segunda-feira, 4 de novembro de 2013
Opinião: Colapso Total
«O Povo Guineense tem um triste balanço a ponderar. De 12 abril de 2012, altura do golpe de estado que interrompeu o processo eleitoral democrático em curso, a esta data, a Guiné-Bissau encontra-se num colapso total enquanto Estado. O pais encontra-se completamente isolado e sem reconhecimento internacional credível, salvo exceção de quatro estados golpistas da CEDEAO (Nigéria, Senegal, Costa do Marfim e Burkina Faso) e da China Comunista que, mercê de uma politica sem escrúpulos, aproveita os estados de exceção dos países frágeis para a delapidação depravada dos seus recursos (exploração abusiva dos nossos mares, abates de arvores, extração de areias pesadas e explorações geológicas e ensaios prospetivos clandestinos);
O ensino publico completamente paralisado e parte do privado encontra-se inoperante por falta de ingressos e faltas de pagamentos dos encarregados de educação sem recursos para pagar a escola dos seus filhos; A saúde publica não funciona e a cólera, as doenças endémicas e transmissíveis ganham terreno de forma desenfreada e impõem as suas leis. A cólera só por si, já ceifou neste momento mais de três dezenas de vidas humanas;
Não há luz nem agua potável meses sem conta;
A justiça não funciona, porquanto hipotecada e enfeudada ao poder político-militar instalada com o golpe de estado ; A função publica e os serviços do estado estão paralisados com greves em quase todos os sectores dos serviços públicos já de si inoperantes e quase inexistentes; O Estado social esta exangue e os seus parcos bens estão a ser vorazmente dilapidados por governantes corruptos e sem escrúpulos sendo o caso do INPS o caso mais recente da voracidade insaciável desse regime de energúmenos;
O empresariado nacional esta falido e inativo, salvo exceções dos novos empresários, fachadas dos negócios interposto de elementos do regime que, através de negociatas e portas travessas se enriquecem escandalosamente, enriquecendo igualmente os seus promotores/padrinhos político-militares; Negócios ilícitos envolvendo recursos do pais proliferam como cogumelos (concessões de exploração pesqueira, mineira e de recursos naturais diversas estão a ser negociadas à socapa e à surdina a troco de "comissões chorudas" que vão directamente para os bolsos dos governantes do regime ou do poder militar;
Um regime transitório que, sem legitimidade politico constitucional, de forma irresponsável e descarada propõem-se ilegitimamente "realizar" reformas de fundo sobre o funcionamento dos órgãos e instituições do Estado, incluindo jogadas mafiosas visando a "privatizações" de bens públicos estratégicos, destacando-se os casos dos Portos de Bissau e as Redes de Telecomunicações; A violência campeia e a violação dos Direitos Humanos, civis e políticos dos cidadãos é uma constante diária, destacando-se neste particular actuações violentas e criminosas de elementos das forças armadas que mais agem como guardas pretorianas e forças milicianas ao serviço do poder militar e do PRS;
Um estado de insegurança generalizada e galopante, com destaque para agressões e assaltos à mão armada, mesmo à luz do dia, factos que se tornaram banais no quotidiano guineense e cada vez mais, com o envolvimento provado das forças da ordem que se constituem em bandos organizados para pilhagens e assaltos violentos; Raptos, privação indevida da liberdade, espancamentos, torturas, intimidações e coação física e moral de cidadãos e figuras da sociedade civil e órgãos da defesa dos direitos humanos são factos corriqueiros da vida dos passiveis citadinos guineenses;
Tendo sempre actores (alguns casos foram flagrados), elementos das Forças Armadas afetos ao General Injai, os casos de mortes suspeitas e casos de execução sumaria atingiram números recordes no pais desde o fatídico 12 de abril : mais de três dezenas de mortes confirmadas e vários desaparecimentos até agora não esclarecidos; Privatização e tribalização das forças armadas e das forças da ordem e de segurança, acentuando-se os sinais de exclusão nas fileiras das forças armadas (no geral, mais de 85% de uma só etnia, atingindo 93% nas forças especiais), realização de recrutamentos não autorizados à revelia do "poder civil" e de quaisquer regras de disciplina militar ;
Apesar de aparente acalmia, os organismos de monitorização do trafico de droga na África Ocidental, assinalam nos seus relatórios, um aumento crescente de movimentos ligados ao trafico de droga, registando a afluência, movimentações e contactos discretos de enviados de figuras destacadas do narcotráfico latino americano com elementos ligados as forças armadas, de segurança e alguns destacados políticos ; Todo este cenário de catástrofe e declínio de um Estado refém tem um rosto e responsáveis bem identificados que são : António Injai e o seu grupo de generais golpistas (os autores materiais), Kumba Yala (o mentor, eminência parda do descalabro da crise), Manuel Serifo Nhamadjo (um dos principais instigadores e co-mentores do golpe, onde se incluem o falecido Henrique Rosa, Afonso Té e Serifo Baldé).
Igualmente, como responsável moral desta deplorável situação, se nada for feito atempadamente, o Povo da Guiné-Bissau considerara para a historia, o Representante Especial do Secretario Geral das Nações Unidas, José Ramos Horta, como um dos principais responsáveis dessa hecatombe social e politica, acusando-o, de inércia, omissão de auxilio, escamoteamento da realidade dos factos, faltar a verdade e conivência passiva com a opressão e o regime instalado.
B.F., Sociólogo»
PAIGC: Dissidências marcam caminhada para o congresso
Numa sessão em Bafatá, cidade natal de Amílcar Cabral, Filomeno Barbosa, membro do Bureau Político do PAIGC e Secretário Executivo da ONG “APRODEL”, resolveu reintegrar o Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva”, por considerar na sua intervenção proferida perante a Coordenação Central e Regional do Projecto e na qual participaram todos os delegados eleitos para a Conferência Regional apoiantes de Braima Camará, “que quando olhava para trás sentia um vazio e não via ninguém e que com este regresso à equipa com quem sempre se identificou constituía o preenchimento deste vazio”.
Para Filomeno Barbosa, igualmente Director de Campanha do PAIGC nas últimas eleições legislativas e do próprio Carlos Gomes Júnior quando este se candidatou à Presidência do PAIGC, justificou o seu regresso ao Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva” liderado por Braima Camará, “depois de uma longa e profunda reflexão, pois todos nós sabemos que o PAIGC se encontra muito doente e consequentemente por tabela o próprio país e há necessidade de curá-lo imediatamente e por estar convencido que só Braima Camará o pode curar e recoloca-lo no poder, resolvi de livre e espontânea vontade regressar e poder conjuntamente com os meus camaradas e companheiros de longa data, retomar esta luta que conduzirá, disso tenho a certeza absoluta, Braima Camará a liderança do PAIGC e consequentemente um passo importante para que o nosso grande Partido conquiste com maioria absoluta as próximas eleições legislativas”.
Por seu turno, Braima Camará considerou que a reintegração do camarada Filomeno Barbosa “era uma mais-valia para o Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva” e um novo estímulo para o valioso trabalho que a equipa de Coordenação Regional estava levando a cabo, o que me leva a acreditar que ganharemos este desafio, com a clara consciência de que o PAIGC sairá mais coeso, unido e reforçado, para poder estar em condições de dar respostas aos enormes desafios que se colocam ao país e ao próprio Partido Libertador”
FONTE: Gabinete de Comunicação da Directoria de campanha do candidato Braima Camara
O povo é quem mais ordena
SONDAGEM DC
PERGUNTA: «QUEM GANHARÁ AS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS?»
RESPOSTAS:
Carlos Gomes Jr.: 573 votos, (76%)
Paulo Gomes: 129 votos, (17%)
Tcherno Djaló: 19 votos, (2%)
Outro: 31 votos, (4%)
Votos apurados: 752
Matança em Cumeré: Médicos civis(?!) foram vítimas
O ‘famoso’, descontrolado e assassino recrutamento militar de Cumeré não passou de areia para olhos menos atentos. Ditadura do Consenso foi mais fundo e revela dados até agora desconhecidos.
O CEMGFA António Indjai, do alto da sua esperteza, matou dois coelhos de uma só cajadada: à pala de um acto de ‘juramento de bandeira’ (adiado vezes sem conta), Indjai aproveitou e meteu no mesmo cesto toda a sua guarda pretoriana – os jovens que foram os operacionais do golpe de Estado 12 de abril.
Houve, no entender de uma fonte militar, um acordo tácito: se o golpe falhasse, a tropa encarregar-se-ia da sua ‘prisão’, remetendo-os ao tribunal Militar. Este por sua vez acusá-los-ia do crime de ‘traição à pátria’, mas a sua liberdade chegaria logo depois; se o golpe vingasse, seriam pagos como qualquer mercenário e iam às suas vidas. Mas as coisas sairiam trocadas, e foram simplesmente integrados nas forças armadas. «Mandaram-nos fazer o golpe, e depois disseram que não havia dinheiro para nos pagar» - contou ao DC um elemento do grupo de insurrectos.
Com a prisão do Bubo Na Tchuto, apertou o cerco ao tráfico de droga. E sem dinheiro para pagar, Indjai foi obrigado a ceder. Seria a integração (sem planeamento, sem orçamento, sem qualquer base legal, o ministério da Defesa não foi tido nem achado, e o ministro não ousou sequer perguntar.) Indjai está, assim, preparado para o que der e vier. Que corram então rios de sangue...
Médicos enganados... e espancados.
O mais grave, porém, foi a baixa provocada entre os profissionais da saúde – CIVIS - nesse recrutamento. MÉDICOS civis recém graduados e outros graduados há cerca de um ano, e também enfermeiros - tudo misturado - foram também vítimas de espancamento. Uma enfermeira desabafou ao DC: «Na sua maior parte, são colegas de trabalho que foram enganados com a promessa de patentes, nomeadamente de major, e até agora nada. Foram falsas promessas e ainda por cima foram maltratados fisicamente».
DC soube no entanto que os antigos médicos, todos militares de carreira, discordaram com o estado-maior por não terem sido promovidos, e tudo voltou à estaca zero. Invocaram ainda uma das regras do hospital militar: para trabalhar lá tens que ser militar. Em desespero, Indjai não teve outro remédio: incorporá-los nas fileiras da 'sua' FARP.
A nossa fonte revela ainda que foram prometidos aos médicos salários na ordem dos 350 mil FCFA (pouco mais de 500 euros). «Por isso muitos lá foram porque o salário de um médico normal é de 130 mil... um médico não militar que está afecto à função pública. Por causa dessa diferença salarial muitos não pensaram bem e abandonaram os seus postos rumo a Cumeré, passando um mês de formação e muitos quiseram desistir mas já não podiam», conta angustiada.
Quanto ao número de mortos, a nossa fonte não tem dúvidas: «Houve três mortes, e há ainda muitas pessoas internadas em estado considerado muito grave», no hospital militar em Brá, nos arredores de Bissau. AAS
domingo, 3 de novembro de 2013
Embaixada de Angola foi vandalizada em Lisboa
O edifício da embaixada de Angola em Portugal foi vandalizado na manhã deste domingo por "elementos desconhecidos", que provocaram alguns danos materiais, confirmou à agência Lusa o assessor de imprensa.
A Rádio Nacional de Angola (RNA) noticiou este domingo que o edifício da representação diplomática, localizado em Lisboa, tinha sido vandalizado de madrugada, citando o embaixador de Angola em Portugal, Marcos Barrica. Contactado pela agência Lusa, o assessor de imprensa da embaixada de Angola em Portugal, Estêvão Alberto, disse que o edifício foi "vandalizado por elementos desconhecidos" esta manhã.
"Não sabemos ao certo quem eram, nem quantos eram", acrescentou o responsável, referindo que do incidente resultou a quebra de vidros da fachada principal do edifício, situado na Avenida da República, em Lisboa, e que os prejuízos ainda não estão contabilizados. Estêvão Alberto disse que "as autoridades policiais foram contactadas e estiveram no local a fazer a perícia".
ATIRARAM PEDRAS DA CALÇADA
Fonte da direção nacional da PSP, contactada pela Lusa, confirmou o incidente, ocorrido pelas 06h00 da manhã e adiantou que a situação foi comunicada à polícia por um segurança da embaixada.
"Verificou-se que foram arremessadas pedras da calçada" contra a fachada o edifício, que o partiram os vidros do 'hall' de entrada e da sala de visitas, acrescentou. LUSA
No que estou a pensar…!
O QUE ESTÁ EM JOGO?
Não é Bissau, Bafatá, Bissorã, Gabu, Bolama, etc.
Não é o pretu nok ou burmedju wak, fula ou mandinga, papel ou balanta.
Não é Nanias, ou guineenses verdadeiros.
Não é mortes e sentenças executórias encomendadas.
Não é escola ou analfabetismo, ou a fuga de cérebros.
Não é luz ou água, a miséria generalizada e o ceticismo em relação ao futuro.
Não é cólera ou paludismo e, muito menos, a excisão ou a sida.
Não é CPLP ou CEDEAO, ou a ONU e a União Africana.
Não é armas ou politica.
Garanto-vos!
O QUE ESTÁ EM JOGO É A GUINÉ BISSAU.
O que está em jogo é a SOBREVIVÊNCIA HUMANA da Nação.
O que está em jogo é o ESTADO.
O que está em jogo é os MELHORES FILHOS E CAPACITADOS não serem capazes de tomar em mãos o Estado.
O que está em jogo é o conhecer e INSERIR-SE A GUINÉ-BISSAU na globalização no contexto africano e mundial do séc. XXI.
O que está em jogo são REGRAS E PRINCÍPIOS UNIVERSAIS e não privados e localizados.
O que está em jogo são mais de 60% DA POPULAÇÃO QUE NÃO CONHECEU A GUINÉ-BISSAU ANTES DA INDEPENDÊNCIA.
O que está em jogo é O SAGRADO para os filhos da Guiné-Bissau. Estejam onde estiverem.
Ou seja: o que está em jogo é a PROCLAMAÇÃO DE 73: ESTADO SOBERANO, AUTÓNOMO, INDEPENDENTE E LIBERTADO PARA O BEM-ESTAR E QUALIDADE DE VIDA DA SUA POPULAÇÃO.
Carmelita Pires
sábado, 2 de novembro de 2013
NOTA DE IMPRENSA DO GOVERNO ELEITO DA GUINÉ-BISSAU
REPÚBLICA DA GUINÉ–BISSAU

NOTA DE IMPRENSA DO GOVERNO ELEITO DA GUINÉ-BISSAU
«Na sequência de uma carta que dirigiu ao Secretário-Geral da ONU, Ban Ki Moon, onde levantou várias preocupações relacionadas com o processo político da Guiné-Bissau, o ex-Primeiro-Ministro, Carlos Gomes Jr, acompanhado do Mamadu Saliu Jaló Pires, ex- Ministro dos Negócios estrangeiros, esteve na sede da ONU, em Nova Iorque, de 29 de Outubro a 01 de Novembro de 2013, em visita oficial de trabalho, durante a qual foi recebido pelo Secretário-geral Adjunto, Dr. Jeffrey Feltman, que dirige o Departamento dos Assuntos Políticos do Secretariado Geral da ONU.
Durante o encontro, Carlos Gomes Jr. Fez uma exposição das preocupações essenciais no processo politico guineense orientado para o retorno à ordem constitucional na Guiné-Bissau, através da organização de eleições presidenciais e legislativas credíveis e inclusivas.
A exposição feita pelo Carlos Gomes Jr ao Secretário-geral Adjunto da ONU, incidiu fundamentalmente nos seguintes aspetos, que não devem ser ignorados pela Comunidade Internacional, nomeadamente pelas Nações Unidas e União Africana:
1. Não obstante estar-se a poucos meses para a realização das eleições gerais na Guiné-Bissau, o poder militar que liderou o golpe de Estado de 12 de Abril do ano transacto e, sob sanções da ONU, União Africana e União Europeia, mantém-se em funções com poderes reforçados sobre o poder civil;
a. O poder militar continua a interferir na vida política do país e controla todos os poderes de Estado, incluindo os tribunais, com destaque para o tribunal militar, que é, na prática, uma extensão do Estado Maior General das Forças Armadas;
b. Não está garantido o regresso incondicional ao país, em liberdade e segurança, do Presidente do PAIGC e demais dirigentes políticos, bem como de antigos governantes e líderes de alguns partidos políticos nacionais a viver no estrangeiro como exilados políticos;
c. Desde 12 de Abril de 2012 que os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos e dos partidos políticos estão suspensos por decisão dos militares, sendo certo que a situação dos direitos humanos terá piorado com o chamado caso 21 de Outubro do ano passado;
d. Os cidadãos continuam sob ameaças dos militares e a liberdade de imprensa absolutamente proibida, com um clima de intimidação permanente sobre os políticos, sindicalistas, ativistas da defesa e proteção dos direitos humanos, jornalistas e representantes da sociedade civil;
e. O medo generalizado reinante na Guiné-Bissau pelas sistemáticas violações dos direitos humanos praticadas pelos militares guineenses, incluindo assassinatos, prisões arbitrárias e espancamentos;
f. A impunidade e o narcotráfico na Guiné-Bissau ganharam expressão de forma nunca antes visto na sociedade guineense;
g. O desprezo total do poder militar pelo poder civil instalado com o golpe de Estado de 12 de Abril, simbolizado com o recente ato de juramento à Bandeira de cerca de 2.400 novos agentes militares e de segurança, sem qualquer enquadramento legal e orçamental;
h. A total ineficácia da Força militar da CEDEAO (ECOMIB) presente em Bissau face a atuação desconforme com a Lei e a Constituição do poder militar guineense, quer na vertente da proteção dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, quer na vertente do combate a impunidade e ao narcotráfico;
Entretanto, Carlos Gomes Jr lembrou, também, ao seu interlocutor da ONU, da carta que dirigira ao Secretario Geral da ONU Ban Ki Moon, em 27 de Julho de 2012, na qual solicitara ao Conselho de Segurança a constituição de um Tribunal Internacional ad hoc para a Guiné-Bissau à semelhança do que ocorreu no passado em situações idênticas, para julgamento de todos os crimes de sangue cometidos no país.
Por outro lado, Carlos Gomes Jr, reuniu-se com o representante da União Africana na ONU e também com os Embaixadores de alguns países africanos da CPLP.
Lisboa, 02 de Novembro de 2013.
As autoridades eleitas da República da Guiné-Bissau»
Dinheirinhos
No dia 29 de Outubro de 2013, 57 milhões de Fcfa (cerca de 87 mil euros) desapareceram no Ministério do Interior da Guiné-Bissau. O referido montante destinava-se ao pagamento dos salários, e algumas pessoas foram presas. Mas segundo um inspector do mesmo ministério, trata-se de "um dinherinho"... AAS
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
Adeus, amigo
Nasceu em Biombo, na Guiné-Bissau, mas desaguou em Portugal, corria o ano de 1974. Treina Karaté, faz moda, atletismo no Sport Lisboa e Benfica, mas não se fica por aí. Entra no cinema e pelo meio tira um curso de carpintaria e outro de alfaiate. Descobre o Bairro Alto nos idos ’80 e faz dele gato-sapato. Respeitado e respeitador, Zé da Guiné viveu um período difícil da sua vida. Uma doença grave - «que só me fez acalmar» - tentou reduzi-lo a um simples cidadão, que não era. Pena é que o Zé não possa viver ‘toda a vida e mais seis meses’…

ZÉ DA GUINÉ entrevistado para o jornal 'Lusófono' pelo jornalista António Aly Silva, em 2002
Mas o início dar-se-ia no Rock House, onde Zé guardava a porta. Era uma espécie de porteiro e relações públicas ao mesmo tempo. Comunicativo e sempre com um sorriso de orelha a orelha, Zé não era muito dado a palavras. O nome por que era conhecido, ganhou-o no Rossio, entre ‘parentes’ lá da terra. Criou o Noites Longas da Casa Pia de Lisboa (antigo B.Leza), local da primeira homenagem em sua honra depois da doença chegar. A sua vida até deu um filme - "Zé da Guiné - crónica dum africano em Lisboa", sobre a vida de uma "figura emblemática" da capital, foi exibido pela primeira vez no Cinema São Jorge, em Lisboa.

FOTO: AAS/DR
Zé da Guiné' morreu hoje. Que a terra te seja leve. Descansa em paz, meu amigo. António Aly Silva
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
Carlos Gomes Jr., com agenda preenchida nos EUA
Carlos Gomes Jr., o ex-primeiro ministro guineense deposto pelo golpe de Estado Militar de 12 de abril de 2012 e agora candidato às eleições presidenciais de 2014 na Guiné-Bissau, foi recebido hoje, em Nova Iorque, pelo secretário-geral adjunto da ONU para os Assuntos Políticos, Jeffrey Feltman. Carlos Gomes Jr., manteve ainda vários contactos com altos dirigentes da ONU. AAS
Angola, meu amor
O Presidente da República efectua, nos dias 4 e 5 de Novembro do corrente, uma visita oficial à República de Angola, a convite do Presidente da República, José Eduardo dos Santos. Visita que se pretende venha a contribuir para reforçar o diálogo político e as tradicionais relações de cooperação entre os dois Estados, bem assim os laços de amizade entre angolanos e cabo-verdianos, caldeados na história e na cultura. Uma cooperação diversificada, mas que deverá privilegiar as áreas económica, empresarial e financeira, na base de um relacionamento político cada vez mais sólido e claro.
Da visita constam como pontos altos um encontro, em privado, com o Chefe de Estado de Angola, a presença num banquete oficial oferecido pelo ilustre anfitrião, a participação, com uma intervenção política, numa sessão solene extraordinária do Parlamento angolano, antecedida por um encontro em privado com o Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade dos Santos.
Do programa de visita constam ainda a deposição de coroa de flores no Memorial Agostinho Neto, a inauguração, na nova «Centralidade do Kilamba», da Rua «Aristides Pereira», na companhia do senhor Governador da Província de Luanda e de um familiar do antigo Presidente de Cabo Verde, e visita e encontro com alunos e professores da Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto.
Como acontece habitualmente em visitas afins, o Chefe de Estado cabo-verdiano, no dia que antecede o início da visita oficial, Domingo, dia 3, pelas 16 h, na Quinta Genebra, Morro Bento, terá um encontro-convívio com a comunidade cabo-verdiana residente no país. Igualmente estará presente, no mesmo dia, num almoço com dirigentes de organizações empresariais angolanas e cabo-verdianas.
O Presidente Jorge Carlos Fonseca far-se-á acompanhar durante a visita, para além de alguns de seus colaboradores directos e de representantes de organizações empresariais, dos Ministro das Relações Exteriores (Jorge Borges) e Deputados nacionais eleitos pela emigração África), um pelas listas do PAICV (Estêvão Rodrigues) e outro pelas listas do MPD (Orlando Dias).
BUBO 'salgado' até 2014
O antigo chefe de estado da Armada da Guiné-Bissau Bubo Na Tchuto, acusado de tráfico de droga nos Estados Unidos, será julgado apenas em 2014, afirmou à Lusa a sua advogada. "O julgamento não deve ser marcado nos próximos três meses", disse a advogada, Sabrina Shroff, salientando que ainda não recebeu a acusação judicial completa e depois receber formalmente a documentação ainda terá 60 dias para analisar o material. Segundo o calendário primeiro estabelecido pelo juiz do caso, Richard Berman, os procuradores responsáveis pela acusação, Aimee Hector e Glen Kopp, deveriam ter concluído a acusação no passado dia 25 de julho.
No entanto, “o processo está a decorrer mais lentamente do que se esperava. Neste momento, ainda estamos a receber a prova produzida pela acusação", explicou a advogada. No mês de abril, Na Tchuto e outros quatro guineenses - Manuel Mamadi Mane, Saliu Sisse, Papis Djeme e Tchamy Yala - foram detidos em águas internacionais perto de Cabo Verde por uma equipa da agência de combate ao tráfico de droga norte-americana. Os cinco homens arriscam pena de prisão perpétua.
Na Tchuto, Djeme e Yala vão responder pela acusação de conspiração para importar drogas para os EUA. Segunda a acusação, Na Tchuto cobrava um milhão de dólares norte-americanos por cada tonelada de cocaína da América do Sul recebida na Guiné-Bissau. O embaixador da Guiné-Bissau para a Organização das Nações Unidas (ONU), João Soares da Gama, disse à agência Lusa que Na Tchuto contesta que tenha sido detido em águas internacionais e que provar esse facto será uma das estratégias da defesa em julgamento.
Além da detenção do antigo militar guineense, a 04 de abril, a justiça dos EUA manifestou também intenção de deter também o atual chefe das Forças Armadas, António Indjai, que entretanto já reafirmou por mais de uma vez refutar as acusações de tráfico de droga. Lusa
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