terça-feira, 7 de janeiro de 2014
BANDALHEIRA: Guiné-Bissau é o país do mundo com o maior número de funcionários públicos por habitante: para pouco mais de milhão e meio de habitantes (40% de analfabetos), temos 12.069 funcionários públicos mantidos a pão e água. Se a estes juntarmos os efectivos das forças armadas, a porca torce o rabo: são 'só' mais 5.000, o que dá 17.000 servidores do Estado (entre dorminhocos, analfabetos, irresponsáveis, incompetentes, fantasmas, mortos). É necessário discriminar - mas de forma positiva. E digna. A revolução nunca foi tão madrasta; E nós, nem isto supúnhamos. AAS
CRIME ECONÓMICO: Este último fim de semana, o PRS apresentou uma frota de viaturas dupla cabine brancas, num total de 10. Nenhuma delas foi desalfandegada e são provenientes dos 'acordos de pesca' passados pelo regime actual a empresas de pesca fantoches, muitas delas com parcerias locais e que pescam sem nenhum controle... Explicações, precisam-se. AAS
CRIME AMBIENTAL: O pré-candidato a candidato a Presidente da República, Nuno Nabian, está metido no negócio de exportação de madeira, através do seu 'sócio' António Indjai, CEMGFA. Estão a dar cabo da nossa biodiversidade e floresta de onde provém os principais recursos da sobrevivência da população, não só para a sua alimentação como também os seus recursos económicos. AAS
segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
ELEIÇÕES 2014: O consulado geral da Guiné-Bissau na cidade da Praia, e a comissão de recenseamento em Cabo Verde estão de parabéns. Já recenseram quase 1500 guineenses (dos dois mil e tal inscritos no consulado) em nove dias de trabalho. Uma média muito maior do que fez a GTAPE em toda a Guiné-Bissau, e em 30 dias... AAS
INVESTIGAÇÃO DC - DIPLOMACIA/DAKAR: De tombo em saias
A embaixada da Guiné-Bissau vai de mal a pior, desde a nomeação do embaixador Idrissa Embaló nesse país vizinho oeste africano. Ditadura do Consenso, através das suas fontes, sabe que o embaixador, à parte uma pó-mandada afeta a essa representação diplomática estratégica, não se entende com mais nenhum funcionário dessa instituição. Sinal disso, é que, mal vira as costas, põem-se a falar mal dele, apontando-lhe todos os males desse mundo pelo mau clima na embaixada, a começar pela sua incompetência e gosto vicioso pelo dinheiro e 'carne fresca'.
Sem qualquer preparação para exercer essas funções, em vez de seguir os conselhos e orientações diplomáticas que lhe são prodigadas, o embaixador, do alto da sua arrogância/ignorância, ignora tudo e todos a vai fazendo as coisas à sua maneira e, de que maneira: cambalachos atrás de cambalachos.
O embaixador é visto nos bairros mais desaconselháveis e perigosos de Dakar atrás das apetitosas gazelas sub-14 senegalesas e não só... O homem atira em todas as direções quando vê uma "bunda". Quem paga as favas, são os pobres condutores que são obrigados a atender longas horas, até de madrugada, nesses irrecomendáveis lugares do burgo dakaroise. Numa dessas incursões, ele foi alvo de uma tentativa de roubo e foi agredido ao resistir ao assalto, quando um energúmeno tentou tirar-lhe o telemóvel quando saiu do carro para se fazer visível por uma das suas presas com quem tinha marcado um encontro num dos bairros de Dakar.
Num outro episódio rocambolesco, contado ao DC por um amigo diplomata estabelecido na capital senegalesa, o embaixador da Guiné-Bissau, foi apanhado pelos serviços aeroportuários senegaleses do salão VIP, pelo menos três vezes, a transportar para Bissau na mala diplomática, centenas de milhões de francos Cfa's e também, centenas de euros (o limite na zona UEMOA é de 2 milhões de Fcfa's, um pouco mais de 3.000 Euros).
Sempre que interpelado, ao constatarem no scanner de controlo a presença de objetos suspeitos na sua maleta, o embaixador Idrissa Embaló, tenta fazer valer a sua condição de embaixador, portanto de imunidade, ou tenta argumentar de que não tem nada de anormal a transportar. Contudo, os zelosos agentes senegaleses, conhecedores dos cambalachos de outros embaixadores com quem já lidaram em tempos, não se deixam convencer e mandam-lhe sucessivamente abrir a maleta: et voilá... dinhéru, muito dinhéru. L'ambassadeur...
Como sempre, entre sorrisos amarelos e pedidos de desculpas esfarrapadas, lá vai justificando, "sabem, este dinheiro é uma oferta que me foi confiada para entregar ao Presidente"... outras vezes é o nome do PM que é utilizado para se safar, pois é protegido e trabalha para ambos. A mesma fonte disse a DC que, uma vez, presenciou em pleno salão VIP o embaixador a abrir a sua maleta e a dissimular grossos maços de notas de 10.000 Fcfa's por entre as camisetas escuras... que triste cena.
Cereja sobre o bolo: o embaixador está de candeias às avessas com os condutores, tendo mesmo ameaçado um com 'irradiação do ministério' por este não ter cumprido as suas ordens. Costuma-se dizer, quem pode manda e com o embaixador em Dakar não se brinca. Enfim, assim vai a nossa pobre e desacreditada diplomacia, de tombo em tombo, até ao precipício. AAS
DROGA-INVESTIGAÇÃO DC: Porque falham as Nações?
O narco-Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau não podia terminar o ano sem demonstrar a sua faceta narcótica e de bando de malfeitores que são alguns dos seus juízes.
Para fechar o ano como começamos (com impunidade), este STJ decidiu um habeas corpus contra a corrente de toda a ponderação jurídica, para não dizer mais.
O filme é o seguinte: Um cidadão nigeriano de nome Amadou Oury Diallo detido pela PJ no aeroporto Osvaldo Vieira debaixo de ameaças a esta corporação pelo homem de mão do ex-demissionário ministro Suca Nntchama, de nome Higino Sá (esteve também metido no caso dos sirios):
O suspeito foi julgado e condenado na pena de 4 anos de prisão efectiva por crime de tráfico de drogas no dia 3/12/2013:
O narco-STJ, ao tomar conhecimento deste acórdão decidiu inutilizá-lo com a prolação de uma decisão sobre um suposto habeas corpus, quiçá, narco-habeas corpus no dia 13/12/2013, isto é, dez dias depois da sentença condenatória e após a apresentação do recurso pelo advogado do suspeito. O narco-STJ pressionou a juíza titular do processo para ordenar a libertação deste traficante, a que a mesma recusou categoricamente.
Porque “malandro é malandro, Mané é Mané”, o narco-STJ requisitou os serviços de uma outra juíza para emitir o mandado de soltura, a que esta fez em plena férias judiciais (23/12/2013) e, na altura, o processo se encontrava no Ministério Público para efeito da resposta ao recurso do próprio suspeito.
Para elucidar o que ficou relatado, junta-se, em anexo, as cópias da sentença condenatória, da decisão do habeas-narco e o mandado de soltura emitida por quem não tinha poderes funcionais para o fazer. AAS
domingo, 5 de janeiro de 2014
Mas...o que há mesmo para ser saudado?: Ramos Horta «saudou» hoje a 'etapa' (como se estivesse combinado...) 35% dos eleitores que as autoridades golpistas e ilegais da Guiné-Bissau conseguiram recensear. Daqui a dois meses - presumo eu! - promoverá uma cerimónia no estádio nacional para celebrar os 39 por cento de eleitores recenseados! Por isso é que fico chateado, pá! AAS
Jorge Carlos Fonseca: «Eusébio foi génio, soberbo, inigualável, príncipe perfeito»
Tendo em conta a paixão do Presidente Jorge Carlos Fonseca pelo futebol e a admiração que nutre pelo futebolista Eusébio, segue uma manifestação pessoal postado na sua página pessoal do Facebook, para conhecimento:
«A morte de Eusébio deixou-me deveras triste, muito triste. Sabia de sua doença, conhecia as fragilidades de sua vida mais recente, mas o desaparecimento de uma lenda, de um ídolo, de um gigante como Eusébio apanha-nos sempre desprevenidos para a dor que, então, nos dilacera a alma.
Cresci, menino e adolescente, com Eusébio, nos relatos da rádio, nas leituras de «A Bola», ainda com 8-9 anos de idade, por empréstimo de Mário Rui Pais, nos cromos, nas discussões na rua Sá da Bandeira, na Ponta Belém ou na Praça Alexandre Albuquerque, com o Mário Rui, o Manel «Bucha», o José Tomás ou o Tcheca. Formei-me com Eusébio, dormi, sonhei e briguei por Eusébio.
Mas ainda pude ver Eusébio ao vivo, deliciar-me com o perfume do seu futebol, a magia de sua arte, a elegância de seus gestos felinos e a genialidade de sua técnica em velocidade insuperável. Ele foi ímpar. Igual ou melhor do que ele? Nestas coisas, a subjectividade, o tempo, os registos de memória, a maior ou menor dimensão mediática de cada tempo, podem decidir.
Mas para quem pôde ver Eusébio, como eu felizmente pude, mesmo tendo visto jogadores extraordinários, fabulosos, como Maradona, Best, Beckenbauer, Cruyff, G. Müller, Cristiano Ronaldo, Messi, Romário, Rivelino, Tostão, Gerson, Ibrahimovic, Figo, Neymar, Ribery, Zidane, Platini, Zagalo, e tantos outros, dificilmente não dirá que Eusébio foi único, foi o melhor. O que ele fez os outros não faziam nem fizeram. Igual ou melhor? Sim, talvez o enorme Pelé, o brasileiro, o rei dos reis.
Imagine-se Eusébio hoje, com as televisões todas, a publicidade, os dinheiros à volta, os empresários, os comentadores, facebooks, redes sociais, internet, twitter etc., como seria, uma loucura de jogador.
Não posso seriamente avaliar o homem ou o cidadão, pois não privei com ele. Conheci-o pessoalmente há poucos anos, estando eu em campanha eleitoral, no Estádio da Luz, através do «Príncipe». Mas retive a ideia de um homem bom e simples, mas talvez um pouco ferido pela injustiça relativa como a sua genialidade foi, ainda assim, reconhecida.
Mas aqui e fundamental é o futebolista, o desportista. Nisto Eusébio foi génio, soberbo, inigualável, príncipe perfeito, diria.
Jorge Carlos Almeida Fonseca»
OPINIÃO: Blufo N'dam (conclusão)
«Disse no artigo anterior de que, Kumba Yala (KY) voltou a agitar a vida politica guineense com mais um anuncio aparentemente imprevisível, ao comunicar a sua renuncia à vida politica ativa, assim como a sua candidatura as próximas eleições presidenciais previstas para o 1° trimestre do ano 2014.
Neste segundo artigo (Ato II), irei dar sequência à minha analise sobre as razões subjacentes a essa, ainda questionável renuncia, primando sempre pela opinião de que, essa retirada, forçada ou não, só poderá vir a ser uma boa noticia para o Povo guineense, caso essa decisão seja sincera e seguida na pratica.
Digo isso, porque, KY graças as influências nocivas e tentaculares que tem, quer no exercito, quer no seio da sua comunidade tribal, já deu mostras de que, não precisa de estar na vida politica ativa para continuar a manipular, condicionar ou incendiar a vida social e politica da Guiné-Bissau. Sinal inequívoco dessa asserção, é que a Guiné-Bissau só conheceu períodos de paz social e politica quando KY esteve longe do pais, consequentemente "desconectado" ou dessincronizado com os meios políticos e militares, os quais manipula e instrumentaliza com incrível mestria.
Em retrospectiva, podemos dizer com total segurança de que, KY esteve presente, direta ou indiretamente em todos os atos ou acontecimentos mais nefastos que marcaram a Guiné-Bissau. Assim foi, no caso 17 de Outubro que culminou em fuzilamentos, entre outros, de Paulo Correia e Viriato Pã, figuras de proa da etnia balanta que pelo carisma e personalidade que ambos encarnavam eram fortes obstáculos a sua cobiçada ascensão à liderança da comunidade balanta. Verdade é que, KY só conseguiu granjear a esse patamar após a eliminação física dessas duas personalidades, ao que se sabe hoje, vitimas de intrigas e denuncias caluniosas, em cuja montagem, segundo fontes fidedignas, KY esteve alta e interessadamente envolvido instrumentalizado pelo então presidente Nino Vieira (NV).
Seguiram-se depois as suas conhecidas palhaçadas de comediante e figurante politico (papel que foi igualmente desempenhado pelo Partido da Convergência Democrática - PCD, de Nado Mandinga), os quais eram pagos e controlados por Nino Vieira, a fim de encarnarem a fachada da viragem do pais ao multipartidarismo.
Mercê desse papel de agente duplo, KY foi-se apercebendo de que, poderia chegar ao poder através do caos e da divisão dos guineenses. Assim, na posse desses dados, qual Maquiavel, KY passa imediatamente à ação. Vimo-lo participar ativamente no atiçar do rastilho que despoletou o terrível conflito de 7 de junho de 1998, cujas consequências estão hoje respaldadas na forte hegemonia tribal das nossas FA. Vimo-lo, ao longo dos negros anos da sua participação no cenário politico guineense, repetidamente em vários cenários de complots e de violência que deixaram rastos de morte e de sofrimento.
Penso que, ao "despedir-se" da politica ativa, KY devia antes de mais, submeter-se a um ato de contrição e pedir profundas desculpas ao Povo guineense pelo tanto mal que lhe provocou.
Kumba Yala, deve pedir ao Povo guineense as mais sinceras desculpas, pelas intrigas e complots que urdiu ao tempo dos anos e que vitimaram muitos dos seus próximos e adversários; pelas guerras e contradições fomentadas no seio dos guineenses; pelos assassínios que encomendou e mandou executar (exemplos apenas Ansumane Mané, Verissimo Correia Seabra); pelos ódios criados na sociedade; pela degradação da imagem, por vilipendiar o Estado guineense; pela vergonha que fez os guineenses sentirem pela banalização do cargo de Presidente da Republica mercê da sua figura de autêntico que exibiu aquando do exercício dessa magistratura; pela desagregação, instrumentalização e tribalização das nossas FA; pelo fomento da tribalização da politica guineense; pela negação dos princípios democráticos; pela banalização da politica e dos valores democráticos; pela promoção da violência e do medo ao dotar-se de uma milícia tribal privada promotora do medo e da violência gratuita na sociedade guineense.
Enfim, KY devia pedir desculpas aos guineenses por, ao longo dos seus anos de participação na politica ativa guineense, lhes ter tolhido a Paz, o Progresso e o Desenvolvimento e, mais ainda, que vá para longe...bem longe se possível da Guiné-Bissau e que leve consigo os seus tenebrosos tentáculos do mal. Vá para longe Dr. que o Povo não sentira saudades suas.
O Povo guineense de boa fé agradece aliviado a "retirada" do KY da cena politica ativa, porém, como atrás disse, ela só valerá, caso essa declaração, seja séria, sincera e seguido de efeitos práticos. Caso contrario, estaremos perante mais uma mise en scène, um déjà vue em que KY é useiro e vezeiro.
C. de M. C.»
Morte de Eusébio: PR de Cabo Verde envia condolências aos seus homólogos de Moçambique e de Portugal
Mensagem de SE o Presidente da República de Cabo Verde ao seu homólogo Moçambicano, Armando Emílio Guebuza, por ocasião do falecimento de Eusébio
"A notícia da morte de Eusébio da Silva Ferreira recebemo-la com enorme pesar e funda tristeza, pois consubstancia a perda de uma das grandes figuras do futebol e do desporto mundiais.
Em Cabo Verde, onde a admiração por Eusébio sempre foi e é notável, a notícia causou muita emoção, uma vez que para diversas gerações ele foi um dos grandes ídolos do futebol e uma referência do desporto mundial, o que ele igualmente fez aliar a excepcionais qualidades humanas.
Num mundo caracterizado por exacerbadas divisões de toda a ordem, Eusébio conseguiu ser um factor de união de dimensão quase universal, relativizando contingências como a cor da pele ou o local de nascimento.
Nesta hora de dor solidarizo-me com os familiares de Eusébio e com todos os moçambicanos, aproveitando para renovar a Vossa Excelência os meus mais sinceros pêsames.
Portugal
"Por ocasião do desaparecimento físico de Eusébio da Silva Ferreira, acontecimento que mergulhou na tristeza o Povo Português bem como os amantes do desporto a nível mundial, em nome do Povo Cabo-verdiano e em meu nome pessoal, apresento a Vossa Excelência e, por seu intermédio, a todos os portugueses, sentidas condolências pela perda do maior símbolo do desporto português e um dos mais emblemáticos do mundo.
Na realidade, Eusébio, para além de ser um desportista de eleição, uma referência para a juventude portuguesa e mundial e que teve o condão de representar com muita dignidade as cores de Portugal, foi também um exemplo de rara humildade.
Num mundo caracterizado por exacerbadas divisões de toda a ordem, Eusébio conseguiu ser um factor de união de dimensão quase universal, relativizando contingências como a cor da pele ou o local de nascimento, transformando-se num grande símbolo de Portugal e do mundo.
As repercussões da sua morte em Cabo Verde foram de enorme pesar e muita emoção, uma vez que para diversas gerações ele foi um dos grandes ídolos do futebol e do desporto internacionais que aliou às condições de desportista de excepção excelsas qualidades humanas.
Nesta hora de dor solidarizo-me com os familiares de Eusébio e com todos os portugueses, e renovo a Vossa Excelência os meus mais sinceros pêsames".
"A notícia da morte de Eusébio da Silva Ferreira recebemo-la com enorme pesar e funda tristeza, pois consubstancia a perda de uma das grandes figuras do futebol e do desporto mundiais.
Em Cabo Verde, onde a admiração por Eusébio sempre foi e é notável, a notícia causou muita emoção, uma vez que para diversas gerações ele foi um dos grandes ídolos do futebol e uma referência do desporto mundial, o que ele igualmente fez aliar a excepcionais qualidades humanas.
Num mundo caracterizado por exacerbadas divisões de toda a ordem, Eusébio conseguiu ser um factor de união de dimensão quase universal, relativizando contingências como a cor da pele ou o local de nascimento.
Nesta hora de dor solidarizo-me com os familiares de Eusébio e com todos os moçambicanos, aproveitando para renovar a Vossa Excelência os meus mais sinceros pêsames.
Portugal
"Por ocasião do desaparecimento físico de Eusébio da Silva Ferreira, acontecimento que mergulhou na tristeza o Povo Português bem como os amantes do desporto a nível mundial, em nome do Povo Cabo-verdiano e em meu nome pessoal, apresento a Vossa Excelência e, por seu intermédio, a todos os portugueses, sentidas condolências pela perda do maior símbolo do desporto português e um dos mais emblemáticos do mundo.
Na realidade, Eusébio, para além de ser um desportista de eleição, uma referência para a juventude portuguesa e mundial e que teve o condão de representar com muita dignidade as cores de Portugal, foi também um exemplo de rara humildade.
Num mundo caracterizado por exacerbadas divisões de toda a ordem, Eusébio conseguiu ser um factor de união de dimensão quase universal, relativizando contingências como a cor da pele ou o local de nascimento, transformando-se num grande símbolo de Portugal e do mundo.
As repercussões da sua morte em Cabo Verde foram de enorme pesar e muita emoção, uma vez que para diversas gerações ele foi um dos grandes ídolos do futebol e do desporto internacionais que aliou às condições de desportista de excepção excelsas qualidades humanas.
Nesta hora de dor solidarizo-me com os familiares de Eusébio e com todos os portugueses, e renovo a Vossa Excelência os meus mais sinceros pêsames".
DC - 10 Milhões: TESTEMUNHO
«Caro Aly Silva
Não o conheço pessoalmente mas conheço-o há pelo menos quatro anos através do seu blogue Ditadura do Consenso que sigo pontualmente e de forma diária.
O seu sofrimento pela sua terra, contra as injustiças e a tirania são merecedoras do meu maior respeito e consideração.
Desejo-lhe as maiores felicidades.
Receba um abraço do
Serafim Azevedo - Porto»
DC - 10 Milhões: TESTEMUNHO
«Há heróis em Bissau
A elite política e militar da Guiné-Bissau tem provado que o palco mais intenso da guerra colonial deu origem a um estado falhado. Um dos países mais pobres do Mundo onde o acesso ao poder significa a fuga à miséria e a obtenção de rendas provenientes dos cheques da ajuda internacional e do dinheiro dos narcotraficantes.
É por isso que Bissau tem sido palco de vários golpes que decidem quais os militares com acesso ao pote. Mas neste cenário desolador há muitos guineenses que resistem. Como o jornalista António Aly Silva, detido e agredido pelos golpistas, que escreveu no seu blogue: "O primeiro grau do heroísmo é vencer o medo." Ainda há sinais de esperança no país sonhado por Amílcar Cabral.
Armando Esteves Pereira»
Director-Adjunto do Correio da Manhã
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