sábado, 30 de junho de 2012
IV Fórum dos Produtores: Kangaluta ku Produtos di Terra na Tempu di Crisi
Declaração de Djalicunda
Nós, camponesas e camponeses parceiros das Organizações de apoio integrantes do Grupo de Trabalho de Promoção de Produtos da Terra (GTPPT), vindos de todas as regiões do país, e reunidos no quadro do IVº Fórum dos Produtores sob o Lema: Kangaluta ku Produtos di Terra na Tempu di Crisi, organizado pela Tiniguena, em parceria com o GTPPT, no quadro do projecto Kil ki di nos ten balur, financiado pela União Europeia e o IPAD, reunidos entre os dias 27 e 28 de Junho de 2012 em Djalicunda, no Centro Campones da Kafo, gostariamos antecipadamente de lançar à sociedade guineense o seguinte apelo:
. Considerando a sucessão das crises no país, e em particular aos últimos acontecimentos de 12 de Abril, que afectou consideravelmente os produtores de todas as regiões da Guiné-Bissau, que tiveram que vender a sua produção agrícola a um baixo custo;
. Considerando ainda, esta mesma crise, que resultou na perca das sementes para a nova campanha agrícola, e a dificuldade que os agricultores enfrentam na comercialização dos seus produtos;
. Considerando os riscos que a crise vem provocando nos valores tradicionais-ancestrais de relação socioprodutiva existente entre produtores;
. Considerando que a crise provoca sobrecarga aos produtores com a deslocação dos familiares (e não só) para o campo;
. Considerando as tentativas da camada política e militar de semear a divisão étnica por meio do incentivo a agressão verbal, moral e física, que vem resultando na divisão da sociedade guineense;
. Considerando o não reconhecimento por parte da comunidade internacional do governo de transição vigente o que originou na suspensão do financiamento às organizações de apoio;
. Considerando que a comunidade local responsável pela conservação e gestão dos recursos florestais tem acesso limitado a exploração dos mesmos;
. Considerando que a falta de continuidade dos governos, tendo em conta o seu período legal de duração, afecta o processo de conservação dos recursos florestais comunitários;
. Considerando que os meios de comunicação social têm um papel fundamental na promoção da cultura de paz e estabilidade;
. Analisando e respondendo as preocupações dos produtores face as crescentes ameaças a que estão expostos e que podem, caso não forem tomadas medidas adequadas, colocar em risco a coesão e solidariedade social;
Nós, camponesas e camponeses presentes no IVo Fórum dos Produtores em Djalicunda denunciamos:
1. O estrangulamento à comercialização dos produtos locais ocasionado pelo golpe de estado de 12 de Abril;
2. A paralização das nossas actividades realizadas em colaboração com as organizações de apoio;
3. A escassez de sementes para o ano agrícola em curso, visto que esta teve que ser consumida devido ao aumento do número do agregado familiar que viu-se obrigado a refugiar-se no interior do país, fugindo do clima de incerteza e instabilidade;
4. A tentativa por parte da camada política e militar de instaurar no seio da sociedade guineense a divisão através do incentivo a estigmatização étnica;
Por isso, nós camponesas e camponeses presentes no IVo Fórum dos Produtores em Djalicunda, nos engajamos à:
1. Aumentar a nossa união para juntos podermos fazer face às constantes crises as quais somos arbitrariamente submetidos;
2. Sensibilizar a nossa população para a valorização e consumo dos produtos locais;
3. Trabalhar com os nossos parceiros, com o objectivo de obtenção de uma Certificação Participativa para os nossos produtos, de acordo com as leis internacionais vigentes, permitindo escoamento destes para mercados que pratiquem o Comércio Justo ;
4. Recusar todo e qualquer tipo de práticas e discursos políticos que induzam a divisão entre nós, guineenses, usando como argumento as nossas diferenças étnicas;
5. Criar um fundo de solidariedade nacional;
6. Promover com a ajuda das organizações de apoio a permuta de produtos (sementes, viveiros e experiências comunitárias) entre nós.
Feito em Djalicunda a 28 de Junho de 2012
Organizações membros do Grupo de Trabalho:
sexta-feira, 29 de junho de 2012
PORQUE ESCREVO!?
Escrevo, essencialmente porque gosto de escrever.
Não sei, nem quero saber se outros também gostam de escrever, se começaram a escrever antes ou depois de mim.
Escrevo, porque não consigo calar-me perante as injustiças.
Não sei, nem quero saber se outros se calam perante as injustiças.
Escrevo, porque não admito que me tentem silenciar.
Não sei, nem quero saber se conseguiram silenciar os outros.
Escrevo, porque sinto-me livre para escrever e só concebo escrever sem quaisquer condicionalismos.
Não sei, nem quero saber se os outros se sentem ou não livres ou condicionados para escrever.
Escrevo, essencialmente sobre a minha pátria, porque respeito-a e tenho orgulho nas minhas raízes, na minha infância e na minha juventude.
Não sei, nem quero saber se amo e respeito a minha pátria mais que outros guineenses.
Escrevo, porque revolta-me ver a minha pátria e o meu povo refém de criminosos.
Não sei, nem quero saber se são ou não mais criminosos que outros.
Escrevo, porque vejo criminosos a cometerem barbaridades na minha pátria.
Não sei, nem quero saber se essas barbaridades são mais graves que aquelas cometidas noutros países.
Escrevo, porque sinto a dor e a revolta do meu povo.
Não sei, nem quero saber da dor e da revolta dos outros povos.
Escrevo, porque vejo oportunistas e incompetentes a assaltarem o poder na minha pátria.
Não sei, nem quero saber dos oportunistas e incompetentes da pátria dos outros, mas quero ajudar a combater os da minha terra.
Escrevo, porque vejo guineenses a confundirem aproveitamento de lacunas legais, com inconstitucionalidades.
Não sei, nem quero saber das lacunas legais e inconstitucionalidade dos outros países.
Escrevo, porque vejo os guineenses a confundirem os interesses da pátria, com os interesses de Cadogo Jr., de António Indjai, de Kumba Yalá, do PAIGC e do PRS.
Não sei, nem quero saber da pessoalização e personificação dos interesses dos outros países.
Escrevo, porque vejo guineenses a confundirem violentos golpes de estado militar, com a defesa da soberania nacional.
Não sei, nem quero saber dos golpes de estado e da soberania de outros estados.
Escrevo, porque vejo um Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas, a convocar e dirigir uma reunião de antigos combatentes, no edifício que é o maior símbolo da democracia de qualquer país democrático.
Não sei, nem quero saber dos símbolos da democracia dos outros países.
Escrevo, porque vejo um Chefe de Estado-maior das Forças Armadas, principal suspeito de alguns crimes de sangue e de narcotráfico, a participar num Conselho de Ministros, no meu país que se queria democrático.
Não sei, nem quero saber dos ditadores, assassinos e narcotraficantes que presidem Conselhos de Ministros noutros países.
Escrevo, porque sinto que é hora de todos os guineenses de bem se manifestarem, de uma forma ou outra e, a minha forma de manifestar é escrevendo.
Não sei, nem quero saber se os outros se manifestam escrevendo, gritando ou em silêncio. Mas, é importante que se manifestem.
Importo-me sim, quando assisto a pacificidade e conformismo do povo guineense que permite que o chamem a votar e depois alterem o sentido do seu voto, desrespeitando a sua vontade e comprometendo simultaneamente o seu bem-estar e a sua liberdade…
Importo-me sim, quando vejo guineenses capazes de travar uma luta maior e ainda melhor que esta minha pequena contribuição, acomodarem-se ou deixarem-se intimidar por analfabetos com armas nas mãos ou outros condicionalismos…
Importo-me sim, se aqueles guineenses livres de condicionalismos não manifestarem como forma de resistência aos criminosos, aos oportunistas, a impunidade, a ignorância e a esquizofrenia na Guiné-Bissau.
Portanto, escrevo porque preciso e porque a minha pátria precisa de quem se manifesta, de uma forma ou de outra, livre de quaisquer condicionalismos.
Eu faço a minha parte (gostava de poder fazer mais) e cada guineense devia fazer a sua, se realmente queremos ver a Guiné-Bissau verdadeiramente livre, independente e a desenvolver-se.
A mudança tem de começar em nós guineenses, dentro e fora do país, para que os outros (a chamada comunidade internacional) possam levar-nos efetivamente a sério. Se não demonstrarmos o que realmente queremos, dificilmente os outros nos ajudarão a conquistá-lo…
Por isso, não nos calemos e manifestemos até a exaustão, pela Guiné-Bissau livre de golpes de estado e de governos de transição.
Jorge Herbert
quinta-feira, 28 de junho de 2012
Como é que é? Ora, damos à sola...
Dezassete prisioneiros estão a monte, desde o oassado dia 26 de Junho, depois de terem fugido das instalações prisionais da 2ª Esquadra da Polícia de Ordem Pública, em Bissau. Os referidos presidiários pertenciam ao grupo de jovens denominado «Os como é que é». Nos últimos tempos este bando tem provocado ondas de assaltos e agressões com armas de fogo e armas brancas, nos diferentes bairros de Bissau.
As informações foram avançadas à PNN por uma fonte do Comissariado Nacional da Polícia de Ordem Pública. De acordo com a mesma fonte, foram 35 os jovens detidos nas últimas duas semanas pelas autoridades policiais, de entre os quais 17 se encontram em fuga desde início desta semana.
Segundo ainda a nossa fonte, o acto de mudança de cela destes reclusos não foi do conhecimento dos responsáveis directos do centro de detenção nem do Comissário Nacional da Polícia de Ordem Pública. Em consequência desta situação, dois agentes da Polícia já foram detidos, enquanto o director deste serviço foi exonerado. Os restantes 18 prisioneiros foram transferidos para a cela de outra esquadra, no Bairro Militar, nos arredores da capital. (c) PNN Portuguese News Network
SONDAGEM DC: A diferença entre ser suicida, estúpido ou ignorante
PERGUNTA DC: Como qualifica as declarações do 'diplomata' dos EUA?
RESPOSTAS:
Suicidas > 94 (12%)
Estúpidas > 516 (66%)
Ignorantes > 168 (21%)
AAS
Yamoussoukro acolhe nova reunião dos Chefes de Estado sobre o Mali e a Guiné-Bissau
As crises no Mali e na Guiné-Bissau estarão no centro das atenções da 41a sessão ordinaria da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Estados da Africa Ocidental (CEDEAO), amanhã, sexta feira em Yamoussoukro, capital administrativa da Costa do Marfim indicou uma fonte dessa organização regional.
Segundo o comunicado, os Chefes de Esatdo "passarão em revista o memorando do presidente da comissão da CEDEAO, Kadré Désiré Ouadraogo sobre o Mali, assim como o relatorio sobre a Guiné-Bissau". Por outro lado, o mediador da crise maliana, o Presidente do Burkina-Faso, Blaise Campaoré, submetera aos seus pares uma informação sobre a situação no Mali.
Quanto ao Presidente do Grupo de Contacto Regional da CEDEAO para a Guiné-Bissau, ele apresentará uma nota de informação sobre a situação prevalecente actualmente nesse pais. O comunicado anuncia a participação do Presidente em exercicio por interimo da Comissão da União Africana Jean Ping, e do Representante Especial do Secretario Geral das Nações Unidas na Africa Ocidental, Sr Saïd Djinnit, nesse encontro oeste-africano de alto nivel. Xinhuanet/Africatime.com
Primeiro comício do PAIGC depois do golpe de Estado na Guiné-Bissau
Cerca de cem militantes do partido que estava no poder até ao golpe de Estado de 12 de Abril participaram ontem, em Bissau, no primeiro comício organizado pelo PAIGC desde a queda do governo de Carlos Gomes Júnior. Até agora, todas as manifestações de condenação ao golpe de Estado decorriam dentro da sede do partido, todavia, esta quarta-feira, cerca de uma centena de militantes do PAIGC decidiram sair à rua. Inicialmente, os militantes pretendiam realizar uma marcha pacífica até à sede da CEDEAO em Bissau, para perguntar aos representantes dessa organização o motivo do não-cumprimento das orientações das Nações Unidas para a resolução da crise na Guiné-Bissau. Contudo, a manifestação não foi autorizada pela Câmara Municipal de Bissau, pelo que os militantes não passaram da porta da sede do PAIGC.
Durante o comício, vários militantes teceram duras críticas à atitude da CEDEAO que a seu ver pretende fazer voltar atrás a democracia na Guiné-Bissau. Pelo contrário, para os manifestantes, a CPLP, a União Africana, a União Europeia bem como as Nações Unidas são entidades "amigas da Guiné-Bissau". Durante esta concentração na qual não foi visível a presença de agentes da polícia ou militares, não foram registados quaisquer incidentes. O PAIGC promete, entretanto, realizar daqui por diante outras acções de luta política contra as autoridades de transição que continuam a não reconhecer. RFI
A ofensiva está a tomar forma
Se era segredo, deixou de o ser. O presidente Senegales, Macky Sall, visitou ontem a linha foronteiriça de N'PACK (que divide a Guiné-Bissau do Senegal) onde teve uma pequena reunião com comandantes de batalhões do Senegal e da Guiné-Bissau que controlam aquela fronteira. O objectivo desta visita, apurou o DC, é o de criar uma frente comum de combate contra os independentistas de Cassamança a partir do nosso território.
Ontem, falei pelo telefone com o sargento A., que atê ao mês passado estava na frente de Kolda, e agora foi transferido para a zona de N'PACK. O sargento onfirmou esta informacão, e disse ser essa a razão da sua transferencia. O próprio sargento questionou sobre esta operacão conjunta a partir de São Domingos. Perguntei-lhe sobre os ganhos para Guiné-Bissau com esta operacão isto porque ninguem sabe onde estão e nem quem é rebelde. Não soube responder. Aguardemos pela posição das autoridades da Guiné-Bissau. AAS
Golpe militar preocupa gabinete anti-narcotráfico da ONU
O gabinete anti-narcotráfico da ONU (UNODC), está "preocupado" com o golpe de Estado de 12 de Abril na Guiné-Bissau e a tentar determinar o impacto no tráfico de droga no país, disse terça-feira o director do organismo, citado pela Lusa. "A UNODC pode apenas lamentar que isto tenha acontecido porque a Guiné-Bissau é um dos mais problemáticos países da África Ocidental, em termos de abertura das suas fronteiras ao abastecimento de droga ilícito da América do Sul, para a África Ocidental e também a União Europeia", afirmou o director do organismo, Yuri Fedotov.
"Politicamente falando, (o golpe de Estado) é um evento preocupante, um motivo de preocupação que só pode prejudicar a situação", adiantou. Fedotov, afirma ser "cedo" para perceber com precisão se o tráfico aumentou após o golpe militar, cujos protagonistas incluem oficiais acusados pelo governo de ligação ao narcotráfico internacional. Promete respostas "num futuro próximo", quando estiver concluído um relatório de "avaliação de ameaças" na África Ocidental, em que a Guiné-Bissau será incluída.
Na apresentação do relatório anual da UNODC, em Nova Iorque, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou para o facto de o tráfico de droga estar a aumentar na África Ocidental e Central e a "minar severamente" Estados da região. "A governação na África Ocidental e Central está a ser severamente minada pelo crescente tráfico de drogas nestas regiões", adiantou Ban Ki-moon. "Não podemos ceder terreno aqueles que se alimentam da falta de lei e que usam países como caminho para a entrega de drogas ilícitas", prosseguiu.
O relatório anual refere que as "afinidades linguísticas com o Brasil e alguns países africanos", fizeram com que Portugal tenha sido importante no transbordo de cocaína, sobretudo entre 2004 e 2007, perdendo de aí em diante a importância, como "porta de entrada" para o tráfico de droga sul-americana, através de países da África Ocidental. LUSA
"A CPLP tem actuado além do que os estatutos lhe permite"
“Acreditamos que este tenha sido o último golpe de Estado na Guiné-Bissau ” – Fernando Vaz28 de Junho de 2012. Um mês após assumir o governo na Guiné-Bissau, após o golpe de Estado levado a cabo a 12 de Abril, o ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Fernando Vaz, em entrevista exclusiva à Deutsche Welle África (DW África), reiterou que as questões do país estão a ser bem encaminhadas e geridas.
Questionado que balanço faz do desempenho do governo de transição, desde a sua posse, Fernando Vaz afiança que questões elementares têm sido resolvidas, como é o caso do pagamento de salários em atraso.
“Aquilo que marcava Carlos Gomes Júnior [o primeiro-ministro deposto da Guiné-Bissau] era pagar os salários mensalmente, a tempo e hora. Este governo de transição fez num mês aquilo que o Carlos Gomes fez em três. Ou seja, num mês, nós pagamos três meses de salário. E ainda pagamos a metade da dívida que o Estado tem com os professores, com cinco meses de salário atrasado. Conseguimos com que os militares fossem para os quartéis e arredassem completamente da vida política e civil do país”, garantiu o Fernando Vaz, que alerta, também, que não é meta desse governo resolver, em um ano, todas as necessidades do país.
“É um país que depende completamente do exterior. Mas isso são questões estruturais e espero que não tenham a pretensão de que em um ano nós resolveremos esta questão. Nem é esta a nossa proposta. Queremos criar condições para que haja eleições livres, justas e transparentes e para que a justiça comece finalmente a imperar neste país”.
No dia 20 de Julho próximo a capital moçambicana, Maputo, vai ser palco da 9ª cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da CPLP, uma altura em que, dada a sua situação política, a presença da Guiné-Bissau tem sido uma incógnita.
Perguntado quem vai representar o país, uma vez que Carlos Gomes Júnior disse ser o representante do governo legítimo do país, Fernando Vaz responde, categoricamente: “Hoje temos dois países. O “real” e aquele que Carlos Gomes Júnior governa. O governo de transição governa o país “real”.
Quanto à posição que a comunidade lusófona vem tomando, relativamente ao processo em curso, consequente do golpe es Estado de 12 de Abril, o ministro da Presidência de Conselho de Ministros do governo de transição afirma que a CPLP tem actuado além do que os estatutos lhe permite.
“Para nós, a CPLP é uma comunidade linguística e não política. A CPLP faz mais do que deveria fazer. Vejam bem o estatuto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e com certeza vão me dar razão. Porque o que não querem entender é que a comunidade internacional e as Nações Unidas mandatam a CEDEAO, a Comunidade Económica dos Países da África Ocidental, no caso do problema guineense, para encontrar soluções. Uma parte da comunidade internacional entende que a Guiné-Bissau são apenas duas ou três pessoas”.
“Acreditamos que este tenha sido o último golpe de Estado na Guiné-Bissau e que eles tenham a consciência de que não é com golpe de Estado que se resolve o problema da Guiné-Bissau. É preciso sentarmo-nos todos, inclusive Carlos Gomes Júnior e outros parceiros, para encontrarmos uma solução viável para este país”, finaliza Fernando Vaz.
Fonte: Deutsche Welle África (DW África)
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Holder fala qualificação por...um milésimo de segundo!
O atleta Holder da Silva falhou o acesso às Meias Finais por 1 centésimo de segundo! É impressionante mas é a realidade. Holder ficou em 25º e só 24 podiam passar para as Meias Finais, num total de 58 participantes na prova dos 100 m.
Aos guineenses, resta continuar a acreditar, e ao atleta caberá representar cada vez melhor o nosso País, representando o nosso Povo.
Mas Holder não esteve só. Um cidadão Guineense estudante em Cotonou, viu ontem pela TV Nacional a apresentação das Seleções e, fez questão de se deslocar cerca de 40 Km para vir ver o o atelta do seu País. Um grande apoio sem qualquer tipo de dúvidas.
Um obrigado ao holder e a todos aqeles que continuam a acreditar no Atletismo Guineense. AAS
Fim de contrato com empresa senegalesa deixa Bissau às escuras
A capital da Guiné-Bissau está desde o início do mês com aumentos nos cortes de energia em diversas zonas, devidos ao fim do contrato de gestão com uma empresa senegalesa, justificou o diretor da Central Elétrica de Bissau. Alberto da Silva, citado hoje pela ANG (Agência de Notícias da Guiné-Bissau), explicou que a EAGB (Energia e Águas da Guiné-Bissau) trabalhava em parceria com a empresa senegalesa "Mat-Force" para o fornecimento de energia, com o apoio do Banco Mundial, tendo o contrato terminado no último dia 05. Foi esse o motivo da diminuição da produção, disse, acrescentando que, ao contrário do que se diz em Bissau, não há falta de combustível para alimentar os grupos de geradores. LUSA
Nem tudo o que brilha é ouro
"Prezado Aly,
Permita-me mais uma vez debruçar sobre um assunto, revolvendo-o e faze-lo vir a tona, assunto que para mim ao invocá-lo me serve de exercício de aprendizagem e, suponho que para os meus conterrâneos seja mais uma aventura ou curiosidade inconclusiva, do extrair uma pedra no sapato ao andar ou dum osso atravessado na garganta.
A advertência de que «nem tudo o que brilha é ouro», induziu-me a estabelecer um paralelismo “quantidade versus qualidade”, associando-a harmoniosamente à um assunto translúcido de há varias décadas, mas submergido no ego de certos dos nossos conterrâneos, que se inclinam irresistivelmente ao princípio de que a superioridade numérica é o vector da ideia duma qualidade superior. O que não é o caso!
Mas de um outro lado o é, isto é, da parte de alguns dos nossos conterrâneos que durante todas essas décadas senão séculos, a natureza foi «pródiga» para com eles em termos de fertilidade e de reprodução, impondo-se numericamente dentro do xadrez demográfico da Guiné-Bissau. E sendo eu um averso à denominação especifica de índole étnico-tribal, e para retratar esse grupo, prefiro fazer uma abordagem em termos antropológico e sociológico, que durante os respectivos estudos tornaram publico e conclusivo em como esse povo, nas suas origens e relações sociais, são classificados pela inexistência de hierarquia, ou seja ausência de estratificação social, dai que são denominados de sociedade «horizontal».
Sem alguma pretensão pejorativa, os nossos irmãos da sociedade "horizontais", desculpem o termo, que acho suave e, que tive o cuidado de pôr entre "aspas", durante décadas reivindicaram as suas superioridade numérica, e utilizando essa quantificação como razão para confiscarem e ter como refém as instituições do estado, ignorando o factor qualidade, que devia ser uma amálgama, para produzir resultados positivos e justificar essa superioridade.
Consta que, etnicamente ao invocarem essa superioridade numérica em termos demográficos, seja ela duma forma espontânea ou propositadamente, nem se apercebem de que estariam a diluir a expressão [quantitativa e qualitativa], das outras comunidades étnicas que compõem o nosso rico mosaico demográfico.
Essa confiscação e acto de fazer refém as instituições do estado, justificadas debilmente pela quantificação numérica, é o paradigma do pelo facto de se ser mais numeroso, implicaria assim automaticamente possuir qualidades, sinónimo de capacidades, boas e requeridas para um determinado desempenho positivo.
Dai que um convite é endereçado à todos nós, Guineenses, para contextualizarmos histórica e geograficamente essa superioridade numérica reivindicada pelos nossos irmãos "horizontais", tanto na luta armada de descolonização [meu termo preferido em vez de independência] como em inúmeras outras vertentes.
No caso especifico da luta armada, que se saiba de que, essa luta foi dirigida na zona Sul do nosso país, que por coincidência era zona de maior confluência dos nossos irmãos "horizontais", fosse a luta armada gerada nos arquipélagos dos Bijagós, concerteza o cenário seria outro; ou se fosse ela gerada no Leste, ai o compasso teria traçado um ângulo de 45 graus; fosse ela no Norte, talvez o compasso traçaria talvez um ângulo de 90 graus e; fosse ela em Bissau talvez teríamos um ângulo de 180 graus, e ai por diante.
E que fique bem claro de que, quanto maior se é, mais probabilidade existe e mais vulnerável se fica exposto em ter elementos medíocres num processo de filtragem e de qualificação.
Portanto, que fique bem claro ainda de que, na aplicação da lei da proporcionalidade numérica em qualquer sociedade não deve ser tida como um apanágio, mas sim dum factor forjador de fusão e de diversidade cultural, e nem tão pouco quantidade prima sobre a qualidade. O protótipo concreto, é o caso das nossas forças armadas [onde os mais numerosos não são melhores do que os menos numerosos]; no parlamento da legislatura deposta [o partido maioritário não teve a qualidade suficiente para se impor convincentemente nos debates]; na esfera dos partidos ou melhor grupusculos políticos [as minorias é que fazem perfilar as qualidades mínimas requeridas dum partido politico e, não a maioria medíocre como ela se apresenta]; nas nossas escolas [muitas escolas mas delas uma ínfima parte apresenta qualidades]; nas nossas bolanhas [temos muitas, mas importamos arroz mais do que produzimos, ou quase nada produzimos]; nos mares e rios [temos quantidade incomensurável de peixes, mas consumimo-lo infimamente] a exemplificação seria extensiva se pretender continuar, essa seria só a ponta do iceberg.
Racionalizando esse assunto, urge exorciza-la de uma vez por todas, retirar o manto de opacidade sobre essa lamentação, e passarmos a inverter a tendência de invocação das lamentações em : " nós é que temos maior e melhor qualidade" ao invés de perpetuar no " nós é que somos maioritários" ou " nós é que lutamos mais"; " nós é que....... etc, etc."
Porque nem tudo o que brilha é ouro.
Pabia i ka tudu kê ki a lampra ki uru.
Nevabamon, S. Tcharty"
terça-feira, 26 de junho de 2012
Quem será o próximo da lista?
"Já para iniciar a minha fala, permita-me trazer algumas indagações sobre o futuro motim no país. O que será do Antonio Injai, atual Chefe de Estado Maior das Forças Armada com a soltura de Bubo Na Tchuto, seu ex-comparsa no golpe de 01 de abril de 2010 que culminou com a detenção de Zamora Induta ex-Chefe de Estado Maior das Forças Armadas e Carlos Gomes Júnior (Cadogo filho) ex Primeiro Ministro? Será que a libertação de Bubo Na Tchuto complicaria futuros manobras de Injai no seio dos militares, principalmente da etnia Balanta? Quem é a próxima vitima neste cenário de turbulência? Mais uma vez, com a libertação do ex-Chefe da Marinha, Bubo Na Tchuto, o país esta marcado para surgimento do novo motim sem data marcada, a Guiné-Bissau país pequeno com grandes problemas causados pela classe castrense.
Durante trinta e oito anos da independência, a Guiné-Bissau no seu dia-a-dia foi marcada pela tristeza de diversos atos de violências, tumultos em decorrência do primeiro golpe de Estado de 14 de novembro de 1980. A instituição militar tradicionalmente não pautada pela democracia e sendo essencialmente uma instituição hierárquica e piramidal, manifesta radicalmente sua concepção autoritária no meio político-administrativo do Estado. Os militares preferem obedecer ao seu comandante de turno, em vez de obedecer ao Presidente da República ou Primeiro Ministro.
O entendimento da trajetória do exercício do poder político na Guiné-Bissau, desde os anos 1980 até hoje, é uma tarefa um tanto difícil de entender, uma vez que exige a compreensão do quebra-cabeça em que se fraguou nossa historia de independência. Parece-nos que o líder revolucionário pela independência do país, Amilcar Lopes Cabral, havia previsto o que iria acontecer com a situação político-social guineense pós-independência; uma vez que, no período da luta armada, já alertava aos guineenses e cabo-verdianos para que não confundissem a luta pela libertação nacional com a busca por privilégios pessoais.
O líder revolucionário afirmava que o objetivo do Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) que se mobilizou e lutou pela independência, não seria somente destruir o colonialismo português e substituir a dominação lusitana por uma espécie de burguesia nacional ao estilo de um mero colonialismo interno. Mas, sim, de construir uma nação em que houvesse oportunidade, igualdade e justiça para todos os seus filhos. Com efeito, Cabral argumenta: “a nossa luta não deve ser apenas contra os estrangeiros, mas também contra os inimigos de dentro, aquela classe social que não quer o progresso da nossa terra, do nosso povo, mas apenas o seu próprio progresso e bem-estar da sua família (...). A luta para libertação do nosso país e do nosso povo, condição necessária para o progresso da nossa sociedade como um todo, deve ser dirigida pelos melhores filhos do nosso povo”.
As divergências que correspondem interesses pessoais dos oficiais das forças armadas, isso levou a uma intensa disputa no meio dos militares de quem deveria ocupar o cargo de Chefe de Estado Maior das Forças Armadas. Desde o conflito armado de 07 de junho de 1998, sempre quem assume este posto é tido como novo alvo e, por conseguinte derrubado e ou morto como é o caso de Ansumane Mané, Veríssimo Correia Seabra e Tagme na Waie, com exceção Zamora Induta, o último Chefe de Estado Maior das Forças Armadas, deposto no dia primeiro de abril de 2010 por Antonio Injai, atual Chefe de Estado Maior das Forças Armadas.
Enquanto não houver uma cultura democrática na instituição militar, dificilmente o país sairá dos motins e das turbulências típicas que caracterizam a ascensão de um militar ao cargo aludido. Hoje é fácil entender o próximo evento que irá ser causado pelos militares, podemos esperar que a próxima já foi planejada, só questão do tempo, data e a hora de ser executada, e a minha intuição que a próxima vitima será Injai, ( vamos escrever isso,ajuste de contas entre Na Tchuto e Injai, e o primeiro passará assumir o cargo mais disputado na área militar, Chefe de Estado Maior das Forças Armadas). Antigamente na era Nino Vieira, as disputas eram pautada nas fraudes, mas hoje é disputado nas balas.
Esses sucessivos golpes de Estado, bem como a tendência guineense de resolver as questões políticas através do uso da força e das armas, encontram uma explicação plausível na cultura local, denominada de “matchundadi”. Hoje políticos e militares não reflitam sobre a possibilidade de resolverem seus conflitos de forma civilizada e dialógica. Sabemos que os conflitos muitas vezes são imutáveis, mas precisamos estimular que todos busquem resolvê-los através do dialogo, com a mediação das palavras e da compreensão.
Precisamos difundir essa ideia, estamos cansados de tantas violências, não há motivo que justifique alguém tirar a vida de outras pessoas. Quem paga preço da violência causada pelos militares e políticos é a população, tudo se anda no sentido contrario, em vez dos políticos serem inquilino da população, é o último que passa ser o inquilino do primeiro. Os militares são manipulado pelos políticos que se acham GABOLA, para aproveitar das oportunidades para roubar no aparelho de Estado, a população não merece passar por tais situações.
A sociedade guineense precisa criar um Projeto contra corrupção, isso vai ajudar a denunciarem os políticos GABAROLAS, que só pensam nos seus proveitos, sem que importar com a causa do país. Vamos incentivar a população a denunciar qualquer anomalia dos políticos. Hoje muitos países tem orgulho de ter quadros humanos, investir na Educação é acreditar no futuro do país, só que os nossos governantes não priorize, aliás, não pensem nisso, na verdade, como a maiorias dos nossos representantes são analfabetos, isso mostra a não preocupação no investimento na área Educacional. Vamos lutar até o último suspiro para mudar esse quadro.
Armando. A."
Um debate
"Aly,
Os meus melhores cumprimentos.
Como seguidor assiduo do teu blog, recentemente dado ao interesse que assunto sustiva em mim, aventurei-me e fiz uns comentarios sobre o novo «ministro» dos NE do Governo da CEDEAO para a Guiné-Bissau, Sr Faustino Fudut Imbali. Do conteudo desse artigo, sentiu-se tocada a "Sra Sara E. T", vindo defender-se, fazendo considerações sobre a minha pessoa e pondo em causa a minha legitimidade como «bom filho da Guiné-Bissau». Esse artigo não teve como mobil ofender quem ela pretende defender, pois a menção a essa pessoa surgiu na sequência da mera descrição dos factos que na verdade aconteceram. Enfim, para certos espiritos com consciência pesada... a verdade e a mentira, confundem-se como as certezas de Jumo. Posto isto, se me permitires, sinto-me no direito de me defender contra essa advogacia instintiva, sendo porém certo, de que, não mais voltarei ao assunto, qualquer seja o tratamento que e der a este meu artigo.
Sra Sara,
Contrariamente do que pensa estamos todos no mesmo fuso horario (muito perto de si do que pode imaginar) e, não sofro de insonias como pretende insinuar porque a minha consciência esta mais tranquila e sem quaisquer remorsos do que a sua. Nunca na minha vida desejei a morte de quem quer que seja e muito mesmo tirei à vida alguém. Pode crer que, de si dispenso qualquer ajuda que seja, porquanto não esta minimamente habilitada para tal, pois conclui que nada pode me ensinar sobre a vida e muito menos sobre os postulados da verdade.
Para mim, a pior ignorância, vem de quem quer negar a verdade, mesmo quando ela é limpida como àgua. A historia da Guiné-Bissau é prenhe de exemplos de "Santos" erigidos em pedestais de martires de "mãos limpas", com isso, tentando branquear muitos casos lamentaveis, que também tem destinatarios dessa dôr..., porém, silenciadas sem se poderem defender. Muitas vidas foram tolhidas da vivência dos vivos e dos seus entes, por mãos hoje, paradoxalmente brandidas como limpas e imaculadas.
Na vida, cada um e cada qual se cobre com o lençol que melhor lhe serve para se defender um ente querido que se chora e se procura pela imensa falta e saudade que nos deixa, certo porém de que, esse reencontro so no além se realizara. Esse além, onde todos nos iremos apresentar as nossas contas ao Nosso Senhor Deus.
Muitos lençois, embora tachados de sangue de vitimas de outras eras, vidas vilmente ceifadas...sejam eles, Quadros, sejam eles Seabras..., decerto, vos parecerão imaculadamente virgem, puro e santo, porque não pertence a vossa dôr. Enfim, são os olhos com os quais queremos ver a realidade perante uma dôr que não vos pertence e, nem vos interessa... Porém, essas familias, Quadros, Seabras entre outros, também se deitam e se levantam na procura da eterna paz e tranquilidade, procurando no silêncio a justiça contra os que lhes tiraram os seus entes queridos, e assim apagar as suas magôas ainda exanques de dôr.
De dizer que, a poesia, infimamente linda e sublime não tem rosto e pode vir de seres mais controversos, irracionais e insensiveis que se pode imaginar, e como tal, nada branqueia, nada apaga... alias, Adolf Hitler e Josef Mengele, embora a titulo postumo, descobriu-se que, foram também, grandes e iméritos poetas, mas não deixaram de ser o que foram para a humanidae.
Da minha parte, se este artigo fôr publicado, sera o ponto final nesta questão inopinadamente despoletada por alguém que se auto-constuiu advogada de defesa de uma causa, onde alguém, por mera coincidência e de circunstância dos factos foi citada nesse meu artigo.
Por fim fico, deixo também a Sra Sara a minha opinião sobre a sua pessoa que não considero filho digno da Guiné, pois, bons filhos da Guiné-Bissau, são-nos, os que que aceitam a verdade e saibam assumir com humildade e contrição necessaria os erros daqueles que nos são proximos e queridos e reconhecer o mal e a dôr que causou aos outros seus irmãos. Por isso, quanto a tentar julgar-me de ser ou não bom filho da Guiné-Bissau, a sua omissão e contradição com a verdade deixam-lhe mal na fotografia para me julgar.
No entanto, deixo-lhe com estes dois sabios adagios do povo : «Quem semeia ventos colhe tempestades» e «Quem com ferro mata, com ferro sera morto».
Almiro Correia
MINISTROS PRECISAM-SE
Após a recente declaração do Ministro de Negócios Estrangeiros do governo ilegítimo da Guiné-Bissau, em que ameaçava com a possibilidade da retirada do nosso país da CPLP, decidi escrever sobre algumas saídas infelizes desse Ministro, mas a carta aberta do editor do blog “Ditadura do Consenso” e o texto de Almiro Correia publicado no mesmo blog, frenaram o meu impulso, achando que qualquer novo texto em relação a essa declaração de Faustino Imbali não viria acrescentar nada e pecaria por ser repetitivo e pobre de novidades… Mas, hoje foi daqueles poucos dias em que consigo ver o noticiário das 19h30min da RTP África.
Vi os portugueses a receberem a visita de um Nobel da Paz (Desmond Tutu), os caboverdeanos a disputarem a liderança de umas eleições autárquicas, os angolanos a reabilitarem um caminho-de-ferro, etc. Da minha Guiné-Bissau, assisti a mais uma vergonhosa entrevista do Sr. Faustino Imbali, na qualidade de Ministro dos Negócios Estrangeiros do governo ilegítimo da Guiné-Bissau e uma visita do Ministro da Presidência do Conselho de Ministros da Comunicação Social e Assuntos Parlamentares do mesmo governo ilegítimo, supostamente para atrair investimentos estrangeiros, à uma fábrica de bebidas instalada na Guiné-Bissau há 3 anos, por um empresário espanhol!!!
Pergunto, mas em que mundo de amadorismo e empirismo vivem esses dois ministros!? Em que Universidades esses dois coitados estudaram Relações Internacionais, os conceitos de Micro e Macroeconomia e as regras do mercado para atração de investimentos estrangeiros!?
Quanto ao Sr. Fernando Vaz, não tenciono perder muito do meu tempo com ele. Peço-lhe apenas para não tentar ser notícia a todo o custo, mesmo tendo que desempenhar papeis ridículos como aquilo que vi hoje na RTP África. Isso porque, apesar de não pactuarem com este governo de golpistas, ainda existe guineenses que se envergonham, ao assistir a tamanha pequenez daqueles que pretendem ser representantes de um país… Gostaria que esse Ministrozeco me dissesse, de que forma acha que essa visita a essa fábrica possa atrair novos investidores para a Guiné-Bissau, quando todo o mundo sabe de cor e salteado que a Guiné-Bissau encontra-se numa situação de grave instabilidade político-militar, com consequente afastamento dos nossos principais parceiros económicos e agravamento progressivo da situação sócio-económica…?
Nesse contexto, a visita à uma fábrica de sucesso (convém realçar sempre que se instalou há três anos na Guiné-Bissau e não durante o mandato do atual governo ilegítimo), transforma-se apenas numa clara demonstração da pequenez, falta de visão e défice de postura de estadista, de alguém que não faz a mais pálida ideia o que é a arte de governar um país… A desorientação é gritante!
Mas, no desenrolar do noticiário, a vergonha guineense começou com a entrevista do suposto Ministro de Negócios Estrangeiros, com quem o jornalista fez questão de gozar, sem ele se aperceber do ridículo que estava a ser! Começou por garantir, como se estivesse munido de uma varinha de condão, que jamais haverá golpes de estado na Guiné-Bissau. Não foi capaz de justificar essa sua afirmação, demojstrando clara cumplicidade com os militares, já que essa afirmação não passa de chavões já repetidos por outros CEMGFA. Agora, em vez de ouvirmos essa garantia da boca do principal ator do último golpe de estado, essa afirmação não fundamentada, saiu da boca de alguém que se afirma Ministro dos Negócios Estrangeiros de um país!
Avançou na entrevista afirmando também que a Guiné-Bissau tinha sido reconhecida pela Comunidade Internacional, referindo-se especificamente a CEDEAO. O jornalista lembrou-lhe e bem que a CEDEAO era apenas uma organização regional… Após umas baboseiras pelo meio, lá terminou a entrevista a dizer timidamente, em jeito de “recado de boca pequena” aos governantes portugueses, qualquer coisa como: para a Guiné-Bissau, o principal parceiro económico ou a referência da Comunidade Internacional para a Guiné-Bissau, é Lisboa!!!
Sr. Faustino Imbali,
“Tire o cavalinho da chuva” e oriente as suas energias a pedinchar algo mais a CEDEA O, porque com este governo português, não vai ter sorte, enquanto não reporem completamente a legalidade constitucional… Quando cozinharam o golpe e formaram governo, deviam também calcular o risco de colocar o país num isolamento económico e todas as consequências que daí poderiam advir. O Sr. Faustino Imbali não sabia que corria o risco de se tornar no Ministro dos Negócios com menos de meia-dúzia de países, em vez de um verdadeiro Ministro dos Negócios Estrangeiros? A dita Comunidade Internacional pode até não estar interessado em aplicar-se muito em homens e dinheiro para resolução das constantes instabilidades de um dos países mais pobres do mundo, mas também garanto-lhe que não estão nem estarão dispostos a apoiar financeiramente um governo fantoche saído de um golpe de estado.
Voltando a entrevista anterior em que o Sr. Faustino Imbali ameaçava com a saída da Guiné-Bissau da CPLP, queria apenas perguntar-lhe, se não era melhor inscrever-se antes num curso de verão de Relações internacionais, antes de vir proferir baboseiras para a comunicação social?
Nessa entrevista o Sr. Faustino Imbali dizia que a Guiné-Bissau é um país soberano e independente!
Pergunto ao Sr. Faustino Imbali, que país independente é esse e que independência é essa, quando o povo é oprimido, impedido de se manifestar, quando exige a reposição da legalidade constitucional? A quem compete defender a soberania do país? Os militares? Quem delegou essa função aos militares? O Governo de transição? E QUEM DELEGOU ESSA REPRESENTATIVIDADE AO GOVERNO TRANSIÇÃO? O POVO É QUE NÃO FOI! Portanto, o conceito da independência e soberania de um país, sem a independência e soberania do seu povo, é muito difícil de explicar a pessoas que têm a mínima capacidade de raciocínio… Estude e pesquise, antes de vir falar para a comunicação social. Ser Ministro também implica estudo e rigor nas palavras e nos actos.
O Senhor Faustino Imbali quer dialogar com a CPLP, Portugal e a União Europeia, para quê!? Para tentar passar a imagem de que as pessoas que formaram este governo fantoche não passam de quadros patriotas dispostos a sacrificar as suas vidas pessoais para encontrarem uma saída para a crise que se instalou após o golpe de 12 de Abril, com o qual não pactuam mas também não condenam?
Caro Faustino Imbali, com a tecnologia de informação, o mundo hoje tornou-se muito pequeno. Por isso, assim como a maioria dos guineenses, dentro e fora do país, todos os atores internacionais e regionais, a começar pela CEDEAO, sabem perfeitamente que este golpe foi cozinhado entre os cinco candidatos a Presidência da República contestatários das últimas eleições, com Kumba Yalá a cabeça, o PRS, os opositores de CADOGO dentro do PAIGC e os assassinos cobardes da nossa praça com fardas de militares, encabeçados pelo António Indjai… Não adianta tentar explicar o óbvio. Já devia saber que um dia serão responsabilizados pelo estado socioeconómico a que estão a submeter os guineenses hoje e nos próximos tempos, tudo para satisfazer a vossa cega ganância do poder.
Contrariamente ao que afirma o Sr. Faustino Imbali na sua entrevista, este governo não pode nunca ser constituído por quadros tecnicamente capazes, porque qualquer quadro tecnicamente capaz e patriota, não devia aceitar integrar um governo saído de um ato de violência, como é um golpe de estado, porque aceita logo a partida trabalhar condicionado pelos militares, verdadeiros detentores do poder no país. Também, qualquer quadro minimamente capaz deve saber projetar o seu desempenho num determinado cargo ou funções, antes de os assumir, obviamente com pequenos desvios.
Este governo de fantoches e os seus apoiantes de visão fraca, só depois de algumas agressões verbais a Portugal, ao seu Ministro dos Negócios Estrangeiros e a União Europeia, começaram a perceber que a Guiné-Bissau é um país pobre, muito dependente da Europa e do resto de mundo e que a “porta” para esse espaço internacional situa-se em Lisboa e quem tem a chave é o governo português, na pessoa do seu Ministro dos Negócios Estrangeiros, por seu lado apoiante da concertação a volta da CPLP... Se demoraram para perceber isso, coitado do povo guineense nos próximos tempos!
Na ânsia cega para o poder e na emoção da revolução e do patriotismo barato, agridiram tudo e todos e só depois começaram a cair na realidade e agora pedem para conversar… Isto é aquilo que se diz na nossa terra “minino curridur, lebal réia”.
Para terminar, queria dizer de que é minha impressão de que Daba Na Walna foi afastado para o segundo plano, não por doença, mas sim por questões de luta para o protagonismo entre quem tem alguma formação e um analfabruto que comanda uma máquina de assassinar…
Jorge Herbert"
Obrigado.
You can learn me
"Olá,
Queria ter-te escrito uma carta de "amor" - vês, odeio expor-me?. Não o faço há uns anos, desde o Y, mas a situação era outra, estávamos apaixonados um pelo outro, havia reciprocidade. Mas não faz mal. Porque todas as cartas de amor sao ridículas...
Em vez disso, alguma coisa em ti, no que disseste um dia sobre ires para longe sem família lembrou-me uma das cenas do "Constant Gardener", em que eles se conheceram como nós e nunca mais se separaram. E quando se conheceram ele ia ser destacado para África - não sei se viste ou se te lembras. E ela, Tessa, simplesmente entrou no escritório dele e disse: "leva-me". E a cena, que tirei da net, tem este diálogo absolutamente fabuloso e terno, em que para ela é tudo tão simples e óbvio que quando ele diz "mas mal te conheço" ela responde "You can Learn me".
Se noutra vida, as circunstâncias fossem outras eu teria feito como Tessa. Ia contigo para qualquer lado. E dizia-te "You can learn me".
E acho que não havia carta de amor mais bonita que eu pudesse escrever em vez deste diálogo e esta cena deles que amo. Porque se não fosse hipoteticamente, eu diria mesmo que tu és um profissional excepcional, que me encho de orgulho cada vez que descubro um trabalho teu, que te vejo e que iria contigo para qualquer lado. Porque somos muito diferentes, mas muito compatíveis. E se tu não me vês tão bem quanto eu te vejo, diria "you can learn me" cada vez que tivesses dúvidas."
Obrigado. AAS
Guiné-Bissau, a província mais a Sul do Senegal...
Foi decidido em reunião de Conselho de Ministros, o destino a dar às duas aeronaves apreendidas no ambito do combate ao narcotráfico. O avião cargueiro vai ser vendido, e segundo informações de que o DC dispõe ja existe um potencial comprador no Senegal, que, era nem mais nem menos o mesmo indivíduo que agenciava o avião a partir de Dakar e com quem o Eng° Domingos trabalhava.
Esse aparelho foi propsitadamente modificado para passar a levar mais carga - dizia-se para comercialização de peixe. O avião, um Falcon, vai ser afectado à FISCAP para... patrulhamento maritimo!!! Segundo consta, como o mesmo sofre de uma avaria, vai ser alegadamente enviado para reparação no estrangeiro. Porém, tal não passa de mero subterfúgio para "revender" aos seus donos, os mesmo colombianos que levaram o avião com droga para Bissau.
Há boa massa a ser repartido entre alguns membros do 'governo' e altas figuras da estrutura militar. O negócio foi montado, sob orientação do BNT e diligenciado pelo Faustino Imbali a partir dos seus contactos no Burkina-Faso e com outras cumplicidades... Esse avião nunca mais regressará à Guiné-Bissau, pois o alibi da reparação é a sua revenda sem que o dinheiro passe pelos cofres do Estado. Não vos faz lembrar a famosa história do avião que o Ansumane Mané vendeu?...
Outra trapalhice:
O 'governo' mandatou FI para negociar com os operadores económicos senegaleses a exportação da castanha de caju da Guiné-Bissau via Senegal, onde estranhamente o custo do preço da tonelada da castanha de caju custa mais de 250 dólares do que se oferece à Guiné-Bissau. Para além da quebra de mais de 40% das exportaçãoes previstas para este ani, vai esse golpe para acabar com a unica esperança de equilibrio financeiro de que dispõem os nossos agricultores.
O Governo Senegales, astuto como sempre, prometeu o estebelecimento de um cordão de segurança para permitir a evecuação do produto. Uma forma inteligente de mostrar os músculos e poderio militar no nosso território a coberto de um fim económico que não seja na verdade, nem mais nem menos do que afastar a ameaça dos homens do MFDC sobre o território senegalês. As receitas e contrapartidas dessa "exportação" pela porta dos fundos vai... direitinho para os bolsos dos militares e da entourage do KY.
Paulatinamente estamos a ser a província mais a sul do Senegal. AAS
Ai, o nosso mar...
Herculano Encada, filho do deputado do PRS, Embunhe Encada, foi nomeado director administrativo e financeiro da secretaria de Estado das Pescas. Esse senhor é dono de uma frota de navios de pesca e representa os interesses coreanos e gregos na...mesma área! AAS
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Eu (também) vou solidarizar-me
Concerto de Solidariedade
“I KASSA KU NÔ MISTI KUMPU”
A Favor da Casa de Acolhimento “Fraternidade” da Fundação Ricardo Sanhá
29 de Junho – Sexta-Feira – Aula Magna – 21h30
A Fundação Ricardo Sanhá, criada em 2009, e reconhecida em Portugal como Entidade de Utilidade Pública, tem a seu cargo a Casa de Acolhimento “Fraternidade”, que recebe os doentes guineenses que chegam da Guiné-Bissau com Junta Médica, mas sem quaisquer outros apoios de subsistência ou medicamentosa.
A Casa de Acolhimento “Fraternidade” tem recebido os doentes e concedido todos os apoios e acompanhamento necessários, sem quaisquer apoios das autoridades guineenses, apesar de protocolos assinados para esse fim.
Visto que as despesas, que são inteiramente suportadas pela Fundação Ricardo Sanhá, têm vindo a aumentar, a entidade vê-se perante a necessidade de organizar eventos com o intuito de angariar fundos necessários para ajudar a manutenção Dos referidos apoios concedidos aos doentes guineenses em Portugal.
É neste sentido que a Fundação Ricardo Sanhá vai realizar no próximo dia 29 de Junho, Sexta-Feira, na Aula Magna da Universidade de Lisboa, pelas 21h30, um Concerto de Solidariedade subordinado ao tema “I KASSA KU NÔ MISTI KUMPU” (“Queremos Erguer Uma Casa”) e que vai contar com grandes referências da música da Guiné-Bissau, tais como SUPER MAMA DJOMBO, MANECAS COSTA, MICAS CABRAL, MAIO COOPÉ, AMINATA INDJAI e os BBK, sob a Direcção Artística do conhecido músico e produtor guineense JUCA DELGADO.
Os fundos revertem a favor da Casa de Acolhimento “Fraternidade”, da Fundação Ricardo Sanhá, sita no Bairro de Chelas, em Lisboa
Contacto:
Ricardo Sanhá – Presidente da Fundação Ricardo Sanhá – 96 845 37 71
Paz e insônias
Olá Aly,
Votos que tudo esteja bem contigo.
As minhas desculpas por estar a usar o teu blog para este fim, mas sei que me compreenderás.
"Sr. Correia,
Acredito que o morto jamais ressuscitaria para se defender, e continua a causar-lhe transtorno, falta de paz e insónias. Por isso, compreendo a razão da sua escrita porque, a voz da sua consciência tem-lhe provocado insónia, e é natural que se agarre numa caneta/teclado e escreva, para que o o seu fuso horário se torne mais curto, pensando que desta forma consegue omitir a pura verdade.
Interessante o que escreveu e preocupada fiquei após a leitura! Gostaria de prestar-lhe alguma ajuda, infelizmento não encontrei.
Lamento profundamente porque, gostaria que fosse possível ajudar-lhe a ter, o mesmo deitar e levantar que temos tido com o desaparecimento do You:
Um deitar e levantar de eterna paz e tranquilidade( não fomos cumplices e nem temos as mãos sujas de sangue);
Um deitar e acordar de infinita dor;
Um deitar e acordar de ETERNA SAUDADE;
Um deitar e acordar de AMOR eterno;
Estes deitar e levantar nos acompanhará até encontrarmos com ele .
Dou-lhe os meus parabéns por se deixar transparecer que homens como você a Guiné não merece ter como filho.
Sara E. T."
Em que ficamos?
"O porta-voz do 'Governo' de transição da Guiné-Bissau, Fernando Vaz, disse que o país admite e quer cooperar com Angola desde que seja sem armas de fogo.
Pergunto: Os militares de Angola, durante o tempo que estiveram na Guiné-Bissau, ninguem os viu na rua nem com armas de fogo nem com as de fumo, ao contrario das forcas de ocupacão da CEDEAO. As forcas de ocupacão, mesmo indo comprar mangas levam AK-47 e usam sempre coletes anti-bala.
Senhor porta-voz: o vosso governo da CEDEAO não esta em sintonia. Cada um a falar das suas asneiras. Ou é SANCA, ou é IMBALI ou ainda VAZ. A culpa não é sua, é das pessoas que confiaram este lugar à sua pessoa. Se fosse eu a formar o governo (Deus me livre) você seria director da RDN, porque ali voce teria assessores muito experientes...
Serifo Djalo"
Gênese das Milicias Tribais, estudo do caso na Guiné-Bissau
"Prezado Aly,
Se o momento actual vivido na Guiné-Bissau, revelou-se de incerteza, insegurança, condenação e de repulsa em todas as esferas, com a confiscação das instituições do estado e da vontade popular no seu exercício de aprendizagem da democracia, algo desapercebido ainda perturba persistentemente a minha mente e, ainda talvez de muitos Guineenses. Embora presume-se que já estão conscientes ou desconfiados de algo comprometedor dos vínculos seculares da nossa coesão étnica, tribal e nacional, e que esse algo, se não for diagnosticado à nível nacional e esterilizado antecipadamente, poderá convergir tornar-se numa implosão de conflito de consequência incomensurável para o nosso país. Esse algo responde pelo nome de Milícias Tribais.
Enclausurados dentro das estruturas da nossas forças armadas, dispensados de quaisquer normas de recrutamento, que obviamente serve de filtro das aptidões académicas e barómetro de equilíbrio étnico, elas [milícias] têm vindo a multiplicar-se numa proporção aritmética preocupante, e oriundos da era pôs-7 de Junho/1998.
São ainda jovens, varões vigorosos e ainda incircuncisos na sua maioria e, guineenses, obviamente! São sobrinhos de tios militares, que após constatarem a desestruturação das nossas forças armadas e de segurança, não fosse uma desestruturação programada dos tios, para depois tirarem proveito em engrossar e desproporcionar numérica e etnicamente este sector, e isso sim, como forma de perenizar as suas imposições.
Para a concepção deste plano, o acto formal de recrutamento é pura e simplesmente dispensado; o período de gestação destas milícias é de curta duração. O modus operandi, obedece ao simples facto tio fazer umas incursões rotineiras na tabanca, bem trajado com galões e botas, mas sempre acompanhado do apêndice [makharov ou AK47], gesto sobejamente suficiente para ser visível e apreciado pelos sobrinhos, familiares e populares de mesma afiliação étnica, onde ostentam e em jeito de «autoridade» e de matchundadi. Isso com maior ocorrência nas festividades e cerimonias tradicionais, onde até se vê alguns civis, que nunca puseram os pés dentro dum quartel, trajados de uniforme militar, depois de terem pedido emprestado ao tio oficial, fardas, botas e galões, talvez excepto o apêndice [makarov ou ak47] só para se exibir nestas cerimónias ou festividades.
O passo seguinte, seria o de esperar um pedido (in)formal dos familiares, caso não for, o próprio tio oficial formula o pedido, que é o de levar o sobrinho para Bissau. Uma vez chegado à Bissau, o sobrinho é «afectado» à uma unidade qualquer, na qualidade de menino de mandadu; de menino de mandado é «promovido» a ajudante de mecânico ou chauffeur; volvido algum tempo já enverga uniforme e passa a ser visto no volante a conduzir para o tio oficial. Pronto! Já temos uma milícia [analfabeto, incircunciso, não sabe falar o crioulo]. Português?! Figa canhota!!!
Mas o mais triste e preocupante para mim, e devia ser para todos nós Guineenses, é o papel que essas milícias desempenharam ainda o desempenham e, já num estado avançado de qualificação e aperfeiçoamento nos seus ofícios, ainda estão motivados a cometer mais actos de barbaridade.
Esses jovens milícias, deixaram os seus marcos em todos os eventos macabros da era pôs-7 de Junho/1998. Pois são eles os executores, os serial killers. E executam os seus ofícios com a mais pura naturalidade e maldade. São assassinos ávidos e na maioria das vezes a ferramenta mortal primária usada são as catanas e machados. Percebem e dominam o acto de dissecação anatómica.
E finda a missão de exercícios macabros de dissecação, são vistos como heróis nas suas tabancas de origem, seja durante visitas esporádicas, festividades ou cerimónias. São inúmeros dedos indicadores apontados pelos membros étnicos, sob forma de designar o executor de tal fulano. São cobertos de louvores e jactância. Expressões sussuradas como essas podem ser apercebida... É ele! macho, corajoso. Viu? Sabes quem é?! O que faz emergir nos outros jovens milícias um sentimento de disputa e, de protagonismo nos próximos actos de barbárie, onde até chega-se a verificar disputas no momento de indigitação dos serial killers. Quem é que vai? Sou eu. Não, da última foi você, e esta é a minha vez. Porque [o milícia em questão] sabe que louvores e jactância de matchundadi o esperam na sua tabanca natal.
É justamente essa a minha preocupação. E deve ser de todos nós. É urgente que se faça reforma no sector da defesa e segurança. E que se essas milícias sejam identificados, neutralizados e desarmados.
E assim preservarmos o nosso caldo de cultura étnico, tribal secular.
O que nos une é maior do que o que nos separa.
Nevabamon, S. Tcharty"
domingo, 24 de junho de 2012
Disparates & Companhia, ilimitada
Caro amigo Aly,
Como habito sigo religiosamente o teu blog, dai deparei com naturalidade com as noticias relatando os disparates do Sr Faustino Fudut Imbali (FFI), pronunciando-se, ameaçando represalias contra a CPLP relativamente as posições assumidas pela CPLP face ao governo ilegitimo imposto pela CEDEAO na Guiné-Bissau. Não pretendo fazer considerações sobre essas suas declarações, porquanto alguns de meus compatriotas atentos ao caotico cenario que se vive na Guiné-Bissau, ja o destrataram suficientemente, indo até ao ponto de ridicularizaram essa sua patética saida.
Essa inopinada intervenção, podera constituir, para alguns guineenses uma surpresa, mas para mim, que conhece muito bem essa cabeça oca, esta longe de ser uma surpresa. Para mim, trata-se de uma mera constatação de um ser dubio e altamente perigoso que se nos da a conhecer.
FFI mostrou-nos com essa sua saida infantil em defesa de um grupo de golpistas que tomaram de assalto o poder na Guiné-Bissau, de que ele é, um verdadeiro embuste intelectual, um tribalista primario e um golpista frio e calculista. Porém, o que ha de bom em tudo isso é que, FFI finalmente da a conhecer aos guineenses uma outra faceta escondida desse malabarista politico-tribal da pior espécia. Melhor assim, pois passara a ser combatido implacavelmente pelos verdadeiros democratas do nosso pais.
Contudo, para aprimorar a mente de alguns dos nossos concidadãos que não o conhecem bem, caso me permitires fazer uso do teu blog, deixo aqui alguns dados, sobre esse dejeto de gente que pensa que pode enganar eternamente os guineenses.
Farei apenas menção a alguns actos e comportamentos que demostram algumas facetas obscuras que os guineenses devem conhecer do Sr «Ministro dos Negocios Estranhos da CEDEAO na Guiné-Bissau», Faustino Fudut Imbali, vulgo «djitu tem ku tem». Alguns factos e actos decerto ja foram expostos no teu blog, porém, para dar coerência a sua reportariação, entendo apresenta-los da forma seguinte:
1 – Foi na época da primatura de FFI, no reinado de KY que foram cometidos as maiores anomalias e desvios de procedimentos que o erário publico guineense conheceu desde a independência. Enquanto esteve a testa do governo da era KY por quase um ano e meio, é que foram postas em execução, as maiores técnicas de bandidagem economica financeira no seio das Finanças publicas tendo em vista a predação selvagem e incontrolavel dos bens publicos. Foi a época dos famosos desvios de procedimentos, levantamentos em «post-it» e bilhetinhos da primatura ou da presidência. Enfim, o erário publico era gerido como a taberna de Wana. Decididamente, FFI deixou-nos claro pela sua passagem na primatura, de que tinha mesmo «djitu»..., mas que esse «djitu» era versado para a pratica de falcatruas e roubalheira de bens publicos;
2 – Depois da primatura foi a fundação do seu partido que foi um fiasco autentico, pois aquilo não era mais do que uma fachada, para ir negociando a sua influência no seu contexto tribal e sacar dinheiro aos mais incautos que caiam no engôdo do seu falso projecto politico. FFI, depois da sua elogiada passagem pelo INEP, mostrou fora desse contexto que o seu back-ground era sustentado por largo e dedicado grupo de jovens pesquisadores guineenses. Prova disso, é que depois do INEP e de « Djitu tem ku tem », FFI não foi mais ninguém, nada mais produziu, pela simples razão de que, os outros trabalhavam para ele e ele colhia as honras, a gloria e a aurea de intelectual que no fundo não possuia;
3 – O FFI, foi o primeiro e o mais importante elo de ligação que permitiu o regresso de Nino Vieira para a Guiné-Bissau. Foi ele que serviu de intermediario para convencer o falecido General Tagmé Na Waié (TNW) a aceitar o regresso de Nino Vieira. Os primeiros contactos feitos em Conakry com a presença de HP, foi negociado e caucionado por FFI. Esta é uma das razões que os seus conterraneos balantas o culpam de ser um dos responsaveis da morte de TNW. Foi salvo pelo juramento de Nhinté (Lubu ka pudi kumé lubu);
3 – Apesar de ser visto com uma certeza reserva por alguns circulos mais radicais da sua etnia, todas as agitações politico-militares provindo do seu circulo étnico passa pelo seu caucionamento. Mesmo em Dakar, onde se faz de indigente, era regularmente chamado de urgência à Bissau para participar e dar a sua opinião pessoal sobre as grandes questões da Tabanca Garandi. A sua voz e parecer de «intelectual» é altamente tida em conta;
4 - O Faustino Fudut Imbali (FFI) esteve sempre ligado aos golpes de estado e situações insurreicionais organizados pelos oficiais balantas, quer quando esteve em Bissau, quer aquando da sua estadia, segundo diz, «forçada» em Dakar. Aqui ele coordenava todos os contactos com as influências e apoios tidos em Dakar, Burkina e Abidjan. Alias, foi FFI, quem, sob financiamento de um obscuro advogado da familia Vieira, coordenou a preparação do dossier da candidatura de Koumba Yala (KY). Ele é um falso democrata e, sera sempre um grande complotista insurreicional de cariz tribal;
5 - Na tentativa de golpe de estado (contestado por alguns politicos por oportunismo mas que, de facto existiu) em que resultou a morte de Helder Magno Proença (HP), Basiro Dabo (BD) e outros dois dos seus acompanhantes de ocasião, FFI esteve envolvido até ao tutano. A morte desses dois politicos, embora lhe queiram dar um cariz essencialmente politico, tem mais envolventes militares ligado a um jogo de compromissos ligado à atribuição pelos putativos golpistas do cargo de Chefe de Esatdo Maior General do Exercito (CEMGFA) a uma das duas principais figuras envolvidas nesse golpe. HP e BD estavam efectivamente envolvidos numa tentativa de golpe de estado que tinha como objectivo decapitar o chefe do governo de Carlos Gomes Junior (CGJ) por quem HP nutria um odio de morte, e também o CEMGFA de então, Zamora Induta (ZI) que também tinha que ser eliminado, pois HP sabia este não entraria nos seus jogos de narco-estado.
Na macabra historia da morte de HB, FFI jogou um papel fundamental pois ele era o elo de ligação entre as estruturas militares envolvidas no golpe de estado (Antonio Injai (AI) e Bubo Na Tchuto (BNT)) e o grupo do HP e BD. Nesse jogo de contactos à «partouze», embora HP tenha convencido o AI de que seria ele o escolhido para o cargo de CEMGFA, a sua escolha estava reservada para BNT com quem tinha a maxima confiança e ja tinham ligações profundas com negocios ligados ao narcotrafico.
A ligação de cumplicidade e confiança entre ambos é antiga e solidificou-se desde a célebre historia dos navios de «fiscalização maritima» da Morel & Proom que não seria mais do que uma encapotada rede de canalização de droga em alto mar para destinos europeus e norte-americanos. Portanto, BNT era o escolhido por HP para o cargo de CEMGFA e não AI como andava a enganar este. Descoberto o jogo, AI envia um comando à casa de FFI onde este é preso, severamente espancado e, posteriormente obrigado a ligar ao HP em mãos livre para o AI ouvir a conversa directamente.
Nessa ligação FFI insta HP a vir de urgência para Bissau (este estava em Dakar a coordenar um avultado investimentos num hotel de luxo e escritorios de alto standing). Esse um negocio financiado e montado pelos seus parceiros do narcotrafico, pois apos a sua morte tudo foi levado ou confiscado por terceiros sem um pio de quem quer que seja, incluindo familiares seus que trabalhavam com ele nesse empreendimento. FFI argumentava a urgência de vir para Bissau porque o esquema do golpe estava ja acertado e havia acordo total das chefias militares quanto a sua operacionalidade, dai a necessidade da sua presença para acertar os ultimos detalhes do golpe. Também FFI invocou-lhe como necessidade da sua presença, um tal negocio de venda de sua casa (ao lado da primatura), que também ja estava acertado e que o interessado tinha uma boa parte do dinheiro para lhe entregar. Era mais um engrediente para o engôdo fatal.
De seguida, sob orientações de AI pois queria ter a certeza da traição de HP, este questiona o HP sobre a questão de quem seria o efectivamente o CEMGFA apos a consumação do golpe de estado. FFI explica a pergunta, pois havia uma certa ansiedade e desconfiança entre o AI e BNT sobre quem ocuparia esse posto estratégico. Como resposta, HP responde ao FFI para deixar essa questão com ele pessoalmente, adiantando-lhe porém, que AI não lhe faz a minima confiança pois é instavel e desconfiado. Afirma-lhe que o seu CEMGFA é o BNT e que so chamou este para integrar o grupo pois sem a unidade de Mansôa não poderia haver golpe de estado na Guiné-Bissau.
Assim, apos constactar efectivamente a traição de HP através desse telefonema de FFI, AI entra imediatamente em acção e prepara a sua vingança contra HP virando o sentido dos acontecimentos. Acto subsequente, informa ZI da tentativa do golpe de estado e do estado avançado das operações e, este informa por sua vez o governo. Os dados estavam lançados... na madrugada do golpe, HP foi «dado» como morto à entrada de Bissau.
A morte BD nessa acção veio apenas por arrastamento, pois os executores materiais desses assassinatos sabiam que ele detinha sempre grandes quantidade de dinheiro para financiar essa operação, quantidade assinalaveis de droga guardada na sua residência com a qual podiam fazer dinheiro, além de joias e outros bens de alto valor. A apetência material para eliminar BD era enorme. Portando essa operação contra BD tinha duas vertentes, a vil intenção do roubo de um lado, e o mobil de eliminação de um participante potencialmente incomodo como testemunha nessa acção de golpe de estado, por outro lado.
Porém, essa operação, mostra o quanto AI é inteligente e habil estratega contrariamente ao que se pensa por ai: ele considerou esse golpe como uma simples etapa a seu favor para chegar ao posto de CEMGFA, razão pela qual aceitou o cargo de Vice-CEMGFA que sempre contestou e também, a parte mais interessante da sua estratégia : seria mais facil imputar esses assassinatos a mobil politico do que militar, isto é, era mais facil e numa analise superficial imputa-lo ao governo, particularmente ao CGJ como Chefe de Governo de que se sabia também não morrer de amores pelo HP e BD, alias é o que se tem tentado fazer ingloriamente e sem provas;
6 – O cargo pretendido por FFI no presente governo da CEDEAO para a Guiné-Bissau, era de Primeiro Ministro, alias assim se apresentava como futuro PM, tanto em Dakar, nos paises da sub-região e circulos de amigos. Saiu-lhe a lotaria de MNE e é o que se vê e se lamenta.
A enumeração de factos podia ser exaustiva, mas fico por aqui com a convicção de que, lamentavelmente, FFI so tem é mesmo Djitu para golpes de estado e desvios de procedimentos e, … também de comportamentos.
As mascaras continuarão a tombar e, chegara o dia em que ver-nos-emos livres de toda essa escumalha de gente falsa e podre.
Bem haja a Guiné-Bissau.
Almiro Correia.
Cerimônia
"Na passada sexta-feira o BUBU NA TCHUTO realizou uma cerimonia em Kcet. O frustrado António Indjai mandou os seus meninos para espiar a referida cerimonia, o que so mostra que o Indjai não consegue dormir tranquilo. Ele sabe que fez muitos inimigos e agora é o momento de esperar o pagamento.
Serifo Djalo"
É tudo 'co'
"Caro Aly,
Voce apareceu no momento exacto. Que Deus abençoe o senhor e sua familia.
O que passa neste momento na praça de Bissau é muito lamentável e preocupante. António Indjai auto-proclamou-se o Co-Presidente. Agora todas as nomeacões que o SERIFO CEDEAO NHAMADJO pretende fazer deve ainda consultar Antonio golpista Indjai e Kumba golpista Yala. É UMA ORDEM PARA SER CUMPRIDA. Durante esta semana o Co-Presidente não foi visto no estado maior (sumiu) mas ao que se sabe ele passa todo o tempo reunir com Kumba Golpista Yala.
O Co-Presidente já começa a questionar sobre a presença da CEDEAO no país. Não há guerra porquê devem ficar na Guiné até a realização das eleições? Ainda ele já foi informado atraves do seu colega do Senegal(quem paga universidade) para seu filho que Senegal pretende criar uma frente apartir de São-Domingos para combater a rebelião, esta ideia não caiu bem no seio dos oficiais da FA.
Antonio golpista Indjai e Kumba golpista Yala não ficaram satisfeitos com a chamada do Desejado Lima da Costa pelo SERIFO CEDEAO NHAMADJO para retomar as suas funções na CNE, porque queriam que fosse um juristinha de nome ANTÓNIO GOLPISTA SEDJA MAN. Muitos Antonios na Guiné. ANTÓNIO GOLPISTA INDJAI, ANTÓNIO GOLPISTA ARTUR SANHA, ANTÓNIO GOLPISTA SEDJA MAN, ANTÓNIO GOLPISTA KUMBA YALA, ANTÓNIO GOLPISTA HENRIQUE P.ROSA, ANTÓNIO GOLPISTA AFONSO TÉ, ANTÓNIO GOLPISTA SERIFO BALDE e muitos e muitas Antonios e Antonias(Adja Satu Camara).
SERIFO CEDEAO NHAMADJO voce vai pagar preço da sua ignorância, com toda a experiencia administrativa que tens deixas-te ser lavado pelos analfabetos como: ADJA golpista SATU CAMARA, ANTONIO GOLPISTA INDJAI E KUMBA GOLPISTA YALA. Que pana SERIFO CEDEAO NHAMADJO voce só tem uma saida manter firme e morrer como um homem porque bem sabes que políticamente estas no mesmo barco com seus colegas de QUINTA COLUNA. Se desafiares o Kumba e Antonio os seus dias estão contados e, se aceitares as condicöes impostas por eles aí sim como homem voce sobriverá mais como político esqueça.
SERIFO CEDEAO NHAMADJO agora viu que ser presidente na Guiné não é facil enquanto temos Kumbas e Antónios na Guiné?
Cada um de nós deve pensar no seu amanha e no dos seus filhos.
Nascemos e sem dúvida vamos morrer.
A luta continua
Serifo Djalo"
sexta-feira, 22 de junho de 2012
A tremer...de calor!
"Caro Aly
Estou a "tremer" com a ameaça do "Governo de Transição" da Guiné-Bissau. Será que este "governo" vai impor a auto-suspenção da Guiné-Bissau deste importante fórum internacional que agrega os irmãos lusófonos?
Depois da 'perigosa' MISSANG cuja presença na GB justificou o golpe de 12 de Abril, não haverá motivos para outro golpe, dado o hostil comportamento da CPLP para com esse dito "governo"!? Até já estou com medo que o mesmo se passe relativamente à UA e à ONU.
Está-se mesmo a ver que à excepção dos golpitas, seus executores actuais e a CEDEAO (parte), todo o resto do mundo está errado. Assim só resta ao "Governo de Transição" questionar, igualmente, a presença da Guiné-Bissau na Unidade Africana e na ONU. Avante inteligentes políticos!
Luís Fernando Cabral"
A inveja - O Pecado Inútil*
O ressentimento em relação aos outros parece ser inato, sobretudo nas pessoas de talento. Por quê? Será o dinheiro, a fama, os carros de luxo ou a beleza física que a desencadeiam? Ou ela nasce simplesmente da nossa insegurança?
A inveja é um dos sentimentos mais difusos, mas ao mesmo tempo é o que temos maior dificuldade em admitir. É o único pecado capital completamente inútil (ao contrário da gula ou da luxúria); no entanto, é tão poderoso que provoca grande sofrimento em quem o experimenta. Psicólogos e sociólogos ainda não sabem exatamente o que é a inveja nem de onde ela vem. Mas, na história da humanidade, a inveja tem sido a causa de grandes realizações.
A execução dos afrescos da abóbada da Capela Sistina, por exemplo, foi confiada a Michelangelo diante da insistência do grande arquiteto e pintor Bramante (1444-1514). Este último, que invejava o talento e a qualidade do trabalho de Michelangelo, estava convencido de que a pintura em tetos era o seu ponto fraco. Acreditando que Michelangelo não seria capaz de realizá-la, usou de sua influência para que a obra fosse encomendada ao rival. Resultado: Michelangelo criou uma das mais extraordinárias obras-primas da história da arte.
Ao contrário da gula e da luxúria, a inveja é o único pecado capital totalmente inútil. no entanto, é tão poderoso que causa grande sofrimento em quem o experimenta
Sucesso Profissional De acordo com uma pesquisa, 12% dos entrevistados invejam o sucesso profissional alheio, enquanto 39% dos homens admitiram cobiçar a companheira do colega.
Como nasce a inveja? Comecemos pelo próprio sentido da palavra: ela vem do latim invido, de olhar mal, ou melhor, de mau-olhado (na Itália meridional, tirar o mau-olhado significa expulsar a inveja). O invejoso lança um olhar fulminante sobre o objeto invejado. Eis por que, quando sentimos inveja de uma pessoa, não conseguimos enxergar um único lado positivo nela. Não por acaso costuma-se dizer que a inveja seca. Lembram-se da expressão "olhar de seca-pimenteira"?
O sociólogo italiano Francesco Alberoni, no livro Os invejosos, escreve: "O invejoso diminui o sucesso dos outros, sustentando que ele é fruto de uma injustiça. Porém, se o invejoso estivesse vivendo as mesmas condições e recebendo o mesmo reconhecimento que a pessoa alvo de sua inveja, ele diria que o seu sucesso seria merecido." Terra.
* Dedicado a todos aqueles que invejam o editor deste blog... AAS
Carta aberta ao 'ministro dos Negócios Estrangeiros'' da Guiné-Bissau
Sr. Faustino Imbali,
Ao ler o seu discurso sobre uma possível desvinculação da Guiné-Bissau da CPLP, apeteceu-me rir. Poupando-lhe a atalhos, aconselho-o a procurar um lugar na Commonwealth.
É triste ouvir de alguém que já pactuou com tantos golpes de Estado (o do 12 de abril foi apenas mais um) dizer disparates destes. Não é o sr. quem deve dizer se a Guiné-Bissau tem, ou não, sair da CPLP. Aliás, acho que esta organização - ao contrário da vergonhosa CEDEAO, que suspendeu a Guiné-Bissau e voltou a readmiti-la - devia suspender o nosso país, sim! É intolerável e vergonhoso, que continuem a gozar descaradamente com a vontade dos guineenses, pendurando-se nos militares e nas pontas das suas baionetas!
Saiam da CPLP, saiam e já! Assim, poupam-nos à vergonhosa catalogação de Estado narcotraficante e de assassinos! Saiam mesmo. Que pouca vergonha!!! São ex-governantes (Francisco Fadul, com todas as regalias que o Estado português lhe confere, só para dar um exemplo) a apoiar o golpe, valgloriando os militares, levando o nome da Guiné-Bissau aos píncaros do descaramento. Sr. Francisco Fadul, deixe tudo o que Portugal lhe dá e regresse à Guiné-Bissau. Lá, poderá apoiar todos os golpes, pois sabe bem o que é um golpe: apoiou a guerra de 11 meses (1998/99) que levou a Guiné-Bissau à destruiçào sem paralelo na sua história recente!
Sr. Faustino Imabli,
"Queremos dizer à CPLP o seguinte: a Guiné-Bissau é um país soberano e independente e as autoridades que estão na testa deste país são altamente competentes, responsáveis, e merecem o tratamento devido. Pedimos à CPLP uma coisa só, o diálogo". Ameaças? Claro...Soberano, sim, talvez; mas...independente? De quê mesmo?! Se nem pagar salários de miséria conseguem, se para fazer eleições é preciso que meio mundo retire os impostos dos seus cidadãos para alimentar a vossa eterna bandalheira!!!
Tenha vergonha na cara, sr. Faustino Imbali. Tenha vergonha, você e qualquer membro decapitado desse 'governo' de fantoches!
"Questionaremos" a permanência na CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) caso a organização persista em vedar ao país "o direito de ser ouvido". Que direito? Ser ouvido para quê? Quem votou em si a ponto de "querer ser ouvido"? E, quem quererá ouvi-lo? E, sendo ouvido, o que diria mesmo? Onde estava o sr. Faustino Imbali durante todo esse tempo? E a fazer o quê mesmo? Ah, pois...a cozinhar o golpe que iria catapultá-lo para 'ministro dos Negócios Estrangeiros' que se tornou esquisito...
Aos países membros da CPLP:
Esta - a declaração do Faustino Imbali - é uma ameaça que deve ser levada a sério. E, por favor, suspendam a Guiné-Bissau da nossa organização. Nossa, sim, porque extravasa os políticos - a CPLP é uma organização dos seus Povos!
António Aly Silva, cidadão guineense e da CPLP com indisfarcável orgulho
A PORTA DA RUA É A SERVENTIA DA CASA
Governo de transição da Guiné-Bissau admite "questionar" presença na CPLP
O ministro dos Negócios Estrangeiros do governo de transição da Guiné-Bissau admitiu hoje "questionar" a permanência na CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) caso a organização persista em vedar ao país "o direito de ser ouvido".
"Queremos dizer à CPLP o seguinte: a Guiné-Bissau é um país soberano e independente e as autoridades que estão na testa deste país são altamente competentes, responsáveis, e merecem o tratamento devido. Pedimos à CPLP uma coisa só, o diálogo", disse Faustino Imbali hoje em Bissau, numa conferência de imprensa.
Frisando que o retorno a 11 de abril (antes do golpe de Estado) não é possível, o ministro de transição considerou "triste" que a CPLP "continue a julgar a Guiné-Bissau nas organizações internacionais de maneira unilateral", sem que o governo de transição possa ser ouvido. "Achamos que isso não é normal, temos o direito de resposta e de ser ouvidos e queremos deixar clara esta posição de que se a CPLP continuar a jogar esse papel, de vedar à Guiné-Bissau o direito de ser ouvido e de nos julgarem unilateralmente, um dia estaremos em razão de questionar a oportunidade da nossa continuação nessa instituição", disse Faustino Imbali.
E acrescentou: "queremos que a CPLP seja parte da solução dos problemas da Guiné-Bissau e não parte dos obstáculos" e a CPLP está até aqui a posicionar-se "como um grande obstáculo à normalização total da situação da Guiné-Bissau". Faustino Imbali apelou várias vezes ao diálogo com a CPLP, disse não entender a posição "tão radical e unilateral" da instituição e admitiu que o governo não estará presente na cimeira da CPLP em Maputo, prevista para julho, caso não seja convidado. Ainda assim disse que há esforços do governo e do Presidente interino para que haja um entendimento e que na cimeira "haja a participação da família CPLP".
De acordo com as palavras do ministro, há na Guiné-Bissau, de facto, "um governo legal, constitucional, que é produto da comunidade internacional", que deu ao executivo um mandato de 12 meses para preparar eleições gerais mas também, nesse período, lutar contra a impunidade, reformar o setor de defesa e segurança e lutar contra o crime organizado. "Para vencer esses desafios precisamos de todos, a nível interno e externo. Este governo não é produto do golpe de Estado mas produto da comunidade internacional, concretamente da CEDEAO" (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), disse, lamentando que parte da comunidade internacional não reconheça o governo de transição.
Faustimo Imbali congratulou-se por os Estados Unidos terem admitido esta semana trabalhar com o governo e salientou que também a França "apoia todas as decisões, todo o esforço da CEDEAO para a resolução do conflito na Guiné-Bissau". E salientou que o governo de transição vai "continuar o diálogo" para flexibilizar posições, nomeadamente da União Europeia e da União Africana. "O que nos vai libertar são as nossas próprias ações, o governo está ciente disso", disse, acrescentando que nas próximas semanas se iniciará o diálogo sobre o processo de reforma das forças de segurança e vai começar também o processo de recenseamento.
A nível diplomático pretende continuar o diálogo com outros países da CEDEAO, nomeadamente a Costa do Marfim e a Nigéria, não sendo de excluir uma visita do Presidente interino, Serifo Nhamadjo. "Mas a nossa prioridade são os nossos irmãos da CPLP", disse. Fundamental para o país, acrescentou ainda, é "um grande processo de reconciliação, na base da justiça e verdade", e não "uma conferência internacional", que não passa de "uma missa da qual ninguém conhece o conteúdo ou os resultados". LUSA
Denúncia
"Caro Profeta Aly Silva,
Mais uma vez decidí fazer esta denuncia. O Indjai quer ou não eliminar mais um POLÍTICO, MILITAR, CIVIL, JORNALISTA???
No 15 deste António Indjai deu grande quantidade de dinheiro a chefe dos THE KILLERS(os matadores do Estado Maior) num gesto de abradecimento pelo trabalho que fizeram na noite de golpe. O dinheiro foi entregue a um militar de nome Alfredo I. Não se sabe ainda se é só o gesto de agradecimento ou será que haverá mais alguem a eliminar. Este grupo é bem conhecido no seio das FA. São quatro pessoas, foram eles que prenderam Cadogo na sua residencia porque foram enganados pelo Antonio Indjai de que Cadogo mandou vir para Bissau rebeldes e, estes rebeldes iam atacar o Estado maior e a Marinha na noite do dia 12 de Abril, que burrice: QUANTOS REBELDES SERAM NECESSARIOS PARA ATACAR O ESTADO MAIOR E A MARINHA?
Este grupo, a mando de Antonio Indjai, foi responsável dos muitos assassinatos entre os quais o último - de Samba Djalo e, foram ajudados por alguns funcionário da central elétrica de Bissau que estavam do servico na mesma noite. Este usa sempre um dupla cabine Azul escuro as vezes o dupla cabine pintado de camufulado. Na noite de 12 usaram o caro camufulado e cortaram a rua de Cadogo, na frente da casa do Manuel Saturnino.
A luta continua. A Guiné é de todos os bom filhos desta terra
viva a Democracia
Serifo Djalo"
Material militar usado na Guiné-Bissau já se encontra em Luanda
O navio angolano Rio M'bridge, que transportou o material militar usado pelas Forças Armadas Angolanas (FAA) e Polícia Nacional (PN) na Missão de Angola na Guiné-Bissau (Missang), atracou hoje (sexta-feira) na Base Naval da Marinha de Guerra, em Luanda.
Em declarações à imprensa na recepção do navio, que saiu da Guiné-Bissau no dia 7 do corrente mês, o tenente-general Gildo dos Santos referiu que "pensamos que com a chegada deste navio que transportou os meios da MISSANG, podemos dar por concluída a retirada das tropas angolanas".
Disse que o acto representa que "chegamos bem, retiramos todos os nossos meios e que os efectivos da MISSANG saem da Guiné Bissau com o sentimento de dever cumprido". O comandante das forças angolanas na referida missão afirmou que neste preciso momento, já não existem efectivos de Angola na Guiné-Bissau. O navio em princípio trouxe toda a nossa técnica, carros de tropas blindados e carros de carga sólida e líquida, explicou o tenente-general angolano.
Segundo o responsável, na base dos acordos bilaterais cumpriu-se com esta missão, tendo, entretanto, augurando que com a retirada do contingente angolano, todos os processos da Guiné-Bissau tenham a sua continuidade normal. A Missang, um total de 249 efectivos, entre militares e polícias, estava desde Março de 2011 na Guiné-Bissau, em resultado de um protocolo assinado entre os ministros da Defesa dos dois países, complementar a um Acordo governamental, ratificado pelos respectivos parlamentos.
A missão foi interrompida pelo Executivo angolano, na sequência da crise interna político-militar registada naquele país e que culminou na deposição do Presidente interino, Raimundo Pereira, e do primeiro-ministro, Gomes Júnior. A cooperação técnica militar angolana previa uma ajuda ao programa de reforma das forças armadas e da polícia guineenses, consubstanciado na reparação de quartéis e esquadras, reorganização administrativa, formação técnica e adestramento militar, bem como a formação de efectivos em instituições de ensino militar e policial. AngolaPress
Tributo ao Ditadura do Consenso
"Prezado Aly,
Não pretendo lisonjeá-lo, mas sim, felicita-lo e manifestar minha consideração pela sua postura assim como a do seu blog, no posicionamento equidistante entre relações pessoais e institucionais. O seu blog defendeu e ainda defende as normas salutares de convivência social civilizada e de diversidade étnica, cultural, religiosas e transversais, em contrapartida, condena e denuncia a confiscação pela via de força o direito das instituições oriundas das urnas e expresso pelo povo e, do direito popular à manifestação e expressão. O seu blog tem sido o olho para os que não enxergam, ouvido para os que não ouvem e voz para os amordaçados pelo medo, terror das milícias tribais e grupusculos políticos malignos incompetentes e facilmente manipuláveis pelas forças exteriores da nossa vizinhança.
Posto isso, apresento-me ao seu blog como um filho e cidadão da Guiné-Bissau, que durante a minha vida estudantil em Dakar/Senegal, testemunhei episódios tristes senão melancólicos o quanto o meu país foi alvo de depreciação sistemáticas em todas as esferas sociais senegaleses, tudo por culpa de muitos dos seus filhos, que se ostentam de políticos e analistas, mas que não passam de meras efígies e, que nunca foram capazes de criar instituições de credibilidade com vista a ajudar a Guiné-Bissau, assim como da sua camada juvenil, e ainda desavergonhadamente instigam, executam e assumem com a mais pura naturalidade os postos ministeriais resultantes da interrupção da ordem constitucional como escalpo.
Pelo que solicito a sua amabiliadade em postar esse meu testemunho que atribuo o seguinte titulo:
Senegal – Guiné-Bissau: 39 anos dum amargo sabor da vizinhança
No ano de 2008, foi realizado um debate televisivo no senegal no “Canal Info”, protagonizado por conceituadas figuras do cenário politico e jornalístico deste país vizinho, e na qualidade de intervenientes, responderam na primeira pessoa do singular pelos nomes de, Justin Silvain N’diaye (analista politico), Ismaila Madior Fall (constitucionalista senegalês) e do Tamsir Jupiter N’diaye (jornalista politólogo).
Como na mesa de todos os debates, deve haver um “touro” pronto para o “abate”, desta vez a tradição não deixaria de se cumprir, e o “touro” desta vez não era um mamífero irracional de quatro patas e com cauda, mas sim um país, cujos cidadãos, em parte, alguns políticos e milicias tribais comportam-se igual ou inferior ao mamífero irracional acima citado, e este país para o espanto de tudo e de todos é a Guiné-Bissau.
Sim, na mais pura das verdades e para a incredulidade da plateia deste debate televisivo o leitmotiv do mesmo era a situação da Guiné-Bissau. Imaginem a tamanha ousadia de ingerência dum país nos assuntos dum outro tão soberano quanto a si.
As motivações deste maldito debate, tinha como justificação, na visão destes intervenientes políticos, analistas e jornalistas, o facto da Guiné-Bissau e as suas respectivas estruturas administrativas, sociais e politicas não satisfazerem os requisitos standards para ser chamado de um estado; para um bom entendedor a Guiné-Bissau, não é um estado, pois é essa a imagem que estes senhores quiseram fazer passar ao povo do senegal e fizeram no bem e perfeitamente.
A Guiné-Bissau não sendo um estado, na visão e justificação destes analistas, então teria que ser expropriada pela comunidade internacional, donde o próprio senegal faz parte, e gerido o tempo que for necessário, até que ela [Guiné-Bissau] entre nos eixos duma vez por todas, e daí seria restituído aos seus filhos. E neste processo de expropriação e gestão, a ideia e desejo da Guiné-Bissau ser entregue ao senegal como uma província ficou vincada e manifestada com a mais pura naturalidade.
Felizmente, alguns filhos desta terra já provaram ser suficientemente perspicazes e discernidos para não deixar triunfar esse desejo diabólico do senegal para com a Guiné-Bissau. Isso não obstante reconhecermos em alguns filhos desta terra, respondendo pelos nomes de Koumba Yala, Daba Na Walna e Antonio Indjai, como frutos duma semente portadora de maldição para a Guiné-Bissau, pelas suas inspirações tribalista, egoísta, ignorantes aliada à cegueira espiritual, pelo que urge esterilizar as suas ideias pecaminosas como problema menor e, prepararmo-nos para o problema maior, que é dum “vírus” geneticamente modificado e de difícil destruição, pois ele é muito inteligente, maligno, e estatuto ao ponto de nos cegar na luta para a sua destruição, denominada senegal.
Com a ascensão ao poder do novo presidente senegalês, Macky Sall, comissionou como seu conselheiro para os assuntos de Casamance e Fronteiras da Guiné-Bissau, um senhor de nome, Suleimane Jul Diop, que é um jornalista politólogo e sr. Cheick Yerim Seck, o então jornalista do Jeune Afrique que actualmente exerce as funções de jornalista em Afrique7.
Em pelo menos uma ocasião, Cheick Yerim Seck foi categórico e peremptório em afirmar que a Guiné-Bissau não é um estado, e deve ser ocupada por um outro estado, não excluindo a possibilidade deste estado ser o de senegal. Reforçando a posição outrora expressa por Cheick Y. Seck, por seu turno, Suleimane Jul Diop, foi mais clarividente nos seus pareceres facultados ao presidente Macky Sall, em como a Guiné-Bissau não é, e não sendo um estado, o senegal deve ter os olhos e pés dentro do seu espaço geográfico com vista a controla-la!
Deixemo-nos reagir às ilusórias e estéreis pretensões senegalesas, dando lhes uma clara ideia em como os Guineenses estão hyper-conscientes das suas maquinações aventureiras.
O imaginário de neo-colizador face à G.-Bissau há muito tem povoado a mente do estado senegalês, ao ponto de não querer resolver o assunto da Casamance, esquivando-se à vários arranjos de diálogos propostos pelos independentistas de Casamance, conducentes à uma negociação para encontrarem em conjunto uma saída compensadora para as partes, mas o estado senegalês, sob o pretexto de ter sempre justificativos para as suas investidas no território da Guiné-Bissau, através de instabilidades confeccionadas e que ele à posteriori reconfigura e enquadra no contexto da organização sub-regional, CEDEAO, e ainda com ajuda de certos filhos da Guiné-Bissau, residentes em Dakar sob um pseudo asilo politico, recusou inúmeras vezes à essas chamadas ao diálogo.
Racionalizando esse caso de Casamance, um ex-ministro da defesa senegalês, Abdoulai Baldé, fez saber publicamente de que estava a testa deste ministério e a dirigir o assunto da Casamance sem no entanto ter em mãos o respectivo dossier. Conclui de que esse assunto foi mal gerido pelas autoridades do senegal, reafirmando ter nascido em Ziguinchor, foi colega de infância e ainda nutre relações salutares com muitos dos jovens que estão à testa desse movimento.
Esta estratégia de submergir a Guiné-Bissau numa fonte de instabilidade politica, económica e social sistemática e crónica, e subsequentemente transforma-la num bebedouro para sustentar e equilibrar as suas preocupações mais económicas do que politicas, devem-se ao facto dos seus serviços de estudos estratégicos para o desenvolvimento terem efectuado e produzido resultados de estudos estatísticos e demográficos, que revelam um crescimento de proporção geométrico enquanto que a produção e distribuição das riquezas cresce em proporção aritmética.
Face à essa desarmonia e, inevitável projecção de hyper-densidade populacional do senegal, ele fica assim vulnerável à factores e ocorrências tais como, doenças, alta taxa de mortalidade infantil, fome, guerras e restrições morais. Dai que urge encontrarem uma solução à curto, médio e longo prazo para as calamidades sociais que se avizinham, que passa assim indubitavelmente pelo estrangulamento dos índices de progressão económica da G.-Bissau, através de instabilidades uniformemente programadas.
Enquanto que a Guiné-Bissau, regista e projecta um comportamento demográfico e económico inverso ao do senegal, razão pela qual elegeram este pequeno país, mas com potencial natural invejável, como recurso às suas preocupações económicas, usando a estratégia de desestabilização programada e sistemática. Tudo isso aproveitando a fragilidade e permeabilidade das suas incipientes instituições.
Presume-se que o senegal nunca aceitará encontrar uma solução equitável e duradoura para o conflito de Casamance, porém precisa deste pretexto para poder estar com pés dentro do território da Guiné-Bissau, como se fosse uma província sua.
A esses factores supracitados, copulam-se a ele o problema da partilha geográfica das zonas petrolíferas em litigio entre os dois países. E como se isso não bastasse, o espírito dos estado senegalês ainda continua infinitamente num suspense frustrante quando se fala das águas profundas do rio Buba, onde será materializada as infraestruturas portuárias do famoso e futuro porto de Buba, um recurso primordial para a interacção comercial da G.-Bissau com o mundo exterior. Hufff!!!
O vizinho senegal sempre usufruiu, depois de instigar duma forma passiva, das instabilidades dos seus vizinhos para se impôr e sobressair nas esferas diplomáticas e económicas, atraindo as instituições internacionais a se instalarem no seu território, enquanto os vizinhos gerem as sucessivas e crónicas crises, casos concretos da Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Guiné-Conakry e Gambia.
À semelhança dos vizinhos e vitimas das hipocrisias politica do senegal, para se ver livre dos tentáculos cancerígenas deste país vizinho e irmão, a solução para a Guiné-Bissau, seria não só de pôr a quarentena as relações com este país, mas sim de interrompe-las sine-die nos capítulos diplomático e comercial. Depois é só esperar pelos resultados.
No dia em que isso se tornar realidade e, aplicarmos com abnegação e apostarmos no conhecimento académico e humano que é o recurso primário de qualquer país, então poderemos proclamar com a voz alta e em uníssono, de que o soprar da brisa de estabilidade e desenvolvimento está iminente dentro do território da guiné-Bissau.
Pelo que é preciso estar com os olhos bem abertos e refundar as bases das nossas instituições e o nosso conceito de cidadania de outrora.
Ainda há esperança.
Nevabamon, Sindjass Tcharty"
quinta-feira, 21 de junho de 2012
Primeiro-Ministro legítimo da Guiné-Bissau agradece apoio de Angola ao Presidente José Eduardo dos Santos
O Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, reuniu-se ontem (quinta-feira) com o primeiro-ministro legítimo da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, deposto por um golpe de Estado no passado dia 12 de abril, e de quem recebeu os agradecimentos pelo apoio prestado pelo povo angolano aos guineenses aquando do golpe de Estado de 12 de Abril último.
Em declarações à imprensa, no termo da audiência realizada no Palácio Presidencial, em Luanda, Carlos Júnior disse ter também manifestado a José Eduardo dos Santos o reconhecimento da Missão Militar Angolana na Guiné-Bissau (Missang). Argumentou que a Missang foi um projecto aprovado pelos governos e parlamentos dos dois países, para a reestruturação das Forças Armadas e da Polícia da Guiné-Bissau, cuja missão considerou de extrema importância, porquanto poderia contribuir grandemente para a estabilidade política do país.
O político destacou os laços históricos de cooperação e de amizade entre os povos e governos dos dois países, fundados desde a luta de libertação nacional contra o colonialismo português, afirmando que os mesmos mantêm-se vivos e tão breve quanto possível serão reforçados. Sobre a situação na Guiné-Bissau, Carlos Júnior observou que alguns estados da CDEAO deram um passo errado, pois os problemas daquele país e da sub-região devem ser discutidos com organizações com as quais a Guiné-Bissau tem parceria, nomeadamente as Nações Unidas. “Entendemos que deve haver uma discussão mais inclusiva e que as próprias Nações Unidas têm de assumir as suas responsabilidades”, defendeu Carlos Júnior, que manifestou a sua determinação em continuar a luta para o retorno à legalidade constitucional na Guiné-Bissau.
“Acho que é errado pensar que há um partido que sai legitimado nas urnas e no dia seguinte surge um outro que instiga o golpe de Estado para inviabilizar a decisão do povo”, contestou. Segundo o ex-primeiro-ministro, enquanto for presidente do PAIGC continuará a lutar junto dos seus parceiros e amigos para que este partido reassuma o poder e a responsabilidade legítima que tem perante o povo da Guiné-Bissau. Na audiência, Carlos Júnior esteve acompanhado pelo ministro guineense dos Negócios Estrangeiros, Mamadou Djaló Pires. AngolaPress
Temos casamento?
Há indicações de que a libertação, ontem, do Bubu Na Tchuto, apoiante de Kumba Yalá, terá ocorrido à revelia do general António Indjai, apoiante da facção balanta rival, liderada por Artur Sanhá, hoje 'presidente' da Câmara Municipal de Bissau. O CEMGFA está sem prestígio, e preocupado com a sua segurança.
Dorme no palácio com o “presidente” Namadjo (que devido ao protesto da população, se viu obrigado já há algum tempo a deixar a sua casa) sob proteção das forças da CEDEAO, pois não tem confiança nas dele. Parece estar iminente deflagrar de um novo conflito interno. Externamente, há indicações de que os senegaleses, utilizando a capa das forças da CEDEAO preparam-se para atacar a guerrilha da Casamança a partir do nosso território, objectivo “encapuçado” de apoio à Guiné-Bissau. Pasmalu
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