domingo, 17 de outubro de 2004
sábado, 16 de outubro de 2004
E os políticos, senhores?
Fotografia F.Fadul (c) António Aly Silva 2004 - Artur Sanhá (DR)
Artur Sanhá, um dos principais políticos no PRS e antigo primeiro-ministro, NÃO condenou o golpe de Estado de 6 de Outubro. «Não estamos aqui para condenar ninguém», disse numa conferência de imprensa, por entre a calma no falar em português e a violência da linguagem quando se expressa em crioulo. Francisco Fadul, presidente do PUSD, ainda NÃO reagiu aos acontecimentos. - coisas que acontecem: Fadul viajou numa Terça-feira e o golpe deu-se na Quarta-feira. Na Sexta-feira, a irmã do Koumba foi vista a conduzir o carro de Fadul, na zona de Luanda; Outro ex-primeiro-ministro, Mário Pires, ouviu das boas na oficina Pneucar: «Tu, está calado porque foste dos responsáveis por a Guiné-Bissau ter chegado a este ponto». Ao que consta, nem piou.
sexta-feira, 15 de outubro de 2004
quinta-feira, 14 de outubro de 2004
De que te ris, Koumba?
Fotografia (c) António Aly Silva 2004
Este senhor já passou - mal, muito mal mesmo - pela cadeira do poder na Guiné-Bissau. No dia 6 de Outubro, dia do golpe de Estado, telefonou a uma pessoa às 7 da manhã a dar conta...do sucedido. Koumba, o que é que tu sabes que nós precisamos de saber?...
Silêncio comprometedor
Fotografia (c) António Aly Silva 2004
Não compreendo o silêncio de Francisco Fadul, presidente do PUSD - Partido Unido(?) Social Democrata(?) guineense, sobre o golpe de Estado do passado dia 6 na Guiné-Bissau...temos gato escondido com o rabo de fora? Bom, perguntar não ofende nada mesmo...
quarta-feira, 13 de outubro de 2004
O jornal que é um pasquim
O semanário África, um pasquim que se faz passar por um jornal, é feito apenas com 'picanços' da Agência Lusa. Não se vê, nas suas páginas, uma única reportagem. Apenas entrevistas, fracas - e comentários ou opiniões. Aliás, basta ver a que grupo pertence para se saber que as panelinhas - encomendadas ou forçadas - estão aí para lavar e durar. Por falar em lavagem, cala-te boca... Assim também, poder-se-ia tirar uma edição a cada três dias!
Que saudades - dirá o leitor deste blogue - do quinzenário Lusófono, esse sim, um jornal com...tomates! Tal como o seu dono.
terça-feira, 12 de outubro de 2004
Descansem em paz
Fotografia (c) António Aly Silva 2004-proibida qualquer reprodução
Que a morte do general, do coronel traga, finalmente, a paz. Que os traidores sejam julgados. A amnistia apregoada é UMA VERGONHA NACIONAL!!! Tenham dó e honrem os homens bons, barbaramente assassinados!
Perdemos todos...
Fotografia (c) António Aly Silva 2004-proibida qualquer reprodução
Os tristes acontecimentos do passado dia 6 do corrente, em Bissau, podem, apenas e só servir-nos de lição. Uma vez mais. Importa, entretanto, saber qual o verdadeiro nível dos nossos políticos. A questão, dos tempos de antanho, já tem barbas mas continua a fazer todo o sentido.
A tragédia que se abateu sobre o país com as mortes do general Veríssimo Correia Seabra, chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, e do Coronel Domingos Barros, não podem passar impunes: é preciso apurar responsabilidades e punir os culpados para, assim, parar de vez com esta orgia desenfreada de pegar nas armas para resolver problemas.
Também nesta crise, como em todas as outras, soube-se até onde podem regredir os nossos políticos. A linguagem descambou e entrou num nível arruaceiro e irresponsável: é descredibilizante para os políticos, desinteressante para o eleitorado (temos eleições à porta...), afuguentador das massas, e – é isso que preocupa mais – provocante para os ignorantes. Não se pode assassinar um chefe do Estado-Maior General sem que daí se retirem as devidas ilações.
Deu dó ouvir o líder de um partido falar numa conferência de imprensa camuflada: não se lhe ouviu – pese embora a ‘provocação' de alguma comunicação social – nenhuma condenação da sublevação.
Ultrapassar a fasquia do moralmente aceitável é sinal evidente de que ainda não temos políticos preparados para conduzir o país rumo a um clima estável e com uma economia saudável. A gritaria dos nossos políticos da oposição quando a situação exige calma e ponderação, a utilização de raciocínios fáceis e populistas só prejudica o verdadeiro trabalho do político, que deveria ser aquele que dirige - neste caso o PAIGC.
A oposição entrou no desnorte, na perda do sentido de Estado e, sobretudo, de credibilidade. E, nesse caso, não estão cá a fazer nada. Para esse partido da oposição, a utilização do vocabulário arrogante e desmesurado só lhe retira a capacidade de um dia voltar ao Governo; para toda a restante oposição, a linguagem básica é algo normal, assim como alguma provocação, porque essa é a única forma de superar a falta de votos. É algo tão grave que só faz resvalar o pouco nível a que os nossos políticos estão votados.
Uma operação de rejuvenescimento impõe-se na ‘indústria’ dos políticos. Essa limpeza pode começar já depois da crise até porque o verdadeiro perigo está nos ausentes da política, porque esses não se revêm em nada nem em ninguém credível, mas potenciam a abertura das portas aos grupos radicais. É preciso que o mundo pare de nos ver (e ter) como uns grandes animais.
quinta-feira, 7 de outubro de 2004
Rostos e tragédias do Golpe
Fotografias (c) António Aly Silva 2004-(c) AAS 2004-proibida qualquer reprodução
Ditadura do Consenso confirma em primeira mão: São estes os rostos - mas que por enquanto não dão a cara - do recente golpe de Estado na Guiné-Bissau: Bubo Na Tchuto e Tagmé Na Waie. As imagens dos cadáveres são do general Verissimo Correia Seabra e de Domingos Barros (porta-voz do Comité Militar). As imagens de bazuqueiros já fazem, infelizmente, parte do quotidiano bissau-guineense.
terça-feira, 7 de setembro de 2004
quarta-feira, 28 de julho de 2004
Guiné Equatorial na CPLP? Sou contra!
Como é que este país, cuja caracterização generalista do sistema legal se baseia na Lei Civil espanhola e nos costumes tribais, pode ser membro da Comunidade de Países de Língua Portuguesa? Eu não me repito, mas...volto a dizer «nim»!
Visitas obrigatórias (História)
Forte de Cacheu, situado junto à foz do rio do mesmo nome e integrado na paisagem da cidade de Cacheu, ficaram prontas em final de Março, com os trabalhos de reurbanização do seu espaço interior, com a recolocação das estátuas dos navegadores Gonçalo Zarco e Nuno Tristão, os primeiros a aportarem à Guiné-Bissau em meados do século XVI, e a instalação de diversos equipamentos para utilização do Forte como área de lazer e cultura e atracção turística. Fundada em 1588 e primeira Capital do País, um dos atractivos indispensáveis à implantação do plano de investimentos turísticos da Região. Enquadrado numa paisagem de grande beleza natural, está situado na margem Sul, junto à foz atlântica do Rio Geba, no Noroeste da Guiné-Bissau. Serviu de defesa à primeira feitoria portuguesa no território. O Forte de Cacheu tem a forma de um rectângulo, com 26 metros por 24 metros e muralhas de cerca de quatro metros de altura e um de espessura. Tem em cada vértice um bastião; era armado com 16 canhões. Paredes de pedra argamassada, caiadas. Um portão de mais de metro e meio é o único acesso ao seu interior. A arquitectura é típica dos fortins portugueses de finais do século XVI.A reabilitação deste forte, esteve a cargo da UCCLA.
Visitas obrigatórias (lazer I)
Um poiso obrigatório, este X-Klub. Abre mais cedo, mas é quando a noite cai que sabe melhor. Abram alas, se faz favor!
segunda-feira, 26 de julho de 2004
sexta-feira, 23 de julho de 2004
Recordar é viver (V)
Fotografia© António Aly Silva/2004
António Aly Silva, para Higino Cardoso, presidente da CNE/2004: «O povo diz que vocês foram incompetentes, vai demitir-se?»... - Resposta do próprio «Eu sei que somos incompetentes e que vamos demitir-nos, mas só depois das eleições.»
Nota: Escusado será dizer que a conferência de imprensa ficou-se por ali mesmo...
Recordar é viver (IV)
Fotografia© António Aly Silva/2003
O povo ainda canta e dança, vá-se lá saber porquê...
Recordar é viver(III)
Fotografia© Carlos Narciso/2004
Primeiro-ministro Artur Sanhá, justificando as trapalhadas nas eleições de 2004 e que resultaram no nervosismo da população que montou barricadas nas ruas de Bissau e arredores: "A verdade é que temos um povo do primeiro mundo" - António Aly Silva: "É verdade, pena é o governo ser do terceiro mundo."
Provocações...
Recordar é viver (I)
Confesso que ainda hoje, sobretudo quando estou só, penso no jornal Lusófono. De como foi pensado, passado à prática e como foi lindo ver algo nosso crescer a cada 15 dias durante 3 anos. Recordemos então algumas das imagens que marcaram o jornal.
Relâmpago e escuridão
Fotografia© António Aly Silva/2004
Na Guiné-Bissau, chuva quer dizer relâmpagos e trovões. A imagem, captada pela objectiva deste vosso escriba, é bem elucidativa. Os relâmpagos consistem numa descarga eléctrica transiente de elevada corrente eléctrica através da atmosfera. Essa descarga é consequência das cargas eléctricas acumuladas, em geral, nas nuvens e ocorre quando o campo eléctrico excede localmente o isolamento do ar. Os relâmpagos são classificados, na sua forma de ocorrência, como relâmpagos nuvem-solo, solo-nuvem, entre-nuvens, intranuvens, horizontais (ao projectarem-se e terminarem como que no espaço vazio lateral à nuvem), e para a estratosfera.
quarta-feira, 21 de julho de 2004
Eu tenho um sonho...
...E ele chama-se «Bolama», a ilha da paz na Guiné-Bissau. Há quem diga que esta foi a primeira capital da Guiné e também quem advogue que foi a cidade de Cacheu. Também isso não interessa para nada. O meu sonho é voltar e recolocar Bolama no mapa. Quero vê-la formosa e segura a galgar as ondas, para dar felicidade, criar prosperidade e preservar a paz; fazer coabitar o futuro com o presente. Eu tenho um sonho...
De volta
Fotografias© António Aly Silva/2004
As minhas desculpas pela não actualização deste blogue, desde 14 de Junho. Com efeito, estava desaparecido em Bissau, cidade capital da Guiné-Bissau e cuja Internet 'voa' a 28k...rasteja, melhor dizendo. Nestes 31 dias de ausência, cacei pombos e passarinhos e joguei à bola na estrada num dia em que chovia torrencialmente. Fui a Farim e andei por Mansoa. Revi amigos e fiz novos amigos. Torci por Portugal no Euro 2004 e ainda bem que o fiz. Não vi o Kumba Yalá (também não quis...). No entanto, este meu desaguar em Lisboa está por dias. No próximo dia 30, arranco de novo para Bissau. Faz-se tarde e urge ajudar na (re)construção do país. Lá, desta feita por muito mais tempo, tentarei fazer do blogue um diário católico (que é como quem diz: 'é quando a Internet deixar'). As fotografias que aqui publico foram tiradas depois dessa jogatana à chuva. O arco-iris apareceu e...como era lindo o arco-iris!
A Guiné-Bissau e o Euro 2004
Fotografias: (c) Jorge Neto
Faltou boa vontade às autoridades portuguesas em Bissau (Embaixada, etc, etc...), mas não a um grupo de portugueses amigos de guineenses. Vai daí, organizaram em três pancadas a transmissão da final do Euro 2004 entre as selecções de Portugal e da Grécia.
Escreveu-se neste blog - do meu amigo Jorge Neto e onde, amavelmente, saquei as fotografias: A coisa foi planeada em 24 horas e a única divulgação foram uma dezena de cartazes A4, espalhados por alguns estabelecimentos comerciais do centro de Bissau, e uma notícia nas rádios locais. A organização, que esperava entre 300 a 500 pessoas, viu aparecerem no estádio cerca de 3 mil adeptos guineenses da selecção das quinas. Foi a loucura total, com pessoas a procurar o melhor lugar para si. De tal forma que a polícia de intervenção teve que ser chamada a manter a ordem. Assim foi a febre da bola, a febre do Euro 2004, a febre da selecção portuguesa, na Guiné-Bissau. No mundial de 2006 haverá mais.
Nota: Com uma pala destas, Santana Lopes não teria os problemas que teve com o defunto Estádio de Alvalade...AAS
Palavras para quê?
Fotografia© António Aly Silva/2004
A Guiné-Bissau conta agora com dois nomes de vulto (e de peso), nos mais altos cargos da Nação: O presidente da República, HENRIQUE PEREIRA ROSA e o primeiro-ministro, CARLOS GOMES JÚNIOR. O entendimento entre os dois é perfeito: «(Henrique Rosa) é praticamente um irmão», disse um dia, em entrevista aos jornais 'Lusófono' e 'O Independente', o próprio primeiro-ministro guineense. Porém, o principal problema está dentro do próprio PAIGC, partido onde Cadogo «não cresceu». Aqui, com tudo quanto é 'ala', o primeiro-ministro tem uma árdua mas não impossível tarefa de 'amansar as feras'. Nos corredores da Primatura, a azáfama tem sido grande. E ainda bem que assim é, porque para imobilismo bastaram os 4 últimos anos, os mais desastrosos da história recente deste jovem Estado...
Para já, os melhoramentos em Bissau são por demais evidentes: as principais praças estão a sofrer operações plásticas (jardins e outros embelezamentos) e à noite estão iluminadas; as estradas em Bissau e no interior do país estão a ser remendadas (com a época das chuvas é impossível fazer melhor)...Vamos todos torcer porque a Guiné-Bissau vale a pena!
sexta-feira, 11 de junho de 2004
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