quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O escurinho do FMI


Usando a metáfora dos reis magos para se referir à troika, Arménio Carlos da CGTP referiu-se, no seu discurso no final da manifestação dos professores, a Abebe Selassie como "o mais escurinho, o do FMI". Esta forma de falar do etíope representante do Fundo Monetário Internacional na troika causou natural incómodo a muita gente. A mim também. E por isso escrevi que "esta crise anda a fazer quase toda a gente perder o norte e o sul e coisas extraordinárias vêm de quem menos se espera". Outros foram os que, com mais ou menos veemência, se indignaram.

Em defesa de Arménio Carlos vieram muitas outras pessoas, mais e menos anónimas. Com argumentos variados. Uns, que nem deveriam merecer grandes comentários:criticar Arménio Carlos para defender o representante do FMI, nas circunstâncias em que o País vive, é dividir a oposição à troika e ajudar o inimigo. A ver se nos entendemos: considero a troika inimiga dos interesses do País e da justiça social. Mas isso não permite tudo. E não me permitirá a mim, com toda a certeza, esquecer outros valores e outros combates tão essenciais como os que agora se travam. O facto de ser dito pelo líder da CGTP, organização em que muitas vezes me revejo, torna a coisa mais grave para mim. Se não criticamos os nossos nunca teremos autoridade para criticar os outros.

Outro argumento foi um pouco mais sonso: então ele não é mesmo mais escurinho? Qual é o problema? A não ser que passe a ser normal responsáveis políticos referirem-se a adversários desta forma, tudo bem. Será, assim, natural ouvir em intervenções públicas falar do ministro das finanças alemão como o "aleijadinho" (ele, de facto, anda de cadeira de rodas, não anda?), a António Costa como o "monhé" (ele, de facto, tem origem indiana, não tem?), a Jaime Gama como o "badocha" (ele, de facto, tem uns quilos a mais, não tem?), a Ana Drago como a "pequenota" (ela, de facto, é baixa, não é?), a Mário Soares como o "velhadas" (ele, de facto, já não é jovem, pois não?), a Miguel Vale de Almeida como "larilas" (ele, de facto, assume publicamente a sua homossexualidade e faz da luta pelos direitos LGBT uma parte fundamental do seu combate político, não faz?). Espera-se, no entanto, que o debate público mantenha algumas regras de civilidade. E, sobretudo, que não alimente alguns preconceitos importantes. Arménio Carlos não disse o que disse num café, onde a conversa se pode aligeirar sem problemas. Disse o que disse numa intervenção pública oficial.

Por fim, porque não há oportunidade em que a expressão não seja usada a propósito ou a despropósito, veio a costumeira acusação do "politicamente correto". A ver se nos entendemos: o politicamente correto tem um sentido. E esse sentido resume-se assim: as palavras não são neutras e carregam consigo história, cultura e política. Por isso, devemos usá-las com correção. Não quer isto dizer que devemos ser bem comportados ou que devamos fazer de cada frase um manifesto político. Quer dizer que não devemos usar as palavras ao calhas. Pelo menos quando estamos a falar ou a escrever na arena pública e não conhecemos as convicções mais profundas dos nossos interlocutores. Há, claro, excessos de purismo no politicamente correto. Que me irritam, como me irritam todos os purismos. Mas o princípio está certo e não é preciso ser especialmente adepto dele para não gostar de ouvir falar de um responsável público como "escurinho".

Portugal é um país racista. Tem uma longa história de racismo. E uma longa história de negação desse racismo. É um racismo suave, sorrateiro, com diminuitivo (como "escurinho"), que não se exibe de forma descarada na praça pública. É, talvez, das formas mais insidiosas de racismo. E um homem que se enquadra numa corrente política com provas na luta contra o racismo e a discriminação, como Arménio Carlos, tem obrigação de saber isto. É por isso que o incómodo com esta afirmação deve ser maior por vir da sua boca. Não duvido, no entanto, que se a expressão tivesse sido dita por um homem de direita a indignação seria muito mais violenta. E mal. A direita tem, nesta matéria, menos responsabilidades. Não porque a direita seja, em geral, racista, mas porque acredita, em geral, que os portugueses não o são. É, por isso, menos vigilante consigo própria.

Se repararmos, Abebe Selassie é o primeiro negro com algum poder real em Portugal. Ou seja, num país razoavelmente multiétnico, o primeiro negro com algum poder só o consegue ter porque esse poder não resultou da vontade dos portugueses. Há, que me lembre, apenas um deputado negro no parlamento - e é do CDS. Não há nenhum presidente de Câmara, nenhum ministro, nenhum secretário de Estado. Isto tem de querer dizer qualquer coisa. Ou quer dizer que os portugueses não votam em negros ou quer dizer que a generalidade dos negros não consegue ascender socialmente no nosso país para chegar a cargos públicos relevantes. Porque são geralmente discriminados ainda antes de chegarem à fase de poder ascender a estes cargos. São discriminados na distribuição do rendimento, dos empregos, das oportunidades. E é neste contexto, e não numa sociedade que dá a todos, independentemente da sua etnia, as mesmas oportunidades, que Arménio Carlos falou de um "escurinho".

Arménio Carlos não se referiu aos outros dois representantes da troika como "o carequinha" e o "loirinho". E é normal. Carecas e loiros há em muitos cargos semelhantes. Não chega a ser um elemento distintivo. "Escurinhos" é que há poucos. Ou melhor, não há nenhum. Só que essa característica física não é comparável a outras que aqui referi. Ela é causa de uma discriminação muitíssimo mais profunda. E foi isso que Arménio Carlos, sem o querer, acentuou: em vez do nome e do cargo, sobrou a Selassie (que eu aqui já critiquei violentamente sem me ocorrer falar da sua cor de pele) o facto de ser "escurinho".

Selassie não foi identificado como etíope, que é, como técnico do FMI, que também é, como alguém que usa óculos, que usa, que é careca, que também é, ou que é politicamente incompetente, que parece ser. É negro. Não pretendo que sejamos cegos perante a negritude. O que fica claro é que, mal surge um pessoa com algum poder no nosso país que seja negra passa a ser essa a forma mais evidente de a identificar. Com direito a dimunitivo. Que isso aconteça num café ou entre amigos não me choca. Que seja essa a forma como o secretário-geral da CGTP se refere a um adversário político - e o facto de ser um adversário político e da frase ter sido dita no contexto de um ataque político só torna a coisa mais grave - numa iniciativa pública é relevante.

Arménio Carlos é racista? Não me parece. Mas a indignação não resulta de uma qualquer avaliação do carácter ou das características políticas de Arménio Carlos. Resulta do que a frase que proferiu num contexto oficial acrescenta ao discurso político em Portugal. Mais grave: o que ela acrescenta ao combate a uma intervenção externa que está a deixar as pessoas desesperadas. A intervenção externa é condenável, mas nunca se pode passar a ideia que ela é condenável porque envolve um "boche" ou um "escurinho". Porque, mesmo que não seja essa a intenção de quem assim falou, isso transforma uma resistência em defesa da soberania democrática num ataque xenófobo. Repito: mesmo que não seja, e estou seguro de que não era, a vontade de Arménio Carlos. É que o sentido das palavras ditas na arena pública não depende da vontade de quem as diz. Dirigindo-se indistintamente a todos - e também a quem seja, e são muitos, racista -, é apropriável por todos. Por isso somos obrigados a especiais cuidados quando as dizemos no espaço público.

Arménio Carlos já veio dizer que não sabe de ninguém que tenha ficado pessoalmente incomodado. E que se alguém ficou, transmite as suas desculpas. Arménio Carlos é um político e tem obrigação de saber que a questão não é o incómodo pessoal de cada um. O confronto político permite o incómodo dos outros. Ele até poderia insultar Selassie. Mas deve pensar bem se o insulto que escolhe corresponde aos valores políticos que defende. A questão é o que a expressão, ainda mais com o diminutivo paternalista, revela. E se há coisa que um político tem de saber é que as palavras, sendo parte fundamental do seu ofício, são importantes. Um trabalhador pode ser um "colaborador"? Pode. Um despedimento colectivo pode ser uma "reestruturação" de uma empresa? Pode. E, como tão bem sabe Arménio Carlos, não é indiferente se usa umas ou outras expressões. Mesmo que ninguém fique pessoalmente incomodado por ser chamado de "colaborador". Porque, como gritava Nanni Moretti, "as palavras são importantes". E em política elas são muito importantes. Mesmo quando não se quer ofender ninguém.

Publicado no Expresso Online
por Daniel Oliveira

Carmelita Pires: "Passa-se tudo em Bissau e nós sabemos"


Leia a ENTREVISTA da ex-ministra da Justiça da Guiné-Bissau.

PAIGC – Braima Camará alarga horizontes


No passado dia 20 do corrente mês, reuniu-se em Lisboa o Núcleo de Apoio à candidatura de Braima Camará (NACBC) com objectivo de apresentar os novos membros (quadros e jovens guineenses) interessados em aderir ao Projecto de "Ba-Quecuto" à liderança do PAIGC. Foram debatidas várias questões relativas ao passado, ao presente e ao futuro do País. Os debates centraram-se sobretudo na actual situação vigente, na correlação de forças entre os diversos grupos de interesses, no que é preciso fazer para atenuar as crispações e recriar um ambiente de harmonia, de fraternidade e sobretudo de confiança mútua entre os guineenses e, consequentemente, no perfil de um Líder capaz de assumir este desafio e fazer dele a razão da sua vida.

É de salientar ainda que um grupo de Guineenses residentes nos EUA, França, Bélgica e Espanha decidiu de uma forma livre e espontânea aderir á este Projecto e apoiar todas as actividades deste Núcleo na nobre tarefa de expandir os essenciais objectivos desta que é de longe a candidatura que mais apoios tem granjeado nos quatro cantos do Mundo.
Braima Câmara, Vulgo Bá Quecuto, filho de um combatente de Liberdade Pátria, Deputado da Nação, membro de Bureau Politico do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo verde (PAIGC), ex-conselheiro dos Presidentes Nino Vieira e Malam Bacai Sanha, Presidente de Câmara de Comercio Industria, Agricultura, e Serviços da GB (CCIAS), Presidente do Conselho de Administração do Grupo Malaika, é unanimemente considerado por todos o homem do momento para o PAIGC, com capacidade e disponibilidade para dialogar com todas franjas da sociedade Guineense, tendo ainda como principal mais-valia uma excelente relação de proximidade e de respeito mútuo com os militantes e simpatizantes do partido e com os nossos gloriosos combatentes de liberdade da pátria, sem esquecer o seu compromisso para com as normas estatutárias do Partido.

Homem de poucas palavras mas com obra feita (à vista de todos), e que imbuído de espírito patriótico e de dever de cidadania, decidiu investir no seu país, sem ter em conta os riscos resultantes do clima de instabilidade que a GB tem vivido nos últimos anos, porque sempre acreditou que era e é possível, dar a volta por cima e inserir a Guiné-Bissau no contexto das Nações Livres, Democráticas e Progressistas do Mundo. Ou seja, no seu entender era e é possível, com um Diálogo honesto e um trabalho sério e responsável, ultrapassar todas as adversidades que subsistem no país com para o nosso bem comum.

E os guineenses não devem ficar à margem deste processo, cuja nobreza e grandiosidade exige de cada um de nós um esforço e um sacrifício dignos de fazer história, tendo em conta a envergadura dos objectivos preconizados. Vamos todos, mas todos juntos, de mãos dadas, integrar este projecto, fazer dele um projecto nacional e mostrar ao Mundo que o guineense é capaz, não só de caluniar, acusar sem provas evidentes, fofocar, inventar casos e factos para prejudicar os outros, julgar os outros na praça pública, condenar sem julgar, etc., mas também de trabalhar para construir a sociedade com que sonhara Amílcar Cabral e os que deram o seu melhor para a nossa autodeterminação e independência.

Viva a Guiné-Bissau!
Viva o nosso Povo!
Viva o PAIGC!
Contamos consigo, irmão – ADIRA!

NESTE PROJECTO HÁ ESPAÇO PARA TODOS, PORQUE É INCLUSIVO!

Contactos da coordenação do Núcleo:
Telemóvel: 967174037 e 964278747
E-mail: nacbc.diasporaeuropa@gmail.com

Lisboa, 27 de Janeiro de 2013

NÚCLEO DE APOIO Á CANDIDATURA DE BRAIMA CAMARÁ (NACBC) à liderança do PAIGC na Diáspora – Europa

Nô mindjeris, nô mamés


30 de Janeiro é Dia nacional das mulheres da Guiné-Bissau. As mulheres guineenses tiveram um papel preponderante na luta de libertação e na reconstrução do nosso país. Hoje, elas têm os mesmos direitos que os homens e uma linda história cheia de lutas e conquistas.
 
Verdadeiras guerreiras e heroínas... Vivas ou mortas, devem ser lembradas e respeitadas! Muitas perderam a vida por causas nobres e justas; Tal como os homens, foram vítimas de ditadura nos períodos conturbados da nossa história; Ao lado dos homens, elas, incansavelmente lutam pela liberdade, democracia e o bem-estar do povo da Guiné-Bissau.
 
30 de Janeiro é uma das datas tristes que deve ser lembrada e homenageada. Pois, nesse dia, (dez dias após o assassinato de Amilcar Cabral) no ano de 1973, Titina Silá mãe e combatente destemida foi assassinada, numa emboscada, quando atravessava o rio de Farim numa canoa. As mulheres guineenses merecem o reconhecimento desta nação valente!
 
Esta é a minha singela homenagem a todas as mulheres da minha terra.

MINDJERNDADI

Na tchon di Guiledji, matu fitchadu,
Balentasku di homis odjadu.
Ma, nô mindjeris karga bala...
É karga bala... É kamba lala.
 
Mindjerndadi na riu di Farim, Titina
Sodadi di Boé Madina
Mindjer Guiné, bu fidi na fidida di speransa,
Bisti di djumé, bu kanta kantiga di kambansa!
 
Sol manci di repenti,
Tchuba ieri-ieri na korson di tera inocenti,
Lua nobu sukundi na manganassa
Pa djumpuni é nubdadi di prassa.
 
Mindjer combatenti mandjua di luta
Nundé bu rispitu, n`punta?
Mindjer balenti na kanua di luta
Nundé bu diritu, n`punta?
 
Né kassa ku nô na kumpu li,
Ku bu dur, bu mostra bu balur di mindjer.
Ka bu seta más sedu Apili!
Trás di bom homi, bom mindjer...
 
Poema de: Vasco Barros.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Levantamento das sanções pela UA: Angola e países africanos estão contra


"Há a tendência da CEDEAO, com a Nigéria à cabeça, obrigar a União Africana a levantar as sanções internacionais à Guiné-Bissau, sob o argumento de que a situação já está normalizada e que há um governo de transição inclusivo". Angola e países africanos da CPLP defendem manutenção das sanções. O secretário de Estado das Relações Exteriores de Angola, Manuel Augusto, fez uma avaliação positiva da participação de Angola na Cimeira da União Africana (UA), que encerrou segunda-feira, em Addis Abeba, noticia hoje o Jornal de Angola.

De acordo com declarações do governante angolano, as discussões foram acaloradas, principalmente entre a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), devido à situação política na Guiné-Bissau. "Há a tendência da CEDEAO, com a Nigéria à cabeça, obrigar a União Africana a levantar as sanções internacionais à Guiné-Bissau, sob o argumento de que a situação já está normalizada e que há um governo de transição inclusivo", denunciou Manuel Augusto, esclarecendo que esta não é a opinião de Angola nem da CPLP. Após acesos debates, acrescentou, chegámos à conclusão de que as sanções vão continuar, até que o Conselho de Paz e Segurança da União Africana conclua que estão criadas as condições para se levantarem as sanções que pesam sobre a Guiné-Bissau.

"Foi um momento não muito bonito porque os argumentos apresentados pela CEDEAO não colheram e tentaram ir por um caminho que não é o que a União Africana segue. Felizmente, os países que aqui representaram os PALOP tiveram o apoio de outros países e manteve-se a posição inicial", disse. Segundo o secretário de Estado angolano, a Cimeira da UA teve como mérito chamar novamente a atenção de África para uma reflexão profunda. No encontro, foi entendido como um sinal não muito bom o facto de um país europeu, a França, ter intervido num conflito africano. "Isso demonstra a nossa incapacidade", admitiu Manuel Augusto, citado pelo Jornal de Angola, para quem a pobreza ou a falta de recursos materiais não pode ser a justificação para África ter dificuldades em lidar com os seus problemas. Africa21

Mitos e ilusões


A um nosso compatriota, um «renomado» economista, é reconhecido competências e atributos excepcionais, particularmente dos seus parceiros de interesses e lobbys francofonos que o vêm, como sendo o "homem ideal" para dirigir os destinos da Guiné-Bissau.

Assim, não é de estranhar, que neste momento em que interesses politicos e de posicionamento para a conquista do poder começam a acentuar-se na Guiné-Bissau, que o seu badalado nome volte naturalmente a ribalta, aparecendo com mediatismo bem orquestrado a propagar nos medias nacionais e internacionas projectos ilusionistas de centanas de milhões de dolares para a Guiné-Bissau.

Como guineense atento e quadro cioso do melhor para o meu pais, e ouvindo esse nosso "eminente" economista nas ondas da RTP-Africa, não posso deixar de reagir a essa manobra mediatica de promoção e oportunista de um vendedor da "banha da cobra".

Antes porém, importa salientar, de que nada me move contra esse meu compatriota, nem tenho o dierito de me opôr as suas legitimas aspirações politicas de ascensão ao poder na Guiné-Bissau. Para mim são aspirações legitimas de qualquer filho da Guiné-Bissau.

Reconhecendo por um lado, que o nosso compatriota conseguiu, ao longo dos anos em que andou na ribalta das organizações financeiras internacionais graças ao nome da Guiné-Bissau, criar uma aurea de competência e intelectualidade aparentemente insuspeita, não posso deixar por outro lado de questionar sobre o modus como granjeou a esse pedestal, assim como de questionar, sobre quais os efeitos praticos, ganhos ou retornos positivos que essa propalada sumidade guineense em economica trouxe na realidade para a Guiné-Bissau e os seus concidadãos. Posso estar errado na minha analise, mas se tiverem um exemplo concrecto que o digam, que darei a mão à palmatoria.

E minha modesta opinião de que, a ascensão desse nosso compatriota, foi, e é também, essencialmente fruto de conjugação de lobbys interesseiros com as quais as suas posições e tretensões sociais e politicas se coadunam. Em pezinhos de lã e sem esforço de maior, foram-lhe abertas as portas da sua ascensão. Primeiro como assessor do Ministro das Finanças da Guiné-Bissau, pouco tempo depois foi indigitado no quadro da configuração dos postos por paises, ao posto de administrador adjunto do BM. Nessa instituição, à parte a sua competência técnica que se lhe reconhece, o nosso economista internacional, soube fazer valer a sua valência francofona e rodeou-se de um staff técnico 100% francofono (até a secretaria era do Senegal), para conquistar a simpatia do eixo francofono de interesses na Guiné-Bissau. Dai foi um passo para a sua catapultação ao posto de um dos Administrador do BM com uma importante carteira africana. Enfim, um estatuto de privilégio construido na base de binômico de competência/lobby.

Contudo, a minha consciência impele-me a interpela-lo, chamando a colação dessa interpelação outros meus compatriotas, sobre a bondade e os verdadeiros fins dessa mise en scene repentino, mas devidamente calculado do nosso economista internacional.

Essa minha interpelação, consubstancia-se nos seus actos vis a vis as suas pretensões. Tudo isto, porque do meu ponto de vista, apesar de ter todo esse percurso de sucesso numa organização tão importante, mas ele, pertencendo a um pais tão carente como a Guiné-Bissau, enquanto administrador, o nosso compatriota economista internacional, nada fez de concreto e relevante para o seu pais contrariamente a outros guineenses que apesar de não terem ocupado postos tão estratégicos e importantes como o dele, assim mesmo, fizeram algo para o pais, ou logo que sairam desses postos se disponibilizaram a regressar ao pais e aportar a sua valiosa contribuição nesse nosso pais carente em tudo.

O nosso economista internacional, apos deixar esse cargo de administrador do BM, nunca se interessou, ou mostrou-se disponivel em dispensar os seus conhecimentos, quer técnicos quer de influências para ajudar a Guiné-Bissau. Ao contrario, o nosso economista internacional, limitava-se a cada mudança de ciclo ou turbulências politico-militares, reaparecer no pais, ar de intelectual inalcançavel, vender ideias surrealistas..., apalpar o terreno sempre com os olhos na cimeira do pais e,...não sentindo nada cheirar nesse sentido, mais manso do que veio, pega no primeiro avião e volta a sua saga de lobbysta e vendedor de ilusões. Assim foi com um obscuro gabinete de consultadoria financeira montada em Dakar, um fiasco que não durou nem mesmo um ano completo e, hoje quer nos vender a ilusão de fazer um «Béntém» onde a fartura da morte é que faz regra e onde todos os investidores correm, como da peste.

Esse percurso de ilusionismo do nosso economista internacional não é de hoje, e decerto não cessara enquanto não alcançar os seus objectivos e dos seus padrinhos lobbystas francofonos que o vêm como o modelo do que querem para a Guiné-Bissau: a servidão, a submissão aos interesses dos seus patrões lobbystas.

Outro facto que causa mais curiosidade, nessa "boa causa" do nosso economista internacional em vender as potencialidades de negocios e perspectivas fluorescente que a Guiné-Bissau tem, é que, toda essa montagem mediatica é feita num periodo de excepção, num periodo de instabilidade institucional, quando o pais esta tomado de assalto por um golpe e governado por um regime politico-narco-militar não reconhecido pela larga maioria da comunidade internacional.
 
Porém, esse timing não me surpreende, a mim isso não me espanta, pois o nosso economista nacional, nunca aparece com os seus famosos e ilusorios projectos para a Guiné-Bissau, quando os Governos são legais, quando são constitucionais e amplamente reconfortado pela Comunidade Internacional. Em nenhuma dessas circunstâncias vimos o nosso economista internacional empenhar-se com tanto fervor e tão afincadamente a vender a imagem da Guiné-Bissau e a prometer mobilizar tantos investimentos para o pais.

Posso até estar errado e, o economista internacional vir a conseguir mobilizar todas esas personalidades indinheiradas da banca e da alta finança que diz que vai levar a Guiné-Bissau. Pode ser pois as personalidades que citou fazem parte do seu circulo de influências e de interesses que pretendem pôr um guineense com ADN francofono à frente da Guiné-Bissau, pais que, a par com a Gambia constituem a espinha encravada na pretendida hegemonia francesa na Africa Ocidental.

Contudo, o caso eventualmente esse projecto do lobby que corre pelo nosso economista nacional se vier a concrectizar, gostariamos também de saber por quantos ja vendeu a Guiné-Bissau, pois o montante que o seu projecto promete num so ano até ultrapassa as maiores fasquias do Millenium Chalenger americano.

Para finalizar, quero deixar bem claro que, não tenho nenhum direito de querer negar a um compatriota meu a pretensão, ou o sonho de querer ser Presidente ou Primeiro Ministro da Guiné-Bissau (ao que me parece são esses os unicos cargos que interessam ao nosso economista internacional), porém, o que lhe exigimos é que, primeiro se desembarace do seu chip de grandes manias, depois que, seja mais guineense e que vista a camisola nacional, que saiba e servir o seu pais, saber viver na simplicidade, seja como técnico, seja como cidadão... para com todo o direito, ai sim, querer pretender-se guindar a esses cargos.

De ilusões, fatos de alpaca e papyons parisienses, estão os guineenses fartos.
Como diz o nosso Zé Manel, pubis ka burru

Izequiel Pedro Fernandes
Economista - Carregado

Será assim tão difícil pagar os salários?


Há um ditado muito popular que diz que "Quem pode, pode". Os funcionários públicos guineenses há qause quatro anos que estavam habituados a receber pontualmente os seus salários. Esta vitória, se assim o podemos apelidar foi graças ao empenho e rigor do executivo que até ao golpe de 12 de Abril governava o país. Após o golpe de 12 de Abril a situação continuou, pois, o executivo golpista, para além de deitar mãos a alguns fundos do sector privado, nomeadamente o FUNPI, estava a ser financiado por alguns países da CEDEAO, conseguindo assim honrar os compromissos com os funcionários públicos.
 
"Suma fidju tchiga dja maioridade, papé tiral fugom i rapa tchiga totis." É que os apoios da CEDEAO para o pagamento dos salários foram suspensos, o sector privado já não tem fundos para emprestar, então a coisa complicou. Os que menosprezavam os esforços do governo do Senhor Carlos Gomes Júnior no que tem a ver com o pagamento pontual dos salários (É tá fala ba: Kê ki paga salário?)agora já sabem que afinal vale alguma coisa.
 
O mal de tudo é que até gravaram uma música em que dizem que os outros (governo do CADOGO) pagava no dia 25 de cada mês e eles agora pagam no dia 22, sem no entanto explicar que É TÁ DJUDADU NAN PAGA. Até o ANTÓNIO INJAI entrou na jogada dizendo numa entrevista que "É TÁ PAGA DIA 25, ANÓS NÔ TA PAGA DIA 22".
 
Já estamos no dia 29 e alguns funcionários públicos continuam sem receber os seus salários. Mas os gajos são espertos, pois, pagaram os militares para não serem contestados por aqueles que os puseram lá.
 
Será que é assim tão dificil pagar os salários? Julgo que não, pois, é só perguntarem ao CADOGO ou o Sr. Mário Vaz.
 
Bolingo Cá

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

ÚLTIMA HORA: O funeral de Domingos Fernandes Gomes terá lugar amanhã, dia 29 de janeiro no cemitério dos Prazeres, às 11 horas, antecedida de missa de corpo presente às 10h na igreja do Santo Condestável. AAS

Collectif homenageia Domingos Gomes


O "Collectif des Ressortissants, Sympathisants et Amis de la Guinée-Bissau", recebeu a triste noticia do desaparecimento físico de Sua Excelência Doutor Domingos Fernandes Gomes, Primeiro opositor Guineense ao antigo regime do PAIGC, líder fundador e Presidente do Movimento de Ba-fata, ocorrido no dia 26 de janeiro de 2013 no hospital Santa Maria, em Lisboa depois de uma curta hospitalizaçao.

Homen de uma grande admiração e inteligência, contribuiu honestamente para o desenvolvimento e instalação da democracia, participando nos mais altos níveis das decisões do Estado.

Como médico mostrou sempre a sua capacidade profissional e humana acompanhando de perto aqueles que sofriam.

Com esse desaparecimento, o Povo da Guiné-Bissau, acaba de perder um Combatente pela Liberdade, pela Paz, pela Unidade Nacional que trabalhou junto das Igrejas em comunhão de fé e de respeito entre as comunidades.

A missa funerária terá lugar no dia 29 de janeiro de 2013 as 10 horas na Igreja Santo Condestável, seguida das cerimonias funebres as 11 horas no Cemitério de Prazeres, (Campo Ourique), em Lisboa.

Paz à sua alma !!!

Paris dia 28 de janeiro de 2013

A Direcção do Colectivo em França

UA/Guiné-Bissau: Reunião consultiva


Partindo de uma iniciativa da União Africana (UA), uma reunião consultiva sobre a situação na Republica da Guiné-Bissau teve lugar em Addis Abéba, no dia 26 de janeiro de 2013. Para além da UA, as organizações internacionais, que participaram na Missão Conjunta de Avaliação que esteve na Guiné-Bissau em dezembro de 2012, tomaram parte nessa reunião, nomeadamente a CEDEAO, a CPLP a UE e as NU.

A reunião, que foi presidida pelo Comissario para a Paz e a Segurança da União Africana (UA), o embaixador Ramtane Lamamra, contou com a participação do Sr. Kadré Désiré Ouédraogo, Presidente da Comissão da CEDEAO, do Sr. Murade Issac Murargy, Secretario Executivo da CPLP, do Sr Jeffrey Feltman, Secretario Geral Adjunto dos Assuntos Politicos das Nações Unidas (NU), e do Sr Nick Wescott, Director Geral para a Africa do Serviço Europeu de Acção Exterior. O novo Representante Especial do Secretario Geral das NU para a Guiné-Bissau, o antigo Presidente da Republica de Timor-Leste, o Premio Nobel da Paz, Ramos Horta, e o Representante Especial da UA na Guiné-Bissau, o Embaixador Ovidio Manuel Barbosa Pequeno, participaram igualmente nessa reunião. Os participantes procederam a uma troca de pontos de vista sobre a evolução da situação na Guiné-Bissau e sobre as conclusões da Missão Conjunta de Avaliação UA-CEDEAO-CPLP-UE-NU chefiada pela UA, que esteve na Guiné-Bissau de 16 a 21 de dezembro 2012. Os participantes tomaram nota dos progressos alcaçados pelos actores guineenses, insistindo no entanto, de que restam ainda outros desafios e metas a ultrapassar.

Os participantes chegaram a acordo sobre a necessidade para que as cinco organizações envolvidas de estabelecerem uma interacção estreita e de continuarem a trabalhar conjuntamente para assistirem a Guiné-Bissau de maneira eficaz. Nesse sentido, elas acordaram que o relatorio da Missão Conjunta deve ser submetida aos orgãos competentes das respectivas cinco organizações tendo em vista promover convergências quanto a apreciação dos progressos realizados e as perspectivas de contribuição coordenadas para a saida da crise na Guiné-Bissau. Os participantes saudaram o lançamento pelos actores guineenses, no seio da Assembleia Nacional Popular (ANP), do processo de elaboração Roteiro para a Transição. Sublinharam que o referido Roteiro, deve beneficiar de um consenso nacional e responder aos ensejos da Comunidade Internacional, com o intuito de marcar uma etapa qualitativa no processo de saida da crise. Os participantes, entre outras questões, retiveram o principio da realização de uma segunda Missão Conjunta logo a seguir a adopção do Roteiro da Transição para a saida da crise.

Djamil Ahmat

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Thompson discute processo parlamentar de Reconciliação Nacional com Bill Clinton


Bill Clinton, ex-Presidente dos Estados Unidos, discutiu o processo de reconciliação nacional na Guiné-Bissau com Peter Thompson, coordenador do grupo parlamentar do Reino Unido para a Guiné-Bissau, que tem vindo a mediar as conversações sobre a Reconciliação Nacional na Assembleia Nacional Popular (ANP, o parlamento guineense).

Reunidos recentemente na Califórnia, Estados Unidos, Thompson e Clinton partilharam as suas experiências na mediação de conversações em zonas de conflito, nomeadamente na Irlanda do Norte.

Recorde-se que o Presidente Clinton e a sua mulher, Hillary, desempenharam um papel fundamental no processo de paz da Irlanda do Norte, uma região do Reino Unido, onde milhares de pessoas morreram em resultado do conflito. Durante o Natal de 1995, quando a Irlanda do Norte estava a braços com uma onda de violência e terrorismo, Clinton e a sua mulher visitaram Belfast, de onde Thompson é natural, uma visita que ajudou ao estabelecimento de um processo de paz e reconciliação celebrado em todo o mundo.

Peter Thompson e a sua equipa partilharam as experiências do processo de reconciliação na Irlanda do Norte com os deputados da ANP. Olhando para a actual crise política neste país africano, Thompson disse esperar que “a ANP pode definir uma solução partilhada para um futuro partilhado, baseada nos princípios de consenso, justiça e democracia”. Em relação ao papel da ANP, disse igualmente: “Cada cidadão da Guiné-Bissau é representado por um deputado. Esta é a base de cada democracia em todo o mundo. Um Parlamento céptico e que fale é uma parte importante de um futuro partilhado”. As conversações prosseguem na ANP, com a intenção de ser realizada uma Conferência Nacional e um processo de reconciliação duradouro.

O PAIGC vai mesmo às urnas


Anunciado que fora o mês em que se prevê a realização de mais um Congresso Ordinário do Partido Africano para a independência da Guiné e Cabo Verde (para os que ainda não sabiam, a realização do VIII Congresso do PAIGC está previsto para o próximo mês de Maio, em Cacheu, se até essa altura ninguém se lembrar de organizar mais um golpe de disparate, já que na Guiné-Bissau não existe um Estado de Facto), parece estarem ultrapassados os pessimismos e todas as demais calamidades emergidas dos trágicos acontecimentos do passado 12 de Abril de 2012 – “memória curta não faz história”.
 
Sempre que os militantes do PAIGC vão às urnas para eleger os seus Dirigentes, denota-se muita ansiedade na atmosfera sociopolítica da Guiné-Bissau, o País acorda, se mexe, se agita, se envolve, deixando transparecer que se vive um momento especial, único, de esperança, impacientemente aguardado por todos (pelos que esperam dele um milagre que acabe de vez com os males que afectam a nossa sociedade de um lado, e os que apostam toda a sua energia, recorrendo inclusive à violência para impedir que as suas Resoluções sejam implementadas com sucesso).
 
O mais importante é que ninguém fica indiferente á este momento que começou há 49 anos em Cassacá e converteu-se num momento de peregrinação histórica para o nosso Povo. Um momento que justifica a longa espera de quatro anos de decepções e desilusões cíclicas, sempre na esperança de que as Resoluções de um novo Congresso corrigirá os erros derivados dos desvios e das arbitrariedades verificados durante a implementação das Resoluções do Congresso anterior – dizem que a esperança é o último a morrer.
 
A relação de Amor e Ódio entre o nosso Povo e o PAIGC já deu provas da sua solidez no passado e promete continuar a resistir às adversidades e intempéries do nosso tempo e do futuro: Se por um lado o Partido de Amílcar Cabral é considerado o causador de todos os males da nossa sociedade, por outro, é o predilecto do povo, o seu suporte, a sua grande esperança na construção da sociedade do seu sonho. A própria expressão “Partido” constitui uma referência exclusiva ao PAIGC, como se estivéssemos a negar esse estatuto às outras formações políticas.
 
As movimentações dos Candidatos, as movimentações em torno dos Candidatos, as promessas que nunca passarão de simples promessas, as intrigas e as fofocas, com os “chibos” e os “infiltrados” à passarem informações de umas candidaturas á outras, com as crispações a aumentarem gradualmente, a medida que se aproxima a data do Congresso e os favoritos se destacam de entre o grosso do pelotão, vendo desmoronar o sonho dos offsiders e seus apoiantes – é a democracia em acção (Viva a Democracia!).
 
De todos os Congressos que já assisti, estou convicto que este estará certamente imbuído de um perfume especial, em virtude do momento histórico em que terá lugar, das expectativas que está a criar e do enorme secretismo que o envolve, relativamente as verdadeiras motivações dos candidatos e das alianças que foram e estão a ser estabelecidas nos bastidores. Ninguém quer abrir o jogo, porque qualquer deslize pode ser fatal – o segredo é a alma do negócio.
 
O momento histórico é do tudo ou nada para o PAIGC. O partido de Abel Djassy é obrigado a ganhar as próximas Eleições Gerais, para assegurar a sua continuidade, pelo que este Congresso terá direito a um lugar na história, com os Candidatos a desabrocharem em currículos fantásticos, que infelizmente contrastam profundamente com as suas realizações, a julgar pelo estado depauperado em que se encontra o nosso País. Candidatos que nunca deixaram de trabalhar, inclusive em fóruns e organizações internacionais, sem contudo deixar um rasto marcante da sua passagem pelo País que os viu nascer, crescer e fazer-se homens e que dizem estar a servir.
 
Reconheço no currículo uma sequência de registos que testemunham a nossa presença em determinados sítios, eventos, acontecimentos, ou mesmo a nossa participação em determinados actos ou processos, e que entretanto não garante automaticamente que essa presença ou participação nos proporcionaram novas valências ou qualificações. Além disso, um currículo, pela sua essência, se vincula sempre ao nosso passado, por isso, sempre que nos vemos na necessidade de o exibir como triunfo, convêm fazê-lo não no sentido de obter determinadas vantagens na disputa por um lugar mais relevante para enriquecer ainda mais esse mesmo currículo sem fazer nada, valendo-se do que já fizemos no passado, porque cada caso é um caso e não estamos a falar do exercício de funções outrora por nós desempenhadas, mas sim, como premissa para explicar o que é que pensamos fazer no futuro, tendo em conta as aptidões adquiridas no passado, e não mais do que isso, porque as funções são diferentes, os contextos são diferentes, as pessoas que nos acompanham nessa nova aventura são diferentes, por outras palavras, não tem nada a ver.
 
Um exemplo evidente desta analise que não pretende referir ou prejudicar qualquer dos candidatos, é um caso chamado Carlos Gomes Júnior, que dentre todos os Presidentes do PAIGC e todos os Primeiros-ministros da Guiné-Bissau, deve ser aquele que tem o currículo mais pobre, mas que entretanto foi de longe o melhor Primeiro-Ministro que o País teve durante toda a sua história.
 
Dentre os actuais candidatos, Braima Camará (Bá Quecutó) deve ser o mais pobre em currículo (se calhar nem tem currículo, a avaliar pelo que os outros pensam apresentar), mas também é o único com provas dadas, o que significa que, em termos de realizações de concretos projectos e empreendimentos no País, não tem comparação possível (se eu estivesse no lugar dele, em vez de um currículo, apresentava uma exposição da minha obra e desafiava os outros a fazer o mesmo).
 
Na minha óptica, os Candidatos deviam centrar-se exclusivamente no futuro, nas suas receitas para os problemas que afectam o Partido e o País, porque é realmente difícil compreender que temos cidadãos, cujos currículos ilustram que fizeram muito mais do que Nelson Mandela, Eduardo dos Santos e Martin Luther King juntos e que depois de 40 anos de independência, continuamos a viver no País mais pobre, mais desorganizado e mais caótico do Mundo, sem Luz, sem Água Potável e sem Saneamento Básico – é uma vergonha.
Vamos ser francos e reconhecer de uma vez por todas que no nosso País o currículo vale o que vale, porque não mexe com as sensibilidades e nem é por isso que somos ou seremos mais ou menos respeitados e considerados no Mundo fora.
 
Num País onde a própria carreira é feita, paradoxalmente, de cima para baixo: Primeiro lutamos freneticamente para ser Presidentes da República para depois nos convertermos em simples imigrantes num País Árabe qualquer; Queremos ser Primeiros-Ministros de Transição só para termos um currículo que nos permita mais tarde ser Presidentes de Câmara num outro Governo de Transição; Lembrem-se do Primeiro-Ministro do Governo que tinha uma serpente que engolia dinheiro do erário público? Hoje é Ministro dos Negócios Estrangeiros de transição; investimos o nosso melhor enquanto Presidentes da República de Transição, só para termos currículo e estatuto que nos permitam ser membros de pleno direito de um bando de golpistas, etc. etc.
 
Esta obsessão pelo currículo, constitui uma das causas de instabilidade no nosso País, com jovens Quadros a apoiarem golpes de Estado e a se disponibilizarem para integrar governos de transição; de unidade nacional; de unidade internacional com o Senegal e demais Países que queiram desestabilizar o nosso País; de iniciativa presidencial; de ilegalidade constitucional; de disparate e desgraça nacional; de incompetência, descaramento e pouca vergonha nacional e internacional; mesmo que seja só por um dia, etc. Tudo serve para coleccionar currículos e exigir depois tratamentos excepcionais na hora de lutar por um “TACHO” mais lucrativo.
 
Faço votos para que este Congresso (o VIII Congresso do PAIGC) tenha lugar na data marcada e que decorra num ambiente de harmonia e de responsabilidade para com o futuro do País.
 
Desafio os seus delegados à votarem em prol do Candidato que já deu provas de ser capaz de executar projectos muito ousados e de enorme utilidade para o nosso País.
 
Aos candidatos que passaram a vida a coleccionar currículos, quero dizer que chegou a hora de mostrar serviço, fazendo algo de palpável para convencer o nosso povo de que também são capazes e mostrar ao Mundo que o guineense está preparado par fazer parte da solução dos problemas que afectam a Humanidade, começando por arrumar a nossa própria casa.
 
Rui Manuel Djassi

Voo da TAP com destino a Bissau regressa à base com problemas


Um voo da TAP que partiu no domingo à noite de Lisboa rumo à Guiné-Bissau teve que regressar ao aeroporto da Portela, devido um problema no sistema hidráulico, disse à Lusa fonte da companhia aérea. De acordo com a mesma fonte, já durante o voo foi detectado um problema no sistema hidráulico, que teria que ser reparado em Lisboa e o avião teve de regressar ao aeroporto da Portela. Um novo voo está marcado para o final do dia de hoje. LUSA

Gala de Solidariedade


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domingo, 27 de janeiro de 2013

Morreu o simples homem, resta a opulenta herança


Uma homenagem ao Dr. Domingos Fernandes

Por esses dias, anda Lisboa repleta de iniciativas, em memória dos quarenta anos sobre o assassinato de Amílcar Lopes Cabral, que para toda eternidade, será o melhor e mais célebre, de todos os naturais da nossa terra. E vem a morte, esse fenómeno mais poderoso que todas as fatalidades, subtrair da nossa pobre inteligência política, Domingos Fernandes, um combatente desde as primeiras horas, na destemida luta, para a implementação de tudo o que Amílcar Lopes Cabral incluiria no seu designado programa máximo por cumprir, durante as nossas jornadas, rumo ao pleno desenvolvimento.

Domingos Fernandes, médico competente a prosperar em Portugal, de grandeza excepcional, não se limitou a conformar com o sucesso individual e familiar, quis também contribuir para o melhoramento na vida do seu povo. Com mais alguns compatriotas, optou por enveredar em actividades políticas, e mesmo na eminência do perigo das infelizmente, ainda hediondas perseguições, funda na clandestinidade o Movimento Bá Fatá, que no decorrer desses anos, em permanente combate ideológico, e com uma astuciosa sapiência, incomodou bastante o então regime ditatorial em vigor no nosso país, forçando o poder instalado, conjugando sim, com a tardia pressão da dita comunidade internacional, a uma formal abertura política, para a adopção do regime multipartidário, permitindo aos cidadãos, o direito de escolher, ainda que indirectamente, os seus dirigentes políticos.

Nunca constituiu segredo, nem para os menos atentos, que de facto, o merecido vencedor das primeiras eleições democráticas no nosso país, sob a carismática liderança de Domingos Fernandes, foi o já devidamente legalizado na altura, partido Bá Fatá! E o PAIGC, como principal perdedor, no lugar de assumir com honradez uma derrota por culpa própria, desdobrou-se em vergonhosas chantagens, para fazer valer a sempre presente hipocrisia da rotulada comunidade internacional, que no sentido contrário, resolveu envidar esforços próximos e distantes, para convencer a direcção do partido Bá Fatá, num claro aproveitamento ao elevado sentido patriótico, ainda, na moral da maioria dos elementos desse, a ceder uma calorosa vitória, aos que com negligência, empenharam no adiamento da nossa felicidade. Com todo esse absurdo, esse combatente pela liberdade, soube preencher com altivez, o seu aconselhado lugar na oposição, continuando a sua legítima luta, sempre com as mesmas convicções, para a inteira afirmação da democracia na Guiné-Bissau.

Personalidade humilde e discreta, de uma mentalidade completamente descomplexada, pronta a atravessar uma rua, sorridente, só para cumprimentar um conhecido. Nunca caiu na tentação de fazer da política, um meio cativo de sobrevivência, ao contrário dos que sem nada propriamente válido puderem fazer, tudo de mais sórdido, vão fazendo, para impedir os melhores habilitados, de prestarem nobres serviços à comunidade. Com o partido muito fracassado, esse, vítima de sabotagens nauseabundas, pôs ele em marcha, os seus projectos de natureza privada, para também dessa maneira, continuar a ajudar na melhoria das condições de vida dos outros, suprimindo assim a enorme taxa de desemprego da população.

É pertinente salientar que, nesse período particular da nossa história, motivados pela coragem e determinação do agora falecido e dos sues companheiros, um grande número de guineenses espalhados pelo mundo, decidiram regressar à pátria, levando com eles razoáveis poupanças financeiras, assim como algumas experiências progressistas, mas suficientes para o desejado relançamento de um desenvolvimento sustentado. Hoje temos a sociedade que ao longo dos anos fizemos por merecer. E no passado o glorioso PAIGC, vai tendo a degradante qualidade da oposição que fez por merecer, porque preferiu ao infame trabalho de fazer infiltrar os seus bípedes mais diabólicos, na organização do partido Bá Fatá, para lamentavelmente conseguirem vulgarizar essa formação política, antes talhada para elevar ao mais alto nível, os tributos de uma actividade política no nosso país, tal como por exemplo, o MpD conseguiu em Cabo Verde.

Certeza que no púlpito da sua serenidade ímpar, Amílcar Lopes Cabral, quando num brilhante discurso de fim do ano, desejou saúde e longa vida aos cada vez maiores militantes da nossa luta, estava a pensar nas raríssimas individualidades entre nós, como Domingos Fernandes. Por isso e muito mais, que seja feita a justiça do tempo; e que um dia, como tantos outros heróis da nossa secular epopeia, pelo menos, uma avenida das nossas cidades em crescimento, venha merecer a dignidade do seu nome.

Ser, Conhecer, Compreender e Partilhar


Flaviano Mindela dos Santos

RGB/MB - Carta de condolências


rgb condolencias

Sondagem DC: Quem é que será o próximo presidente do PAIGC? Vote! AAS

Sondagem DC: Confira


Pergunta: A entrada do PAIGC no 'pacto' legitima o golpe de Estado de 12 de abril?

Respostas:

SIM, legitima - 515 (48%)

NÃO legitima - 381 (35%)

É o hábito - 123 (11%)

Não sei/Não respondo - 45 (4%)

Votaram 1064 pessoas

Merecido


"Parabéns. Merecido. A coragem, o mérito e a informação independente devem ser sempre premiadas. Que a Guiné encontre finalmente o seu caminho é o desejo de quem tem imensos amigos guineenses, muitos deles com uma excelente formação e que um dia gostariam de contribuir para o futuro do seu país, mas que tardam em ver essa luz e compreensivelmente preferem continuar em Portugal, Inglaterra, etc...

Facebook/Política Internacional
"

Vitória: mais reacções


"Boa tarde Irmão

A sua vitória no concurso Blogs do ano 2012, é uma prova de que a Guiné-Bissau tem pessoas que podem e sabem fazer. Digo, aliás, que esta é a única boa noticia que o país teve no ano 2012. Para os que pensam e vêm o Aly Silva e o nosso DITADURA DO CONSENSO como adversário chegou a hora de repensar esta ideia.

Sem mais palavras, agradeço não só o Aly Silva mas a todos aqueles que escolheram esta forma de luta, não só para denunciar, como dar imformaçoes úteis para o leitor.

Obrigado Irmão, a luta continua.

O SEGREDO DO SUCESSO É A PRESENÇA EM ATINJIR O OBJECTIVO.
O QUE SABEMOS É UMA GOTA, O QUE IGNORAMOS É UM OCEANO.

IBRAIMA
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Primeiro-ministro da Etiópia é o novo presidente da União Africana. AAS

Tragédia no Mar vs País sem rumo


O número de mortos resultante do naufrágio de uma piroga a 28 de Dezembro na Guiné-Bissau é superior "em dezenas" ao oficialmente divulgado, disseram hoje em Bissau os deputados eleitos pelo círculo Bolama-Bijagós. A 28 de Dezembro, uma piroga com um número desconhecido de pessoas a bordo, mas que ultrapassava a centena, naufragou quando fazia a ligação entre a ilha de Bolama e o continente. Oficialmente morreram 34 pessoas, mas, de acordo com o deputado Mandu Camara, o número de vítimas é superior "em dezenas". Os números, "pelo que constatámos no terreno e pelos levantamentos feitos, ultrapassam largamente esse número de corpos, em dezenas", disse o responsável à Lusa.

O deputado quer que o Governo crie condições para que se faça um levantamento exaustivo da situação e que se solidarize com os familiares das vítimas. Os deputados, explicou também à Lusa, querem que sejam encontrados culpados pela tragédia, visto que até agora apenas um responsável em Bolama foi suspenso, e que seja retomada a ligação entre ilhas através de piroga, visto que essa circulação foi proibida pelo Governo após o naufrágio. "As pessoas neste momento estão acantonadas na ilha Formosa. Não há uma loja do Estado que garanta o abastecimento de géneros de primeira necessidade, não há Centros de Saúde, não há comunicação segura. Tudo é um défice de coisas, as pessoas estão como se fossem galinhas numa gaiola", exemplificou, acrescentando que mesmo os alunos que foram passar as férias de natal continuam sem poder voltar para as escolas no continente ou noutras ilhas.

Os deputados eleitos pelo arquipélago dos Bijagós deram hoje em Bissau uma conferência de imprensa durante a qual reconheceram que o transporte por pirogas não é o melhor, mas defenderam que este se faça para "aliviar o sofrimento da população das ilhas", como disse o deputado Mamadu Balde. Os deputados dizem que quase um mês após o naufrágio não sabem o que está a ser feito para minimizar o sofrimento das famílias das vítimas, e temem que aconteça como num naufrágio ocorrido há alguns anos na ilha de Pecixe, que "caiu no esquecimento" e não houve responsáveis.

"Fizemos recenseamento casa a casa em Bolama para saber o número aproximado de pessoas que ia na piroga", disse Mamadu Balde, que pediu também ao Governo para que vá a Bolama e se solidarize com as famílias. José Saraiva, outro deputado eleito pela mesma região, quer também saber o que é que está a ser feito para que haja de novo ligação entre as ilhas, questionando o que pode acontecer se houver um caso grave de saúde numa ilha sem estruturas. O deputado lembrou que, em breve, haverá mais dois períodos de grande movimentação de pessoas, o Carnaval e a Páscoa, concluindo que "é muito triste" que apenas se oiça falar de recuperação de estradas no continente e que nada se faça pelas ilhas.

Actualmente há apenas ligações através de um navio (Pecixe) entre o continente e as ilhas de Bolama e de Bubaque, mas, segundo os deputados, o Governo está empenhado em recuperar outros dois navios que estão avariados. De acordo com os deputados, "há muitos anos que não existe um único farol a funcionar" e "desde a época colonial que não se fez uma única vez a dragagem dos canais onde passam os navios". "Que eu saiba, não há uma única empresa na Guiné-Bissau que venda salva-vidas", disse Mandu Camara na conferência de imprensa, acrescentando que também a Marinha Mercante não tem um único meio de busca e salvamento. LUSA

Mais reacções


"Parabéns, meu irmão. A ditadura dos leitores mostrou bem claro que o Ditadura do Consenso é o melhor de todos os Blogs. Este resultado é um grato reconhecimento dos milhões, que apreciam o teu trabalho incansável. Obrigado e um forte e solidário abraço.

Manuel Mendonça
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"E o OSCAR da solidariedade vai para os leitores Guineenses que votaram em massa para que a vitória fosse nossa.

Parabéns GUIGUIS!

Barna Barnacom
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A utopia de Ramos-Horta


O representante da Organização das Nações Unidas (ONU) junto da Guine Bissau, José Ramos Horta, disse ontem, sábado, em Adis Abeba, acreditar que as eleições, para pôr fim a crise política naquele país deverão ocorrer até final deste ano.mEm declarações a jornalistas na capital etiope, a um dia da 20ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da União Africana, Ramos Horta, disse ter informações que a situação política evoluiu positivamente, havendo um clima de diálogo, envolvente para um acordo abrangente. «Em primeiro lugar devem ser os irmãos da Guine Bissau a decidirem se existem condições ou não para realizar eleições», declarou.
 
Garantiu que a ONU fará tudo para mobilizar recursos para apoiar a realização de eleições, no tempo adequado, depois de ouvidas todas as partes e desde que hajam garantias de o pleito abrir “as portas para o futuro da Guine Bissau”. Anunciou que chegará a Bissau a 12 de Fevereiro e promete, com “muita Paciência”, iniciar contactos com as autoridades governamentais, partidos políticos, mas também trabalhando com a sociedade civil e as forças armadas para juntos encontrar o consenso nacional, para que o país ainda este ano possa sair da crise, de quase duas décadas.
 
Diz que será necessária muita paciência e tempo para dialogar com todos sem excepção, porque todos estão cansados e querem ver as suas vidas nos planos profissional e pessoal normalizada e com dignidade. Apontou ainda como prioridade a reorganização e modernização das forças armadas, de acordo com a vontade dos guineenses, mas que só é possível num quadro politico constitucional, democrático, que terá o apoio da comunidade internacional. Ramos Horta já foi Presidente da República e primeiro-ministro de Timor Leste. PortalAngop

Reacções


"PARABÉNS, DITADURA DO CONSENSO!

Caro Aly,

Esta vitória é sem dúvida o fruto duma batalha honesta, uma luta digna e com certeza está a ser celebrada com muita satisfação em todos os cantos do mundo. O blogue “Ditadura do Consenso” é merecedor deste prémio... Acredito piamente que muitas vitórias vão surgir nesta caminhada difícil, nesta luta desenfreada pela liberdade, direitos humanos e o restabelecimento da democracia na Guiné-Bissau.

Aqui ficam os meus parabéns!

Londres, 26.01.2013
Vasco Barros
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"Viva Prezado Aly,

Os meus/nossos parabéns por essa selecção vitoriosa, em duas voltas (primeira e segunda), com 39.47% (401 votos) e na segunda. "DITADURA DO CONSENSO" foi escolhido como o melhor "Blog Estrangeiro em Língua Portuguesa" do ano 2012, organizada pela Aventar.eu - A wiki dos blogs portugueses.
Fruto de um trabalho árduo teu – Aly. Afinal, a Guiné-Bissau tem algo de BOM; afinal os Bissau-Guineenses sabem fazer algo diametralmente oposto às “pataratas” e “sacalatas” com que alguns dos seus habitantes – não diria filhos – tem brindado ao mundo, por mais de três décadas, fazendo-os crer de que não somos capazes de fazer algo de bom. Apesar das adversidades mais humanas que circunstanciais, o teu trabalho visionado e consumido por milhões de leitores universalmente, é o prospecto do que almejariamos ver o nosso país no seu todo, que é o de fazer coisas boas e bonitas.

Sem alongar, permita-me na minha modesta opinião dizer que este triunfo é o corolário do reconhecimento vindo do exterior, de um trabalho produzido, seguido e sustentado pelo povo humilde e “desgastado” da Guiné-Bissau, sem esquecer os seus atributos qualificativos de um trabalho: CRIATIVO, ORIGINAL, INTERESSANTE E UNICO que faz muita inveja aos outros Blogs – de alguns habitantes da Guiné-Bissau na Diaspora – que são autênticos satélites do blog DITADURA DO CONSENSO como o planeta terra o é em relação ao sol – que só editam os seus artigos depois de consultarem compulsivamente o blog Ditadura do Consenso. Para este ano esperamos muito mais, e isso, com o contributo de todos nós.

Nevabamon Sindjass Tcharte
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sábado, 26 de janeiro de 2013

'Blogs do Ano 2012': Ditadura do Consenso venceu


As urnas encerraram às 23:59h de sábado. Pelo 2º ano consecutivo, o sítio www.aventar.eu promoveu uma votação em diversas categorias. Pois bem. Na categoria "Blog Estrangeiro em Língua Portuguesa", o blog Ditadura do Consenso não foi de modas e ganhou com estrondo. Claro que os votos foram dos cibernautas, sobretudo dos leitores do blog que conta já perto de seis milhões de visitas. O meu muito obrigado a todas/os. AAS

Eis a votação da 2ª volta (na 1ª volta, DC venceu com algum conforto)

Ditadura do Consenso  39.47%  (401 votes)

Alice no País das Salsichas  22.24%  (226 votes)

Mariarabodesaia  16.34%  (166 votes)

Ando lá por fora...volto já. :)  13.29%  (135 votes)

Lusopatia  8.66%  (88 votes)
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Total Votes: 1,016

ÚLTIMA HORA: Faleceu esta manhã no hospital de Santa Maria, em Lisboa, Domingos Fernandes, primeiro presidente do Movimento Bá-Fatã. Condolências à família e que a sua alma descanse em paz. AAS

Missão conjunta discute crise na Guiné-Bissau


O secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Murade Murargy, vai participar numa reunião da missão conjunta à Guiné-Bissau, hoje, sábado, realizada à margem da 20ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA).

Esta reunião, presidida pelo Comissário para a Paz e Segurança da UA, é consagrada à apreciação da situação na Guiné-Bissau. Recorde-se que a Organização das Nações Unidas (ONU), a UA, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a CPLP e a União Europeia (UE) realizaram uma missão conjunta à Guiné-Bissau, entre 16 e 21 de dezembro de 2012. Com coordenação da UA, a missão reuniu com diversos interlocutores para avaliar a situação interna neste país.

Guiné-Bissau: Dilma quer ajudar na estabilização


A presidente Dilma Rousseff disse que o Brasil quer participar nos processos de estabilização da Guiné Bissau e considera ser responsabilidade de Portugal apoiar a antiga colónia. Numa abordagem a conflitos internacionais, no final da Cúpula Brasil-União Europeia, realizada quinta-feira no Palácio do Planalto, a presidente  demonstrou o interesse especial do Brasil em participar do processo de paz na Guiné-Bissau, integrante da comunidade dos países de língua portuguesa.

"Também não podemos ficar indiferentes à situação vivida na Guiné-Bissau, principalmente um país de língua portuguesa", afirmou. "Nós temos interesse em participar de todos os processos para que essa situação de conflito armado e de agravamento da instabilidade política da região devido ao tráfico de drogas, ao tráfico de armas, à pirataria, seja resolvida", afirmou Dilma. A presidente fez referência também à responsabilidade de Portugal, como antigo colonizador, em apoiar o país africano. No início da semana, o representante da ONU para a Guiné Bissau, José Ramos Horta,  pediu ao Brasil maior controle sobre a droga levada da América do Sul para a África.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Bubo reforça segurança


Por estas dias, o ex-CEMA Bubo Na Tchuto é um homem ainda mais precavido: hoje, o acossado almirante é guardado por mais de uma dezena de militares, alguns afectos à Marinha e também elementos da Polícia de Intervenção - os chamados de 'angolanos'. De acordo com uma fonte do DC, o almirante "desconfia da existência de um complot contra a sua pessoa." Entretanto Bubo Na Tchuto, adiantou a mesma fonte ao DC, continua a circular por Bissau. Recorde-se, o almirante passou muito tempo na prisão, tendo sido acusado de tentativa de golpe de Estado, mas nunca foi julgado por falta de provas. Há menos de duas semanas, numa reunião na presidência, Bubo terá manifestado algum desagrado sobre seu caso ao 'presidente de transição', pedindo a sua reintegração na marinha e quiçá a sua promoção a CEMA, cargo que de resto ocupava aquando da 'tentativa de sublevação'. Ah, e hoje até choveu em Bissau... AAS