quinta-feira, 11 de julho de 2013

"E tenho uma resposta para a minha obstinada rejeição. A mesma que tive sempre. Porque não me apetece, foda-se."


Fidel Castro Ruz

De conselheiro a...desaconselhável!


O Ministro dos Negócios Estrangeiros do governo de transição II, Fernando Delfim da Silva, arrogou-se da missão de convencer os parceiros da Guiné-Bissau e toda a comunidade internacional de que já estão reunidas as condições necessárias para que o nosso país volte ao concerto das nações. Para isso explica a todos (tem que explicar), que a situação melhorou substancialmente, tanto assim que os militares voltaram às casernas, não estão no governo, entregaram o poder aos civis, deixou de haver raptos, espanpamentos e assassinatos de pessoas por "indivíduos desconhecidos", e até porque o general passou de perseguidor a perseguido.

Também explica (tem que explicar), que os direitos fundamentais dos cidadãos e as leis da república (Constituição conjugado com o Pacto de Transição) estão a ser respeitados, tanto assim é que tem havido manifestações livres e espontaneas dos cidadãos, da sociedade civil e até dos partidos políticos (vejam a ANP) e que os traficantes de droga deixaram de operar à luz do dia.

Postas e vistas assim as coisas, está tudo no bom caminho. Mais, já temos a data das eleições fixadas em sintonia com a comunidade internacional. Portanto é hora de levantarem as sanções e apoiarem. Coitado do nosso ministro. Até faz pena. Ve-lo empenhar-se tanto numa empreitada destas depois dos comentários públicos que lhe são conhecidos sobre o Estado de Direito, a Democracia, o Progresso dos Povos etc, etc, etc... Sr. ministro, está mesmo convencido do que diz aos parceiros e a toda a comunidade internacional ou tenta e pensa que pode engana-los?

Então, vamos entrar num processo eleitoral tendo no poder e nas mesmas funções aqueles que interromperam um outro processo eleitoral financiado pela comunidade internacional e por ela considerado de livre, justo e transparente?
Ah, já me lembrei, o senhor estava também do lado dos contestários desse processo. Mas, senhor ministro, quais são as garantias de  que dispoe de que os mesmos pecadores que, diz-se em Bissau, estão por traz de tudo o quanto de mal se passou nos últimos anos na Guiné não voltarão a perturbar? Conhece-os? pode falar por eles?

Sei que conhece bem algus dos instrumentos que eles usam por isso mereceu em tempos a alcunha de "ministro pistoleiro. Mas, senhor ministro, por favor, não pense que todos os guineenses se guiam somente por interesses pessoasis mesquinhos. O Senhor quando não está dentro e no centro do sistema fica como o peixe fora de água. No tempo de Luís Cabral foi director de liceu quando nem tinha concluido ainda os estudos liceais. Será que chegou a conclui-los? Beneficiário do sistema. No tempo de Nino Vieira, depois de crítico feroz do 14 de Novembro e do próprio Nino, fez, em tempo meteórico, uma volta de 180º para se tornar no principal admirador e até idólatra do João Bernardo Vieira. Foi seu director de gabinete, Secretário de estado da Juventude Cultura e Desportos, Ministro da Educação, Secretário de Estado dos Transportes e, por fim, Ministro dos Negócios Estrangeiros, justamente o mesmo ministério que ocupa neste momento.

Lembro que seguiu sempre Nino Vieira até ao fim da guerra civil 1998/99. Mal o Nino caiu, o Senhor escreveu logo, logo um livro a critica-lo e a insinuar muita coisa de mau, sobre ele. Problema de carácter? hum! A seguir o Senhor saiu do PAIGC para se tornar em militante da recem-criada União Eleitoral, - na altura visto como partido dos fulas -. Como disputam a maioria populacional com os balantas, então o senhor pensou, pensou... Enganou-se. Foi conselheiro de Kumba Yala, quanto este foi presidente. Um golpe de estado tirou Kumba Yala do poder, sendo substituido por Henrique Rosa (falecido) e o senhor, mais uma vez, entra na presidencia com o título de conselheiro. Foi também conselheiro de Carlos Gomes Júnior, lembra-se? O Senhor não tem receio nem medo da forma como é visto na praça?

Mas, regressemos a sua missão impossivel. Quer dizer, o senhor tem que convencer os parceiros e a comunidade internacional de que todos os golpistas (militares e civis) não voltarão a cometer esse pecado e que até estão arrependidos. O Senhor assegura isso? Quer dizer, o país é alvo de sanções da comunidade internacional e há pessoas sobre as quais recaiem sanções individuais, e o Senhor ministro acha que devem ser levantadas as sanções  a Guiné-Bissau mesmo que os que levaram o país a ser sancionado continuem no poder? Bem, não estranha, é a sua maneira de pensar e  de agir.
Voltarei

Unsai Wek"

Fisgada


Trago a fisga no bolso de trás
E na pasta o caderno dos deveres
Mestre-escola, eu sei lá se sou capaz
De escolher o melhor dos dois saberes


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"Se alguém diz a verdade, pode estar certo de que será descoberto, mais cedo ou mais tarde."

Oscar Wilde

É assim um Estado de verdade


LEIA AQUI

ELEIÇÕES LEGISLATIVAS E PRESIDENCIAIS NA GUINÉ-BISSAU


“Se é verdade que a realização das eleições gerais (entenda-se, eleições legislativas e Presidenciais) na Guiné-Bissau devem culminar com o retorno da Guiné-Bissau no convívio das nações democráticas, não é menos verdade que a transparência e a justeza das mesmas se revela fundamental, não só para os guineenses, mas também para a comunidade internacional. No entanto, crucial será termos todos a mesma leitura sobre o que se entende por eleições inclusivas livres, justas e transparentes. Em minha opinião, não será difícil identificarmos elementos objetivos que nos permitam caracterizar as próximas eleições gerais como inclusivas, transparentes e justas.

Trata-se de aspetos imprescindíveis ao exercício de um direito fundamental dos cidadãos eleitores, sem os quais não estaremos perante eleições democráticas, pois estas implicam sempre a sua justeza, transparência e inclusividade no lugar de exclusão. Por exemplo, não estaremos perante eleições livres, se a situação da suspensão dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos não for levantada atempadamente – diria mesmo, imediatamente. Nenhumas eleições podem ser consideradas livres, se até a sua realização os cidadãos e os partidos políticos não tiverem a liberdade total de expressão, de manifestação pacífica, reunião, de sair e entrar no seu próprio país, de criticar tudo o que diga respeito a gestão de coisa pública, sem receio de ser perseguido, raptado ou sequestrado, espancado ou assassinado.

Aliás, não será mesmo factível que os partidos políticos e os candidatos possam fazer as suas campanhas eleitorais sem que tais direitos e liberdades fundamentais sejam assegurados e respeitados. Nesse quadro, a comunidade internacional, personificada nas Nações Unidas, deve exigir imediatamente o levantamento das restrições aos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos impostas pelos militares, sob pena de, a serem realizadas eleições nessas condições, estas não poderem de forma alguma ser consideradas livres e justas.

A justeza, a transparência e a inclusividade das eleições implica que nenhum cidadão guineense que pretenda nelas participar possa ser impedido, sejam quais forem as razões invocadas por quem quer que seja. E isso significa que a comunidade internacional (ONU, União Africana, União Europeia, CPLP e CEDEAO, deve imediatamente criar as condições que permitam o regresso ao país de todos os políticos, incluindo os lideres partidários, bem como de qualquer cidadão guineense no exterior que se tenha sentido ameaçado pelas suas posições contrárias aos golpistas, com as necessárias garantias de segurança e em total liberdade, de modo a participarem, em pé de igualdade, com todos os restantes candidatos no processo eleitoral.

Isto porque, correm já rumores de que, por exemplo, os militares vão impedir o regresso atempado do candidato mais votado na primeira volta das eleições presidenciais do ano passado, o Sr. Carlos Gomes Júnior, por recearem que ele venha a ganhar a disputa eleitoral. Lembrem-se que o “Generalíssimo António Indjai havia dito, em declarações públicas anteriores, que não aceitariam o regresso de Cadogo porque ele iria ganhar as eleições e poderia vingar-se deles militares. Então, que fique clara a seguinte realidade:

Para haver um processo eleitoral inclusivo, torna-se premente a criação das condições de segurança necessárias para o regresso, não só de Carlos Gomes Júnior, líder do PAIGC, mas também do Dr. Iancuba indjai, líder do PST (Partido de Solidariedade e Trabalho) e o Dr. Silvestre Alves, líder do MDG (Movimento Democrático Guineense) bem como de todos os outros cidadãos guineenses que, na sequência do golpe de estado de 12 de Abril, se encontram refugiados em países estrangeiros.

Aliás, segundo fontes bem colocadas junto de alguns partidos políticos na Guiné-Bissau, parece que está sendo montada uma cabala em Bissau, contra a eventual candidatura do Cadogo, com alegação de ser um elemento desestabilizador na política guineense. Dizem-nos, inclusivamente, que entre estas vozes se encontram alguns dirigentes do próprio PAIGC. É evidente constatar-se, nesta cabala, a mão de António Indjai. Contudo, é sabido que algumas chefias militares, em geral e, Antonio Indjai, em particular, são os maiores e principais desestabilizadores da Guiné-Bissau. Facto, aliás, sistematicamente mencionado nos relatórios do SG da ONU e das estruturas de segurança da União Africana.

E, mais uma vez, se pode constatar que essa acusação de o líder do PAIGC ser um elemento desestabilizador, quer vindo dos militares e seus apoiantes, quer vindo de dentro do próprio PAIGC, se alinha claramente com as posições dos militares e do seu líder, Antonio Indjai. Mas, estaremos cá para ver se a comunidade internacional, particularmente, o representante especial do SG da ONU, Ramos Horta, a União Africana, a CPLP e o próprio partido dos libertadores irão permitir esta exclusão totalmente arbitrária, inaceitável e contrária a vontade popular; pois, seria afastar da corrida eleitoral aquele a quem o povo votou, de forma esmagadora, na primeira volta das presidenciais do ano passado. Seria na verdade uma infâmia dentro dos processos político e eleitorais guineenses, que se pretende sejam inclusivos.

Tenho dito e até amanhã, camarada.

Silvério Costa Mendes

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Como uma sombra...


A televisão da Guiné-Bissau, que por falta de verbas, ou de boa gestão da mesma, não tem estado a comprar cassetes novas para alinhar o falido telejornal - e saiu-lhe as favas. Para poupar, usam as antigas, onde tem...arquivos antigos. Um belo dia, ao editar-cobrir uma peça ficou um espaço que tinha imagens antigas de...Carlos Gomes Jr. Nem mais. É claro que houve azia... Bem vistas as coisas, até que nem está mal, pois foi ao PAIGC quem o Povo deu o mandato. E Carlos Gomes Jr é o primeiro-ministro reconhecido por 90 por cento do mundo civilizado... AAS

Fundação Ricardo Sanha, de novo no terreno



ricardo sanha

Ricardo Sanha, patrono da Fundação com o mesmo nome, esteve recentemente na Guiné-Bissau, para, entre outros encontros de trabalho, assistir à inauguração do centro de saúde de S. Domingos. A FRS vai evacuar brevemente para Lisboa o músico Aliu Barri, que actualmente se encontra internado na Unidade de Cuidados Intensivos do hospital Simão Mendes, em Bissau. AAS

Colérico


"Já foi confirmada o surto da cólera na Guiné Bissau através do representante da UNICEF no país. O balanço é trágico: quase 20 mortos. Agora resta saber se o ministro da Saúde Agostinho Cá irá dizer que é diarreia aguda ou outra coisa, como ele fez no ano passado. Aliás, como o governo de transição está cheio de cólera não necessitam de reconhecer esta doença. Porque os seus interesses não são o de preocupar com o povo mas sim com os seus tachos... Segundo os dados, e até ao momento: 150 casos de cólera dos quais 18 óbitos.

F. G."

O estranho silêncio do Procurador Geral da República


"Meus compatriotas,

Alguêm sabe dizer-me onde está e o que anda a fazer o senhor Procurador Geral da República, DOUTOR Abudu Mané? Onde está? Alguém por acaso viu por aí o Abdu Mané? O que andara a fazer? Ó senhor DOUTOR/Procurador; o senhor foi amordaçado ou ficou espantado e paralizado perante a evidência dos factos? Saiba que o seu silêncio é estranho, intrigante, e começa a cheirar a CUMPLICIDADE.

Então, o senhor que andou nas "passeatas" e manifestações de rua em Bissau a gritar por justiça e celeridade de processos sobre os assassinatos dos últimos anos, ficou mudo? Justamente agora que lhe compete a si levar os criminosos à barra da justiça, não faz nada? Das duas, uma: ou o senhor é MUITO IMCOMPETENTE, ou CONHECE e tem MEDO dos ASSASSINOS - ou serão as duas coisas juntas?

Sabe, senhor DOUTOR, Bissau pikinino, ma i fundo...

Passado um ano no cargo de Procurador, o senhor não dá nem um pio sobre o bárbaro assassinato do Presidente Nino Vieira?! Já interrogou o Pansau Ntchama, uma vez que, numa certa entrevista, confessou ter sido ele a proteger a Isabel Vieira de ser violada pelos seus colegas no momento da execução do seu marido? E sobre a morte de Tagme na Wae? Também nada?

Dirá também que não sabe quem são os assassinos de Helder Proença e do Baciro Dabó. Nem estranha o facto de, no mesmo processo considerado de tentativa de golpe de Estado, o senhor Faustino Fudut Imbali, também implicado, não tenha sido executado como os outros? O senhor não procura autores materiais, mas sim a pessoa ou pessoas que terão mandado cometer os crimes. E essas pessoas têm que ser exactamente aquelas que o senhor quer, à viva força, incriminar/eliminar.

Mas, diga senhor DOUTOR, terá alguma ligação com os assassinos?

Ah, ia-me esquecendo do caso de Roberto Cacheu. Já ninguem fala nisso? Nem mesmo o Nando 'Dódóte' Vaz? Poxa!
Também não tem nada a dizer sobre os crimes que aconteceram no seu tempo de Procurador. Não sabe quem raptou e matou o pobre do Otis. Também, e seguramente não sabe (ou não quer saber) quem raptou, à luz do dia e na sede do PAIGC, perante testemunhas, e espancou selvaticamente o Iancuba Injai. Da mesma maneira que não sabe quem raptou espancou o Silvestre Alves.

Sim senhor DOUTOR, o senhor tornou-se cego, surdo e mudo. E talvez até aleijadinho...

Diga também aos guineenses que não estranha o facto de, com tantas mortes no dito caso 21/22 de Outubro do ano passado, o considerado líder da intentona, porca e miseravelmente inventada, o senhor capitão Pansau Ntchama, (mais uma vez ele), não ter sofrido nem um aranhão. Na altura, o então ministro dos Negócios Estrangeiros, Faustino Imbali, perante as câmaras de televisão e apontanto para os cadáveres exibidos, disse que os mesmos falavam uma "língua estrangeira." Cadáveres que falam? Só mesmo na Guiné...

Já todos se deram conta que o procurador está mais interessado nas inventonas do que a perseguir e castigar aqueles que subverteram, pela força, a ordem constitucional e democrática. Com os golpistas de verdade o senhor vive e convive todos os dias. Aliás, você é um deles. Há outros crimes, que o senhor sabe bem, quando foi ministro das Pescas e da Economia Marítima: 300 milhões, desviados por si... Sobre a tal compra de vedetas ou barcos de fiscalização marítima - lembra-se? Voltarei...

Unsai Wek"

PENA: O embaixador dos Estados Unidos, Lewis Lukens, encontrou-se em Bissau com o presidente da Liga dos Direitos Humanos da Guiné-Bissau. Luís Vaz Martins aproveitou o momento para fazer um relato do estado dos direitos humanos no país, que na sua opinião "têm vindo a degradar-se nos últimos tempos." AAS


CCIAS apoia viúvas de combatentes


A Câmara de Comércio Indústria, Agricultura e Serviços (CCIAS) doou segunda-feira cinquenta alvarás à Associação das Viúvas dos Combatentes da Liberdade da Pátria (AVCLP) da Guiné-Bissau. Abel Incada, presidente em exercício da CCIA disse que as cinquenta associadas que beneficiaram de alvarás saem assim do sector informal para o formal. Por sua vez o financiador do Projecto, o empresário e presidente da CCIAS Braima Camará, disse que a iniciativa vai minimizar os problemas das mulheres nas suas actividades comerciais.

Camará prometeu ainda ajudar não só as mulheres mas também aos jovens que disse merecerem igualmente uma especial atenção. A presidente de AVCLP Elisabete Correia pediu as suas colegas para não guardarem os alvarás na mala mas sim trabalhar para ter um bom rendimento. A AVCLP ainda recebeu um apoio financeiro no valor de um milhão e meio de francos cfa das mãos do Director do Hotel Malaika.  

terça-feira, 9 de julho de 2013

VISITA QUENTE: Embaixador dos EUA com residência em Dakar não garante para já apoios à Guiné-Bissau, mas afirmou, em solo guineense, que os EUA mantém a acusação contra o chefe de Estado Maior da Guiné-Bissau, António Indjai. "A acusação contra António Indjai é pública nos Estados Unidos" - disse. Recorde-se que o CEMGFA foi acusado pela DEA de "conspiração, tráfico de armas e droga" e mais dois crimes, que o podem condenar a prisão perpétua. AAS


Programa Alimentar Mundial prepara ajuda de emergência para o interior


O representante do Programa Alimentar Mundial (PAM) na Guiné-Bissau, Ussama Osman, anunciou, esta terça-feira, que está a ser preparada uma ajuda de emergência para zonas do país com carência alimentar, nomeadamente no interior.

«Há uma situação de penúria alimentar em certas regiões e faremos uma avaliação da situação, intervindo onde for necessário, muito rapidamente», revelou Osman aos jornalistas, após uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros, na qual o PAM assegurou que irá continuar a «acompanhar os esforços do governo da Guiné-Bissau para assegurar uma segurança alimentar sustentável».

Num relatório divulgado em junho pelo PAM e pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), revelou-se que 90 por cento das comunidades guineenses só tinham alimentos para mais um mês.

Numa avaliação em sete regiões do país concluiu-se que os resultados da campanha do caju foram «desastrosos», tendo o preço médio de um quilo de caju caído de 45 cêntimos em 2012 para 17 cêntimos em 2013. No ano passado, era possível trocar um quilo de caju por um de arroz, mas este ano são precisos três quilos de caju por cada um de arroz.

Segundo Ussama Osman, o PAM está consciente da situação atual, pelo que intervenções rápidas já estão a ser ultimadas para as zonas mais afetadas. O responsável adiantou que a Guiné-Bissau tem «muito potencial, que não está a ser utilizado inteiramente, pelo que a nossa missão é acompanhar os esforços das autoridades públicas para assegurar uma segurança alimentar de toda a população».

Para a ONU, UE, UA, CPLP, CEDEAO - Guiné-Bissau deverá ser reconhecida, apenas e só, depois das próximas eleições presidenciais, marcadas para o corrente ano, e que devem ser totalmente transparentes e em consonância com as regras da democracia. As eleições deverão contar com a participação de qualquer candidato que reúna as condições exigidas por lei democráticas e da República. A simples marcação de uma data para as eleições por si só não retiram NADA à ilegalidade cometida em abril de 2012, em que um golpe de Estado - e os vários actos criminosos que se lhe seguiram, com dezenas de assassinatos - retirou a voz ao povo da Guiné-Bissau. AAS