quarta-feira, 6 de novembro de 2013
Assassinatos e espancamentos: A reacção da Liga Guineense dos Direitos Humanos
Comunicado de Imprensa
A Liga Guineense dos Direitos Humanos tem acompanhado com enorme preocupação a deterioração da situação de segurança no país, marcada pela crescente propagação de ondas de violência gratuita, num período extremamente sensível e conturbado em que se requerem a contenção e a máxima responsabilidade a todos os cidadãos, em particular aos titulares de cargos públicos.
Depois de atos de agressões físicas aos cidadãos, incluindo os agentes de defesa e segurança durante o processo de formação no Centro de Instrução Militar de Cumeré que culminou com alguns mortes e vários feridos, ontem, dia 5 de Novembro de 2013, o Ministro dos Transportes e de Comunicações do Governo de Transição Sr. Orlando Mendes Veiga foi brutalmente agredido na sua residência, sita no Alto Bandim por um grupo de indivíduos, não identificado, como tem sido hábito nos últimos tempos.
Por ser o fundamento de estado moderno e a razão de legitimação de autoridade pública, a dignidade humana e a integridade física dos cidadãos são valores invioláveis em quaisquer circunstâncias. Nesta perspectiva, a Direção Nacional da Liga Guineense dos Direitos Humanos chocada com os acontecimentos supracitados, delibera os seguintes:
1- Condenar sem reserva o ato hediondo de espancamento do Ministro dos Transportes e Comunicações de Governo de Transição, Sr. Orlando Mendes Veiga, o que evidencia de forma inequívoca a espiral da violência e a insegurança generalizada no país;
2- Exigir a abertura imediata de um competente inquérito conclusivo com vista a tradução à justiça dos responsáveis por este ato inqualificável, bem como, das agressões físicas verificadas no Centro de Instrução Militar de Cumeré recentemente;
3- Exortar as autoridades de transição em particular ao Governo de Transição para assumir as suas responsabilidades com vista a pôr cobro de uma vez por todas, os sistemáticos atos de violência que comprometem o sensível período de transição em curso, e os esforços para a consolidação da paz e estabilidade definitiva da Guiné-Bissau;
4- Exigir ao Governo de Transição para assumir as suas responsabilidades face aos agentes de defesa e segurança que ficaram gravemente feridos durante o processo de formação no Centro de Instrução de Cumeré, devendo proporcionar aos mesmos, assistência medica e medicamentosa, assim como, indemnizações adequadas aos que devido à gravidade de lesões possam ficar inabilitados de exercer temporária ou permanentemente as suas funções;
5- Questionar a permanência e a eficácia de ECOMIB na Guiné-Bissau cujo mandato se resume na manutenção de segurança e proteção dos cidadãos no período de transição, porém, mesmo com a presença desta alegada força de dissuasão há` mais de 1 ano, a situação de segurança tem-se deteriorado dia pós dia, perante olhar impotente da ECOMIB.
Pela Paz, Justiça e Direitos Humanos
Feito em Bissau, aos 06 dias do mês de Novembro 2013
A Direção Nacional
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terça-feira, 5 de novembro de 2013
ÚLTIMA HORA/TERROR EM BISSAU: O ministro Orlando Viegas, espancado esta noite por oito militares na sua própria residência, alguns deles encapuzados, ficou com uma ferida na cabeça e alguns hematomas e escoriações. A casa dele encontra-se cheio de sangue. Segundo uma fonte do DC, Orlando Viegas foi levado para as instalações das Nações Unidas. AAS
ÚLTIMA HORA: A situação em Bissau está tensa. O general António Indjai está com a paranóia de que a visita do presidente da Nigéria - e apoiante do golpe de Estado que fez a Guiné-Bissau regredir 10 anos - servirá para se desfazerem dele. Há oficiais sob vigia apertada por ordens do próprio Indjai. Fala-se de uma tentativa de envenenamento. AAS
Para acabar com o imobilismo na FFGB
"É com grande sentido de responsabilidade cívica que vos anuncio a minha candidatura à Presidência da Federação de Futebol da Guiné-Bissau. Esta decisão reflete a vontade de um grupo de jovens guineenses ligados ao futebol que sente a imperiosa necessidade de tirar proveitos das virtualidades da modalidade em benefício do país, ao contrário do que vem sucedendo ao longo dos 40 anos da nossa independência.
Identificamos as principais causas dos problemas do nosso futebol e elaboramos, por conseguinte, um harmonioso e ambicioso programa de desenvolvimento da modalidade. Entendemos que não podemos contar com o nosso Estado, porquanto deve orientar as suas prioridades para outros setores primários, por isso, desenvolvemos estratégias alternativas de financiamento. Assim, garanto-vos que temos assegurado financiamento para revolucionar o futebol da Guiné.
No presente momento histórico, para além da capacidade de geração de receitas, contribuindo para o combate à nossa principal inimiga, a pobreza, o futebol pode emprestar um importante contributo à aproximação dos guineenses, sentimos, consequentemente, a obrigação de dar o nosso contributo na sua melhoria.
Certamente questionarão a pertinência do nosso posicionamento, exclamando "..mas, há eleições na Federação?!"
Muito brevemente haverá, embora haja quen prefira eternizar a presente situação, não se importando com os constrangimentos que causa a quem realmente gosta e vive do futebol.
Começamos esta iniciativa informando os atuais corpos sociais da FFGB e oferecendo-nos para ajudar a encontrar soluções para os problemas do nosso futebol. Das reuniões facilmente chegamos a conclusão que não havia condições para prosseguirem, pois era necessário uma rotura, uma mudança de paradigma no sistema de gestão e financiamento do nosso futebol.
É uma questão de tempo, que acreditamos, não será muito, para se iniciar a discussão sobre uma nova liderança da Federação.
Não reclamamos a vitória nem a supremacia da nossa mundividência. O que queremos, na verdade, é que haja mudança. Venha quem vier, mas que traga ideias expressas em projetos e explique como o financiará. Caso contrário, não vale a perderem tempo. Já chega de "i tene dinheru", porque ninguém tem dinheiro para financiar as despesas do futebol.
O nosso futebol como está não continuará porque não serve!
A Guiné-Bissau em primeiro... Fassi Bem.
Pode saber mais na página do movimento Cabi - Rumo ao Mundial Qatar 2022 no Facebook
Adilé Sebastião"
REVOLTA: «Que país é este onde muitas pessoas andam com os seus próprios pés até chegarem ao hospital para de seguida morrerem??? Salvem o Povo da Guiné-Bissau! O golpe de Estado de Abril de 2012 trouxe-nos o medo, mas também a fome; retirou-nos a esperança e tem sugado as nossas almas desprotegidas. Que elemento do Povo rapta, maltrata e mata o seu próprio Povo? Que é feito do País sonhado por Amílcar Cabral?» P.F., Bissau
O general manda, obedece quem deve...
Nguliduris di dinhero
Por decisão do Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, o General António Injai, a partir de amanhã, 6 de novembro, todas as instituições e repartições do Estado geradora de receitas passam a estar sob controlo de agentes das Forças Armadas e de Segurança mandatados pelo CEMGFA para o fim de controlar a recolha das mesmas e o seu encaminhamento para a instâncias do Estado Maior.
Os ministérios das Finanças (Direcção Geral das Contribuições e Impostos, DGA); do Comércio, das Infraestruturas, das Pescas, da Agricultura, Caça e Florestas etc são os principais visados. Para os referidos ministérios foram destacados elementos fardados das Forças Armadas e/ou da Guarda Nacional, devidamente credenciados pelo CEMGFA a quem respondem e prestam contas diretamente.
Essa "ordem" do General vem no seguimento das suas ameaças formuladas contra o Governo de Transição, o qual acusa de inoperância executiva, principalmente no tocante à incapacidade na recolha das receitas, desvios dos mesmos para fins pessoais enquanto as Forças Armadas e o sector de Segurança vivem na penúria. Prossegue assim, e sem partir um ovo, a tomada do poder absoluto pelo General. AAS
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