quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Transcendente
Aly,
Quero começar por dizer que és um grande jornalista e a dedicação e a entrega que tens pela profissão que escolheste é algo de transcendente e para mim só o amor pode explicar isso. O amor por um país, por um povo mas também a atitude, a inquietude e o inconformismo.
Não sou jornalista mas é simples perceber que de nada vale o amor ou até mesmo o talento sem esses três últimos, principalmente na tua área de atividade. E isso tu tens de sobra.
Desejo-te genuinamente e de coração o melhor da vida e que vejas os teus objetivos concretizados, mas acima de tudo que tenhas muitos anos de vida e muita saúde para que continues conosco e que a tua inquietude se continue a fazer sentir. Há um barulho que se escuta no silêncio. É António Aly Silva.
A.M
D. Berta em livro
Caro Aly
Dizer que o conheço só porque o vi uma vez em Bissau, é estultícia. Foi em Maio de 2010, no dia em que terminava o campeonato português de futebol, estava eu no restaurante Porto rodeado de benfiquistas por todos os lados a ver o jogo quando você "entrou em campo" com uma camisola do Sporting! Certamente lembra-se da "calorosa recepção" que a plateia lhe fez e eu, que sou do Belenenses, achei muita graça à irreverência do seu gesto de afirmação clubista. Enfim, já dizia o poeta e escritor Vargas Llosa que o encanto do futebol deve-se ao facto de, "...ser melhor do que a vida".
Costumo segui-lo porque o seu blogue dá-me notícias da terra onde está a minha filha, e sigo com preocupação o que aí se passa.
Mas a razão deste escrito prende-se com o lançamento do livro que escrevi sobre a D. Berta. Esteja onde estiver, aqui vai o convite.
Cumprimentos
José C.
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E a propósito do livro, um amigo escreveu
Meus Caros Amigos,
Sei que nem todos conhecerão a Dona Berta e que nem todos os que a conhecem estarão por Lisboa no próximo dia 21 de Novembro. Poderão mesmo assim, eventualmente conhecer alguém que a conheça e que por Lisboa esteja e assim, agradeço, re-transmitir. A nossa mais do que querida Dona Berta vive desde há já longos meses um epílogo de vida bem ingratamente distante do mundo de doçura, carinho e amor desinteressado que foi a marca de toda a sua vida.
Neste momento, é muito provável que, mesmo tendo-lhe sido dito, não apreenda que no próximo dia 21 um livro com o seu nome e a si inteiramente dedicado verá a luz do dia. O próprio autor, José Ceitil (obrigado sem fim, José!) lho há-de ler. Lançamento na sede da CPLP…dificilmente poderia ser mais simbólico o local, falando nós de uma caboverdiana do Maio, guineense de Bissau por coração inteiro, portuguesa de Campo de Ourique e com a Ordem do Infante, avó, mãe, irmã, amiga de brasileiros, s.tomenses, moçambicanos, angolanos, timorenses e tantos outros de tão desvairadas paragens que nela em Bissau tiveram o privilégio de colher o seu oiro de ímpar riqueza humana ao longo de 50 anos.
Se neste mundo reconheço uma marca que deste mundo não é, é pelo nome de Berta Bento que ela responde. Eu não estarei em Lisboa no dia 21 de Novembro. Cada um de vocês que possa estar atenuará a minha melancolia. F. S.
Curto-circuito
Caro Aly,
Caso me permitas, gostaria que facilitasses a publicação deste meu comentario apos ouvir a RDP-Africa.
Mantenhas e gloria à tua/nossa luta comum.
G. Lopes de Sá
Estava a ouvir sem grande atenção a RDP-Africa, quando de repente ouvi mencionarem o nome da Guiné-Bissau. Naturalmente reganhei atenção à radio, para escutar atentamente a noticia sobre a minha terra. Escutei atentamente as intervenções espaçadas do Presidente, dito de Transição na Guiné-Bissau e também de Kumba Yala Kobdé Nhanca, lider do PRS, partido que, com a conivência dos militares assaltou o poder democratico na Guiné-Bissau.
Da intervenção dessas duas figuras, constata-se uma dissintonia gritante de pontos de vista quanto a crise na Guiné-Bissau, mostrando um desacerto completo nas respectivas abordagens do mesmo sujeito. Enfim, um curto circuito de ondas de comunicação.
Um, o dito Presidente de Transição imposto pela CEDEAO, esforçando-se aparentemente por vender um discurso de serenidade, de inclusão e de aproximação das partes pela via do dialogo, o outro, o Kumba, com um discurso desencontrado, incongruente, disparatado e sem qualquer senso. Enfim, um autêntico chorrilho de asneiras e palhaçaria, tal como ha muito nos habituou.
Ouvi as duas intervenções, ambas curta de parte a parte é certo, mas acabei a imaginar o cenario surrealista da co-habitação entre essas duas figuras que acabaram frescamente de dar um autêntico espectaculo de um dialogo de surdos. Cada um na sua banda... cada um com a sua sintonia de ondas.
Ouvindo e analizando esse esgrimar no vento de pontos de vista tão dispares, custa-me ainda mais a acreditar sobre esse casamento primiscuo. De tanto imaginar, dei-me a questionar-me, como foi possivel o primeiro aliar-se ao segundo, embarcando de pés e cabeça numa aventura anti-democratica tão vergonhosa contra o Povo da Guiné-Bissau pactuando e participando no Golpe de estado de 12 de abril que interrompeu o processo eleitoral em curso.
A resposta foi simples e, veio dos meus botões : a ganância do poder e a fome de riqueza facil. Porém, como diz um velho ditado Guineense : Si fidju di sim sibiba ta padidu, nhu Serifo kana djunta ba nunca caminho ku kil Santchu di tchépém burmedju.... Gössi nhu miti dédu na kil kau i nhu sinti tchêru.
G. Lopes de Sá
O porta-disparates está famoso
Hoje, na coluna 'Indiscretos' da revista 'Sábado', vem o seguinte:
"O ministro guineense que não precisa de visto"
Fernando Vaz, ministro da Presidência do Conselho de Ministros da Guiné-Bissau, garantiu que o seu país não dará vistos a representantes do Estado português: "Portugal não dá visto a nenhum membro do Governo, de igual forma nós iremos proceder." Esqueceu-se de referir que ele próprio tem autorização de residência em Portugal até 2018 (pelo que não necessita de visto) e que a sua mulher e filhos vivem na região de Lisboa."
Oposição avisa: "Os dias de Yaya Jammeh estão contados"
"Os dias de Yaya Jammeh estão neste momento contados. A partir de hoje, ele tem 24 h para dirigir à la nação e demitir-se”, declarou o jovem lider Conselho Nacional de Transição Gambiano (CNTG), Cheikh Sidya Bayo quando fazia face à imprensa senegalesa, antes de ontem, segunda-feira 12 de Novembro nos Almadies, Dakar.
O jovem lider franco-gambiano Cheikh Sidia Bayo, fortemente protegido por forças especiais senegalesas, mais uma vez deu que falar. Apos um ultimatum de trinta dias dados ao Presidente Jammeh e que expirou no dia 10 de novembro ultimo, segundo ele, a hora de passar à acção chegou. «O CNTG pediu oficialmente, segunda-feira dia 12 de novembre 2012 de que o presidente da Republica da Gambia, Yaya Jammeh, seja indicado como o unico responsavel das perdas humanas ou outras durante a intervenção militar que se ira desencadear para pôr fim a sua ditadura contra o povo gambiano. » indicou Sr Bayo.
Porém, antes de se chegar a esta situação «de confronto» com o regime de Jammeh, o lider do CNTG afirmou ter multiplicado boas intenções ao nivel internacional congratulando-se de que os pedidos de reconhecimento feitos pelo Conselho que dirige, receberam todos «ecos positivos » na sub-região e em Africa em geral.
Com «um terço do exercito gambiano decidido a confrontar-se com Jammeh», Cheikh Sidia Bayo indica que «todos os postos estrategicos do pais foram estudados e o CNTG tem os seus elementos posicionados em todos os locais, aguardando a palavra de ordem». A este nivel, ele pediu o apoio das autoridades senegalesas.
Efectivamente explica ele «enquanto que Jammeh esta no poder, o conflito casamançaise não tera fim». «Yaya Jammeh é um entrave à resolução do conflito casamançaise. E uma evidência» prossegue o Franco-gambiano.
E para corroborar a suas afirmações, o lider du CNTG sustenta que «Nos temos entre nos especialistas militares, altos oficiais do exercito gambiano e conselheiros estrangeiros. Todos os seus pareceres são concordantes sobre o facto de que Jammeh gere uma ala dissidente do MFDC. E dessa forma que ele utilisa esse conflito para fazer pressão sobre o Senegal ».
Nota: Ter um vizinho meigo como o Senegal da para dormir descansado. Mesmo que seja « bluff » patrocinar tal acto de desistabilização a um pais vizinho e parceiro sub-regional, tal acto é extremamente grave. Esse torculento e mediatico lider do denominado CNTG vive, segundo fontes seguras, às expensas das autoridades senegalesas de quem beneficia de alta protecção, como se ficou provado na citada conferência de imprensa. Ele tem sido a principal fonte de afronta ao regime de Yaya Jammeh o qual tem utilizado o Senegal como sua base de acções de desistabilização contra o regime instalado em Gâmbia, com o qual o Senegal não esconde a sua animosidade.
Porém, para um pais que se arroga de exemplo de democracia em Africa, mas que se apresta a participar em tentativas de detenção de cidadãos estrangeiros por alegado « incitamento à guerra », tais préstimos de boa conduta democratica e de boa vizinhança, não lhes fica nada, mas mesmo, nada bem.
Para se legitimar a dar lições aos outros, é preciso dar antes de mais, exemplos de conduta apropriadas à lição que se pretende dar. AAS
Desagrado
Boa tarde, Aly!
Estive há pouco a ler as publicações no blog e reparei que a minha delineação (sobre Portugal) já não se encontra online! Contudo, estou ciente que o Aly não me deve satisfação nenhuma e nem a qualquer outra pessoa sobre as publicações no blog. Mas fiquei mesmo triste e achei estranho que o Aly resolvesse desfazer-se dessa minha opinião.
No entanto, a consideração que tenho por si não altera minimamente, porque para mim o Aly já é um herói nacional e estou convicto que após a resolução dos actuais problemas do país, será galardoado com um prémio internacional, já para não exagerar e falar do Prémio Nobel da Paz, que bem mereceria!
Entretanto, na minha modesta opinião, acho que o futuro da Guiné-Bissau passa pela profunda renovação, não só nas Forças Armadas, assim como na classe política guineense. E a minha sugestão vai no sentido de solicitar o Aly que incentive os jovens quadros guineenses a encarar seria e activamente a vida política, fazendo parte das máquinas partidárias dos actuais partidos existentes (porque julgo não fazer sentido termos mais partidos políticos e, se vejamos, os canais de comunicação já se encontram todos “tomados”.).
Todavia, a minha sugestão deriva da profunda tristeza que me abala por ver deputados mesquinhos e sem iniciativas relevantes a fazer parte da Assembleia Nacional e a ‘tomar decisões fatais’ para o país!
Portanto, se nos afastarmos todos da política só porque não pretendemos fazer parte de uma organização viciada em ‘corrupção’, isso pode tornar-se fatal para a Guiné-Bissau! Havemos de nos infiltrar nesses partidos políticos, mantendo o nosso carácter e a nossa idoneidade moral, no sentido de os tentarmos renovar com vista a termos políticos competentes e capazes de contribuir, quer como governo quer como oposição, para um futuro sustentável da nossa querida Pátria Amada.
Um bem-haja,
Manuel Ernesto Tavares
O golpe final
O golpe de 12 de abril foi o prêmbulo de uma saga de maquiavelismo e de morte perpetada e levada a cabo por uma minoria em armas contra uma maioria que clama e reclama democracia. A encenação do golpe de 21 de outubro passado, foi outro engrediente do acto da comédia sanguinaria que se esta vivendo actualmente na nossa pobre e desamparada Guiné-Bissau.
Segue-se aos dois acontecimentos acima, a entrevista radiofônica concedida pelo intelecto-golpista, porta voz do Comité Militar, Daba Na Walma em que indicava aos seus apaniguados golpistas qual o caminho e o passo a dar a seguir com vista ao Golpe Final. Publicamente e sem pejo algum, o porta-voz do Comité Militar, instruiu os seus parceiros no golpe de estado, no sentido de se considerar a ANP absoleta para a situação actual que se vive no pais, porquanto, ela é, um «orgão de meras contradições e sem soluções para o pais» e como tal, "devia ser dissolvida e substituida por um Conselho Nacional de Transição". A missa foi dada no momento oportuno, então caberia seguidamente os subditos politicos cumprir as ordens dos mestres da situação.
Assim, um improvisado e inusitado «Forum de partidos politicos» surgiu à ribalta para dar voz e corpo ao plano delineado pelos militares. Esse tal «Forum de Partidos Politicos» cuja primeira emanação surgiu logo apos o golpe de estado, não é, nada mais, nada menos, do que uma fachada de cobertura à militarização politica do pais pelo PRS, a qual se associaram parasitariamente quase uma quinzena de micro-partidos, a maioria deles, sem sede e alguns mesmos sem militantes sequer, a não ser os proprios dirigentes, nalguns casos constituido unicamente de pessoas da mesma familia. Cereja sobre o bolo, Artur Sanha surge à cabeça como porta-voz, numa cacofônica conferência de imprensa, vir anunciar, seguindo as instruções dos seus patréoes militares, a «caducidade da ANP», a «exclusão do PAIGC de qualquer eventual participação num governo de unidade nacional»..., entre outras barbaridades sem nexo, senão baboseiras de uma mente invadida e perdida pela deriva do poder.
Relembre-se ao Artur Sanha e os seus patrões e comparsas golpista, de que, a ANP, não se extingue tout court, pelo fim da legislatura para que foi eleita. Ela mantém-se me funções, funcionando esse orgão nos intervalo de nova eleição, através da sua Comissão Permanente até eleição e a tomada de posse dos novos deputados saidos das novas eleições legislativas. Portando, essa caducidade so existe na mente e nos manuais golpistas de Bissau.
Assim, ligando os factos, é de elementar conclusão de que, a saida em força do porta-voz do « Forum » não é mais do que a voz da cobertura politica de um golpe de estado maduramente concebido e acordado entre os militares e o PRS, sob orientação e liderança respectivamente de, Antonio Injai e Kumba Yala. Esse plano estava ha muito urdido por estes dois protagonistas, que por um lado, visam desestructurar e aniquilar politicamente o PAIGC e por outro, assumir de facto na plenitude o poder por via desse plano politico militar delineado e posto à execução pelo duo Comando Militar/PRS.
Sabia-se de antemão de que, tanto a CEDEAO, assim como o actual governo de transição não tinham condições nem interesse na realização da propalada eleições gerais. Deixou-se correr o tempo, e foi-se amuderecendo o plano do assalto ao poder com a complacência e cumplicidade da CEDEAO. E evidente de que, quer os militares, quer a sua ala politica, o PRS, nunca estiveram interessados na realização desse pleito democratico, pois estão conscientes de que têm, mais garantias de governar pela força e pela via do golpe do que, através de um processo democratico. O Povo esta enjoado e enojado dos militares e do PRS que, por mais trafulhices que possam fazer não teriam a minima garantia de ganhar... mesmo batotando. Assim, o caminho mais facil e o que têm à mão: a força das armas e cumplicidade da CEDEAO para de transito em transito se perpetuarem no poder e tribalizar o pais.
Com essas declarações sequêncialmente em harmonia desses actores da nossa desgraça, estamos perante o assalto final do poder pelos militares balantas e o PRS na Guiné-Bissau.
Esse plano de assalto do poder, consumar-se-a da seguinte forma:
A criação de um Conselho Nacional de Transição (CNT) com um mandato incial de dois anos e em que o PAIGC seria excluido (a meu ver, nem devera nunca participar nessa trama) ;
A nomeação de um novo Presidente de Transição cuja escolha recairia irremediavelmente sobre Kumba Yala, permitindo-lhe « concluir » o seu mandato de dois anos interrompidos pelo caricato golpe militar de 2003. Mandato esse interrompido que, que os militares balantas nunca perdoaram ao malogrado Verissimo Correia Seabra que acabou por pagar com vida essa ousadia;
Ao Serifo Nhamadjo (sabendo-se que quase de certeza recusara) sera proposta a chefia do CNT (orgão desprovido de poderes, pois o poder sera exercido entre AI e KY), para novamente encobrir a balantização do golpe;
O Primeiro Ministro seria ora Artur Sanha, ora Malam Sambu (braço direito e financeiro-môr de KY). Este posto é que dara mais problemas entre os dois homens fortes e cuja possivel saida, podera passar em ultima instância pela escolha de um pau mandado saido dos dissidentes dos PAIGC;
A formação do governo de transição, incluindo Ministérios e Secretarias de Estado, sera composto em 80% pelo PRS e os restantes 20% serão divididos pelos unhas de fome dos micro-partidos e alguns dissidentes do PAIGC que não podem viver fora da esfera do poder;
A transição inicialmene prevista para dois anos (para colmatar o mandato interrompido de KY) durara para além desse periodo, desde que consigam manter o apoio da CEDEAO, particularmente da Nigéria (pais mais interessado a par do Senegal na manutenção do status quo na Guiné-Bissau), assim como dos proventos do narcotrafico e de grupos mafiosos que estão interessados e desejosos de instalarem os seus centros de negocios obscuros nesse pais entregue ao desmando e aos fora-de-lei dos militares e mercê de um tribalismo crescente e sanguinario.
Perante este cenario que esta prestes a se consumar e, na hipotese remota de a CEDEAO não ser conivente neste golpe final à democracia, atrevo-me a perguntar, qual sera a reacção dessa organização, visto que, tanto o Presidente, assim como o Governo por eles impostos, em nenhuma ocasião cumpriram com as recomendações saidas dos seus orgãos de decisão e em nenhum momento se dignaram cumprir os engajamentos assumidos para o periodo de transição. Senão vejamos :
- O Governo imposto pela CEDEAO nunca aceitou a abertura do dialogo à principal e maioritaria força politica do pais, o PAIGC, recusando sistematicamente a sua inclusão em todos os processos delineados para a saida da crise ;
- A ANP, devido a recusa intransigente de Ibraima Sory Djalo, mantem-se bloqueada até a presente data, negando este descarada e abusivamente a seguir as recomendações dos Chefes de Estado da CEDEAO no sentido de se realizarem eleições para a Mesa desse orgão que eles entenderam perservar para levar a cabo as «reformas legais» indicadas na roteiro para a saida da crise ;
- Os militares, em algum momento aceitaram recolher às casernas e deixar de se imiscuiemr em assuntos politicos e, pelo contrario mais intervêm, mandando no Presidente Interino, no Governo de Transição e impunemente vão matando, torturando e prendendo indefesos cidadãos ao minimo gemido de discordância com os seus desmandos de poder ;
- As tropas da CEDEAO, néao passa de uma bosta no pasto, pois nada fazem e nunca conseguiram se impôr para proteger os cidadãos e as instituições do pais, face a brutalidade e desmandos dos militares. Mais parecem caucionadores da saga sanguinaria que se abate contra o Povo da Guiné-Bissau, pois assistem impavidos e serenos as séries de assassinatos, raptos, espancamentos, torturas e prisões arbitrarias de politicos e cidadãos... sem mugir nem tussir ;
Porém, a aceitar essa mosntruosidade politica que se apronta, associada às desfeitas e falta de seriedade ja suficientemente demostrada pelos militares e o PRS (reais detentores do poder na Guiné-Bissau) nesse malfadado processo de transição, essa organização esta a pôr seriamente em causa a sua credibilidade e, inevitavelmente, os niveis de confiança do Povo Guineense em relação a esta organização tocara o fundo do descrédito, caso não ponham fim a este plano maquiavélico e ignobil.
A ser assim, forçosamente so restara à CEDEAO a porta da saida pequena, deixando espaço a outros actores, mais habilitados, mais sérios, mais coerentes, desinteressados e realmente interessados em resolver os problemas do Povo da Guiné-Bissau.
Sendo assim também, a União Africana (UA) e as Nações Unidas, não poderão ficar calados, assobiando para o lado e deixar o Povo Guineense entregue a dois loucos desvairados e a uma bicharada de gente que so sabe roubar e matar em nome de um militarismo tribal cego e sectario.
Apolinario Gilvêncio Silva
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Muito obrigados a todos! AAS
Guiné-Bissau: Ramos Horta acompanha com "preocupação"
"Eu continuo a seguir a evolução da situação na Guiné-Bissau com muita preocupação, mas também com muita compreensão", afirmou à agência Lusa José Ramos-Horta. O antigo Presidente timorense falava no aeroporto Nicolau Lobato antes de viajar para Singapura e onde ainda esteve reunido com o Presidente interino deposto guineense, Raimundo Pereira, que hoje chegou a Timor-Leste para uma visita de trabalho de dois
dias. "Conheço muito bem a Guiné-Bissau, mas pouco mais posso dizer além de manifestar solidariedade e simpatia", afirmou José Ramos-Horta, disponibilizando-se para ajudar directamente ou indirectamente na resolução da crise que o país vive desde 12 de
Abril.
A 12 de Abril, na véspera do início da segunda volta para as eleições presidenciais da Guiné-Bissau, na sequência da morte por doença do Presidente Malam Bacai Sanhá, os militares derrubaram o Governo e o Presidente. A Guiné-Bissau está a ser administrada por um Governo de transição, apoiado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que pretende realizar eleições no país em Abril do próximo ano. A maior parte da comunidade internacional, incluindo a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), não reconhece as novas autoridades de Bissau.
"Tudo o que as autoridades no terreno na Guiné-Bissau necessitarem da minha parte, tudo o que o Governo legítimo e as Nações Unidas necessitarem da minha parte, tudo o que possa contribuir directa ou indirectamente farei, é só uma questão de ver em
que as áreas em que Timor possa ajudar", acrescentou o antigo Presidente timorense. Raimundo Pereira viajou acompanhado do chefe da diplomacia guineense deposto, Mamadu Djaló Pires, e deverá ser recebido ainda pelo novo Presidente timorense, Taur Matan Ruak.
Parabéns ao Aly, que hoje fez 46 anos!!!
Meu amigo Aly,
Desejo-te, do mais profundo de mim mesmo, que esta data se repita por muitos e bons anos, na companhia de quem mais queiras e no local onde MELHOR TE SINTAS.
Tudo de bom para ti e para os teus.
Um grande abraço.
J.Dias
Braga
Tiros na fronteira
Registou-se ontem uma forte troca de tiros entre as forças armadas da Guiné-Bissau e as forças do MFDC, na zona de N'Pack, fronteira norte com o Senegal. Estes confrontos comprovam o envolvimento efectivo das nossas tropas ao lado das forças armadas senegalesas. Mais um problema para a Guiné-Bissau, a contento do Senegal... AAS
Assaltos
Homens armados irromperam na noite de segunda para terça-feira na aldeia de Simbandi Balante, no departamento comunal de Goudomp. Esses elementos supostamente pertencentes ao Movimento das Forças Democraticas da Casamance (Mfdc) pilharam lojas e obrigaram cerca de dez jovens da localidae a transportarem os produtos do roubo em direcção à fronteira com a Guiné Bissau. Foi por volta das 01h de madrugada que um grupo de cerca de cinquenta homens armados penetraram na referida aldeia, tomando como alvo do assalto as lojas, vulgo boutiques que pilharam sem contenção. Segundo as vitimas, os assaltantes dividiram-se em dois grupos a fim de levarem a cabo os seus intentos, sem no entanto dispararem um so tiro evitando assinalar a sua presença no local.
O exercito acantonado nas proximidades da aldeia, beneficiando de reforços militares vindo de Samine apos denuncia de populares acabaram por intervir afuguentando os assaltantes que como tem sido habito desapareceram na noite sem deixar rastos.
Como tem sido habito, essas operações, aparentemente levados à cabo por elementos do MFDC são normalmente associados pelas autoridades senegalesas à Guiné-Bissau, ora por alegarem, que frequentemente os assaltantes se refugiem no nosso territorio, ora por associarem elementos do nosso exercito a tais acções de puro banditismo fazendo-se passar por elementos dessa força de resistência do sul do Senegal.
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