"Olá,
Queria ter-te escrito uma carta de "amor" - vês, odeio expor-me?. Não o faço há uns anos, desde o Y, mas a situação era outra, estávamos apaixonados um pelo outro, havia reciprocidade. Mas não faz mal. Porque todas as cartas de amor sao ridículas...
Em vez disso, alguma coisa em ti, no que disseste um dia sobre ires para longe sem família lembrou-me uma das cenas do "Constant Gardener", em que eles se conheceram como nós e nunca mais se separaram. E quando se conheceram ele ia ser destacado para África - não sei se viste ou se te lembras. E ela, Tessa, simplesmente entrou no escritório dele e disse: "leva-me". E a cena, que tirei da net, tem este diálogo absolutamente fabuloso e terno, em que para ela é tudo tão simples e óbvio que quando ele diz "mas mal te conheço" ela responde "You can Learn me".
Se noutra vida, as circunstâncias fossem outras eu teria feito como Tessa. Ia contigo para qualquer lado. E dizia-te "You can learn me".
E acho que não havia carta de amor mais bonita que eu pudesse escrever em vez deste diálogo e esta cena deles que amo. Porque se não fosse hipoteticamente, eu diria mesmo que tu és um profissional excepcional, que me encho de orgulho cada vez que descubro um trabalho teu, que te vejo e que iria contigo para qualquer lado. Porque somos muito diferentes, mas muito compatíveis. E se tu não me vês tão bem quanto eu te vejo, diria "you can learn me" cada vez que tivesses dúvidas.
A."
quinta-feira, 19 de março de 2009
terça-feira, 17 de março de 2009
É hoje, é hoje
Entrevista de Antonio Aly Silva, hoje, no Diario Bissau. Sera desta? N'ka fia, son sin odja...AAS
domingo, 15 de março de 2009
Já chegamos à América
Ditadura do Consenso foi citado em todo o mundo por causa do extraordinário acontecimento de 2 do corrente. No «The New York Times», por exemplo.
From Global Voices Online, a site that collects, edits and translates blogs from around the world:
From Global Voices Online, a site that collects, edits and translates blogs from around the world:
Que é feito do programa de rádio "Udjo di Lupa"?
Algum ministro para responder? (Você sabe que eu sei que você sabe). E o Oscar vai para...AAS
sábado, 14 de março de 2009
A verdade, nada mais do que a verdade.

A ONG RADDHO exige um inquérito internacional
O Encontro africano para a defesa dos direitos do homem (RADDHO), uma ONG baseada em Dakar, apelou na quinta feira para que se constitua uma comissão internacional de inquérito sobre os assassinatos do Chefe de Estado e do Chefe de Estado Maior das Forças Armadas ocorridos nos dias 1 e 2 de Março. O assassinato de João Bernardo Vieira, presidente da Guiné-Bissau, algumas horas após o do chefe de estado maior do exército bissau-guineense, foi um rude golpe nos esforços para implementar um governo civil num país que, segundo os analistas, tem sido maltratado por golpes.
O presidente João Bernardo Vieira foi selvaticamente maltratado e morto por militares algumas horas depois da morte do general Batista Tagme Na Waié, chefe de estado maior das forças armadas, num atentado.
«Apelamos à constituição de uma comissão internacional de inqérito sob a égide das Nações unidas para clarificar os dois assassinatos», declarou à AFP Alioune Tine, presidente da Raddho, uma das mais importantes ONG intrevindo nesse domínio em Africa.
«Não acreditamos na comissão de inquérito nacional» sobre os dois assassinatos, constituida pelo governo e composta por cinco polícias, três magistrados e dois militares, acrescentou o senhor Tine.
Esta comissão nacional, dirigida pelo procurador geral da República da Guiné-Bissau, Luís Manuel Cabral, iniciou o inqérito sobre os assassinatos de Vieira e Na Waié na quinta feira segundo uma fonte do trinbunal de Bissau.
«Com o falhanço do Estado , os narcotraficantes ocuparam o espaço deixado livre pelas instituições internacionais», acrescentou a Raddho.
Esta ONG estima ser necessário «enviar urgentemente tropas de interposição sob a égide das Nações unidas». Assassinatos e tentativas de assassinato de personalidades que nunca chegaram a ser clarificados têm marcado a história da Guiné-Bissau desde a independência em 1974.
Esse pequeno país, desestabilizado por décadas de antagonismos pessoais entre os seus dirigentes e o papel preponderante dos militares, tornou-se depois de 2005 num ponto de trânsito da cocaína sul-americana para a Europa.
Aos Srs. Deputados, ao Governo, aos Militares, à Comunidade Internacional
Caros compatriotas, Comunidade Internacional:
Escrevo-lhes enquanto compatriota; à Comunidade Internacional, enquanto parte interessada:
Na minha modesta opinião, o ‘grupo Cadogo’ está a forçar um golpe no Parlamento. Senão vejamos: Não se pode 'fazer' do Vice-presidente, Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP). O novo Presidente da ANP deveria ser eleito.
Por outro lado, o Presidente da República Interino não tem competências de pormulgar nenhum diploma ou resolução da ANP. Isto significa que a apresentação do Programa do Governo e o Orçamento Geral do Estado é contraproducente, na medida em que esses instrumentos, após a sua eventual aprovação não terão nenhuma utilidade jurídica, isto é, o seu fim útil será nulo em relação à legislação em vigor.
O Governo, ao fazer este jogo, pretende ter as mãos livres para manipular o periodo de transição e assegurar as condições do seu candidato às Presidenciais ser eleito sem dificuldades.
Coloca-se por isso a questão de equidade na preparação e realização das eleicões presidenciais. Não se pode, neste quadro de manipulação e intimidação política e de controle absoluto das rédeas do Poder pelo actual Governo, falar-se em eleições transparentes e equitativas.
Por isso, é imperativo a rápida demissão do actual Governo, a constituição de uma Comissão de inquérito Internacional sob a égide da CEDEAO ou da UA. Só depois destas iniciativas e definidos os objectivos e a missão do Governo de Unidade Nacional, com um Primeiro-Ministro de consenso, se poderá falar de pactos de estabilidade ou de atribuições especiais para o Presidente Interino, cujas decisões no quadro da gestão transitória do País e da preparação das eleicões deverão ser submetidas à ractificação de um Conselho de Estado alargado. E idóneo. AAS
Escrevo-lhes enquanto compatriota; à Comunidade Internacional, enquanto parte interessada:
Na minha modesta opinião, o ‘grupo Cadogo’ está a forçar um golpe no Parlamento. Senão vejamos: Não se pode 'fazer' do Vice-presidente, Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP). O novo Presidente da ANP deveria ser eleito.
Por outro lado, o Presidente da República Interino não tem competências de pormulgar nenhum diploma ou resolução da ANP. Isto significa que a apresentação do Programa do Governo e o Orçamento Geral do Estado é contraproducente, na medida em que esses instrumentos, após a sua eventual aprovação não terão nenhuma utilidade jurídica, isto é, o seu fim útil será nulo em relação à legislação em vigor.
O Governo, ao fazer este jogo, pretende ter as mãos livres para manipular o periodo de transição e assegurar as condições do seu candidato às Presidenciais ser eleito sem dificuldades.
Coloca-se por isso a questão de equidade na preparação e realização das eleicões presidenciais. Não se pode, neste quadro de manipulação e intimidação política e de controle absoluto das rédeas do Poder pelo actual Governo, falar-se em eleições transparentes e equitativas.
Por isso, é imperativo a rápida demissão do actual Governo, a constituição de uma Comissão de inquérito Internacional sob a égide da CEDEAO ou da UA. Só depois destas iniciativas e definidos os objectivos e a missão do Governo de Unidade Nacional, com um Primeiro-Ministro de consenso, se poderá falar de pactos de estabilidade ou de atribuições especiais para o Presidente Interino, cujas decisões no quadro da gestão transitória do País e da preparação das eleicões deverão ser submetidas à ractificação de um Conselho de Estado alargado. E idóneo. AAS
E esta, hein?
Não lembra ao próprio diabo! Então não é que o Estado-Maior General das Forças Armadas guineense, depois do massacre do dia 1, lembrou-se de tirar partido - mórbido, da 'coisa'?
Assim, hoje e amanhã, domingo, quem quiser pode ver com os seus próprios olhos o lugar da chacina, ou, se preferirem, onde foi assassinado à bomba o CEMGFA Tagme Na Waié.
Mas como não há bela sem senão, a tropa esqueceu-se do essencial: cobrar bilhetes!!! Então, quem vai reconstruir o Estado-Maior? O Governo, que está sob refém do empresário Cadogo e do Lúcio e do Artur? A CEDEAO, que não quis proteger 'Nino' Vieira? O Khadafi, que está moribundo?
A 1000 paus a entrada, ainda podia-se ensinar aos visitantes a arte de montar e fazer deflagrar bombas. Lá está: estamos como estamos porque ainda não aprendemos como fazer render as coisas...
Porém, como sempre, tinham de nos enganar: prometem "garantir a segurança a todos os visitantes". N'ka fia dê! AAS
Assim, hoje e amanhã, domingo, quem quiser pode ver com os seus próprios olhos o lugar da chacina, ou, se preferirem, onde foi assassinado à bomba o CEMGFA Tagme Na Waié.
Mas como não há bela sem senão, a tropa esqueceu-se do essencial: cobrar bilhetes!!! Então, quem vai reconstruir o Estado-Maior? O Governo, que está sob refém do empresário Cadogo e do Lúcio e do Artur? A CEDEAO, que não quis proteger 'Nino' Vieira? O Khadafi, que está moribundo?
A 1000 paus a entrada, ainda podia-se ensinar aos visitantes a arte de montar e fazer deflagrar bombas. Lá está: estamos como estamos porque ainda não aprendemos como fazer render as coisas...
Porém, como sempre, tinham de nos enganar: prometem "garantir a segurança a todos os visitantes". N'ka fia dê! AAS
sexta-feira, 13 de março de 2009
Discurso do PR 'Nino', onde falava de (falta de) Segurança...
Haja segurança para proteger Khadafi! Convém recordar o discurso do malogrado Presidente da República da Guiné-Bissau, João Bernardo Vieira, onde falou da sua segurança, ou, melhor, da falta dela tendo solicitado protecção à UA:

Excelência Senhor Blaise Compaore, Presidente em Exercício da CEDEAO
Excelências Senhores Presidentes e Caros Irmãos,
Minhas Senhoras e Meus Senhores,
(...) A 35ª Cimeira de Chefes de Estados e de Governo, também está confrontada com questões que se prendem com o reforço da paz e de segurança ao nível sub-regional.
Efectivamente, regista-se uma melhoria no quadro político na região com a consolidação democrática, isto apesar da crise que afecta a nossa juventude, em matéria de formação, emprego e emigração ilegal que, conjuntamente com a problemática do abuso e tráfico de droga, constituem uma ameaça velada à sobrevivência e funcionamento das nossas sociedades e das nossas instituições.
Daí, exorto a Comunidade para unir esforços, neste combate sem tréguas porque são males que ameaçam os nossos Estados e as nossas populações.
Excelências, Senhores Chefes de Estado e Caros Irmãos,
O meu país sofreu um rude golpe no passado dia 23 de Novembro, com a tentativa de assassinato do seu Presidente da Republica, democraticamente eleito.
De recordar que tudo se passou, após umas eleições que foram consideradas quer nacional, quer internacionalmente, como um sucesso.
Pelo que, este acto, perpetrado em pleno século XX, só pode ser qualificado como um acto bárbaro, que merece a nossa condenação e repúdio.
Agradeço profundamente todo o empenho e solidariedade manifestada pela Comunidade, quer com a condenação, quer pela missão ao mais alto nível que se deslocou a Bissau.
Na verdade, e apesar da estabilidade aparente que vivemos até o dia 23 de Novembro, as nossas preocupações continuam a ser enormes, designadamente no que diz respeito às forças de defesa e Segurança.
Temos um exército altamente politizado e desequilibrado na perspectiva étnica, tornando assim no maior obstáculo à Paz, a estabilidade e uma verdadeira ameaça à cultura democrática na Guiné-Bissau.
Não é salutar nem aceitável tal estado de coisas. Daí que a questão da reforma do sector de defesa e segurança nos afigura como de absoluta necessidade.
Sem embargo desta constatação, o país espera da comunidade uma solidariedade efectiva através da criação de uma força de estabilização, capaz de garantir não só a segurança do Presidente da República e das Instituições democráticas, como o pleno sucesso da reforma do sector de defesa e segurança em curso.
Excelências,
Para concluir, quero registar e incentivar as recomendações relativas às medidas que reforcem o aparelho de segurança, bem como, o acelerar da reforma do sector de defesa e segurança com um plano de acção de curto prazo, que servirá de base para uma conferência de doadores.
Estou certo de que, com o empenho, a solidariedade e coordenação de esforços de todos os Estados Membros, venceremos os desafios que nos são colocados.
Muito Obrigado.

Excelência Senhor Blaise Compaore, Presidente em Exercício da CEDEAO
Excelências Senhores Presidentes e Caros Irmãos,
Minhas Senhoras e Meus Senhores,
(...) A 35ª Cimeira de Chefes de Estados e de Governo, também está confrontada com questões que se prendem com o reforço da paz e de segurança ao nível sub-regional.
Efectivamente, regista-se uma melhoria no quadro político na região com a consolidação democrática, isto apesar da crise que afecta a nossa juventude, em matéria de formação, emprego e emigração ilegal que, conjuntamente com a problemática do abuso e tráfico de droga, constituem uma ameaça velada à sobrevivência e funcionamento das nossas sociedades e das nossas instituições.
Daí, exorto a Comunidade para unir esforços, neste combate sem tréguas porque são males que ameaçam os nossos Estados e as nossas populações.
Excelências, Senhores Chefes de Estado e Caros Irmãos,
O meu país sofreu um rude golpe no passado dia 23 de Novembro, com a tentativa de assassinato do seu Presidente da Republica, democraticamente eleito.
De recordar que tudo se passou, após umas eleições que foram consideradas quer nacional, quer internacionalmente, como um sucesso.
Pelo que, este acto, perpetrado em pleno século XX, só pode ser qualificado como um acto bárbaro, que merece a nossa condenação e repúdio.
Agradeço profundamente todo o empenho e solidariedade manifestada pela Comunidade, quer com a condenação, quer pela missão ao mais alto nível que se deslocou a Bissau.
Na verdade, e apesar da estabilidade aparente que vivemos até o dia 23 de Novembro, as nossas preocupações continuam a ser enormes, designadamente no que diz respeito às forças de defesa e Segurança.
Temos um exército altamente politizado e desequilibrado na perspectiva étnica, tornando assim no maior obstáculo à Paz, a estabilidade e uma verdadeira ameaça à cultura democrática na Guiné-Bissau.
Não é salutar nem aceitável tal estado de coisas. Daí que a questão da reforma do sector de defesa e segurança nos afigura como de absoluta necessidade.
Sem embargo desta constatação, o país espera da comunidade uma solidariedade efectiva através da criação de uma força de estabilização, capaz de garantir não só a segurança do Presidente da República e das Instituições democráticas, como o pleno sucesso da reforma do sector de defesa e segurança em curso.
Excelências,
Para concluir, quero registar e incentivar as recomendações relativas às medidas que reforcem o aparelho de segurança, bem como, o acelerar da reforma do sector de defesa e segurança com um plano de acção de curto prazo, que servirá de base para uma conferência de doadores.
Estou certo de que, com o empenho, a solidariedade e coordenação de esforços de todos os Estados Membros, venceremos os desafios que nos são colocados.
Muito Obrigado.
Surpreendido...
«Até hoje, nunca realmente compreendi muito bem o meu amigo Aly - nunca me tinha tocado a mim.
Na realidade, hoje precebo um pouco melhor a tua 'démarche'. Alguém tem de fazer o que tu fazes para que em momentos e casos em que a injustiça é desproporcional relativamente a todos os outros aspectos da nossa vida, alguém ponha as nossas vozes em megafones e nos faça sentir um pouco melhor conosco, com a vida e com a humanidade.
Trata-se na realidade de uma opção devida - todos nós as fazemos e normalmente ainda muito novos. A nossa personalidade, com os défices e potencialidades, enfim com a sua humanidade é quem acaba por comandar essas opções.
Tudo para dizer que deves ser louco ou um pouco esquizofrénico para teres feito a opção que fizeste ainda jovem - pena e tristeza para a tua família, sobretudo para o teu filho. Essa desgraça dos teus acaba por ser a nossa sorte em momentos como esses que hoje vivemos e que acabas por nos fazer viver em comunidade e juntos - mesmo com os teus desiquilibrios e desvios, humano e subjectivo que és e adoras ser.
De forma assumidamente egoísta, peço ao teu filho que me perdoe, peço-te que continues a fazer o teu trabalho - que no teu caso nem de perto nem de longe é emprego ou trabalho.
Um abraço e coragem - pois sei que para certas pessoas está a ser mesmo difícil.
R.»
Na realidade, hoje precebo um pouco melhor a tua 'démarche'. Alguém tem de fazer o que tu fazes para que em momentos e casos em que a injustiça é desproporcional relativamente a todos os outros aspectos da nossa vida, alguém ponha as nossas vozes em megafones e nos faça sentir um pouco melhor conosco, com a vida e com a humanidade.
Trata-se na realidade de uma opção devida - todos nós as fazemos e normalmente ainda muito novos. A nossa personalidade, com os défices e potencialidades, enfim com a sua humanidade é quem acaba por comandar essas opções.
Tudo para dizer que deves ser louco ou um pouco esquizofrénico para teres feito a opção que fizeste ainda jovem - pena e tristeza para a tua família, sobretudo para o teu filho. Essa desgraça dos teus acaba por ser a nossa sorte em momentos como esses que hoje vivemos e que acabas por nos fazer viver em comunidade e juntos - mesmo com os teus desiquilibrios e desvios, humano e subjectivo que és e adoras ser.
De forma assumidamente egoísta, peço ao teu filho que me perdoe, peço-te que continues a fazer o teu trabalho - que no teu caso nem de perto nem de longe é emprego ou trabalho.
Um abraço e coragem - pois sei que para certas pessoas está a ser mesmo difícil.
R.»
A realidade assusta

Os dois primeiros dias de Março foram-nos madrastas. Talvez não devamos, de agora em diante, esperar uma só batalha, mas uma campanha prolongada que pode ser terrível. Temos atravessado momentos muito difíceis, incorremos em erros desnecessários. E se um dia surgir aqui uma guerra, não é que ela nos tenha sido imposta. Não será certamente por nos terem posto numa situação em que nos rendamos ou entramos na guerra; então, haverá guerra porque nós mesmos nos impusemos a guerra.
Hoje, muitos já pensam em como será o amanhã. Alguns crêem apenas que nós sómos o que somos. Mas só nós sabemos o que somos, só nós podemos julgar-nos e podem crer que assim é. Só assim pode ser. Devemos vigiar-nos muito a nós próprios. Aqui, travamos uma luta contra os instintos.
Vejo algo de frequente: a influência, o poder. E vejo os homens. Os homens quando têm um pouco de poder envaidecem-se e querem-no usar à vista de todos. Porque sei isso, tenho de lutar. E sei também que enquanto os anos passam, é possível não ter menos entusiasmo mas até mais. Não menos energia, mas até mais – e essa energia nasce, precisamente, da convicção.
George Orwell escreveu, em tempos: “Não está em questão se a guerra é ou não real. A vitória não é possível. A guerra não existe para ser vencida, existe para ser contínua. E o seu objectivo é manter intacta a própria estrutura da sociedade.”
Hoje, devíamos lamentar simplesmente que falhamos. E que o mal que fizémos e fazemos é a nós mesmos. Mas não. Parecemos cegos numa sala cheia de surdos. Quanto, a mim: Gosto dos factos, não me interessa a glória. AAS
P.S. - Amigos meus foram chamados ao Estado-Maior General das Forças Armadas. Foram humilhados e ameaçados. Ainda não me chamaram, mas estou excitado. AAS
quinta-feira, 12 de março de 2009
UAu!

O Presidente da Líbia e da União Africana (UA), Muhammar Khadafi, esteve hoje em Bissau para uma visita de pouco mais de duas horas. Prometeu apoio para as eleições presidenciais e um inquérito internacional sobre o assassinato do Chefe de Estado Nino Vieira. "Quero dizer-vos que a União Africana e os Estados do CEN-SAD (Comunidade dos Estados Sahel-Saarianos) vão investigar o assassínio do Presidente", disse no final da visita, que não passou da sala VIP do aeroporto ‘Osvaldo Vieira’.
Muammar Kadhafi disse ter vindo na qualidade de presidente em exercício da União Africana, após tomar conhecimento sobre o que aconteceu na Guiné-Bissau. "Como sabem houve um acontecimento extraordinário na Guiné-Bissau, o assassínio do Presidente da República, e na minha qualidade de presidente em exercício da União Africana tenho o dever de me assegurar da situação neste país africano", afirmou Kadhafi.
O 'rei dos reis' justificou ainda a sua curta visita com o facto de a Guiné-Bissau ser um Estado membro do CEN-SAD, cuja sede se encontra na Líbia. "Devo assegurar que as coisas se desenrolam em conformidade com a Constituição. O exército não assumiu o poder após o assassínio do Presidente, mas o comité militar assumiu o controlo das Forças Armadas com a morte do Chefe do Estado-Maior" destacou.
Uau!, que segurança
... Mas parece que o beduíno, o «rei dos reis» chegou ontem, e vinha passar uma grande temporada por cá... É que, desde ontem, estavam já em Bissau mais de uma centena de elementos pertencentes ao corpo de segurança e militares líbios. Pode dizer-se com toda a justiça que ‘tomaram’ de assalto o aeroporto internacional ‘Osvaldo Vieira’. E, naturalmente, mandaram eles. A nossa ‘segurança’? Nem ao longe... os nossos militares? Talvez com binóculos...
Haja segurança para proteger Khadafi! Contudo, convém recordar o discurso do malogrado Presidente da República da Guiné-Bissau, João Bernardo Vieira, onde falou da sua segurança, ou, melhor, da falta dela tendo solicitado protecção à UA.
Uma coisa é certa e vocês não me deixarão mentir: um terço dos elementos de segurança que Khadafi trouxe para Bissau, vindos sabe-se lá de onde, dava para proteger a vida do seu homólogo guineense... AAS
quarta-feira, 11 de março de 2009
Assim mesmo
Meus comentários ao jornal senegalês «Le Quotidien», publicado ontem, 10 de Março:

"Concernant la cérémonie de deuil en elle-même, notre confrère Antonio Aly Silva nous a signalé que la famille de Nino Vieira a refusé de se rendre au cimetière municipal de la capitale, après l’hommage rendu au défunt Président dans les locaux de l’Assemblée nationale. Ce boycott est survenu à la suite d’une mésentente entre les militaires et les Vieira à propos du lieu d’inhumation. Une partie de ceux-ci devaient revenir à Dakar, hier soir.
A Bissau, les politiques sortent peu à peu de l’ombre pour condamner les violences survenues au début du mois. Intervenant hier sur les antennes de Rfi, Idrissa Diallo, Secrétaire général du Parti de l’unité nationale (Pun), a jugé indispensable la création d’une Commission d’enquête internationale indépendante. Il a également considéré comme impossible, l’organisation d’élections sérieuses dans deux mois, comme stipulée par la constitution du pays. Sur la même longueur d’ondes, Antonio Aly Silva a dénoncé, à son tour, ce qu’il appelle un «coup d’Etat» perpétré par un «groupe politique» en fonction au sommet de l’Etat. Il s’étonne, par ailleurs, que le Parti africain pour l’indépendance de la Guinée-Bissau et le Cap-Vert (Paigc) soit le seul parti politique à n’avoir pas encore condamné les pogroms survenus dans le pays."

"Concernant la cérémonie de deuil en elle-même, notre confrère Antonio Aly Silva nous a signalé que la famille de Nino Vieira a refusé de se rendre au cimetière municipal de la capitale, après l’hommage rendu au défunt Président dans les locaux de l’Assemblée nationale. Ce boycott est survenu à la suite d’une mésentente entre les militaires et les Vieira à propos du lieu d’inhumation. Une partie de ceux-ci devaient revenir à Dakar, hier soir.
A Bissau, les politiques sortent peu à peu de l’ombre pour condamner les violences survenues au début du mois. Intervenant hier sur les antennes de Rfi, Idrissa Diallo, Secrétaire général du Parti de l’unité nationale (Pun), a jugé indispensable la création d’une Commission d’enquête internationale indépendante. Il a également considéré comme impossible, l’organisation d’élections sérieuses dans deux mois, comme stipulée par la constitution du pays. Sur la même longueur d’ondes, Antonio Aly Silva a dénoncé, à son tour, ce qu’il appelle un «coup d’Etat» perpétré par un «groupe politique» en fonction au sommet de l’Etat. Il s’étonne, par ailleurs, que le Parti africain pour l’indépendance de la Guinée-Bissau et le Cap-Vert (Paigc) soit le seul parti politique à n’avoir pas encore condamné les pogroms survenus dans le pays."
terça-feira, 10 de março de 2009
O regresso do pesadelo
O assassinato do Presidente da República, foi um GOLPE de ESTADO.

... E agora, outras notícias do País de todas as barbaridades.
- O Presidente do Senegal, Abdoulaye Wade, cancelou à última da hora a sua presença no funeral do Presidente 'Nino' Vieira. Porque lhe comunicaram isto: "Pode vir, mas...bom, mas não há segurança".
Pela 1ª vez, e os leitores desculpar-me-ão por esta falha grave: estou inteiramente de acordo com o Governo. Mas...alto aí! Mas se não há segurança, nem aulas, nem salários, o que faz então este Governo? Para que foi eleito?
1 - Para deixar tudo como está e continuemos a matar-nos?
2 - Para proteger uns e deixar que se matem outros?
Sr. Primeiro-Ministro: já que os ministros da Defesa e do Interior não se demitem, porque o não faz o próprio... Primeiro-Ministro? É que, assim, cai tudo de uma só vez! É o que se chama 'matar 33 chico-espertos de uma só vez'... Que tal ir pensando no assunto e depois comunicar-me?
Pode fazê-lo de várias maneiras: minha residência, na Rua de Angola, Nº 58; por telefone (se ligar do estrangeiro, não esquecer o indicativo +245), seguido do número 6683113, ou, ainda, para estas duas contas de e-mail: aaly.silva@gmail.com e/ou aaly_silva@hotmail.com.
Assinado: O pesadelo deste governo. AAS

... E agora, outras notícias do País de todas as barbaridades.
- O Presidente do Senegal, Abdoulaye Wade, cancelou à última da hora a sua presença no funeral do Presidente 'Nino' Vieira. Porque lhe comunicaram isto: "Pode vir, mas...bom, mas não há segurança".
Pela 1ª vez, e os leitores desculpar-me-ão por esta falha grave: estou inteiramente de acordo com o Governo. Mas...alto aí! Mas se não há segurança, nem aulas, nem salários, o que faz então este Governo? Para que foi eleito?
1 - Para deixar tudo como está e continuemos a matar-nos?
2 - Para proteger uns e deixar que se matem outros?
Sr. Primeiro-Ministro: já que os ministros da Defesa e do Interior não se demitem, porque o não faz o próprio... Primeiro-Ministro? É que, assim, cai tudo de uma só vez! É o que se chama 'matar 33 chico-espertos de uma só vez'... Que tal ir pensando no assunto e depois comunicar-me?
Pode fazê-lo de várias maneiras: minha residência, na Rua de Angola, Nº 58; por telefone (se ligar do estrangeiro, não esquecer o indicativo +245), seguido do número 6683113, ou, ainda, para estas duas contas de e-mail: aaly.silva@gmail.com e/ou aaly_silva@hotmail.com.
Assinado: O pesadelo deste governo. AAS
domingo, 8 de março de 2009
Dar murros em ponta de faca
"Acabo de visitar o seu site. Já não vou mais sublinhar os arrepios que o Aly provoca nas pessoas pela forma nua e crua como expõe os factos. Afinal, factos, são factos e contra factos não há argumentos... (é o velho mote dos jornalistas: "Não querem que noticiemos? Pois não deixem que aconteça!")
Mas há duas coisas a que gostaria de referir:
1. O "recado" do Sr. Carlos Silva: à primeira vista parece ser apenas uma mensagem de um compatriota seu a referir-lhe que o Aly "rema contra a maré" mas a mim pareceu-me mais uma ameaça velada a lembrar-lhe que voce está a "dar murros em ponta de faca."
2. A angústia de sua Mãe: NO COMMENT! Depois do que eu, (uma desconhecida), disse ao Aly no meu primeiro e-mail, reservo-me agora o direito de não produzir qualquer comentário sobre a angústia que sua Mãe está a sentir. Apenas lhe digo o seguinte: Aly, eu não queria estar no lugar dessa pobre senhora...
P.S.: Infelizmente perdi a sua entrevista à Rádio Nacional de Cabo Verde porque só agora visitei seu site. Ultimamente evito visitá-lo, com regularidade, porque tenho sempre medo de um dia chegar lá e não ter mais Aly...
Please take care of yourself. Ok?
Bj"
Mas há duas coisas a que gostaria de referir:
1. O "recado" do Sr. Carlos Silva: à primeira vista parece ser apenas uma mensagem de um compatriota seu a referir-lhe que o Aly "rema contra a maré" mas a mim pareceu-me mais uma ameaça velada a lembrar-lhe que voce está a "dar murros em ponta de faca."
2. A angústia de sua Mãe: NO COMMENT! Depois do que eu, (uma desconhecida), disse ao Aly no meu primeiro e-mail, reservo-me agora o direito de não produzir qualquer comentário sobre a angústia que sua Mãe está a sentir. Apenas lhe digo o seguinte: Aly, eu não queria estar no lugar dessa pobre senhora...
P.S.: Infelizmente perdi a sua entrevista à Rádio Nacional de Cabo Verde porque só agora visitei seu site. Ultimamente evito visitá-lo, com regularidade, porque tenho sempre medo de um dia chegar lá e não ter mais Aly...
Please take care of yourself. Ok?
Bj"
A máscara vai caindo aos poucos...
"Sinto orgulho. Não esperava outra coisa de ti. Diz-me se estás bem, ok?
A."
Olá
Obrigado. Estou bem.

... Não sei como definir a minha pessoa. Mas acho que sou uma mistura de jornalista e de doido (não no sentido literal, claro). Na verdade sou tudo e nada ao mesmo tempo. Sei apenas que a comunicação é o meu mundo. E que o mundo é a minha casa.
Assisto a uma realidade e partilho-a da melhor maneira que sei e posso, com o mundo. O meu sentimento profundo - se queres mesmo saber, é humanista. Não é político. Aliás, fui ensinado a prezar a liberdade, mesmo quando ela significa liberdade para decidir ao contrário das minhas opções políticas.
Aconteceu-me ontem:
Ontem, tinha combinado beber um café no D. Bifanas com alguns jornalistas estrangeiros. Como já tinha jantado, fiz para chegar a tempo da sobremesa e dos cafés. Estava ao balcão enquanto eles jantavam, já tarde na noite.
Pouco depois, recebi uma chamada estranha que me fez abandonar o restaurante. Saí e, pela indicação que recebi ao telefone, vi que um carro estava parado entre a escola e a ANP com os mínimos acesos. Reconheci-o. Fui com o meu carro na sua direcção e parei mesmo ao lado. Olhei lá para dentro e a pessoa que estava ao volante - curiosamente havia outro ocupante, mas sentado no banco de trás - em vez de olhar e me enfrentar, escondeu-se e tapou a cara com o braço.
Um perseguidor cobarde? Um verdadeiro cobarde! Se queria intimidar-me estava a perder tempo. Mas intimidar-me como? Dando-me um tiro, dois tiros? Ou despejando-me um carregador da AK47 de trinta tiros? Não adianta.
A minha única preocupação - desde que começou esta bestialidade - sempre foi zelar pela minha própria segurança e neste dias tomei medidas que julguei serem necessárias para que fique seguro.
Mas não tenho medo nenhum da morte. Ninguém deve ter medo da morte, pois é a entrada para o absoluto.
AAS
A."
Olá
Obrigado. Estou bem.

... Não sei como definir a minha pessoa. Mas acho que sou uma mistura de jornalista e de doido (não no sentido literal, claro). Na verdade sou tudo e nada ao mesmo tempo. Sei apenas que a comunicação é o meu mundo. E que o mundo é a minha casa.
Assisto a uma realidade e partilho-a da melhor maneira que sei e posso, com o mundo. O meu sentimento profundo - se queres mesmo saber, é humanista. Não é político. Aliás, fui ensinado a prezar a liberdade, mesmo quando ela significa liberdade para decidir ao contrário das minhas opções políticas.
Aconteceu-me ontem:
Ontem, tinha combinado beber um café no D. Bifanas com alguns jornalistas estrangeiros. Como já tinha jantado, fiz para chegar a tempo da sobremesa e dos cafés. Estava ao balcão enquanto eles jantavam, já tarde na noite.
Pouco depois, recebi uma chamada estranha que me fez abandonar o restaurante. Saí e, pela indicação que recebi ao telefone, vi que um carro estava parado entre a escola e a ANP com os mínimos acesos. Reconheci-o. Fui com o meu carro na sua direcção e parei mesmo ao lado. Olhei lá para dentro e a pessoa que estava ao volante - curiosamente havia outro ocupante, mas sentado no banco de trás - em vez de olhar e me enfrentar, escondeu-se e tapou a cara com o braço.
Um perseguidor cobarde? Um verdadeiro cobarde! Se queria intimidar-me estava a perder tempo. Mas intimidar-me como? Dando-me um tiro, dois tiros? Ou despejando-me um carregador da AK47 de trinta tiros? Não adianta.
A minha única preocupação - desde que começou esta bestialidade - sempre foi zelar pela minha própria segurança e neste dias tomei medidas que julguei serem necessárias para que fique seguro.
Mas não tenho medo nenhum da morte. Ninguém deve ter medo da morte, pois é a entrada para o absoluto.
AAS
Desculpa lá, Mãe
A minha Mãe chegou de Lisboa na madrugada do fatídico dia 2, e, sem ainda saber dos 'preparativos' para o próximo massacre (Tagmé havia sido assassinado horas antes, no dia 1) foi dormir a casa de uma sobrinha mais a minha irmã, pois tinham-na ido buscar ao aeroporto.

A minha Mãe, Muna Aly
Ontem, ela ligou-me de Gabú mas não atendi a chamada. Então, deixou o recado ao meu tio. Para mim: "Diz ao Tony (o mesmo que Aly) para não ir a nenhum dos funerais, pois sonhei que ele ia ser morto..." Assim, friamente.
Hoje, voltou a ligar para saber de mim. E recebeu a pior das notícias: "Mãe, desculpa. Estou no funeral do Tagmé, e terça-feira estarei no do Presidente da República." Fez-se um silêncio sepulcral. E então ela disse: "Deus te proteja". E desligou o telefone. Amanhã vou visitá-la a Gabú e regresso no final do dia.
Meus caros: Tagmé Na Waie não me perdoaria se faltasse ao seu enterro. Eu fui militar neste País (1987/89); o Presidente da República, idem, mas não porque tenha alguma vez votado nele ou coisa parecida. Aliás, estávamos nos antípodas e isso não era segredo para ninguém... Vou porque ele foi Presidente da República durante dois mandatos, e foi eleito democraticamente. Presidente de todos os guineenses, ainda que sem o meu voto. Haja respeito. AAS
P.S. - Mãe, não te preocupes. Pede a Deus, caso eu morra, que guarde a minha alma para que eu possa abençoar o meu Pai, onde quer que ele esteja. AAS
P.S. - Agora, neste preciso momento, são disparadas salvas de artilharia. Enterra-se um General. AAS

A minha Mãe, Muna Aly
Ontem, ela ligou-me de Gabú mas não atendi a chamada. Então, deixou o recado ao meu tio. Para mim: "Diz ao Tony (o mesmo que Aly) para não ir a nenhum dos funerais, pois sonhei que ele ia ser morto..." Assim, friamente.
Hoje, voltou a ligar para saber de mim. E recebeu a pior das notícias: "Mãe, desculpa. Estou no funeral do Tagmé, e terça-feira estarei no do Presidente da República." Fez-se um silêncio sepulcral. E então ela disse: "Deus te proteja". E desligou o telefone. Amanhã vou visitá-la a Gabú e regresso no final do dia.
Meus caros: Tagmé Na Waie não me perdoaria se faltasse ao seu enterro. Eu fui militar neste País (1987/89); o Presidente da República, idem, mas não porque tenha alguma vez votado nele ou coisa parecida. Aliás, estávamos nos antípodas e isso não era segredo para ninguém... Vou porque ele foi Presidente da República durante dois mandatos, e foi eleito democraticamente. Presidente de todos os guineenses, ainda que sem o meu voto. Haja respeito. AAS
P.S. - Mãe, não te preocupes. Pede a Deus, caso eu morra, que guarde a minha alma para que eu possa abençoar o meu Pai, onde quer que ele esteja. AAS
P.S. - Agora, neste preciso momento, são disparadas salvas de artilharia. Enterra-se um General. AAS
Adeus, General Na Waie

Funeral de Tagmé Na Waie, hoje. Rostos fechados. Revolta. Indignação em todos e em cada olhar. Um mau prenúncio? Talvez... Suspeitos. Na TV e no cemitério. Eu, Aly, é que disse. AAS
FOTO: (C) Miguel Martins/RFI
Pergunta pertinente
Por que razão até hoje o PAIGC NÃO condenou os assassinatos, quer do Presidente da República, quer do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Tagmé Na Waie? Alguém que responda, sff? AAS
sábado, 7 de março de 2009
Extensa entrevista à Radio Nacional de Cabo Verde...
Para ouvir, hoje, a partir das 14 horas.
www.rtc.cv
www.rtc.cv
Nadar contra a corrente
Caro irmão e compatriota Sr. Silva
Não precisa de ser louvado pela sua integridade e coragem com que enfrenta diariamente tudo e todos na Guiné-Bissau. Pois foi a sua escolha fazer o seu trabalho na Guiné.
Por isso "lhe tiro o chapéu". Ao contrário da maioria dos guineenses para quem a apatia e o conformismo é o pão nosso de cada dia, você, Sr. (António Aly) Silva, destaca-se porque "nada contra a corrente". Muito obrigado, e continue o bom trabalho
Carlos da Silva
Não precisa de ser louvado pela sua integridade e coragem com que enfrenta diariamente tudo e todos na Guiné-Bissau. Pois foi a sua escolha fazer o seu trabalho na Guiné.
Por isso "lhe tiro o chapéu". Ao contrário da maioria dos guineenses para quem a apatia e o conformismo é o pão nosso de cada dia, você, Sr. (António Aly) Silva, destaca-se porque "nada contra a corrente". Muito obrigado, e continue o bom trabalho
Carlos da Silva
Leia a minha opinião no Correio da Manhã

"A ONU É QUE DEVIA INVESTIGAR"
Uma semana após o duplo assassínio, de Nino Vieira e Tagmé Na Waié, as circunstâncias em que se deram as mortes continuam na boca do povo mas o medo de represálias impede que o façam abertamente. O jornalista António Aly Silva é um dos poucos que se atrevem a fazê-lo. "O que se passou é intolerável e não pode continuar. Estes acontecimentos ultrapassam o nosso próprio Estado, observou, apontando soluções: "A questão devia ser tomada pela ONU, abrir-se um inquérito internacional e criarmos uma comissão de reconciliação, como aconteceu na África do Sul."
Aqui. AAS
sexta-feira, 6 de março de 2009
Disse apenas o que pensava. E isso é louvável. Amanhã, no Correio da Manhã.
Para quem quiser, eis o link onde pode ver e ouvir a entrevista que concedi à TVI. AAS
TELEX: Luto Nacional prolonga-se até ao dia 10. Feriado no dia do funeral para os servidores do Estado (*)
AAS
(*) Ditadura do Consenso é o verdadeiro serviço público! Qual Agência Noticiosa da Guiné qual quê!!! Nô Pintcha!...
(*) Ditadura do Consenso é o verdadeiro serviço público! Qual Agência Noticiosa da Guiné qual quê!!! Nô Pintcha!...
Um Panteão Nacional, já!
Muitos guineenses, entre eles - e com toda a justiça - a família do malogrado Presidente 'Nino' Vieira, estão indignados com o Estado da Guiné-Bissau a propósito das cerimónias fúnebres do Chefe de Estado, assassinado na sua residência na madrugada do dia 2 do corrente, marcadas para a próxima terça-feira.
E com razão. Como chefe de Estado, o lugar de eterno descanso do Presidente deveria ser num mausoléu, por exemplo na Fortaleza da Amura, ao lado de Amílcar Cabral. E agora estamos nesta indecisão: a família exige respeito. E um funeral de Estado deverá sê-lo até ao fim!
O Estado da Guiné-Bissau deve honrar os seus heróis, e Titina Silá, Pansau Na Isna, Domingos Ramos, Canhé Na N'Tunguê, entre outros, deveriam ser sepultados num único sítio. Que tal começarem a pensar num Panteão Nacional? AAS
E com razão. Como chefe de Estado, o lugar de eterno descanso do Presidente deveria ser num mausoléu, por exemplo na Fortaleza da Amura, ao lado de Amílcar Cabral. E agora estamos nesta indecisão: a família exige respeito. E um funeral de Estado deverá sê-lo até ao fim!
O Estado da Guiné-Bissau deve honrar os seus heróis, e Titina Silá, Pansau Na Isna, Domingos Ramos, Canhé Na N'Tunguê, entre outros, deveriam ser sepultados num único sítio. Que tal começarem a pensar num Panteão Nacional? AAS
Pensamento para todos os dias
Os guineenses de hoje são tão pequenos que até cabem na Guiné-Bissau! AAS
quinta-feira, 5 de março de 2009
E, assim, o feitiço virou-se contra o feiticeiro
Mais uma pedra no sapato. Existem imensas dificuldades na escolha do nome para Chefe do Estado Maior das Forças Armadas. Afinal, nunca chegou a ser assinado o decreto presidencial que nomeasse o futuro CEMGFA.
P.S 1 - Logo, logo, saberemos se isto foi ou não um golpe de Estado...
P.S 2 - Recebi muitos e-mails e telefonemas por causa da entrevista à TVI. Agradeço cada um. Estou a ver se consigo toda a entrevista (em bruto) para enviá-la para o Estado-Maior das Forças Armadas, para o gabinete do Primeiro-Ministro, para o Presidente da Republica Interino, para o Procurador-Geral da Republica e para as Naçoes Unidas e, claro, para o postar no meu blogue!
P.S. 3 - Alguém me explica (por ex., a Embaixada de Angola) o papel de Angola no meio de toda esta confusão? AAS
P.S 1 - Logo, logo, saberemos se isto foi ou não um golpe de Estado...
P.S 2 - Recebi muitos e-mails e telefonemas por causa da entrevista à TVI. Agradeço cada um. Estou a ver se consigo toda a entrevista (em bruto) para enviá-la para o Estado-Maior das Forças Armadas, para o gabinete do Primeiro-Ministro, para o Presidente da Republica Interino, para o Procurador-Geral da Republica e para as Naçoes Unidas e, claro, para o postar no meu blogue!
P.S. 3 - Alguém me explica (por ex., a Embaixada de Angola) o papel de Angola no meio de toda esta confusão? AAS
A letter from UK
"Estimado Sr. Jornalista,
Meu nome é Rosa uma cidadã angolana que tem acompanhado atentamente a situação triste que vive a Guiné e tem visitado o seu blog para esse efeito.
Escrevo para apresentar-lhe a si e ao povo guineense os meus sentidos pêsames pelos infaustos acontecimentos que assolaram o vosso País. Aproveito a oportunidade para aplaudir a chicotada psicológica que o Sr. Aly Silva deu ao nosso medíocre Vice-Ministro Chicote e, finalmente, não posso deixar de manifestar alguma apreensão pela forma directa, desafiadora e frontal com que o Sr. Aly está a enfrentar gente poderosa e sanguinária que nao olha a meios para atingir os seus fins.
"Encostem-me à parede e disparem" é muito forte principalmente quando nos dirigimos a pessoas que não hesitaram em eliminar os dois homens mais poderosos de uma Nação.
Como mulher tento colocar-me no lugar de sua mãe, esposa, ou irmã. Eventualmente o Sr. Aly terá tambem filhos. Essas pessoas devem estar a sofrer imenso devido à forma como o Sr. está a expôr-se. Se eu, Rosa, daqui de longe, conhecendo-o apenas pelos seus escritos nao pude deixar de sentir uma grande apreensão imagine essas pessoas que lhe são próximas e o amam.
Rendo-me a seus pés pela sua coragem e frontalidade mas também gostaria imenso de continuar a visitar seu blog por muitos e longos anos. Por favor cuide bem de si. Não cutuque a onça com vara curta.
R&S.
BIRMINGHAN"
Meu nome é Rosa uma cidadã angolana que tem acompanhado atentamente a situação triste que vive a Guiné e tem visitado o seu blog para esse efeito.
Escrevo para apresentar-lhe a si e ao povo guineense os meus sentidos pêsames pelos infaustos acontecimentos que assolaram o vosso País. Aproveito a oportunidade para aplaudir a chicotada psicológica que o Sr. Aly Silva deu ao nosso medíocre Vice-Ministro Chicote e, finalmente, não posso deixar de manifestar alguma apreensão pela forma directa, desafiadora e frontal com que o Sr. Aly está a enfrentar gente poderosa e sanguinária que nao olha a meios para atingir os seus fins.
"Encostem-me à parede e disparem" é muito forte principalmente quando nos dirigimos a pessoas que não hesitaram em eliminar os dois homens mais poderosos de uma Nação.
Como mulher tento colocar-me no lugar de sua mãe, esposa, ou irmã. Eventualmente o Sr. Aly terá tambem filhos. Essas pessoas devem estar a sofrer imenso devido à forma como o Sr. está a expôr-se. Se eu, Rosa, daqui de longe, conhecendo-o apenas pelos seus escritos nao pude deixar de sentir uma grande apreensão imagine essas pessoas que lhe são próximas e o amam.
Rendo-me a seus pés pela sua coragem e frontalidade mas também gostaria imenso de continuar a visitar seu blog por muitos e longos anos. Por favor cuide bem de si. Não cutuque a onça com vara curta.
R&S.
BIRMINGHAN"
Poderei ser detido
Dei hoje uma entrevista à TVI.

TVI: "Nao tem receios por dar esta entrevista e por dizer tudo o que aqui disse?"
Aly: "Nenhum! Encostem-me a uma parede e disparem." AAS

TVI: "Nao tem receios por dar esta entrevista e por dizer tudo o que aqui disse?"
Aly: "Nenhum! Encostem-me a uma parede e disparem." AAS
(I)responsabilidades?!

Assassinaram o CEMGFA, e o Presidente da República. O Governo, até hoje, não se pronunciou. Os ministros da Defesa (Artur Silva) e do Interior (Lúcio Soares) continuam em funções, sem se perceber bem porquê.
Num país decente, as coisas teriam sido diferentes: os dois teriam, no minimo, posto os lugares à disposição. Nao é o caso. Este é um país doente.
PARA REFLECTIR Nos dois mandatos de Carlos Gomes Júnior, foram assassinados dois chefes de Estado-Maior General das Forças Armadas: Veríssimo Seabra e, mais recentemente, Tagme Na Waie.
António Aly Silva
quarta-feira, 4 de março de 2009
Funerais de Estado
- Tagme Na Waie será sepultado no próximo sábado, dia 7.
- O presidente 'Nino' Vieira, na próxima terça-feira, dia 10 de Março.
Ainda não houve autópsia a nenhum dos cadáveres. Aliás, o único médico legista guineense em actividade desconhece o motivo das mortes, pois segundo garantiu "ainda nem viu os corpos". AAS/mobile
- O presidente 'Nino' Vieira, na próxima terça-feira, dia 10 de Março.
Ainda não houve autópsia a nenhum dos cadáveres. Aliás, o único médico legista guineense em actividade desconhece o motivo das mortes, pois segundo garantiu "ainda nem viu os corpos". AAS/mobile
Chicotada psicológica
Jorge Chicote, vice-ministro das Relações Exteriores de Angola e enviado especial do Presidente José Eduardo dos Santos à Guiné-Bissau:

"Casos como estes não podem repetir-se muitas vezes."...
Pergunto eu: O que sugere, Sr. ministro? Que aconteçam de ano a ano, a cada seis meses, aos fins-de-semana?... Tenham dó! AAS

"Casos como estes não podem repetir-se muitas vezes."...
Pergunto eu: O que sugere, Sr. ministro? Que aconteçam de ano a ano, a cada seis meses, aos fins-de-semana?... Tenham dó! AAS
terça-feira, 3 de março de 2009
A notoriedade que nunca desejei
Espero que tenham dormido bem. E, que concordem comigo.
Ditadura do Consenso teve hoje, e até agora, mais de 2000 visitantes e foi referenciado em quase todo o mundo. Amanhã, outras imagens correrão mundo e meio, mas nos jornais na web.
A notoriedade é algo que me orgulha. Muito mesmo. Nota-se. E não faço nada para o esconder. Mas, atenção: está limitada à minha profissão: a de Jornalista. E ainda bem que assim é. Que isto fique bem claro.
No entanto, teria preferido que o meu blogue, hoje, fosse notícia e tivesse sido falado pelas melhores razões, em prol da Guiné-Bissau e dos guineenses. Não foi o caso. Uma vez mais.
O que me dói (e dói imenso) é que mesmo com estes dois terríveis acontecimentos, não tenhamos aprendido nada. E até já estejamos a preparar outra, talvez até pior. Mas, o que pode mesmo ser pior que os assassinatos de um Chefe de Estado e do Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas? Costuma dizer-se que um morto é uma tragédia, cem mil mortos são uma estatística. A estatística não devia ser uma arma de arremesso em guerras políticas. Mas aqui, é.
Mas o que esperavam que acontecesse, estando o País, de há algum tempo a esta parte, nas mãos de gente medíocre, traidora e sem escrúpulos? O que pode mesmo acontecer a um País quando gente sem qualquer sentido de responsabilidade, que fará de Estado, o toma nas maõs?
É isto que acontece a um País quando os políticos, em vez de governarem com a dignidade que se lhes é exigida, passam o tempo a comprar guerrinhas, dividindo e atiçando os militares É nisto que dá. E pode doer. Muito.
Desde o fim da guerra de 1998/99, já assistimos a quantos assassinatos na Guiné-Bissau? Antes mesmo dessa guerra, quantas personalidades deste País desapareceram em circunstâncias ainda hoje por esclarecer? Quantos filhos desta terra, os mais bem intencionados, foram eliminados? Quantos não vimos partir, um por um, traídos, submetidos a julgamentos humilhantes, muitas vezes sumários e, de seguida, abatidos como gado?
Se o povo guineense não se erguer, será espezinhado e humilhado. Como tem sido desde 1973.
António Aly Silva
Ditadura do Consenso teve hoje, e até agora, mais de 2000 visitantes e foi referenciado em quase todo o mundo. Amanhã, outras imagens correrão mundo e meio, mas nos jornais na web.
A notoriedade é algo que me orgulha. Muito mesmo. Nota-se. E não faço nada para o esconder. Mas, atenção: está limitada à minha profissão: a de Jornalista. E ainda bem que assim é. Que isto fique bem claro.
No entanto, teria preferido que o meu blogue, hoje, fosse notícia e tivesse sido falado pelas melhores razões, em prol da Guiné-Bissau e dos guineenses. Não foi o caso. Uma vez mais.
O que me dói (e dói imenso) é que mesmo com estes dois terríveis acontecimentos, não tenhamos aprendido nada. E até já estejamos a preparar outra, talvez até pior. Mas, o que pode mesmo ser pior que os assassinatos de um Chefe de Estado e do Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas? Costuma dizer-se que um morto é uma tragédia, cem mil mortos são uma estatística. A estatística não devia ser uma arma de arremesso em guerras políticas. Mas aqui, é.
Mas o que esperavam que acontecesse, estando o País, de há algum tempo a esta parte, nas mãos de gente medíocre, traidora e sem escrúpulos? O que pode mesmo acontecer a um País quando gente sem qualquer sentido de responsabilidade, que fará de Estado, o toma nas maõs?
É isto que acontece a um País quando os políticos, em vez de governarem com a dignidade que se lhes é exigida, passam o tempo a comprar guerrinhas, dividindo e atiçando os militares É nisto que dá. E pode doer. Muito.
Desde o fim da guerra de 1998/99, já assistimos a quantos assassinatos na Guiné-Bissau? Antes mesmo dessa guerra, quantas personalidades deste País desapareceram em circunstâncias ainda hoje por esclarecer? Quantos filhos desta terra, os mais bem intencionados, foram eliminados? Quantos não vimos partir, um por um, traídos, submetidos a julgamentos humilhantes, muitas vezes sumários e, de seguida, abatidos como gado?
Se o povo guineense não se erguer, será espezinhado e humilhado. Como tem sido desde 1973.
António Aly Silva
Purgas?
Ex-ministros guineenses ligados a "Nino" Vieira estão a receber ameaças de prisão ou de morte na sequência dos assassínios no país, disse hoje o antigo chefe da diplomacia do país, Soares Sambú.
Há "pelo menos nove nomes" de personalidades políticas que estão a ser "perseguidas".
Segundo Soares Sambú, a "lista" inclui nomes como os ex-ministros da Defesa Helder Proença, Marciano Barbeiro e Daniel Gomes, o ex-ministro da Economia e Finanças Issufo Sanhá, os dos antigos secretários de Estado Isabel Buscardini, Roberto Cacheu e Baciro Dabó (antigo chefe da antiga secreta guineense) e ainda o empresário Manuel dos Santos ("Manecas"), além do próprio Soares Sambú.
Sobre o paradeiro de João Cardoso, ex-chefe de gabinete do Presidente da República, Soares Sambú afirmou desconhecê-lo, admitindo porém que o homem forte do regime esteja em segurança, mas em local desconhecido.
Há "pelo menos nove nomes" de personalidades políticas que estão a ser "perseguidas".
Segundo Soares Sambú, a "lista" inclui nomes como os ex-ministros da Defesa Helder Proença, Marciano Barbeiro e Daniel Gomes, o ex-ministro da Economia e Finanças Issufo Sanhá, os dos antigos secretários de Estado Isabel Buscardini, Roberto Cacheu e Baciro Dabó (antigo chefe da antiga secreta guineense) e ainda o empresário Manuel dos Santos ("Manecas"), além do próprio Soares Sambú.
Sobre o paradeiro de João Cardoso, ex-chefe de gabinete do Presidente da República, Soares Sambú afirmou desconhecê-lo, admitindo porém que o homem forte do regime esteja em segurança, mas em local desconhecido.
Agora viraram-se para o mensageiro...
Às quatro pessoas que me enviaram e-mail's a perguntar «não tens vergonha em publicar essas fotografias?», respondo assim:
Vergonha? Eu sou jornalista, por amor de Deus. E ainda que não fosse, qual é o mal? Quem assassinou ou quem fotografou a cena do crime - quem é pior? Por que motivo chateiam o Aly?
E se fossem atrás das pessoas que assassinaram o Presidente da República 'Nino' Vieira e o Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, Tagme Na Waie?
Bom, talvez como se trata de «um grupo desconhecido»...
Tenham vergonha, vão à merda e... não voltem a incomodar-me! Ninguém me ameaça ou mete medo. AAS
Vergonha? Eu sou jornalista, por amor de Deus. E ainda que não fosse, qual é o mal? Quem assassinou ou quem fotografou a cena do crime - quem é pior? Por que motivo chateiam o Aly?
E se fossem atrás das pessoas que assassinaram o Presidente da República 'Nino' Vieira e o Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, Tagme Na Waie?
Bom, talvez como se trata de «um grupo desconhecido»...
Tenham vergonha, vão à merda e... não voltem a incomodar-me! Ninguém me ameaça ou mete medo. AAS
EXCLUSIVO - 'Nino' Vieira tombou aqui
O Presidente da República, João Bernardo Vieira, 'Nino', foi assassinado na sua residência, no dia 2 de Março.

LOCAL ONDE 'NINO' FOI METRALHADO ATÉ À MORTE COM DEZENAS DE TIROS DE AK-47. FOI IGUALMENTE USADA UMA CATANA, QUE SE PODE VER JUNTO À CADEIRA.

BARNABÉ GOMES, ASSESSOR DE IMPRENSA DE 'NINO' VIEIRA, FOI BALEADO TENDO FICADO GRAVEMENTE FERIDO.
FOTOS EXCLUSIVAS (C) António Aly Silva/Todos os direitos reservados

LOCAL ONDE 'NINO' FOI METRALHADO ATÉ À MORTE COM DEZENAS DE TIROS DE AK-47. FOI IGUALMENTE USADA UMA CATANA, QUE SE PODE VER JUNTO À CADEIRA.

BARNABÉ GOMES, ASSESSOR DE IMPRENSA DE 'NINO' VIEIRA, FOI BALEADO TENDO FICADO GRAVEMENTE FERIDO.
FOTOS EXCLUSIVAS (C) António Aly Silva/Todos os direitos reservados
segunda-feira, 2 de março de 2009
últimas últimas últimas últimas últimas
Homens fortemente armados tomaram de assalto as antigas instalações da Polícia Judiciária. Libertaram os 6 militares detidos por suposto envolvimento na tentativa de assassinato de 'Nino' Vieira no passado dia 23 de Novembro de 2008. (Escusado será dizer que os outros presos deram à sola). AAS
Alma ensanguentada
Fomos sacudidos, uma vez mais e durante a madrugada, por um violento tiroteio, que culminou com o assassinato do Presidente da República, 'Nino' Vieira (27 Abril 1939/02 Março 2009).
Horas antes, recorde-se - e, por favor registe-se, o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Tenente-General Tagme Na Waie foi vitima (com mais 10 pessoas) de um atentado à bomba, nas escadarias do Estado-Maior. Ou isto acabou mesmo, ou ainda mal começou.
P.S. - Ah, e ficaria muito agradecido aos militares caso nao me voltem a incomodar a estas horas da madrugada. Haja, enfim... respeito! AAS
Horas antes, recorde-se - e, por favor registe-se, o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Tenente-General Tagme Na Waie foi vitima (com mais 10 pessoas) de um atentado à bomba, nas escadarias do Estado-Maior. Ou isto acabou mesmo, ou ainda mal começou.
P.S. - Ah, e ficaria muito agradecido aos militares caso nao me voltem a incomodar a estas horas da madrugada. Haja, enfim... respeito! AAS
Telex - FOTOS EXCLUSIVAS (amanhã)
- 7 dias de luto nacional, pelo assassinato do Chefe de Estado, 'Nino' Vieira.
- 2 funerais de Estado (para o Presidente da República e para o Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, Tenente-General Batista Tagme Na Waie).
Amanhã, no Ditadura do Consenso: FOTOS EXCLUSIVAS...pois está claro. AAS
- 2 funerais de Estado (para o Presidente da República e para o Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, Tenente-General Batista Tagme Na Waie).
Amanhã, no Ditadura do Consenso: FOTOS EXCLUSIVAS...pois está claro. AAS
Amanhecer violento
Estamos debaixo de fogo de armas automáticas há mais de 30 minutos - e que armas! AAS
domingo, 1 de março de 2009
Manobras militares em Bissau
Hoje, uma violenta explosão abalou o Estado-Maior General das Forças Armadas guineenses. No hospital, vi 4 feridos, dois deles em estado grave e com queimaduras.
Corre a notícia de que o CEMGFA, tenente-general Tagme Na Waie esteja morto. É a Guiné-Bissau no seu melhor. Escrevi esta notícia com alguma dor. AAS
Corre a notícia de que o CEMGFA, tenente-general Tagme Na Waie esteja morto. É a Guiné-Bissau no seu melhor. Escrevi esta notícia com alguma dor. AAS
Exemplar, meu caro
O resultado do jogo de futebol entre o Futebol Clube do Porto e o Sporting Clube de Portugal nao podia ser mais feliz, isto à luz do novo regulamento dos arbitros portugueses:
Resultado: 7 feridos, todos do Sporting, e dois deles em duvida para o proximo 'embate'. Tenham vergonha.
AAS/mobile
Resultado: 7 feridos, todos do Sporting, e dois deles em duvida para o proximo 'embate'. Tenham vergonha.
AAS/mobile
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