segunda-feira, 4 de março de 2013

Ramos-Horta defende "roteiro" que facilite eleições até final do ano


O representante da ONU para a Guiné-Bissau defendeu hoje, em Bruxelas, um "roteiro" com vista a eleições livres e democráticas naquele país, "em novembro ou dezembro", das quais saia um "Governo inclusivo", que não deixe ninguém de fora. José Ramos-Horta, que falava num debate na comissão de Negócios Estrangeiros do Parlamento Europeu, exortou também a União Europeia a continuar a prestar apoio ao país.

Referindo-se aos programas que beneficiam diretamente a população, sublinhou que, não havendo confiança nas atuais autoridades nacionais, a Europa pode fazê-lo através das próprias Nações Unidas ou de organizações não-governamentais (ONG) ou da igreja. LUSA

"Transição", pelo menos até final de 2013


A “transição” na Guiné-Bissau durará, pelo menos, até ao final de 2013 – mais de um ano e meio depois do golpe de Estado que depôs as autoridades eleitas. Esta foi a principal decisão sobre a crise guineense saída da cimeira de chefes de Estado da CEDEAO que decorreu na semana passada na cidade de Yamoussoukro, na Costa do Marfim.

De acordo com o comunicado oficial deste 42º encontro da organização, “a cimeira decidiu prolongar o período de transição na Guiné-Bissau até 31 de Dezembro de 2013, tendo em conta o processo em curso na Assembleia Nacional Popular (ANP)”. Órgão soberano onde o PAIGC detém a maioria qualificada nos assentos, a ANP é a única instituição que não foi dissolvida após o golpe de Abril. Ao parlamento guineense foi recomendada a adopção do referido documento “o mais rapidamente possível”.

Na cimeira, Manuel Serifo Nhamajo, presidente interino da Guiné-Bissau foi encorajado a remeter à ANP um projecto para a preparação de “eleições gerais livres, equitativas e transparentes” antes do fim do ano. Defendeu que a equipa de transição na Guiné-Bissau é legal, emanada pela Constituição da República guineense. “Este regime não é um regime militar”, sustentou.

O apelo feito à União Africana foi de reconhecimento da transição em curso na Guiné-Bissau e de levantamento das sanções contra o país. O comunicado afirma ainda que os chefes de Estado da CEDEAO pedem a todos os parceiros internacionais que retomem os exercícios de cooperação bilateral com aquele país. A CEDEAO mantém uma missão internacional militar na Guiné-Bissau, com mais de 600 efectivos, para apoiar o período de transição.

Segundo o comunicado, a CEDEAO reiterou o apoio à transição na Guiné-Bissau e felicitou a assinatura do Pacto de Transição por todos os principais partidos. O PAIGC só recentemente assinou o Pacto.

Na cimeira da CEDEAO de Yamoussoukro , a representar a Guiné-Bissau estive o Presidente de transição, Serifo Nhamajo. O secretário-executivo da CPLP, o moçambicano Murade Murargy e o representante do secretário-geral da ONU para a Guiné-Bissau, Ramos-Horta, também estiveram presentes na Costa do Marfim.

Força militar da CEDEAO dissuade novos episódios de violência

A decisão surge numa altura em que a Guiné-Bissau conhece novos episódios de tensão nos meios políticos e militares. Mas, noticia o Africa Monitor Intelligence, não está em causa uma ruptura violenta da situação, dada a capacidade de dissuasão da missão militar da CEDEAO/Ecomig.

Entre os episódios mais recentes de tensão destacam-se o afastamento coercivo do coronel Júlio Mambali, comandante da guarda do Chefe de Estado Maior General, General António Indjai, juntamente com vários outros oficiais e efectivos subalternos da força.

Mambali foi afastado em circunstâncias consideradas elucidativas das extremas preocupações de segurança que dominam Indjai, que teme ser“um alvo”. O ex-comandante, por uma razão a que terá atribuído urgência, apresentou-se a Indjai sem se sujeitar a normas/procedimentos que implicariam a sua passagem por um núcleo próximo da segurança interna do mesmo. Indjai associou instintivamente a atitude a intenções menos claras em relação à integridade da sua pessoa e agiu em conformidade. Lusomonitor

domingo, 3 de março de 2013

MÁGICO: 6 milhões de visitas. Ditadura do Consenso é referência para muito boa gente. Aqui, criticam-se os desmandos, a incompetência, a brutalidade; e não existe receio ou medo; e ainda é solidário - quando chamado, ou não. Muito obrigados. AAS

Nova sondagem DC: Vote. Diga de sua justiça. AAS

Por inerência de funções


Mais uma vez vou evidenciar a minha célebre frase: MEMÓRIA CURTA NÃO FAZ HISTÓRIA! Quem diria que dez meses depois de ter contribuído para que esta gentalha assaltasse o Poder e de ele próprio ter assaltado a Assembleia Nacional, Sori Djaló voltaria à trincheira dos descontentes, exigindo a reposição de tudo o que um dia ajudou a destruir: competência e transparência na gestão do dinheiro público; pagamento atempado dos salários da função pública; o regular abastecimento de água potável, energia eléctrica, o normal funcionamento do sector de ensino, etc.

Sori Djaló deve estar sobretudo com imensas saudades daqueles tempos em que se podia manifestar livremente contra o Governo. Esta mudança deve-se certamente ao facto de ele ter percebido que assaltou o sítio errado, onde não há como enriquecer ilicitamente. E tudo por culpa da CEDEAO que decidiu que os assaltos deviam obedecer critérios muito rigorosos, ou seja, POR INERÊNCIA DE FUNÇÔES.

Os presidentes dos chamados pequenos Partidos (Partidos Unipessoais, Lda.) que nunca desempenharam qualquer função, optaram pelo assalto colectivo e indiscriminado (ocupar e só depois perguntar: que Ministério é este?) e estão a sair-se muito bem: as obras das casas estão na recta final; já conseguiram colocar os dentes que faltavam e agora amendoim não escapa e o caroço que se cuide; as barrigas estão a crescer muito bem graças a Deus, infelizmente o corpo não está a acompanhar essa evolução, deixando a imagem um bocadinho destorcido e cómico; alguns até pintaram os cabelos e os mais pragmáticos já têm Toca-Tocas a circular; geradores, frigoríficos, arcas congeladoras, fogões à gás, tudo novinhos em folha, só falta mesmo é as esposas aprenderem a usá-los. Estas por sua vez tiveram direito á naftalina para aniquilar os percevejos que só lembram de atacar quando os seus portadores estão num ambiente VIP; as “boqueras” foram tratadas com sucesso para permitir um sorriso mais rasgado que simbolize a bonança, resultante da desgraça nacional; As escamas e as unhas rebitadas dos pés deixaram de ser problemas, a única dificuldade mesmo é andar com os saltos altos e comer com o maldito garfo que faz tremer o braço e quando chega à boca só traz dois ou três grãos de arroz, obrigando qualquer um a perder os estribos – É O PREÇO A PAGAR PARA A INSERÇÃO NA ALTA SOCIEDADE.

De uma forma geral o balanço da transição é positivo, embora por culpa da CPLP e da Comunidade Internacional, não está a ser tão lucrativo como as outras. Mas valeu a pena o estatuto de MINISTERIÁVEL adquirido, que atribui o pleno direito de assumir altos cargos em futuros Governos de Transição, não por acaso, mas POR INERÊNCIA DE FUNÇÕES. Assistimos assim ao surgimento de uma nova classe sociopolítica – OS TRANSACIONISTAS E AS SUAS TRANSAS.

Conta a história que um destes Presidentes de um destes Partidos que proliferam no nosso País, tinha acabado de legalizar o seu Partido e regressava a casa a pé (nem sequer tinha um meio de transporte próprio) e como os Toca-Tocas não circulam no centro de Bissau, caminhava tranquilamente, com os bolsos das calças devidamente abastecidos de amendoim torrado que naquele momento sabia tão bem (passou todo o dia a engraxar aqueles corruptos do Ministério da Justiça e nem sequer tinha almoçado).

Estava naturalmente muito satisfeito por ter conseguido realizar um sonho que vinha perseguindo há muitos anos. De vez em quando abria o saco de plástico (dos supermercados) para dar uma espiadela nos documentos e imaginava-se a negociar um cargo qualquer, com um candidato aflito qualquer, que precisasse do apoio do seu partido, numa eleição qualquer e respirava fundo, convicto de que, com políticos como Kumba Ialá no terreno, não tardaria a haver uma eleição e chegaria finalmente a sua vez de resolver os seus problemas. Lembrou-se de um colega seu que nem sequer sabia ler e escrever e que tinha feito o mesmo que ele fez agora e foi eleito Deputado num Círculo eleitoral qualquer e hoje vive à Francesa.

Quando chegou ao Alto Crim, viu tanta gente aglomerada com cartazes e dísticos. Aproximou-se daquele que parecia ser o Maestro da Banda (e que actualmente manda no Parlamento) e perguntou-lhe qual era o objectivo daquela concentração. E este, muito calmamente, respondeu-lhe que era uma manifestação DE AFLIÇÃO E DESESPERO, organizada pelos Partidos de Oposição, com o objectivo de derrubar o Governo Democraticamente eleito de Carlos Gomes Júnior, que com o seu desempenho, constitui uma terrível ameaça à existência dos Partidos de oposição, ameaçando desta forma atirar para o desemprego milhares de POLÍTICOS PROFISSIONAIS, que por conseguinte poderão transformar-se em autênticos vira-latas, já que nunca aprenderam a fazer mais nada, senão farejar nos bastidores do Poder.

O nosso amigo estremeceu de alto a baixo e começou a suar copiosamente. Abriu o saco, retirou os documentos que mostrou ao outro, dizendo: Acabei agora mesmo de legalizar o meu Partido de Oposição! Este, por sua vez, voltou-se para um jornalista que se encontrava à uns escassos dez metros de distância, a entrevistar um dos manifestantes e gritou-lhe: Sr. Jornalista, acrescenta mais um Partido, já não são 15, mas sim 16 Partidos que querem a demissão deste Governo! Voltou-se então para o nosso amigo e disse-lhe para arranjar uma folha de papel ou uma cartolina qualquer, escrever uma frase insultuosa qualquer contra o Governo, melhor ainda, contra Carlos Gomes Júnior e entrar na manifestação.

Hoje, quando escrevo estas linhas, este homem faz parte do Governo de Transição. Mas não pensem que houve ilegalidades ou favoritismos na sua nomeação – ELE ESTÁ ONDE ESTÁ, POR INERÊNCIA DE FUNÇÕES. ALIÁS, COMO TODOS OS OUTROS.

Sori Djaló tem razão quando afirma que este Governo (o tal de transição para a desgraça nacional), não tem estofo para governar nada e ninguém. Entretanto, convém não esquecermos que esta associação nacional de pelintras, mentirosos e saqueadores surgiu em consequência de um golpe de Estado que teve como pano de fundo as manifestações encomendadas por Serifo Nhamadjo para desgastar a imagem de Carlos Gomes Júnior e em que o próprio Sori Djaló, aproveitando-se da sua posição de Presidente Interino do maior Partido de Oposição (o PRS), para dar um cunho étnico ao mano Serifo, fez questão de dirigir pessoalmente, até á exaustão – Antes de entrarmos num buraco, devemos certificar que é possível sairmos dele quando nos apetecer!

Cotó Sori, a política pressupõe alianças, mas não com toda a gente – Ansumane Mané, Veríssimo Seabra, Domingos de Barros, Baba Djassi, Lamine Sanhá e muitos outros, infelizmente, não tiveram tempo suficiente para perceber este princípio tão elementar que rege os bastidores da vida política.

Bô djanti bô sai pá inerência de funções.

Rui Manuel Djassy (Bá Djassy)

PORTO

Morreu ontem, em Cuba, o Eng. Armando Napoco, ex-Presidente da Câmara Municipal de Bissau. Paz à sua alma e condolências para a família. AAS


sábado, 2 de março de 2013

'Nino' Vieira e Tagme Na Waie: 4 anos depois de assassinados, nada se sabe! AAS

À atenção do Sr. Ramos-Horta


SONDAGEM DC

Pergunta: A Guiné-Bissau deve tornar-se num protectorado da ONU, a exemplo do que aconteceu com Timor-Leste?

Respostas:

SIM: 944 votos, (88%)

NÃO: 101 votos, (9%)

TALVEZ: 23 votos, (2%)

NÃO SEI/NÃO RESPONDO: 4 votos, (0%)

Votaram 1072 leitores

Onde está o Júlio?


l'adjudant Julio Man Bali, commandant de la garde rapprochée du général Antonio Injai, chef d' état-major des forces armées de Guinée-Bissau, est mort en prison, a rapporté jeudi le Journal Ultima Hora. Selon le journal, Julio Mam Bali qui avait débuté une grève de la faim la semaine dernière, a succombé de sa longue privation volontaire de nourriture. L'adjudant Julio Mam Bali, accusé de trahison par le général Antonio Injai, avait été roué de coups lors de son arrestation, puis incarcéré il y a deux semaines dans la prison de la caserne de Mansoa (50 kms au nord est de Bissau).

Mam Bali qui avait dirigé, selon la presse, les opérations des événements du 1er avril 2010, lorsque le Premier ministre d'alors Carlos Gomes Junior a été séquestré pendant des heures, puis lors du coup d'Etat du 12 avril 2012. Par ailleurs, le colonel Latche Na Mam, commandant du bataillon de Gabu (sud est de Bissau), a été arrêté et incarcéré dans la prison de la caserne de Mansoa sur ordre du général Injai, selon des sources proches de la Police judiciaire. Son arrestation est liée, selon des sources dignes de foi, à un malaise au sein de l'armée, notamment parmi les hommes de troupes. (Xinhua)

sexta-feira, 1 de março de 2013

Ora nem mais...


Países africanos querem eleições na Guiné-Bissau até ao fim do ano. A CEDEAO, Comunidade Económica de Estados da África Ocidental, quer eleições gerais “livres, justas e transparentes” na Guiné-Bissau, até ao fim do ano de 2013. A decisão saiu de uma conferência de chefes de Estado e de Governo em Yamoussoukro. AAS

Alpha Condé vai retomar a sua mediação na Guiné-Bissau


O chefe de Estado Costa marfinense, igualmente presidente em exercicio da Comunidade Economica dos Estados da Africa Ocidental (CEDEAO), Alassane Ouattara anunciou quinta feira em Yamoussoukro que o seu homologo conakry-guineense, Professor Alpha Condé vai retomar a sua mediação na crise guineense. "Antes de partir, o presidente Condé disse-me que vai retomar de forma activa a sua mediação na Guiné-Bissau", declarou o presidente Ouattara aquando de uma conferência referente 42ª cimeira ordinaria da CEDEAO, que teve lugar em Yamoussoukro, a capital politica e administrativa da Costa do Marfim. Segundo o presidente costa-marfinense, o seu homologo conakry-guineense tinha « cessado temporariaemente » a sua mediação por outras razões que não têm a ver com a 'recusa' por lado de certos actores da crise guineense.

Fontes diplomaticas explicam porém que o Presidente Alpha Condé foi recusado por certos actores da crise na Guiné-Bissau que o acusam de ser uma ligação do presidente Angolano, José Eduardo dos Santos e ser prochimo do ex-premeiro ministro guineense, Carlos Gomes Junior. "O Presidente, Condé foi recusado pelos militares e o antigo presidente Kumba Yalla", segundo um analista politico guineense contactado pela APA. O Presidente Alpha Condé foi designado a 2 de abril 2012 como mediador da crise da Guiné- Bissau pelos chefes dr Estado da CEDEAO aquando da Cimeira Extraordinaria da organização, tida em Dakar à margem da investidura do Presidente do Sénégal, Macky Sall.

Durão Barroso pede "regresso à normalidade constitucional" na Guiné-Bissau


O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, pediu, numa mensagem lida em Timor-Leste, à Guiné-Bissau para regressar à normalidade constitucional com um relacionamento entre civis e militares que obedeça aos princípios democráticos. A mensagem de Durão Barroso foi lida pela representante da União Europeia Sylvie Tabesse, na sessão de encerramento da nona reunião dos ordenadores nacionais do Programa Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), Timor-Leste e União Europeia. "A União Europeia continua um parceiro empenhado, solidário e responsável na cena internacional", afirmou Durão Barroso, na mensagem. Segundo o presidente da Comissão Europeia, se todos continuarem a trilhar o caminho da consolidação da democracia, a "União Europeia continuará a ser o parceiro constante, fiável e presente que tem sido ao longo das últimas duas décadas".
 
"Estes são também os votos que fazemos para a Guiné-Bissau. Para a União Europeia urge também que este país retorne à normalidade constitucional com um relacionamento civil-militar que obedeça aos ditames dos princípios democráticos e que possa participar em pleno no esforço comum dos PALOP e Timor-Leste", disse na mensagem. Na reunião, que decorreu entre segunda-feira e hoje, foi também aprovada a Declaração de Díli, na qual os PALOP e Timor-Leste reafirmam a sua vontade política para prosseguir a cooperação com a União Europeia no âmbito daquele programa regional.
 
Na declaração, os PALOP e Timor-Leste manifestaram também solidariedade com o "povo irmão da Guiné-Bissau e urgem que as ações definidas pelos diferentes parceiros, incluindo a União Europeia, no processo de estabilização da Guiné-Bissau sejam implementadas" para que o país possa regressar à normalidade constitucional. Participaram no encontro representantes diplomáticos de Angola e Cabo Verde, a ministra dos Negócios Estrangeiros de São Tomé e Príncipe, Natália Neto, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros de Moçambique, Henrique Banze, e o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste, Constâncio Pinto. A União Europeia esteve representada por uma delegação liderada pela embaixadora Sylvie Tabesse. LUSA

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Rekadu


‎"Hora ku bu odja kon
Riba di montanha i na malkria,
I na gassali tchon, i na kebra ramo i na fertcha pedra

Ka bu pukenta, kon ku na bin lanta i bai
Montanha nunka, nunka i ka na muda
"

Mama Djombo

Esta é boa


O 'presidente de transição da CEDEAO, Serifo Nhamadjo, foi à Coreia do Sul a convite da "Unification Church", fundada na Coreia do Sul em 1954 por Sun Myung Moon, mais tarde conhecido por Reverendo Mun Son-Myong. Segundo fontes do ditadura do consenso contactadas em Seul, Serifo Nhamadjo não foi convidado para participar na cerimónia de investidura da Presidente Park Geun-Hye, domo foi pateticamente apregoado...

A cimeira mundial da "Universal Peace Federation", organizada pela "Unification Church", decorreu de 22 a 25 e Serifo Nhamadjo já saíu do país, estando na cimeira da CEDEAO. Aliás ele esteve doente lá e teve de ir ao hospital.
As fontes disseram que a visita não foi oficial e nem incluiu contactos governamentais. "Quando ele [Serifo Nhamadjo] foi para Seul aqui [em Bissau] disseram que ele ia participar no Fórum Mundial pela Paz e na posse da Presidente.". Afinal, kafunbam!... AAS

Sory Djaló: Governo de transição "não está a governar nada"


O presidente do Parlamento da Guiné-Bissau, Ibraima Sory Djaló, acusou hoje o Governo de transição de inoperância e apontou as greves dos trabalhadores da função pública e a falta de energia, de água e de salários como exemplos.
Falando para cerca de uma centena de alunos das escolas públicas que se manifestaram hoje em frente do Parlamento, Sory Djaló pediu calma aos alunos, dizendo-lhes que está solidário com a sua luta.

"Estamos solidários com os alunos e os professores da Guiné-Bissau, porque a única herança que podemos deixar para os jovens de hoje é a formação, não são carros, casas ou quintas. Lamentavelmente neste momento estamos muito tristes e preocupados porque não há aulas", afirmou o presidente do Parlamento guineense. As escolas públicas da Guiné-Bissau estão encerradas há uma semana devido à greve dos professores. A paralisação, convocada para 30 dias, é em sinal de protesto pelo incumprimento do Governo dos acordos celebrados com os docentes em relação ao pagamento de salários em atraso e efetivação de professores novos no sistema.

O presidente do Parlamento apelou aos alunos para que tenham calma, mas acusou o Governo de não estar a dar resposta às necessidades da população. "Não há aulas, não há água (canalizada), não há energia elétrica (da rede publica), não há nada, senão problemas e mais problemas", frisou Sory Djaló, lembrando aos alunos a polémica que opõe o Parlamento ao Governo de transição. "Este Governo não quer se sujeitar ao controlo constitucional do Parlamento. O Governo quer passar sem prestar contas a ninguém, mas que saiba, que fique a saber que isso não irá acontecer. Não vamos desarmar", avisou o presidente do Parlamento guineense.

Sory Djaló disse ainda que não se pode permitir um país sem escolas para os jovens. "Que o Governo pague aos professores. Diz que não comeu o dinheiro (do Estado), então onde é que o dinheiro do Tesouro Publico está?", questionou Djaló, perguntando ainda por que motivo até hoje não foi pago o salário do mês de fevereiro. "Quero pedir-vos calma para vermos o que aí vem, porque este Governo não está a governar nada, porque não tem condições de governar ninguém, sobretudo aqueles ministros que lá estão, oriundos de pequenos partidos", enfatizou o presidente do Parlamento, merecendo palmas dos alunos. Sory Djaló, que recebeu um manifesto de protesto dos jovens, disse que vai analisar o documento na plenária do Parlamento e de seguida fará com que chegue ao seu destinatário. LUSA