terça-feira, 8 de março de 2016
Governo dos Estados Unidos Lança Workshop sobre Epidemiologia de Campo na Guiné-Bissau
COMUNICADO DE IMPRENSA
No dia 7 de março, os Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos da América e o Instituto Nacional de Saúde Pública (INASA) da Guiné-Bissau lançaram um seminário de formação sobre a Vigilância da Epidemiologia de Campo em Bissau. Durante quatro dias, as duas organizações conduzirão um seminário em conjunto para capacitar dez participantes do Ministério da Saúde em habilidades práticas da epidemiologia de campo.
A formação, conhecida como Linha de Frente, é parte de um grande esforço que se concentra na detecção e resposta às doenças e emergências de saúde pública e, é particularmente relevante dado ao surto de Ébola na África Ocidental e, mais recentemente, ao Zika em todo o globo.
Ao falar durante o lançamento, a Vice Chefe da Missão da Embaixada dos Estados Unidos da América para o Senegal e a Guiné-Bissau, Sandra Clark, disse: “A capacidade dos funcionários da saúde para efetivamente detectar, investigar, controlar e prevenir um surto de doença tornou-se mais importante do que nunca.”
Desde 1980, o CDC tem trabalhado com os ministérios da saúde no mundo inteiro em programas de formação e serviço em epidemiologia de campo. Durante os próximos cinco anos, através da Agenda de Segurança da Saúde Global do Presidente Obama, os Estados Unidos trabalhará com mais de 30 países, para prevenir, detectar e responder eficazmente às ameaças de doenças infecciosas.
Depois de concluir este workshop de quatro dias, os participantes irão voltar às suas instituições e levar a cabo projetos de campo para praticar, implementar e reforçar as novas habilidades e participar de mais formações.
“Os programas do CDC na Guiné-Bissau são parte do engajamento firme do governo dos Estados Unidos da América para apoiar o povo da Guiné-Bissau. A saúde pública é uma dimensão fundamental do desenvolvimento do vosso país," acrescentou a chefe-adjunto da missão Americana, Clark.
Programas de formação semelhantes foram realizados em Bissau no ano passado e mais programas são planeados para mais tarde, em 2016.
DROGA: Relatório da Estratégia Internacional de Controlo aos Narcóticos dos EUA
GUINÉ-BISSAU
No relatório da Estratégia Internacional de Controlo aos Narcóticos dos EUA, a Guiné-Bissau é descrita como um centro de trânsito do tráfico de cocaína da América do Sul para a Europa. “A falta de capacidade de aplicação da lei no país, a sua demonstrada suscetibilidade à corrupção, as fronteiras porosas e a sua conveniente localização fornecem um ambiente oportuno para os traficantes”, escreve o Departamento de Estado na página relativa à Guiné-Bissau.
O Departamento de Estado acusa ainda o sistema político guineense de ser “suscetível e estar sob influência de traficantes de droga” e escreve que “a cumplicidade de responsáveis governativos a todos os níveis nesta atividade criminosa inibe uma completa avaliação e resolução do problema”.
O relatório cita o gabinete das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) para dizer que o consumo de droga é um problema crescente na Guiné-Bissau, embora ainda a um nível reduzido, mas sublinha que não há qualquer estudo sistemático que permita avaliar a dimensão do problema.
CABO VERDE
Já sobre Cabo Verde, o Departamento de Estado conclui que o país não é um produtor significativo de narcóticos, mas refere que a sua localização estratégica no Oceano Atlântico faz do arquipélago um centro de trânsito importante para o tráfico de cocaína proveniente da América do Sul para a Europa.
O relatório sublinha que “o governo cabo-verdiano tem tomado medidas para responder ao tráfico de droga, que é visto pelos responsáveis governativos e pelo público em geral como um problema sério”.
O relatório refere depois os setores em que a cooperação norte-americana tem ajudado Cabo Verde a lidar com o narcotráfico, nomeadamente no combate à lavagem de dinheiro, na luta contra o crime através da formação das forças armadas e forças policiais de Cabo Verde, na assistência financeira e técnica à unidade de investigação financeira do Ministério da Justiça ou na partilha de informação sobre aplicação da lei.
HOMENAGEM: Carta para o Djibril MANÉ
"Há dias que não nos apetece acordar de manhã só para não ouvir coisas desagradáveis da vida. Este foi o dia, quando senti o maldito toque do telemóvel quando entrou a mensagem Nunca sabemos o que vamos ler, pode ser aviso de corte de água, luz, tv cabo ou cobrança da renda mensal do banco ou um simples amo-te.
Preferia receber umas dessas mensagens hoje, infelizmente recebi a notícia da morte do meu menino Djibril Mané. Estou chocado e frustrado. Com tanta gente desgraçada que temos na Guiné-Bissau que devem morrer, foi logo morrer um menino puro.
Djibril Mané, irmão dos meus colegas de infância, Farocono Mané e Bissora-Lato, era o nosso menino. O que tanto me choca neste momento, é o investimento brutal que este menino fez na sua formação académica, licenciado e com mestrado e ainda sonhava fazer o doutoramento.
Rebelde do Pilum:
Vem-me à cabeça neste momento, e lembro da rebeldia desse menino. Ainda criança, tinha a mania de ser grande e com opinião própria. Discutia com seja quem for e gostava impor e não se importava de tantas porradas que levava, eu no meu caso concreto, cada vez que nos encontrávamos, atacava-me logo com insultos impróprios e oferecia logo o seu corpo para a porrada porque não tinha medo de nada.
Tínhamos uma relação de conflitos permanente com o Djibril, eu e Uni Soare. Gostávamos muito de o gozar e brincar com ele e as nossas mães sofriam com os impropérios que tirava da boca.
Não há ninguém que não gostava desse menino nos bairros de Pilum e praça, cultivava amizades por todo o lado, ainda criança era amigos de gente importante, ele não tinha problema de parar carros de ministros para os falar.
O Djibril Mané, investiu na sua formação académica, ele que tem na tradição familiar académicos/manos Mané e Manbacar. Não tenho dúvidas que a geração mais nova perdeu um activo muito importante, conhecia a sua potencialidade e sabia do seu interesse pela política e assuntos da sua terra.
Djibril Mané, a minha única tristeza é não puder despedir de ti pessoalmente, sei como gostas de mim e me respeitas como o teu mano mais velho, estou triste e frustrado por ver partir um jovem cheio de vida e dinâmica. Agora não vou puder mais dizer-ti Djibril, cala boca bu disse alguim Tambi papia.
Vai com Deus
Catio Balde"
Políticos “não aceitam que existe de facto uma crise” na Guiné-Bissau
Uma delegação do Conselho de Segurança das Nações Unidas concluiu haver necessidade de se fazer cedências para o fim do impasse político na Guiné-Bissau.
As declarações foram feitas esta segunda-feira à Rádio ONU pelo embaixador de Angola junto às Nações Unidas, no fim de uma visita de algumas horas ao país.
Impunidade
Ismael Martins assumiu a presidência do órgão em março e disse que após vários contactos foi constado que é preciso o fim da impunidade e o respeito a leis e normas por parte de partidos. O pronunciamento foi feito na capital senegalesa Dacar, antes do embarque de regresso a Nova Iorque.
“Acho que a viagem foi útil aos membros do Conselho. Conseguimos, mesmo em curto tempo, ter encontros com as entidades principais e com partidos como o Paigc, o PRS e estivemos na Assembleia Nacional com o presidente, dois vice-presidentes e com o presidente da República já no fim.”
O representante declarou que passados vários meses a população demonstra “maturidade” apesar de “estar a ficar impaciente” com a situação política.
Entendimento
“No fundo foi para que todos nos apresentassem o que veem como a principal causa desta crise, se bem que eles não aceitam que existe de facto uma crise. Nós ficamos com impressão de que sim, é possível encontrar um entendimento com maior esforço por parte todos. É um Give and take para se tentar encontrar uma forma de o país viver.”
Para o diplomata angolano, a outra prioridade é manter em território guineense a força da Ecomib, a missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental de manutenção da paz na Guiné-Bissau.
Martins destacou o contributo da missão regional para criar condições para a dignidade na reforma das forças de segurança e “evitar situações vividas nos outros anos”. O país tem um historial de golpes de Estado e de violência política.
O diplomata disse haver a necessidade de adaptar as tarefas do Escritório da ONU de Estabilização da Guiné-Bissau, Uniogbis, ao cenário atual. Este março, a operação iniciou um novo mandato de um ano no país.
PÉRIPLO EUROPEU: Da França para o Reino Unido
A delegação guineense, chefiada pela Secretária de Estado da Cooperação, Suzi Barbosa, foi recebida no Quay d'Orsay, ministério dos Negócios Estrangeiros da França, pelo Diretor de África e Oceano Indico, Jean-Christophe Belliard.
No encontro trataram entre outros temas da cooperação bilayeral entre os 2 países e de problemas relativos à integração da comunidade guineense, que aumentou consideravelmente nos últimos anos.
Foram ainda recebidos na UNESCO pelo Sub-diretor geral, Firmin Matoso, onde a secretária de Estado depositou alguns instrumentos de ratificação de acordos sobre o Património Cultural. Finalmente, antes de partir para o Reino Unido, a delegação foi recebida na Francofonia pelo Embaixador Jaques Bilodeau.
segunda-feira, 7 de março de 2016
Conselho de Segurança da ONU na Guiné-Bissau para falar "com quem manda no país"
Uma missão do Conselho de Segurança das Nações Unidas visita hoje a Guiné-Bissau para falar com "quem manda no país" e tentar resolver o impasse político, disse o embaixador de Angola na ONU, Ismael Martins.
Em curtas declarações no aeroporto de Bissau, Ismael Martins, que chefia a delegação, disse estar otimista e acredita que a missão que dirige irá conseguir conciliar as partes desavindas, desde que haja vontade para isso, sublinhou. Aquele responsável lamentou que a missão tenha que encurtar a permanência em Bissau, devido ao atraso na chegada, provocado pelo nevoeiro.
"Muito se pode fazer em pouco tempo, quando há vontade política", disse o embaixador angolano na ONU, sublinhando que não há problema sem solução "desde que os homens queiram".
À chegada a Bissau, a delegação da ONU foi recebida por dezenas de jovens do Movimento de Cidadãos Indignados e Inconformados que empunhavam cartazes e gritavam palavras de ordens de incentivo aos membros do Conselho de Segurança e de repúdio face ao comportamento dos políticos locais.
Logo depois de aterrar no aeroporto internacional de Bissau, a delegação seguiu para o Palácio do Governo, onde esteve reunida, por breves instantes com o chefe da diplomacia guineense e, de seguida, juntou-se aos membros do Governo numa reunião presidida pelo primeiro-ministro, Carlos Correia.
Ainda esta tarde, a delegação da ONU reúne-se com a direção da Assembleia Nacional Popular (ANP, Parlamento) e de seguida recebe, em audiências separadas, os líderes dos dois principais partidos no hemiciclo, Partido Africano para a Independência da GuinÉ-bissau e Cabo Verde (PAIGC) e Partido da Renovação Social (PRS), que se farão acompanhar pelos respetivos chefes das bancadas parlamentares.
Os encontros terão lugar no Palácio Colinas do Boé, sede do Parlamento, de onde a delegação seguirá para uma unidade hoteleira para encontros, em separado, com organizações da sociedade civil e missões diplomáticas sedeadas em Bissau.
Antes de rumar à Dacar, capital senegalesa, de onde vai viajar para Nova Iorque, a comitiva terá uma audiência com o chefe do Estado guineense, José Mário Vaz, prestando a seguir declarações à imprensa para o balanço da missão.
A situação política na Guiné-Bissau está num impasse depois de a presidência do parlamento ter afastado 15 deputados do PAIGC que votaram contra o governo, liderado por Carlos Correia. O PAIGC, que tem maioria absoluta, afastou os deputados mas o Presidente da República, José Mário Vaz, tem contestado a decisão. Lusa
NOTÍCIA DC: Jogos de sukundi, sukundi no palácio
Conta quem assistiu, que "foi uma vergonha a cena montada e patrocinada pelo mais alto magistrado do país." Os 15 ex-deputados foram os primeiros a chegar à presidência para a reunião: "Foram escondidos numa sala anexa à sala da reunião, enquanto foram entrando os convidados internacionais, os dirigentes dos partidos políticos, da sociedade civil e da ANP, e o presidente entrou de seguida."
Com os salamaleques habituais ainda a decorrer, de repente, abre-se uma porta de uma sala anexa e de onde sairam os representantes dos 15 ex-deputados. "Ocuparam os lugares previamente reservados e todo o mundo ficou de boca aberta." Indignado, o Carlos Correia pergunta o que era aquilo, mas o presidente não responde. Pediu então licença, e retirou-se, tendo sido acompanhado pela ANP.
"Na saída, o Carlos Correia teve tempo e coragem para dizer ao JOMAV, com o dedo em riste e num bom crioulo: 'Abó i ingrato'". Repetiu três vezes e saiu porta fora. O JOMAV, embaraçado com o espectáculo, pede ao presidente da Liga que vá falar com o Carlos Correia, pedido que o presidente da liga simplesmente recusou por achar que naquele momento não podia falar com o velho porque este estava visivelmente irritado. AAS
NATÁLIA E OS GOLPISTAS DO 12 DE ABRIL
quinta-feira, 19 de julho de 2012
Guiné-Bissau: Portuguesa empossada como conselheira em dois ministérios
Ver também AQUI
Natália Cristina Oliveira, portuguesa, assumiu funções como Assessora de Estudos Hospitalares e Solidariedade do Ministro da Saúde na Guiné-Bissau, por um período de um ano.
Segundo a própria, "continuará a fazer o trabalho humanitário que já fazia antes, e agora mais do que nunca". Natália Oliveira é responsável por dois ministérios - áreas da Saúde e dos assuntos sociais. AAS
POUCA VERGONHA TEM LIMITES: À Natália Rocha (Cristina Oliveira), diretora da Viver 100 Fronteiras, que ameaçou abandonar a Guiné-Bissau, só digo isto: o nosso país ficava bem melhor!!! Quem não conhece as falcatruas feitas por esse 'doutora', 'enfermeira' que até fazia partos? Até se aliou aos cabrões dos golpistas do 12 de abril tendo-se tornado assessora em dois(?!) ministérios e armava-se em 'dona' do hospital militar?! Poupem-me, porra. Quem não conhece a Natália, que a compre...Natália: vai-te embora!!! AAS
PAIGC homenageia as mulheres
Uma grande homenagem às mulheres foi realizada pela escola Político-Ideológico da JAAC, e teve lugar na sede do PAIGC, no passado sábado. O presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, fez um discurso histórico destacando o papel do PAIGC na emancipação das mulheres. DSP referiu-se ao PAIGC como o único partido na Guiné-Bissau que é de massas e conta com três gerações.
A homenagem às mulheres foi moderada e apresentada por mulheres jovens da escola Político-Ideológico da JAAC. Os temas foram dois discursos históricos de Amilcar Cabral e Carmen Pereira sobre as mulheres, foram também apresentadas breves biografias de mulheres revolucionárias na África, Ásia, Europa e América Latina.
Uma apresentação foi feita pelo Secretário Nacional do PAIGC, Aly Hijazi e a cerimónia de encerramento foi apresentado por um membro da Comissão Permanente do PAIGC, um do Conselho Executivo, outro da UDEMU e ainda pelo secretário da ANP.
Os participantes na sua maioria eram jovens entusiastas de associações juvenis, associações de estudantes, estudantes da escola Político-Ideológico da JAAC, membros do Governo e Deputados da Bancada PAIGC, (incluindo Califa Seidi, Líder do grupo parlamentar).
sábado, 5 de março de 2016
ANP responde JOMAV
Assembleia Nacional Popular
Assessoria de Imprensa do Gabinete do Presidente da ANP
Comunicado de Imprensa
Construir uma plataforma de entendimento para uma governação sem sobressaltos até o fim da presente legislatura é um meio e instrumento desejável para a Assembleia Nacional Popular como estábulo para uma governação tranquila, prova disso, desde a tomada de posse dos Deputados da IX Legislatura, a ANP sempre agiu em consenso e outras vezes por unanimidade na tomada de decisões sobre as matérias essências a vida do país.
Ora, a crise despontada com a queda do 1.º Governo da IX legislatura conheceu a sua segunda etapa no Parlamento com a tentativa de derrube do II Governo da mesma legislatura através da não aprovação do seu Programa que teve como consequência a declaração de perda de mandato dos 15 Deputados.
Confortada e executada a deliberação da Comissão Permanente mediante um despacho do Tribunal Regional de Bissau que a considerou legal, foi retomado o normal funcionamento da ANP e este facto, a semelhança do que aconteceu com a paralisação, foi comunicado ao Presidente da República, aproveitando a instituição não somente para lhe agradecer os passos dados com a sua magistratura de influência, que se solicitou em momento oportuno, como igualmente para manifestar a desnecessidade da sua encetada diligência com vista ao mesmo fim.
Posto isso, encontra-se identificado o fórum competente e adequado para resolver o diferindo eventualmente prevalecente na ANP. Ainda assim, Sua Excelência Presidente da República persistiu em continuar o seu processo de consultas, que a Assembleia Nacional Popular tomou parte, apesar de observar que as negociações, que deviam contemplar apenas aspectos político-institucional da questão em litígio, foram transformadas num palco de interpretação jurídica de princípios e preceitos legais e constitucionais. Todavia, todos sabem que existem sede e mecanismos apropriados no nosso ordenamento jurídico para o pronunciamento sobre assuntos dessa natureza.
Assim sendo, a ANP em notas endereçadas denunciou e colocou sob reservas, o formato e a metodologia seguidos por Sua Excelência Presidente da República, tendo para o efeito solicitado ao Primeiro Magistrado da Nação a sua alteração, que foi, no entanto, deliberadamente ignorada, tanto assim que as sessões acabaram por redundar numa clara tentativa de substituição dos órgãos judiciais.
A verdade é que mesmo depois da dispensa dos bons ofícios da Sua Excelência Senhor Presidente da República solicitada em mais de cinco notas, este continuou com o seu processo de tentativa de aproximação das partes, tendo como resultado das suas diligências proposto e solicitado contraproposta a um Projecto de Acordo de Incidência Parlamentar.
Contudo, e provas existem, a Assembleia Nacional Popular suscitou, em cartas enviadas nos dias 2 e 3 de Março corrente, a que se juntam outras três anteriores, uma questão prévia relativo ao formato e legitimidade das partes adoptado para os trabalhos cuja solução fez depender de forma atempada e respeitosa a sua continuidade no processo.
A retirada da ANP, urbanamente solicitada e consentida por Sua Excelência senhor Presidente da República, nos trabalhos da reunião convocada ontem, dia 4 de Março, que o comunicado da Presidência da República considerou com sendo uma afronta e falta de respeito ao Chefe de Estado, autoriza a esta Assessoria de Imprensa do Gabinete do Presidente da ANP, perguntar como qualificar então o silêncio e o desprezo de Sua Excelência Senhor Presidente da República às sucessivas correspondências da ANP que lhe foram enviadas solicitando às alterações quanto ao formato e a legitimidade da presença dos 15 deputados?
Outrossim, e o Comunicado da Assessoria da Presidência da República é omisso quanto a isso, refere-se ao Projecto de Acordo de Incidência Parlamentar proposto pelo Senhor Presidente da República que esta Instituição entende que deve ser objecto de análise e discussão entre os Partidos com assento parlamentar e nunca na presença muito menos com os 15 deputados expulsos que nada representam, porquanto nem estão constituídos em grupo com personalidade jurídica.
A ANP quer deixar inequivocamente patente que não se revê minimamente no qualificativo descortês atribuído pelo comunicado da Assessoria de Imprensa da Presidência da República ao chamado abandono da sua delegação na última ronda negociar, porquanto esta Instituição sempre esteve com a responsável disposição e respeito pelo órgão promotor da iniciativa, bem como pela importância que conferiu ao acto por julgar que a mesma fortaleceria de um lado as Instituições envolvidas e as Leis da República, como de outro lado, serviria para defender os superiores interesses do povo guineense.
A Assessoria de Imprensa do Gabinete do Presidente da ANP, interpretando fielmente o posicionamento assumido ao mais alto nível pelos órgãos desta Assembleia Nacional Popular, defende que só aos Tribunais compete a resolução da presente situação e quer deixar bem claro que não reconhece autoridade à Sua Excelência Senhor Presidente da República para dirimir este conflito, na medida em que ele é parte activa da crise.
Aproveitando esta oportunidade, a Assessoria de Imprensa do Gabinete do Presidente da ANP vem publicamente desmentir categoricamente as afirmações públicas do Partido da Renovação Social (PRS) sobre a existência de uma ordem judicial ou administrativa proibindo a entrada dos seus Deputados nas instalações da Assembleia Nacional Popular.
A estratégia de cadeira vazia adoptada pelo PRS desde que o despacho do Tribunal regional de Bissau considerou válida a deliberação nº 1/2016 da Comissão Permanente da ANP e que foi integralmente executada, a par da sua declarada intenção de assumir o papel de principal partido e tutor dos 15 ex-deputados, tem levado este partido a assumir uma postura contrária às leis que regem esta Casa da Democracia.
Quer esta Assessoria de Imprensa do gabinete do Presidente da ANP relembrar a todos que a ANP é um órgão colegial, que só funciona com a existência de quórum nos seus diferentes órgãos, razão pelo que preenchida esse requisito, tem funcionado normalmente, tomando as respectivas deliberações.
A Assessoria de Imprensa do Gabinete do Presidente da ANP comunica aos guineenses que a Assembleia Nacional Popular continuará a assumir a sua plena responsabilidade no respeito e aplicação das regras e dos princípios da Constituição da República e demais Leis e que manterá sempre e de forma inquestionável o pleno respeito pelas decisões judiciais.
Bissau, 5 de março de 2016
Pela Assessoria de Imprensa do Gabinete do Presidente da ANP
Inácio Tavares
Assessor de Imprensa
Subscrever:
Mensagens (Atom)