no ódio não abona a favor de um país que está cercado económica e politicamente, e que precisa desesperadamente de furar o cerco a que que está sujeito por toda a comunidade internacional. O mais extraordinário é que nesse salão, todos bateram palmas a cada parágrafo do 'discurso' do acossado general...
A linguagem usada pelo general que manda na Guiné-Bissau foi de arrepiar: 'O Ibraima Sow que se esconda bem. Vou apanhá-lo, vou dar-lhe uma catanada...comprei a catana só para ele. Não vou dar-lhe um tiro, não! Vou esquartejá-lo'. A assistência estava ululante, davam sonoras gargalhadas. Triste. Tudo triste.
NOTA: Até ontem, nada, não se ouviu um piar por parte da ONU, e nem um chilreio da parte do 'governo' fantoche instalado em Bissau. Da procuradoria-geral da República (o procurador de pacotilha ouviu das boas nessa reunião), nem um ganir...
Até que, no dia 22 do corrente, a insuspeita Liga Guineense dos Direitos Humanos decidiu avançar E, avançando, lá encontraram a Enide - sã e salva. Eu mesmo já sabia que a Enide estava viva, E revelei isso mesmo, em directo e para o mundo civilizado, na Televisão de Cabo Verde no domingo passado: "A Enide Soares da Gama não morreu" - com todas as letras! Mas, e a Enide? Continuará viva até quando? Esta é, por agora, a minha principal preocupação...
De facto, é impossível cair na merda e sair sem cheirar a merda! Batemos no fundo enquanto Estado. A pirâmide está invertida nesse país que é de todos e de cada um. A Guiné-Bissau precisa de ajuda, e precisa dela já! O seu maravilhoso Povo precisa, não de uma, mas de um par de mãos. Acudam-no. Salvem-no enquanto é tempo. O que faz a CEDEAO - a única e principal responsável pelo actual estado de degradação da Guiné-Bissau? E a espampanante ECOMIB - porque não prende o general, entregando-o de seguida à justiça norte-americana? Triste gô... AAS
António Indjai mentiu: A Enide não MORREU!
Liga Guineense dos Direitos Humanos
Comunicado de Imprensa
Preocupada com as informações que dão conta da morte da cidadã guineense expulsa recentemente de Cabo-Verde no âmbito de um processo judicial, a LGDH viu-se obrigada a encetar diligências com vista a apurar a veracidade dessas informações.
Com base nas diligências efectuadas, cumpre-se o dever de esclarecer a opinião publica nacional e internacional o seguinte:
1. A Direção da LGDH, manteve um encontro no dia 22 de Agosto de 2013, aqui em Bissau com a Senhora Enide Tavares Soares da Gama, tendo constatado que ela se encontra sã e salva;
2. Por ser uma situação tanto quanto sensível, a LGDH apela as autoridades nacionais no sentido de garantir segurança a esta cidadã digna de proteção e assistência psicossocial por forma a facilitar a sua reintegração plena na nossa sociedade.
A Direção Nacional da LGDH, aproveita esta oportunidade para reafirmar a sua firme determinação de promover e proteger os direitos humanos na Guiné-Bissau, com rigor, objectividade e profissionalismo.
Pela Paz, Justiça e Direitos Humanos
Feito em Bissau aos 23 dias do mês de Agosto 2013
A Direção Nacional
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Denúncia
"Bom dia Aly,
Desculpe o incomodo, mas queria pedir o favor de publicar o texto que aqui se segue e de forma anónima para evitar represálias.
Ministério dos Negocios Ilicitos ou Ministério dos Negocios Estrangeiros, Cooperação Internacional e Comunidades
No mês de Novembro de 2011, fomos convocados para participar num Concurso Publico de Recrutamento de Quadros Supériores para o Ministério dos Negocios Estrangeiros, Cooperação Internacional e Comunidades (MNECC), participamos nos exames da admissão e felizmente fomos admitidos como quadros superiores do ministério. Da admissão, todo o mundo jubilou e pensavamos que iriamos apartir da data em questão fazer o que mais gostamos que é representar o nosso Pais ao nivel internacional. Do sonho à realidade, tudo esmoronou-se, virou um pesadelo.
Volvidos quase dois (2) anos depois da nossa admissão, nem sabemos em que direcção anda a nossa efectivação e o pagamento do nosso salario,sabendo que somos funcionarios admitidos pela primeira vez,digo bem,pela primeira vez através de um Concurso Publico. Ao menos,deveriamos merecer respeito e consideração da parte de quem quer que seja porque somos admitidos por Concurso e não por camaradagem ou trafico de influências diversas.
Cada vez que perguntamos pelo andamento da nossa situação,avançam que os nossos documentos,ora esta no processo da efectivação,ora vai ser enviado para o Ministério das finanças para atribuição da letras e o pagamento dos salarios.
Queriamos perguntar a quem de direito:
- É possivel ter uma diplomacia no verdadeiro sentido da palavra com Diplomatas sem preparação no dominio, Engenheiros Agronomos, transformados em Diplomatas?
- Sera que alguêm tem medo de nos enquanto quadros superiores?
- Alguêm sente-se ameaçado com o nosso recrutamento? Que nos respondam se faz favor.
Uma coisa é certa, o nosso direito de fazer parte daquela casa, vamos continuar a revendicar, que os incompetentes continuem a fazer o que mais sabem,bloqueios e mais bloqueios mas nunca vamos capitular.
Nos ultimos meses antes da adopção e aprovação do orçamento do Estado foi-nos garantido por um Responsavel do Serviço dos Recursos Humanos de que estariamos no orçamento do estado em questão e que iriamos começar a receber o nosso ordenado. Depois do Orçamento ser votado, ninguêm se dignou a dizer-nos o que quer que seja,informaram de que os nossos documentos vão mais uma vez serem enviados para a efectivação. Quantos anos dura a efectivação dum funcionario na Função Publica?
Sabemos atravéz de pessoas bem colocadas aos nossos dossiers de que estão aumentando os nomes dos seus sobrinhos e conhecidos na lista incial das pessoas admitidas para que estes ultimos possam beneficiar duma entrada no Ministério, o que nunca podiam obter por via do Concurso. Ah! Guiné-Bissau.
Até quando,esse pais vai continuar a andar de travessas? Isso é o desenvolvimento de que tanto falam? Que Diplomacia pretendem fazer com pessoas mediocres escondidas nas gravatas e fatos bem bonitos? Ah! Guiné-Bissau, até quando? Dizem-nos que não existe espaços para nos, portanto tomam estagiarios, efectivam quem quizerem e fazem o que quizerem?
Se assim continuar,seremos para sempre aquele pais de que todo o mundo fala mas so ensalsando desgraças e incompetências dos seus dirigentes. Fico por aqui esperando que o Aly, que é sempre um defensor dos oprimidos e dos que não têm voz, publique este meu grito de desespero.
Obrigado.
C. N."
Ramos Horta: "Situação na Guiné-Bissau é inaceitável"
A Guiné-Bissau "não pode dar-se ao luxo de continuar em instabilidade", porque não existem recursos internacionais "para continuar indefinidamente a financiar um regime de transição", advertiu o representante da ONU José Ramos-Horta. Após um encontro com o presidente do conselho de administração da agência Lusa, em Lisboa (Portugal), o ex-chefe de Estado de Timor-Leste falou sobre a situação na Guiné-Bissau, onde exerce funções actualmente, como representante do secretário-geral das Nações Unidas.
Rejeitando "dramatizar declarações da entidade a, b ou c", Ramos-Horta foi, no entanto, claro na mensagem: a actual situação política na Guiné-Bissau "é inaceitável", tanto para os guineenses, como para a comunidade internacional. Nesse sentido, todos os dirigentes guineenses têm de "medir bem as palavras" e "procurarem entender-se, trabalharem juntos afincadamente", para estabilizar o país, vincou. "A Guiné-Bissau precisa do apoio da comunidade internacional e, para que esse apoio venha, os políticos guineenses, incluindo os militares, têm que se entender e contribuir para apaziguar os ânimos e não para exacerbar as tensões", sustentou Ramos-Horta, que visitou a sede da agência de notícias portuguesa.
"Estamos em pleno século XXI, a Guiné-Bissau não pode dar-se ao luxo de continuar em instabilidade, porque a comunidade internacional, incluindo a regional, não tem recursos para continuar indefinidamente a financiar um regime de transição", avisou o representante das Nações Unidas. Só num contexto de estabilidade será possível garantir financiamento internacional para depois das eleições, período que Ramos-Horta antecipa de "maior dificuldade", nomeadamente na formação do governo.
"Quem vai ser primeiro-ministro?, quem vai ser presidente da República? Têm que ser pessoas que saibam unir o povo, que saibam fazer pontes, sarar as feridas e levar a Guiné-Bissau para a frente", defendeu. Sobre o orçamento definitivo para a realização das eleições gerais na Guiné, agendadas para 24 de Novembro, Ramos-Horta continua a não dispor de "números precisos".
Confirmando que deverá rondar, "mais ou menos", os 13 a 15 milhões de dólares, Ramos-Horta disse que o orçamento ainda está a ser definido pelas autoridades guineenses e pelas Nações Unidas.
A concretização do montante "é urgente" para "mobilizar o financiamento necessário", reconheceu, confirmando que, até este momento, foram canalizados apenas três milhões de euros, "nem sequer um terço do que é necessário".
Reconhecendo "a grande demora" e os "atrasos" no processo, o representante das Nações Unidas responsabiliza os políticos guineenses por "não conseguirem chegar a acordo", enumerando alguns exemplos: o governo de inclusão prometido para Abril só se concretizou em Junho; ainda estão a ser debatidas emendas à lei eleitoral; e o processo de recenseamento ainda não começou. "Estamos a trabalhar contracorrente para cumprir o prazo, a data das eleições, para não defraudar os próprios guineenses", vincou. LUSA
Vida e luta
"Oi meu irmão,
Ontem, ouvi e re-ouvi o teu show na TCV. Grato pela voz que nos deste e pela sinceridade das tuas posições. Cada dia que passa ganhas pontos na luta do Povo guineense pela sua liberdade. É pena nao haver um canal directo para essa escumalha da CEDEAO ouvir o bom guisado das tuas verdades. Estaremos sempre juntos. Que Deus te abençoe.
F.P."
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
E-go
"Ontem, estivémos a curtir-te na Televisão de Cabo Verde. Ficámos enchidos de orgulho. Afinal ao vivo ainda és muito melhor. Foi uma pena não nos termos visto em Lisboa. Para a próxima, não há-de falhar, prometo-te.
Um forte e orgulhoso abraço deste teu mais-velho, que muito te estima. Obrigado por tudo o que tens feito e fazes pela nossa terra.
Manuel M."
Entrevista à TCV: Elevada competência
"Olá, Tony,
Só hoje ouvi a tua entrevista na Televisão de Cabo Verde (TCV), uma vez que não sou subscritor do canal cabo-verdiano. Surpreendeste-me muito positivamente, pois nunca te tinha visto e escutado num canal de televisão no papel de analista político. Na minha modesta opinião, abordaste com muito bom senso e elevada competência, os assuntos que a jornalista cabo-verdiana colocou à tua consideração.
Gostei, sinceramente, da forma como, nua e crua, falaste da situação do nosso querido torrão, a Guiné-Bissau, bem como do general e seus acólitos, que pensam que aqueles 36 mil quilómetros quadrados só a eles pertencem. A tua convicção de que António Indjai tem os dias contados não surpreende, porque só um desesperado, com 99 por cento da população descontente com a ditadura que ele implantou, pode esperar melhor sorte.
Parabéns pela forma convincente como abordaste todos os assuntos, mormente o Zimbabué e o Mali, o que prova que és um jornalista com conhecimento bem estruturado, não só sobre a realidade guineense como de toda a problemática que envolve a África no seu relacionamento com o mundo civilizado. Senti-me particularmente orgulhoso por, hoje, saber que és, de facto, um jornalista de corpo inteiro, eu que te conheci menino e moço no bairro de Tchon di Pepel, em Bissau.
Faço votos que continues a progredir na nobre profissão que escolheste e que todos os guineenses se sintam orgulhosos por terem um bem-falante na arena internacional em defesa dos seus elevados desígnios e interesses. Parabéns, Tony.
A. Delgado"
Força
"Aly,
És o primeiro jornalista guineense e Lusófono de coragem. Informas-nos em tempo real, sem tomar partido de nenhum lado. Ouvi tantas calúnias e disparates sobre a tua pessoa, mas não vão conseguir degradar a tua imagem perante a opinião pública guineense e internacional.
Força Aly, o povo da Guiné-Bissau está contigo. Saúde, longa vida e que Deus nosso senhor todo poderoso te proteja.
Ed. BOLANHA"
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
Botche Candé apoia Domingos Simões Pereira para Presidente de PAIGC
O deputado e membro do Bureau Político do PAIGC Botché Candé, que usufrui de uma enorme simpatia popular, junto da massa eleitoral do PAIGC e detentor de uma espantosa capacidade mobilizadora, numa reunião do Colectivo de Apoio justifica assim, a sua adesão ao projeto “Maior Coesão do Partido, Futuro Melhor para a Guiné-Bissau” do Engº Domingos Simões Pereira à liderança do partido: “já chegou o momento que não devemos deixar que qualquer pessoa lidere o PAIGC, para amanha vir a ser o nosso primeiro-ministro. Queremos a unidade no partido e o desenvolvimento no país. Essas foram as fortes razões porque estou hoje aqui de coração.” Mais adiante, em jeito de reconhecimento diz: ”Domingos Simões Pereira reúne todas as capacidades técnicas e é um líder à altura e ideal neste momento para o PAIGC.” E, continua: “Estamos juntos neste projeto. Desejo a todos muita coragem”, conclui.
Botché Candé, nasceu no Sector do Ganadu, região de Bafatá, em 1955. Em 1974, através de uma mobilização da JAAC (Juventude Africana Amílcar Cabral) adere ao PAIGC, ainda durante a guerra, nas Zonas Libertadas. Vindo a ser preso na tabanca de Sulocó pelos colonialistas. Após a independência ocupou vários cargos políticos no partido. Sendo, atualmente membro do Bureau Político e Coordenador da Província do Leste do PAIGC. Foi duas vezes Ministro, respectivamente, do Comércio, Indústria, Turismo e Artesanato e Comércio, Turismo e Artesanato. Trata-se, igualmente de um empresário de sucesso.
À semelhança do deputado Botché Candé, muitas outras figuras de grande influência do PAIGC, militantes e dirigentes, nos últimos tempos vêm aderindo ao Colectivo de Apoio de Domingos Simões Pereira, tais como: Bacíro Dja (membro do Bureau político e ex-candidato às presidências de 2008), Mário Dias Samy (membro do Bureau político e ex-governante), António Tomaz Barbosa (membro do Bureau político), Rui Diã de Sousa (membro do Bureau político e presidente do grupo parlamentar do PAIGC). Nos próximos dias serão conhecidas outras importantes adesões.
terça-feira, 20 de agosto de 2013
domingo, 18 de agosto de 2013
Ainda assim, falamos de um 'Estado'...
António Indjai, CEMGFA da Guiné-Bissau: "Enriqueci às custas do erário público quando trabalhava nas Finanças, no tempo em que não havia controlo."
NOTA: Ó Indjai, se eu tivesse tomado o pequeno almoço, mandava-te para um sítio que eu cá sei... Um analfabeto que enriquece às custas de um Estado idiota, só pode ser um mestre em ciências exactas! AAS
Deixem passar esta linda brincadeira
"Garantimos a segurança [do Carlos Gomes Jr.] como o Estado garante a qualquer cidadão. Carlos Gomes Júnior não é um cidadão diferente: é igual a todos os cidadãos nacionais. É-lhe garantida a mesma segurança que é garantida aos outros", acrescentou o porta-disparates e desbocado 'ministro da presidência do Conselho de Ministros', Fernando Vaz.
NOTA: Mas...o Estado guineense garante segurança a que cidadão??? Ó Fernando Vaz, suicida-te, pá!!! Não vales um tusto, não tens uma pinga de vergonha, és um cara de pau - e um grandessíssimo mentiroso. AAS
Carta aberta a Ban Ki-Moon
A Sua Execelência
Ban Ki-Moon
Secretário Geral das Nações Unidas
É do conhecimento das diversas instâncias internacionais á situação política, social e militar que vive o povo da Guiné-Bissau desde o Golpe de Estado de 12 de Abril de 2012, que interrompeu violentamente o processo eleitoral para as presidenciais então em curso, e que derrubou o governo legítimo do Senhor Carlos Gomes Júnior, cuja governação tinha conduzido a Guiné-Bissau a um caminho de desenvolvimento e de progresso internacionalmente reconhecidos.
E aliás, a real situação política e militar que desde então se vive na Guiné-Bissau que tem estado na origem das múltiplas recomendações e decisões tomadas em diferentes reuniões internacionais, regionais e sub-regionais sobre as questões que afetam o país.
Atendendo, pois, as condições que o povo e os políticos vivem no momento presente, O Collectif des Ressortissants, Sympathisants et Amis de la Guiné-Bissau e a Diáspora Guineense em França, decidiram unir as suas forças na busca de uma solução viável com vista a necessidade da adoção, sem delongas, das medidas necessárias para que:
- Se instaure a paz e segurança definitivas para o povo guineense, todos os políticos e a Sociedade Civil;
- Se efetive o regresso à normalidade do quotidiano guineense e se promova o desenvolvimento e o progresso;
- Seja garantida a realização das eleições livres e transparente.
Assim, o Collectif des Ressortissants, Sympathisants et Amis de la Guiné-Bissau e a Diáspora Guineense em França resolveram aprovar e apresentar as seguintes conclusões e recomendações:
- Reiterar que as Nações Unidas são a única organização internacional capaz de agendar, garantir a segurança e a transparência durante qualquer ato eleitoral na Guiné-Bissau;
- Requerer que em colaboração com as organizações internacionais e sub-regionais (União Africana, CEDEAO, CPLP, União Europeia e outras) a Organização das Nações Unidas assegure a estabilidade, a visibilidade de toda dinâmica do conjunto dos atores.
É nossa convicção que a realização das eleições gerais num quadro de efetiva segurança passa por se assegurarem imperativamente e com urgência as seguintes condições:
1 – Assegurar um envio de uma força internacional de paz e de segurança para garantir o regresso incondicional à Guiné-Bissau de todos os responsáveis políticos e demais cidadãos no exílio a fim de participarem livremente nas eleições previstas para o dia 24 de Novembro próximo.
2 - Garantir o voto da Diáspora Guineense, para que possa cumprir o seu dever cívico nas referidas eleições.
3 – Providenciar para que todos os candidatos a essas eleições presidências assinem uma carta de reconhecimento dos resultados pronunciados pela CNE.
4 – Garantir a libertação imediata e incondicional de todos os responsáveis políticos, militares e dos cidadãos detidos.
As posições assumidas pela comunidade internacional quanto às questões relativas à instabilidade na Guiné-Bissau, designadamente no que se refere as violações sistémicas dos Direitos Humanos, testemunham a necessidade de restabelecimento urgente da PAZ, da SEGURANÇA, dos DIREITOS HUMANOS e da UNIDADE NACIONAL.
O Collectif des Ressortissants, Sympathisants et Amis de la Guiné-Bissau e a Diáspora Guineense em França e Portugal, agradecem antecipadamente a atenção que creem será dispensada a estas preocupações e esperam que as solicitações apresentadas encontrem eco numa efetiva e urgente ação internacional.
Paris, 17 de Agosto de 2013
A direcção
sexta-feira, 16 de agosto de 2013
Um irrefreável fanático
Não foi proriamente uma surpresa, ouvir as ameaças veladas pelo general e CEMGFA António Indjai. Talvez tenha surpreendido os menos atentos, ou aqueles que subestimam a sua capacidade de instalar o caos, o ódio e a guerra civil na Guiné-Bissau. Num tom ameaçador, Indjai desferiu ataques em todas as direcções sobretudo contra as organizações como a Liga Guineense dos Direitos Humanos, os órgãos de comunicacao social, os magistrados etc.
Num tom desafiador, Indjai disse que haverá problemas nas próximas eleições gerais marcadas para o próximo dia 24 de Novembro, tendo adiantado que as escolhas nestas mesmas eleições, serão feitas com base em critérios étnicos e tribais pois cada um tem que defender o seu grupo étnico. No auge da sua cegueira e total ignorância, António Indjai alertou em tom ameaçador os partidos sem base tribal ou étnico, para desistirem da corrida eleitoral...
António Indjai teve ainda oportunidade para desferir acusações contra Cabo Verde por ter, segundo ele, assassinado a cidada guineense que foi expulsa para a Guiné-Bissau - um caso que levou à detenção illegal de dois agentes da Polícia daquele país nosso irmão - de sangue e na luta contra o colonialismo português.
Estas declarações irresponsáveis e incendiárias do acossado barão da cocaína, António Indjai, constituem um aviso sério aos guineenses, e uma ameaça velada à comunidade internacional os quais nada fazem para travar este monstro, capaz de conduzir a Guiné-Bissau para uma Guerra civil com consequências que ninguém pode prever. Não é a primeira vez que o António Indjai invoca a possibilidade de um conflito armado no país antes das eleições, fundamentando-se em 'argumentos tribais'.
Com estas declarações bem pensadas, António Indjai quis transmitir aos guineenses duas mensagens principais: Para a defesa dos interesses da sua etnia e do seu partido - o PRS, serão utilizados todos os meios - incluindo o derramamento de sangue, a exemplo do que aconteceu depois do golpe de Estado de 12 de abril de 2012, em que dezenas de cidadãos guineenses foram assassinados friamente e com requintes de tortura. O Segundo aspecto envia uma mensagem clara à comunidade internacional: quem manda de facto na Guiné-Bissau é ele. Ou seja, a CI pode bem continuar a dormir, sonhando com soluções inócuas, mas a sua vontade é que prevalecerá nas eleições em detrimento da vontade do povo, esse sim soberano.
Guineenses, acordem antes que sejam devorados por este ditador cobarde que se esconde atrás do uniforme militar para atormentar o povo da Guiné-Bissau. Para a comunidade internacional, creio que as dúvidas - se é que alguma vez houve - estão dissipadas. Se não agirem rapidamente para salvar o povo guineense deste penoso cativeiro, amanhã a história vos julgará. E, não, não vale a pena desperdiçar milhões de dólares na organização de umas eleições que à partida já tem os seus vencedores. O Povo guineense precisa de um Salvador - salvem-no antes que seja tarde. AAS
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
Indjai, o desafiador
No decurso de uma reunião dos serviços secretos militares e civis em Bissau, o chefe do estado-maior da Guiné-Bissau, general António Indjai teceu algumas considerações sobre a situação política no seu país.O responsável militar guineense acusou nomeadamente os dirigentes políticos locais de não amarem a sua pátria e de se preocuparem antes com o seu bem-estar.
Nos útimos tempos, o general Indjai que após a prisão pelos americanos do almirante Bubo Na Tchuto, foi igualmente acusado pela justiça dos Estados Unidos de estar envolvido no narcotráfico, declarou que só abandonará as suas actuais funções se for exonerado por um futuro presidente-eleito.
Indjai é contestado por vários círculos políticos da Guiné-Bissau e tido pela comunidade internacional como um entrave à reforma das Forças Armadas do seu país. Sem ter feito uma alusão específica a Bubo Na Tchuto, o general Indjai afirmou que ele não é indivíduo a deixar-se capturar preferindo antes matar-se.
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
Um paraíso cheio de problemas?
Sim, existe mesmo. Fica na terra e chama-se arquipélago dos Bijagós. Ah, e fica na famosíssima Guiné-Bissau. Clique no link, e que o seu deus o ajude!
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