domingo, 8 de março de 2015
Guiné-Bissau/Cabo Verde: Acordos em nove áreas
Empresários guineenses e cabo-verdianos acordaram cooperar em nove áreas, enquanto os governos dos dois países se propõem realizar cimeiras bilaterais periódicas, foi hoje anunciado em Bissau.
Estas vertentes constam do memorando de entendimento assinado entre responsáveis do governo dos dois países no final de uma visita de seis dias realizada por investidores cabo-verdianos à Guiné-Bissau, liderada pela ministra do Turismo, Investimentos e Desenvolvimento Empresarial de Cabo Verde, Leonesa Fortes.
A periodicidade da cimeira bilateral ainda não foi definida mas para já os empresários dos dois países concordaram em estabelecer parcerias nos setores da agricultura, agro-negócio, pescas, turismo, transportes, energias renováveis, construção civil e tecnologia de informação e comunicação.
Os nove setores foram apontados como tendo potencialidades e oportunidades de negócio entre os dois países, mas também foi reconhecido que para tal serão precisos "mecanismos que possam agilizar os acordos", nomeadamente no âmbito fitossanitário, no setor da indústria, com enfase para o ramo farmacêutico.
A dupla tributação é outra área que deve merecer um acordo nos próximos tempos, segundo o ministro da Economia e Finanças da Guiné-Bissau, Geraldo Martins. Houve também um entendimento quanto à urgência de serem implementados os acordos já existentes nomeadamente nos ramos das pescas, agro-indústria e construção civil.
O ministro da Economia e Finanças da Guiné-Bissau considerou de histórica a visita da delegação cabo-verdiana, que hoje termina, por acontecer "numa altura em que os guineenses estão a traçar um novo rumo após anos tumultuosos". Geraldo Martins enalteceu a solidariedade dos cabo-verdianos e disse acreditar que "desta vez as coisas serão diferentes" em termos de materialização de intenções do empresariado dos dois países.
A ministra do Turismo, Investimentos e Desenvolvimento Empresarial de Cabo Verde, Leonesa Fortes, afirmou que o governo do seu país acredita que "estão a ser criadas as condições" para que "haja confiança" entre os dois Estados e desta forma possibilitar negócios entre o setor privado.
"O maior sinal que a Guiné-Bissau dá a Cabo Verde e ao mundo é a inclusão na governação, apesar da vitória com maioria absoluta, o PAIGC (Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo Verde) fez um governo onde integra todas as forcas politicas", observou Leonesa Fortes.
Em representação do setor privado dos dois países, Braima Camara, presidente da Camara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços da Guiné-Bissau e José Spencer Lima, líder da Câmara do Comércio de Cabo Verde, sublinharam a disponibilidade dos empresários em "fazer avançar as intenções" das parcerias.
Segundo Spencer Lima, da parte cabo-verdiana, o governo já tem disponível um navio com capacidade para mil toneladas pronto para ligar os dois países e a Transportadora Aérea de Cabo Verde (TACV) irá iniciar dentro de três meses voos diretos entre as duas capitais. A comitiva empresarial já se encontra em Cabo Verde, tendo chegado por volta das 20h locais. Lusa
Redução da ajuda e tráfico de drogas minam o País
A Guiné-Bissau enfrenta enormes desafios para melhorar o clima empresarial, nomeadamente a redução na ajuda internacional e as alegações de que o país está envolvido no tráfico de drogas para a Europa, considera a consultora Aon.
Na análise por país que acompanha o relatório de Risco Político 2015, divulgado esta semana, a consultora especializada em gestão de risco, os analistas sublinham que o risco de violência política continua a ser muito alto e notam que apesar de o país se esforçar por fortalecer as instituições, os princípios do Estado de direito "raramente são aplicados".
O ambiente empresarial é minado pelas preocupações com a segurança, com os investidores a terem de enfrentar demorados e complexos procedimentos administrativos e custos de criação de empresas proibitivos, o que prejudica enormemente os investimentos estrangeiros no país.
A análise da Aon Risk Solutions é feita anualmente a 163 países, com a edição deste ano a registar uma degradação do risco político de fazer negócios em 12 países e uma melhoria noutros sete.
Os países que viram o Risco piorar foram Angola, República Centro-Africana, Burkina Faso, Gana, Guiné-Conacri, Haiti, Líbia, Moçambique, Omã, Paquistão, Serra Leoa e Uganda. Os que melhoraram foram a República Dominicana, Equador, Geórgia, Laos, Panamá, Suazilândia e o Zimbabué.
A análise da Aon inclui uma colaboração especial da consultora Roubini Global Economics, recolhendo também a opinião de mais de 20 seguradoras na área do risco político, compilados pelo banco Loyds.
Cada país é avaliado em nove áreas: Transferência de Divisas, Regulamentos e Leis, Interferência Política, Violência Política, Incumprimento Soberano e Perturbações na Cadeia de Distribuição, a que se juntam os Riscos de Negócio, Vulnerabilidade do Setor Bancário e Riscos a Estímulos Orçamentais.
Com base na avaliação nestas nove áreas, é então definido a que categoria pertence o risco que os investidores assumem por investir nesse país, indo do Baixo até ao Muito Alto, passando pelo Médio Baixo, Médio, Médio Alto e Alto. Lusa
Embaixador norte-americano entrega cartas credenciais ao PR
O embaixador dos Estados Unidos da America para a Guiné-Bissau e o Senegal, James Peter Zumwalt, estará em Bissau entre os dias 10-13 de março de 2015, e entregará as cartas que o credenciam como embaixador na Guiné-Bissau, com residência em Dakar, no Senegal.
Programa
10-13 de Março de 2015
Bissau
Terça-Feira, 10 de Março de 2015
Embaixador designado dos EUA, S.Exa. James Peter Zumwalt entrega Cartas Credenciais ao Presidente da República, S.Exa. José Mário Vaz
11:30 Início da Ceremónia
Localidade: Palácio da República
Quarta-feira, 11 de Março de 2015
9:20 Depositação de coroas de flores na praça “Titina Silá”
Localidade: Praça “Titina Silá”
11:00 Encontro com S.Exa. Domingos Simões Pereira/Primeiro Ministro
Localidade: Palácio do Governo
15:50 Inauguraçao do Centro de Reinserção da “AMIC”
Localidade: Bairro de Enterramento
Quinta-feira, 12 de Março de 2015
08:50 Visita ao Hospital Nacional Simão Mendes e entrega oficial de um contentor de 40 pés com medicamentos
Localidade: Hospital Nacional Simão Mendes
12:20 Visita ao orfanato “Lar Bethel”
Localidade: Antiga Parragem de Biombo/Zona da Tiniguena/Bairro de Bandim
Sexta-feira, 13 de Março de 2015
08:50 Visita ao laboratório de língua Inglesa da Marinha de Guerra Nacional
Localidade: Marinha de Guerra Nacional
13:35 Visita à Radio Voz de Quelele
Localidade: AD Bairro de Quelele
15:50 Inauguração da “Escola de Música” da AGRICE/Bengala Branca
Localidade: Escola Bengala Branca – depois do aeroporto
Agradeceria enormemente que usassem essa oportunidade de visita de S.Exa. James Peter Zumwalt, deixando-o com a impressao de que aqui tambem se trabalha, nao obstante as dificuldades."
NOTA: Não entendo o último parágrafo...AAS
COOPERAÇÃO: Guiné-Bissau e Cabo Verde juntos mais do que nunca
O Primeiro-ministro da Guiné Bissau, viaja, pelo interior leste do seu país, acompanhado, da ministra do Turismo e Desenvolvimento emrpesarial, de Cabo Verde, no quadro do reforço da coooperação bilateral.
Guiné-Bissau e Cabo Verde decidiram reforçar as suas relações de confiança e de cooperação, que nos últimos, passaram por um período de resfriamento, devido a algumas questões, designadamente nas áreas da segurança, polícia e imigração, mal geridas de ambos os lados.
A visita que a actual ministra caboverdeana do Turismo, Investimentos e Desenvolvimento, Leonesa Fortes, faz, actualmente, à Guiné Bissau, é disso prova, assim como a recente visita oficial a Cabo Verde, do Primeiro-ministro, guineense, Domingos Simões Pereira.
A governante caboverdeana, acompanhada, de uma importante delegação empresarial, encontra-se, aliás, a acompanhar, o Primeiro-ministro, Simões Pereira, num périplo, pelo interior da Guiné Bissau, nomeadamente, a Mansoa, Bambandinca, Bafatá e Gabú, no leste, da Guiné Bissau.
Em Gabú, por exemplo, a 200 quilómetros da capital, Bissau, o Primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, lançou a primeira pedra da construção de um Centro para a Juventude e inaugurou um mercado municipal.
Nas mensagens que ia dirigindo às populações, o Primeiro-ministro da Guiné Bissau, insistiu na "unidade interna do país, de maneira a permitir que os parceiros internacionais, continuem a ajudar e a ter mais confiança, na Guiné Bissau", tendo em conta a próxima Mesa Redonda, a ser realizada, a 25 deste mês, em Bruxelas, para captação de investimentos e mais cooperação.
Aproveitando, a presença, ao seu lado, da ministra do Turismo e Desenvolvimento empresarial, de Cabo Verde, Leonesa Fortes, o chefe do governo guineense, sublinhou, que Cabo Verde, está a confiar nessa cooperação e no desenvolvimento, da Guiné Bissau.
Leonesa Fortes, ministra caboverdeana, do Turismo, Investimentos e Desenvolvimento Empresarial, que conclui, este domingo, 8 de março, a sua visita, à Guiné Bissau, aproveitou para sublinhar "o grande potencial que tem a Guiné Bissau; grande potencial, em termos, de recursos naturais, em termos, de terra, a nível da agricultura, da pesca, e nós estamos em crer, que como, disse, e bem, o senhor Primeiro-ministro, trabalhando juntos, dois povos irmãos, é possível desenvolver todas essas potencialidades, em prol do bem-estar das nossas gentes." RFI
sábado, 7 de março de 2015
ACORDO PARLAMENTAR ENTRE GUINÉ-BISSAU E CABO VERDE
O presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné Bissau, Cipriano Cassamá, assinou ontem um acordo de cooperação com a Assembleia Nacional cabo-verdiana. No final de três dias de visita oficial, Cipriano Cassamá sublinhou levar na bagagem alguma experiência cabo-verdiana.
A visita do presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau a Cabo Verde, Cipriano Cassamá terminou na manhã desta sexta-feira. Uma visita que ficou marcada pela assinatura de um protocolo de cooperação entre as duas casas parlamentares com a Assembleia Nacional de Cabo Verde a disponibilizar apoio técnico para a revisão constitucional na Guiné-Bissau, como adiantou à imprensa, Cipriano Cassamá.
"Tive a oportunidade de discutir, propor ao meu colega de Cabo Verde a possibilidade de enviar um técnico constitucionalista que está inserido no protocolo e penso que vamos ter esse apoio da parte do parlamento cabo-verdiano"
O Presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau disse que o Parlamento cabo-verdiano já tem uma larga experiência no domínio da revisão constitucional, por isso a Guiné-Bissau pretende aproveitar essa experiência e adapta-la a realidade do seu país. Por seu turno, o presidente da Assembleia Nacional, Basílio Mosso Ramos destacou as áreas de cooperação entre os dos parlamentos.
"Na área da formação dos técnicos parlamentares, na área da legislação, na área de funcionamento das instituições parlamentares, dos diversos serviços que temos de troca de delegações, de modo que é um protocolo quadro mas muito aberto".
Ainda, em Cabo Verde, o Presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau Cipriano Cassamá reuniu-se com a comunidade guineense radicada no país. A deslocação da Boa Vista e São Vicente para a cidade Praia para renovação do passaporte no consulado guineense, foi o principal problema apontado pelos guineenses, por causa dos preços elevados das passagens inter-ilhas no arquipélago.
Com a colaboração do correspondente em Cabo Verde, Odaír Santos.
POSIÇÃO DC SOBRE PAIGC/PORTUGAL
A guerra surda e por sinal prazerosa que está instalada na delegação do PAIGC em Portugal não beneficia nenhum dos lados, desacredita o partido no poder na Guiné-Bissau, e, por tabela, o próprio País.
Assim, e tendo o editor do blog Ditadura do Consenso sido apanhado neste fogo cruzado de informação e contra informação, determino:
1 - Não voltar a publicar nenhuma notícia ou informação veiculada pela delegação do PAIGC em Portugal;
2 - Desafiar os órgãos nacionais do PAIGC, na Guiné-Bissau, a clarificar de uma vez por todas esta triste situação de claro aproveitamento pessoal e de protagonismo barato.
António Aly Silva
Jornalista, editor do blogue Ditadura do Consenso
REFLEXÃO: 8 de março
"No Dia 8 de Março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, em Nova Iorque, fizeram greve reivindicando melhores condições de trabalho, redução da carga horária de trabalho e um tratamento digno.
A manifestação foi reprimida com extrema violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num acto profundamente desumano.
Porém, a luta das mulheres pela sua emancipação adquiriu nova dinâmica e proporção mundial. E durante uma conferência internacional realizada na Dinamarca em 1910 ficou decidido que o dia 8 de Março passaria a ser o “Dia Internacional da Mulher, em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Entretanto, as mulheres tiveram que esperar até 1975 (65 anos depois) para que esta data fosse oficialmente reconhecida e decretada pela Organização das Nações Unidas.
Felizmente, ser mulher hoje em dia difere por completo do que foi há décadas. Actualmente as mulheres desfrutam de uma posição muito mais privilegiada, conquistaram o espaço que merecem na sociedade, ocupam cargos jamais imaginados antes e desempenham tarefas que eram consideradas exclusivamente masculinas. Ou seja, o universo feminino mudou, e para melhor, assim como o que os homens pensam a respeito dessa mudança. E podemos com todo o orgulho afirmar que o momento é das mulheres.
A transformação efectiva da presença da mulher na sociedade começou na década de 90, com a bem sucedida revolução feminista e tem progredido consideravelmente a cada geração. Foi a partir deste momento que a figura da mulher começou a ser valorizada, conquistando seu espaço e independência com o exigido respeito.
A mulher tornou-se imperativa, agindo de forma absoluta, com base na sua vontade, desejos e opiniões. Dessa forma, a presença feminina deve ser consolidada todos os dias nos mais variados segmentos da sociedade, tanto nas relações matrimoniais como no trabalho.
Urge denunciar que apesar dos enormes progressos registados na luta pela emancipação e promoção da mulher, ainda existem lugares onde ela não possui qualquer importância como ser humano e continua sendo desrespeitada e desprovida de voz activa e de poder de decisão tanto no âmbito da família como na sociedade em geral.
Infelizmente o nosso País, a Guiné-Bissau, constitui um destes lugares onde em pleno Século XXI, apesar do heroísmo revelado pelas mulheres Gloriosa Luta de Libertação Nacional e da sua omnipresença nos esforços da Reconstrução Nacional, vê a luta pela sua emancipação ser esbarrada por leis e regras sociais durante a nossa obsoletas e discriminatórias, sujeitando-se às mais terríveis formas de humilhação: o obscurantismo, a mutilação genital, a poligamia, a violência doméstica, o casamento forçado, e demais privações e violações dos Direitos Humanos.
Entretanto, uma mulher moderna deve ser capaz de conjugar com sucesso a luta pela sua projecção profissional com as diversas tarefas do dia-a-dia, actuando como mãe, dona de casa e esposa, enquanto factores que a diferenciam positivamente do homem e fazem dela um Ser único com características específicas, dotado da capacidade natural de ser sensível e corajosa ao mesmo tempo. E a chave do segredo é realizar tudo com muito equilíbrio, mantendo a requerida individualidade, sem esquecer do poder de sedução e beleza interna que faz dela uma mulher perfeita.
A luta pela emancipação e afirmação das mulheres é uma luta de todos os dias e cada dia é “Dia das Mulheres”, sobretudo daquelas mulheres, vítimas de um preconceito social praticado em nome de suposta tradição, desprovidas de voz e privadas dos mais elementares Direitos de participar na tomada de decisões concernentes a sua própria vida e contribuir com o seu potencial para o bem da Humanidade.
Viva a Mulher guineense!
Vivam as mulheres de todo o Mundo!
Muito obrigado pela atenção!
Élia Embaló"
sexta-feira, 6 de março de 2015
Presidente da Guiné-Bissau só quer "dívida boa"
O presidente guineense, José Mário Vaz, defendeu hoje que a dívida que o país contrair durante a mesa redonda de doadores de 25 de março, em Bruxelas, deve permitir criar riqueza suficiente para a pagar mais tarde.
"A mesa redonda é dívida, é uma dívida que vamos contrair perante os nossos parceiros e que, se não for no nosso tempo, se nós não utilizarmos bem esses recursos, nós estamos a ser maus para a geração vindoura", sublinhou. Mesmo que seja "daqui a 20, 25 anos, esses créditos vão começar a vencer. Significa que estamos a transferir problemas", pelo que, realçou, "é preciso uma boa dívida".
A mesa redonda de doadores internacionais está a ser organizada pelo Governo para angariar parceiros de desenvolvimento que acompanhem o investimento previsto no plano estratégico para os próximos anos. As autoridades eleitas em 2014 puseram fim à crise provocada com o golpe de Estado de abril de 2012.
Muito obrigados
O meu nome anda por aí. Pelo parlamento guineense e por Cabo Verde e em tudo que é jornal on-line, um pouco por todo o lado.
Hoje (ontem), durante a visita oficial que efectua a Cabo Verde, foi a vez da segunda figura do Estado guineense, o presidente da ANP Cipriano Cassamá citar o meu santo nome: António.
Agradeço, e aproveito a onda.
Eu vou voltar, sim. Mas voltarei no dia - e no voo - que EU escolher. Irei e, indo, talvez vá por impulso ou num acto de loucura que só eu sei.
E se entretanto eu regressar, vou ter uma grande empreitada: meter toda aquela canalha que não presta e nem acrescenta um cêntimo, de joelhos! Será um prazer, e uma honra.
Para já agradeço a bancada do PRS pela lembrança. Ao presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá, aplaudo a lucidez, louvo o gesto e a boa vontade demonstrados.
Eu voltarei, sim. Mas não tenho pressa - terei cuidado. AAS
EMBAIXADA GB EM LISBOA: Visita ao estabelecimento prisional de Tires
"Alusivo ao 8 de Março, dia Internacional da Mulher, a comitiva da Embaixada da Guiné-Bissau em Portugal visitou hoje o estabelecimento prisional de Tires, onde se reuniu com algumas reclusas guineenses a cumprirem pena naquele estabelecimento.
Num gesto simbólico, ofertou-se bens de primeira necessidade a todas as reclusas presentes, maioria delas com pena superior ou igual a 5 anos, gesto que unanimemente agradeceram, solicitando a sua continuidade. Segundo 'Antónia' (nome fictício).
Essa atenção da Embaixada para connosco, é uma nova esperança para nós, porque mostra-nos que também constamos da preocupação do nosso estado e não fomos completamente abandonadas ou marginalizadas. Situações difíceis nos conduziram ao mundo do crime, mas saber que somos lembradas é sem dúvida encorajador."
Por sua vez, o Senhor Mbala Alfredo Fernandes, Encarregado de Negócios da Embaixada, pediu a todas as reclusas, que se mantenham firmes e disciplinadas no cumprimento das suas penas, ponderando uma nova postura perante a vida, com vista a uma reinserção na sociedade, não só por elas, mas pela dignificação do nome do país;
Garantindo-lhes ainda: "Não estão, nem estarão esquecidas, estando embora o país em reconstrução, mas é preciso acreditar no futuro e num país promissor, onde todos têm espaço para viver em progressão e dentro da ética duma sociedade justa. Nós viemos aqui trazer o nosso abraço e encorajar-vos para um recomeço de cabeça erguida, onde podem contar com a nossa representação, dentro do que nos é possível e sempre em consideração às regras do país de acreditação. "
O encontro que decorreu durante sensivelmente duas horas, terminou com muita emoção na hora de despedida, com abraços e lágrimas entre irmãos, dentro de uma nova esperança para as reclusas."
Embaixada da Guiné-Bissau em Portugal"
quinta-feira, 5 de março de 2015
Guiné-Bissau/Cabo Verde: Visita histórica repõe legalidade entre os dois parlamentos
Cipriano Cassamá, presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau, ao lado do seu homólogo de Cabo Verde, Basílio Mosso Ramos. Foto: A Bola
Nigéria? Culpada!
O académico angolano António Luvualu de Carvalho, criticou hoje numa conferência em Lisboa a posição da Nigéria durante a última crise política e militar na Guiné-Bissau, em 2012.
"O ego da Nigéria estava muito em cima, não quis aceitar a situação particular do apoio de Angola. Angola retirou-se mas agora vamos acreditar que com a nova presidência e com o novo primeiro-ministro a situação possa estabilizar", disse Luvualu de Carvalho sublinhando que o chefe do Executivo da Guiné vai efetuar uma visita oficial a Luanda nas próximas semanas.
Questionado sobre as relações entre Angola e a Nigéria no quadro regional e, sobretudo na última crise política e militar guineense, Luvualu de Carvalho recordou que Bissau pediu apoio a Angola, antes do golpe de Estado de 12 de abril de 2012, numa altura em que as forças armadas guineenses "precisavam de apoio".
"Chegadas a Bissau, as forças angolanas encontraram um exército com pessoas muito mais velhas, sem pensões, sem serviço de saúde, sem quartéis para viver e Angola empenhou os seus meios, inicialmente 30 milhões de dólares (26,93 milhões de euros) complementada de outra ajuda de 80 milhões de dólares (71,83 milhões de euros) para construir quartéis novos, para pagar salários e também para ajudar na proteção nas fronteiras da Guiné-Bissau", afirmou.
Segundo o analista político, após o golpe de Estado, as autoridades nigerianas, apesar de não terem condições para acudir à Guiné-Bissau preferiram fazer "um finca-pé diplomático" incitando outros países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental e pressionaram as autoridades angolanas a retirarem o contingente de 350 formadores militares que se encontravam em Bissau.
"Na altura, a Guiné-Bissau ocupava no rating internacional dos Estados falhados o segundo lugar, logo após a Somália. Portanto, era um não-Estado. A Guiné-Bissau era uma parcela de terra. Não tinha nada, não tinha organização de Estado e as autoridades angolanas foram fazendo essa organização juntamente com a Guiné-Bissau", disse.
Para o académico, os narcotraficantes serviam-se da Guiné-Bissau como placa giratória para a receção da droga da Colômbia que era depois distribuída na Europa e também nos Estados Unidos e que encaravam as autoridades angolanas como um "empecilho" porque, afirmou, as forças da Guiné-Bissau que passaram a ser um grupo de homens instruídos, fardados, armados e motivados "deixaram de viver dos traficantes para viverem sob a bandeira do Estado".
Os traficantes, afirmou, foram pressionando as autoridades da Guiné-Bissau que não conseguiram lidar com o problema e fizeram alianças que o Departamento de Estado norte-americano qualificou como sendo ligações com narcotraficantes tendo sido preso, nesse contexto, o chefe de Estado Maior da Marinha.
"Bubo Na Tchuto foi capturado em águas internacionais porque o departamento de luta anti droga dos Estados Unidos da América acusou - com provas -- a parte traficante do Exército da Guiné-Bissau que utilizava armas para trocar por cocaína", disse o antigo ministro.
A partir do momento em que o contingente angolano saiu, a Nigéria pressionou a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) que aprovou a Missão Militar para a Guiné-Bissau que "nunca chegou a sair do papel" tendo o país emergido no caos e na dependência das drogas, disse o analista.
Participaram no debate, o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, António Martins da Cruz e Francisco Ramos da Cruz, adido militar adjunto da Embaixada de Portugal de Angola em Lisboa. Lusa
"O ego da Nigéria estava muito em cima, não quis aceitar a situação particular do apoio de Angola. Angola retirou-se mas agora vamos acreditar que com a nova presidência e com o novo primeiro-ministro a situação possa estabilizar", disse Luvualu de Carvalho sublinhando que o chefe do Executivo da Guiné vai efetuar uma visita oficial a Luanda nas próximas semanas.
Questionado sobre as relações entre Angola e a Nigéria no quadro regional e, sobretudo na última crise política e militar guineense, Luvualu de Carvalho recordou que Bissau pediu apoio a Angola, antes do golpe de Estado de 12 de abril de 2012, numa altura em que as forças armadas guineenses "precisavam de apoio".
"Chegadas a Bissau, as forças angolanas encontraram um exército com pessoas muito mais velhas, sem pensões, sem serviço de saúde, sem quartéis para viver e Angola empenhou os seus meios, inicialmente 30 milhões de dólares (26,93 milhões de euros) complementada de outra ajuda de 80 milhões de dólares (71,83 milhões de euros) para construir quartéis novos, para pagar salários e também para ajudar na proteção nas fronteiras da Guiné-Bissau", afirmou.
Segundo o analista político, após o golpe de Estado, as autoridades nigerianas, apesar de não terem condições para acudir à Guiné-Bissau preferiram fazer "um finca-pé diplomático" incitando outros países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental e pressionaram as autoridades angolanas a retirarem o contingente de 350 formadores militares que se encontravam em Bissau.
"Na altura, a Guiné-Bissau ocupava no rating internacional dos Estados falhados o segundo lugar, logo após a Somália. Portanto, era um não-Estado. A Guiné-Bissau era uma parcela de terra. Não tinha nada, não tinha organização de Estado e as autoridades angolanas foram fazendo essa organização juntamente com a Guiné-Bissau", disse.
Para o académico, os narcotraficantes serviam-se da Guiné-Bissau como placa giratória para a receção da droga da Colômbia que era depois distribuída na Europa e também nos Estados Unidos e que encaravam as autoridades angolanas como um "empecilho" porque, afirmou, as forças da Guiné-Bissau que passaram a ser um grupo de homens instruídos, fardados, armados e motivados "deixaram de viver dos traficantes para viverem sob a bandeira do Estado".
Os traficantes, afirmou, foram pressionando as autoridades da Guiné-Bissau que não conseguiram lidar com o problema e fizeram alianças que o Departamento de Estado norte-americano qualificou como sendo ligações com narcotraficantes tendo sido preso, nesse contexto, o chefe de Estado Maior da Marinha.
"Bubo Na Tchuto foi capturado em águas internacionais porque o departamento de luta anti droga dos Estados Unidos da América acusou - com provas -- a parte traficante do Exército da Guiné-Bissau que utilizava armas para trocar por cocaína", disse o antigo ministro.
A partir do momento em que o contingente angolano saiu, a Nigéria pressionou a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) que aprovou a Missão Militar para a Guiné-Bissau que "nunca chegou a sair do papel" tendo o país emergido no caos e na dependência das drogas, disse o analista.
Participaram no debate, o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, António Martins da Cruz e Francisco Ramos da Cruz, adido militar adjunto da Embaixada de Portugal de Angola em Lisboa. Lusa
PARCERIAS: Guiné-Bissau e Cabo Verde querem acelerar trocas comerciais
O ministro da Economia e das Finanças da Guiné-Bissau, Geraldo Martins, disse hoje em Bissau que existe "uma grande vontade" de abrir o país ao empresariado cabo-verdiano para negócios e parcerias.
A posição do governante guineense foi também corroborada pela ministra do Turismo, Investimentos e Desenvolvimento Empresarial de Cabo Verde, Leonesa Fortes. Os dois responsáveis falavam numa sessão de troca de experiências e informações entre empresários guineenses e cabo-verdianos que se encontram de visita a Guiné-Bissau.
Geraldo Martins afirmou que a Guiné-Bissau "está a conhecer novos ventos", contando agora "com a espantosa experiência de Cabo Verde".
O ministro guineense disse, por isso, esperar que da visita de seis dias de empresários cabo-verdianos saiam acordos de parceria que possam identificar oportunidades de negócios e trazer, rapidamente, investidores de Cabo Verde para a Guiné-Bissau.
"Esta é também para nós uma oportunidade para aprender com as vossas experiências em matéria de governação, de políticas públicas, de melhoria do ambiente de negócios", assinalou Geraldo Martins. De acordo com o ministro da Economia e Finanças, a Guiné-Bissau acolhe com "muita expectativa" a missão empresarial cabo-verdiana.
A ministra do Turismo, Investimentos e Desenvolvimento Empresarial de Cabo Verde, Leonesa Fortes, disse que a comitiva está na Guiné-Bissau "com o firme propósito" de fazer avançar as intenções já bastantes debatidas entre os dois países, materializar os acordos entre governos e projetar novas áreas de cooperação.
De acordo com Leonesa Fortes, Cabo Verde estaria disponível para cooperar com a Guiné-Bissau em matérias como a governação eletrónica, comércio, turismo, desenvolvimento rural, agro-negócios, pesca, construção civil, transportes e indústria de transformação.
Também poderia abrir as portas das suas instituições de ensino para formação de quadros guineenses, nomeadamente na área da enfermagem, análises clinicas e modernização da administração pública, acrescentou a ministra.
"Esta missão é um passo claramente firme, claramente ambicioso, em particular para o aprofundamento e diversificação da cooperação económico empresarial e institucional, objetivando facilitação de negócios e empresários dos nossos dois países", defendeu Leonesa Fortes.
A governante cabo-verdiana acredita também que as relações empresariais entre os dois países irão contribuir para a integração regional das duas economias e a sua internacionalização. Leonesa Fortes afirma, contudo, ser necessário que sejam firmados acordos que possam evitar a dupla tributação, a evasão fiscal e que se atualize o acordo fitossanitário já existente entre Praia e Bissau.
Esta é a terceira missão empresarial cabo-verdiana à Guiné-Bissau, um país que Cabo Verde diz ser "um mar de oportunidades" de negócios.
"A Guiné-Bissau constitui sem dúvida um grande mercado para os operadores económicos cabo-verdianos pelo potencial que representa e pela proximidade aos demais países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO)", assinalou Leonesa Fortes.
Cabo Verde também é membro da CEDEAO, mas devido ao facto de ser um arquipélago não possui fronteira terrestre com nenhum dos demais 14 países da organização. E para ligar Cabo Verde a Bissau, como tem sido reclamado pela população e empresários dos dois países, o Governo da Praia já tem disponível um navio, declarou a ministra do Turismo cabo-verdiana. Lusa
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