segunda-feira, 3 de junho de 2013

Guineense expulso de Portugal, mas o seu país recusa recebê-lo


Um cidadão guineense recebeu do SEF ordem de expulsão de Portugal, por não ter documentos. Mas, chegado à Guiné-Bissau, também foi rejeitado. Por duas vezes. As autoridades não sabem o que fazer. Suleimane Camará tem 25 anos. Vive agora escondido, em casa do pai, em Gaia. Não sai à rua, com receio de ser visto e outra vez detido por inspetores do Serviços de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Tem medo de voltar a passar os momentos de desespero vividos desde 7 de maio, dia em que as autoridades portuguesas tentaram, pela primeira vez, metê-lo à força num avião em Lisboa para ser deportado. "Comecei a morder-me para arrancar com os dentes as veias do pulso. Preferia suicidar-me, ou que me dessem um tiro na cabeça, do que ter de voltar para a Guiné, onde não tenho ninguém", garante, ao JN.

Leia mais sobre esta HISTÓRIA TRÁGICA e TRISTE

SERIFO MANÉ foi exonerado em abril do cargo de director geral dos Serviços de Informações do Estado, mas continua serenamente em funções e a assobiar para o lado. E porquê mesmo? Porque foi 'exonerado' pelo ministro da Justiça - a quem não responde e nem deve satisfações. Serifo Mané responde directamente, apenas e só, ao primeiro ministro Rui Barros. Só mesmo na Guiné-Bissau...AAS


Andar aos papéis...


"O Presidente golpista Serifo Nhamadjo e os seus conselheiros demonstram não estarem a altura dos cargos que ocupam, quando tentam tomar todos os guineenses como atrasados mentais, incapazes de fazerem exercícios de dedução lógica sobre os factos relevantes da vida do país! Na sua nova saída para tratamento médico, Serifo Nhamadjo disse publicamente que estaria “a cumprir as orientações médicas e, que devem impreterivelmente ocorrer nos próximos 3 meses, para se ter a certeza da estabilização da diabetes e colesterol que com as oscilações e stresse, podem abalar qualquer ser”, e que por isso estava “muito cauteloso para evitar outra recaída e nada mais”.

Como é sabido, atualmente a Medicina é feita cada vez mais baseada na evidência, o que permite ter linhas de orientação internacionais de diagnóstico e tratamento de doenças específicas, que podem sofrer pequenas adaptações aos recursos e necessidades de cada hospital, região ou país, mas raramente com diferenças significativas… Apesar dessa possibilidade de introdução dessas alterações locais ou regionais, como médico, não vejo qualquer lógica na existência de um protocolo para monitorização do tratamento da Diabetes e Colesterol, que implica controlos médicos cada 21 dias! Por norma, o controlo dessas doenças faz-se trimestralmente quando instáveis, ou até semestralmente numa fase de maior estabilização. Mesmo que tivesse sido particularmente aconselhado ao Presidente golpista esse esquema de “cada 21 dias, durante três meses”, o controlo da Diabetes e Colesterol é feito apenas com uma colheita de sangue para análise, penso eu passível de ser realizado na Guiné-Bissau e a consequente ajuste da dose dos medicamentos, também poderia ser feito no país ou apenas através de uma chamada telefónica para o exterior…
Com base nessas declarações do Presidente golpista, ouso afirmar desde já que é muito mais provável que as notícias antes veiculadas de que sofre de cancro da próstata e/ou de cancro num outro órgão, seja a mais correta...

Sendo cancro da próstata, significa que é resistente ao tratamento hormonal mais frequentemente usado, não tem indicação para tratamento com intenção curativa (radioterapia e/ou cirurgia) e muito provavelmente já tem metástases (“ramificações do cancro”) noutros órgãos, motivo pelo qual necessita de tratamento quimioterápico. A título de exemplo, Paclitaxel e Docetaxel são dois dos quimioterápicos mais usados nesse tipo de tratamento do Cancro da Próstata, são curiosamente administrados cada 21 dias e precisam sim de vigilância dos efeitos secundários, entre os quais a baixa do nível dos glóbulos brancos (neutropenia), que são células de defesa do nosso organismo e, quando surge, o doente torna-se mais suscetível a infeções graves e oportunistas (aqueles que não causam problemas a pessoas com a imunidade intacta).

Serifo Nhamadjo e seus conselheiros são tão básicos, manipuladores e irresponsáveis, que não conseguem pensar na dimensão e a abrangência da figura de um Presidente da República! Esquecem-se que o Presidente da República tem um cargo que lhe permite determinados privilégios, como usufruir de tratamentos não acessíveis à esmagadora maioria da população guineense e que é esse povo que, de uma forma ou outra, custeia-lhe essas deslocações e o próprio tratamento. Portanto, apesar de não ter sido escolhido pelo povo para desempenhar o cargo de Presidente da República, Serifo Nhamadjo tem a obrigação moral e institucional de transmitir ao povo informações corretas, por escassas que sejam, relacionadas com a sua saúde, no mínimo para justificar as frequentes deslocações ao estrangeiro. É incorreto um Presidente da República mentir deliberadamente ao povo, tratando-os como ignorantes, principalmente numa fase delicada da situação política e social do país, relacionada com a criação de um novo governo. O que Serifo Nhamadjo e seus colaboradores deviam saber, é que, infelizmente a doença e a morte não se consegue esconder por muito tempo!

Serifo Nhamadjo é tão irresponsável que, apesar de condicionar toda a agenda política de um país, suspendendo e condicionando a criação de um “governo de inclusão” ao seu próprio tratamento, ainda vem mentir ao povo, tentando minimizar a sua situação de saúde, sem ter a noção que seria grave que uma situação de saúde tão vulgar como o controlo da Diabetes e do colesterol justificassem tal estagnação do país!

Tive uma sensação estranha e indescritível, quando li que Serifo Nhamadjo afirmou que “a democracia tem os seus valores e são para serem respeitados e cumpridos…” De que democracia falava Nhamadjo!? Ou a doença já lhe afetou o cérebro e perdeu a noção de onde se encontra e em que posição se encontra, ou está a reinventar um novo conceito de democracia nascido de um golpe de estado! É impressionante ouvir isso de um presidente saído de um golpe de estado! Onde estavam os valores democráticos desse senhor, quando aliou-se aos militares para chegar ao poder!? Esses valores não eram para serem respeitados e cumpridos!? Agora interessa defender esses valores na democracia por ele inventado, apenas para atrasar a saída dos amigos golpistas da cadeira do poder! Que vergonha!

Termino este texto, manifestando os meus mais sinceros votos de melhoria para Serifo Nhamadjo, para que, ainda em vida, consiga perceber a porcaria que ele e os seus comparsas golpistas fizeram ao país com o golpe de estado e neste dito período de transição.
 
Jorge Herbert"

INTIMIDAÇÃO - Um funcionário das Nações Unidas, afecto aos recursos humanos, foi intimidado no restaurante do hotel Tá-Mar. Foi abordado por dois sujeitos ligados ao tráfico de drogas - terão confundido o Waldmar, que é brasileiro, com um colombiano. Porém, quando perceberam que não era a mesma pessoa, bateram em retirada... AAS

Peter Thompson


De que está ele a falar! Será que ele quer fazer ressuscitar os mortos! Ou será que ele descobriu alguma página em falta na história da Guiné-Bissau! Mas na sua tese desbotada omitiu a corrupção e a droga! Ou será que estes focos são sinónimos de paz! Não deveria ser essa a sua missão! O povo guineense e só povo guineense, sem a interferência ou pressões da comunidade internacional, precisa de se conciliar fazendo uma profunda análise de actual situação do País e como se chegou até este ponto.

A Guiné-Bissau tem de se conciliar e acordar partir da “estaca zero”, sem procurar incriminar, culpar ou perseguir “fantasmas” do passado. Na Guiné-Bissau não faltam individualidades, e felizmente não são poucas, com perfil para alcançar uma paz duradoura, construída numa expectativa de esperança para as futuras gerações. Ódios e perseguições não vão resolver os problemas do País.

Harmonia, paz e amor é o que o povo guineense mais anseia e bem o merece depois de tantos anos de insegurança mas, por vezes, estas palavras escapam aos políticos. Venha a paz que a ecónomia também irá emergir. A Guiné-Bissau tem "trunfos" e capacidades para construir o seu futuro. Quanto ao Peter Thompson, porque não vai este ilustre desconhecido britânico pregar para a sua tabanka, em vez de, com o seu sarcasmo, andar a espalhar a discórdia!

Um abraço

Estado de espírito - Guiné-Bissau não é bem um país. Será mais um projecto sonhado pelos deuses e atraiçoado pelos homens. Da escravatura do colonialismo à independência (quase 40 anos), repete-se o contraste gritante entre a natureza exuberante do seu povo e os homens que a arruinaram. Como se tudo isto fosse demasiado perfeito para a condição humana... Amo o povo do meu país! AAS

domingo, 2 de junho de 2013

sábado, 1 de junho de 2013

Crianças - A triste realidade da Guiné-Bissau


A Guiné-Bissau ocupa a 7.ª posição mundial no relatório da UNICEF sobre a Situação Mundial da Infância 2013, quanto à taxa de mortalidade de menores de cinco anos, com 161 crianças por mil nascidas vivas. No documento, a que a Lusa teve acesso, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) indica que as estatísticas apresentadas, relativas a 2011, "são as mais recentes sobre sobrevivência, desenvolvimento e protecção da criança para países, áreas e regiões do mundo", em que se "inclui, pela primeira vez, uma tabela sobre desenvolvimento na primeira infância".

De entre os países lusófonos, segue-se Angola, na 8.ª posição, com uma taxa de mortalidade de menores de cinco anos (TMM5) -- que representa, nos termos da definição dos indicadores da UNICEF, "a probabilidade de morrer entre o nascimento e exactamente cinco anos de idade, por mil nascidos vivos" -- de 158 crianças em 2011, contra 243 em 1990. Moçambique classifica-se no 22.º lugar da lista, utilizada como "principal indicador dos progressos em direcção ao bem-estar da criança", lê-se no documento, com 103 crianças entre cada mil nascidas vivas a terem elevada probabilidade de morrer nos primeiros cinco anos de vida, em 2011, em contraste com as 226 que se encontravam nessa situação em 1990, indica o relatório.

A 28.ª posição da lista pertence a São Tomé e Príncipe, onde, em 2011, 89 crianças em mil enfrentavam esse limite temporal, contra 96 em 1990. Timor Leste encontra-se no 51.º lugar, com uma TMM5 de 54 crianças em mil, muito menos que a registada em 1990: 180 em mil. O arquipélago de Cabo Verde classifica-se na 91.ª posição, apresentando uma TMM5 de 21 crianças em mil, contra 58 em 1990. Na 107.ª posição, está o Brasil, que ocupa o último lugar entre os países lusófonos com a mais baixa taxa de mortalidade de menores de cinco anos, 16 crianças em 2011, contra 58 em 1990. No relatório, a agência especializada da ONU esclarece que estes dados foram extraídos dos bancos de dados globais da UNICEF e que se baseiam em estimativas do Grupo Interagências das Nações Unidas sobre Mortalidade Infantil (UNICEF, Organização Mundial da Saúde, Divisão de População das Nações Unidas e Banco Mundial).

Segundo o documento, "em 1970, aproximadamente 16,9 milhões de crianças menores de cinco anos morriam a cada ano. Em comparação, em 2011, foi estimado em 6,9 milhões o número de crianças que morreram antes do seu quinto aniversário -- o que coloca em evidência uma queda significativa, no longo prazo, no número global de mortes de menores de cinco anos". Como instrumento para aferir o bem-estar da criança, a TMM5 apresenta várias vantagens, sublinha a UNICEF, a primeira das quais é o facto de medir "um resultado final do processo de desenvolvimento, e não um 'fator de contribuição' -- como nível de matrículas, disponibilidade de calorias 'per capita' ou o número de médicos por mil habitantes, que representam meios para determinado fim".

Além disso, prossegue, "sabe-se que a TMM5 representa o resultado de uma ampla variedade de fatores de contribuição: por exemplo, antibióticos para tratar pneumonia; mosquiteiros tratados com inseticida para evitar a malária e bem-estar nutricional e conhecimento das mães sobre saúde". E ainda "nível de imunização e uso da terapia de reidratação oral, disponibilidade de serviços de saúde para a mãe e para a criança, inclusive atendimento pré-natal, disponibilidade de renda e de alimentos na família, disponibilidade de água potável e de saneamento básico, e segurança do ambiente da criança de maneira geral", enumera a organização. LUSA

Ramos Horta: "Timor-Leste vai abrir agência de desenvolvimento na Guiné-Bissau"


Timor-Leste vai abrir, em breve, uma agência de desenvolvimento na Guiné-Bissau, que terá um orçamento de dois milhões de dólares (1,5 milhões de euros), para apoiar pequenos projetos, revelou o antigo presidente timorense José Ramos-Horta. Falando aos jornalistas no final de uma conferência sobre os Desafios em África, que decorreu sexta-feira à noite na Cidade da Praia, promovida pela Presidência da República cabo-verdiana, o atual representante especial do secretário-geral das Nações Unidas para a Guiné-Bissau salientou tratar-se de um "pequeno gesto" de um país "pobre", mas que pode ajudar dentro das suas possibilidades. "Trata-se de um pequeno gesto que pode fazer a diferença. Apesar de sermos um país pobre, mas com algumas possibilidades, decidimos abrir na Guiné-Bissau uma agência de desenvolvimento com dois milhões de dólares de orçamento, para apoiar projetos pequenos com a sociedade civil, Governo ou a própria agência da ONU", disse. O prémio Nobel da Paz de 1996, atual representante especial do secretário-geral das Nações Unidas para a Guiné-Bissau falou também do processo de transição em curso no país, na sequência do golpe de Estado de 12 de abril de 2012, que interrompeu o processo eleitoral das presidenciais e derrubou o Governo de Carlos Gomes Júnior.

"Acredito que, nos próximos dias, haverá um Governo mais abrangente, aceite por todos, que haverá eleições no final do ano e que haverá um novo Governo constitucional. Nessa altura, terá de haver um maior apoio da comunidade internacional para ajudar o novo Governo a reconstruir todo o Estado", referiu. Manifestando-se "otimista" em relação á transição guineense, Ramos-Horta indicou existir "boa vontade" de todas as partes envolvidas na resolução da questão, tanto mais que, frisou, existe já um "grande cansaço". "Há boa vontade e sente-se também um cansaço entre os militares, políticos e povo, que estão emocionalmente exaustos, mais ainda devido ao ponto insustentável a que chegou a economia", salientou, defendendo que "há que ter paciência" e encorajar todos a encontrarem uma solução, independentemente dos partidos e ambições pessoais.

"A comunidade internacional também está cansada e há tantos desafios no mundo, uma grande crise financeira no mundo. Tenho reuniões frequentes com os todos os partidos políticos e creio que há boa vontade, que têm a consciência de que, desta vez, a Guiné-Bissau tem de sair definitivamente da crise, pois poderá ser a última oportunidade" para o país", frisou. Ramos-Horta advertiu, porém, para a necessidade de a comunidade internacional - Nações Unidas, União Europeia (UE), União Africana (UA) e as comunidades dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) - não exerça demasiadas pressões. "Conhecendo a complexidade da situação, as sensibilidades e o peso da História na Guiné-Bissau, tentamos encorajar e empurrar, mas com prudência, para não ferir suscetibilidades", concluiu Ramos-Horta, que deverá regressar ainda hoje a Bissau, via Dacar. LUSA

sexta-feira, 31 de maio de 2013

PAIGC E PRS recusaram proposta para formação de novo governo


Os dois maiores partidos da Guiné-Bissau recusaram a proposta do primeiro-ministro para a formação de um novo Governo, que contempla menos de metade do total de ministérios para PAIGC e PRS. O primeiro-ministro do Governo de transição enviou uma carta ao Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e ao Partido da Renovação Social (PRS) a pedir-lhes que enviem até às 12:00 de hoje as propostas de nomes a integrarem um novo executivo. Nas cartas, Rui de Barros pede nomes para quatro ministérios ao PAIGC e para três ministérios ao PRS. Caso o executivo remodelado seja idêntico ao atual, terá 15 ministérios. LUSA

Peter Thompson: ”O mundo não deve abandonar as vítimas da história na Guiné-Bissau”


Peter Thompson, coordenador do grupo parlamentar britânico para a Guiné-Bissau, deixou um aviso à comunidade internacional, no sentido que a Guiné-Bissau deverá reconciliar-se com o seu passado antes de ter um melhor futuro. Falando numa conferência internacional de paz que teve lugar na Irlanda do Norte, Thompson disse que resolver o passado é o primeiro passo para uma Guiné-Bissau mais estável. “Desde a independência, a Guiné-Bissau foi andado de crise em crise, de golpe em golpe, de assassinatos em assassinatos. Ao povo da Guiné-Bissau nunca foi dada a dignidade de um processo de verdade e reconciliação nacional. Várias comunidades guineenses no país têm perguntas sem resposta acerca do passado e desejam falar sobre isso”.

Thompson com o povo de Bolama
PETER THOMPSON - de camisa azul - NUMA ACÇÃO POPULAR EM BOLAMA - FOTO DR

Acrescentou ainda: “Chegou o tempo de as vítimas serem legalmente reconhecidas como tal. Justiça histórica, através de amnistias verdadeiras ou ainda os tradicionais “fóruns locais” deverão ser tidos em consideração. Estas respostas não se encontram num livro – encontram-se nos corações do povo guineense. Vamos ouvi-los e dar-lhes força para prosseguir”. Thompson afirmou também que os membros das Forças Armadas que foram mortos, feridos ou torturados durante a guerra da independência, a guerra civil ou noutro conflito interno, deverão ser formalmente reconhecidos como vítimas, em paralelo com as suas famílias.

Um processo de reconciliação nacional não pode ter uma hierarquia de vítimas. Soldados que sofreram devem ter o mesmo reconhecimento que as vítimas civis da guerra colonial ou das vítimas da violência militar guineense nos últimos 50 anos. Não nos vamos esquecer que os soldados guineenses são também seres humanos e que as Forças Armadas do país deram ao seu povo a dignidade da independência e da auto-determinação.” Peter Thompson, ele próprio uma vítima do conflito na Irlanda do Norte, é o membro internacional da Comissão de Reconciliação na Assembleia Nacional Popular.

Nô bai


convite_finhani_9_junho

O quê: Lançamento dos livros:

1. Poesia POLON MALGOS
2. (Romance) FINHANI – O Vagabundo Apaixonado
Onde: Centro Comercial Vasco da Gama
Quando: Domingo, 09 de Junho de 2013, pelas 18h30
Quem: Autor: Seravat Amil/Emílio Lima, Corubal e a Chiado Editora

Autor:

Emílio Tavares Lima Nasceu em Canchungo, Guiné-Bissau, a 04 de Agosto de 1974. Licenciado em Ciências da Comunicação e da Cultura, pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias de Lisboa (Portugal). É actualmente mentor e Coordenador do projecto "Djorson Nobu" na publicação da Antologia Poética Juvenil da Guiné-Bissau - TRAÇOS NO TEMPO e autor do Livro “A ESPERANÇA É A ÚLTIMA A MORRER”, “NOTAS TORTAS NAS FOLHAS SOLTAS.”

Participou na Antologia de poesia e prosa Poética Portuguesa Contemporânea - POIESIS, vol. XVIII, XIX e XX, também na Colectânea «DO INFINITO», da Editorial Minerva. Em 2011 organizou a antologia "NA FLOR DO SER. No mesmo ano, recebeu da Associação dos Estudantes Guineenses em Lisboa um Diploma de mérito, pelos esforços na divulgação da cultura guineense aquém e além-fronteira. Em 2012, Participou na Antologia "Na Magia da Noite". Polon Malgos é o seu terceiro livro de poesias e primeiro do autor a ser publicado por uma editora guineense.

Sinopse - Polon Malgos:

(…) No leito das folhas mais ternurentas, presenteia-nos com os seus mais recônditos desejos, permitindo-nos deliciar de turbulentos arrepios, onde apaixonadamente deixamo-nos perder e fantasiar em cada verso, sendo sim um renascer no desfolhar fundíbulo para o paraíso sonhado, entre o labirinto em que o poeta, transportando tão pesado fardo, pranto pós pranto nos lembra o materno leite do bagaço que se verte vermelho de tamanha violência da flecha inimiga. Ainda eufórico, envolve-nos em grande desejo de consolo dentre qual amansa-nos a alma e se define como filho da terra e homem apaixonado, gritando: junto a ti, sua majestade, encontramo-nos todos! (…) Do prefácio da poetisa Saliatu da Costa.

Sinopse - FINHANI – O Vagabundo Apaixonado:

(...) Imagine como pode terminar uma aventura transcontinental, por um corpo profundamente agoniado, corroído pela ganância e brutalidade dos homens e, consumado pelas balas de canhões?
Foi assim que nasceu a ilusão do Finhani Pansau Kam-mecé, em emigrar para Europa, só com a roupa de corpo, após ter visto a casa e a família que construiu com muito amor e suor transformarem em escombros e fragmentos de sonhos
(…)

Para quaisquer dúvidas, esclarecimentos adicionais, não hesite em contactar:

Lisboa: 969432876 / miolindo@hotmail.com – Emílio Tavares Lima
Bissau: 00245 5917716 / corubalgb@gmail.com - Miguel de Barros

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(ainda) não foi desta


"Mais uma vez, os golpistas demonstraram ao mundo e ao povo guineense a sua vontade em perpertuar-se no poder e a sua falta de vontade para a realização das eleições e o consequente retorno a tão almejada ordem constitucional.

É que depois da demonstração de patriotismo por parte do PAIGC e do PRS que esta vez alinhou, o Presidente da República, o 1.º Ministro e os militares enviaram aos dois maiores partidos uma proposta patética oferecendo pasta que nenhuma importancia têm, isto na tentativa de manter no governo aalguma figura como o Abubacar Demba Dahaba (Ministro das Finanças), Fernando Vaz (Ministro da Presidência), Faustino Imbali (Ministro dos NE). A resposta dos dois maiores partidos foi um não.

O impasse mantém e vai manter, porque se por um lado o PAIGC e o PRS não vão aceitar propostas destas, do outro lado é que o PRT, o 1.º Ministro e o Militares contentam com o impasse, porque só assim resolverão os seus objectivos que é de manter o status quo.

Mais uma razão para os que defendem uma intervenção das forças das Nações Unidas.

Bolingo Cá
"

O (ir)responsável Nr. 1


"SERIFO NHAMADJO: RESPONSÁVEL Nº 1 DE TODOS OS ENTRAVES DO PAÍS NESTE MOMENTO

Ao Senhor presidente de transição quero apenas dizer isto:

1. Sr. Presidente, por favor, deixa de ser bunda mole.
2. Você está a ser muito prejudicial para a Guiné-Bissau.
3. Tem toda a autoridade para tomar decisões e não está a fazer uso da sua autoridade e poder.
4. Não tem a ousadia de tomar decisões e passa todo o seu tempo em concertações atras de concertações.
5. Porque razão transfere as responsabilidades de formar um novo governo a um 1º Ministro que não tem muitas margens de manobra e de negociação?
6. Porque razão não consegue marcar as datas de eleições gerais, pelo menos para permitir a comunidade internacional organizar-se melhor para nos ajudar?
7. Se o Sr. Presidente não sabe, então fique sabendo, que a marcação da data de eleições não depende da formação de nenhum tipo de governo, este depois de formado, apenas tem que trabalhar para a sua realização.
8. Sr. Presidente, o Mali, onde ocorreu um golpe de Estado, na mesma altura que a Guiné-Bissau, e, apesar de ainda se encontrar em estado de guerra já fixou as datas das próximas eleições para o dia 23 de Julho de 2013. Isto porque entenderam que a transição não faz bem a ninguém, ninguém gosta de estar numa situação de transição, nem de um país para o outro, nem na gestão da família, nem a frente de uma instituição e nem tão pouco num país em crise, sem dinheiro, sem escolas a funcionar, onde os abusos de poder são frequentes e onde o povo está com fome de mudança. O que é preciso fazer é trabalhar para terminar e depressa com esta transição para o país se recompor e poder minimamente ser governado com legitimidade.
9. Sr. Presidente não precisa ter medo dos militares (estes estão encurralados, nem sequer tirar a cabeça conseguem por causa dos satélites americanos), além disso, o Senhor está protegido pela CEDEAO, pela UA e pelas NU.
10. Qual é o seu problema?

Tenho dito!
"