segunda-feira, 23 de julho de 2012

'Caso Roberto Cacheu' - Comunicado do Movimento Nacional da Sociedade Civil para Paz, Democracia e Desenvolvimento


COMUNICADO À IMPRENSA
 
O Movimento Nacional da Sociedade Civil para a Paz, Democracia e Desenvolvimento acompanha com bastante preocupação a noticias veiculada nos órgãos de comunicação social sobre o presumível assassinato do Deputado da Nação Roberto Ferreira Cacheu.
 
A noticia do assassinato de qualquer cidadão merece atenção do Movimento N. da Sociedade Civil, como também, das autoridades publicas, sobretudo quando se trata de assassinatos de caris político ou ideológico.
 
A forma divulgada como foi perpetrado o presumível assassinato do Deputado Roberto Cacheu, é hediondo e repugnante, pelo que o Movimento Nacional da Sociedade Civil para a Paz, Democracia e Desenvolvimento delibera o seguinte:
 
 
1. Exortar as autoridades competentes, nomeadamente, o Ministério Publico, a Policia Judiciária a rápida instauração de inquérito com vista ao esclarecimento do caso de uma forma isenta e transparente, se for possível que seja conduzida  por uma entidade independente e credível, em nome da Justiça, Estabilidade e do Estado de Direito Democrático;
 
2. Apelar à classe política no sentido de evitar a politização do caso tendo em conta a natureza do caso e, porque ainda se trata do caso da policia  que é da competência dos órgãos jurisdicionais e  de investigação;
 
3. Apelar aos Serviços de Informação do Estado e ao Ministério Publico no sentido de assegurar o estrito cumprimento das normas e garantir a integridade das pessoas detidas em conexão com o caso, tendo em conta a necessidade de cumprimento dos direitos fundamentais  e transparência do processo
 
 
Bissau, 23 de Julho de 2012.
 
O Movimento da Sociedade Civil
 
 
Movimento E-mail: movimentosc@yahoo.com.br; elbachir_12@hotmail.com   Sede Provisória, Rua-Justino Lopes, Casa Nº13 (atrás da casa Escada), Tel (245) 6604831/675.20.31 Cp.n 65-Bissau/ Republica da Guine-Bissau

Au, au


"Irmão,

Tenho visto algumas trocas de mails e mensagens de solidariedade que subentendem um ataque à tua pessoa. De qualquer das formas, quero somente dizer-te que o teu trajecto fala por si, e, para mim, entrar nesses debates é perda de tempo. O teu espaço está conquistado e ninguém to poderá, tirar ou questionar..., por isso como diz o velho diatdo popular, "os cães ladram, a caravana passa".

Um abração e muita paz e saude.

L.P.F"

GESTAO DAS CRISES NO MALI E NA GUINE-BISSAU: O método da CEDEAO posto em causa



O Coordenador da Open Society Iniative for Africa (OSIWA), Mathias Hounkpe pôs em causa a gestão da Comunidade Economica dos Estados da Afrique do Oeste (CEDEAO) nas crises no Mali e na Guiné-Bissau. Segundo ele, os actores deste orgão sub-regional não possuem nenhuma linha de conduta credivel para a resolução dessas crises. Hounkpe falava no decurso de uma conferência de imprensa tida quarta-feira, 17 de julho, sobre os resultados dos estudos do International Crisis Group (ICG) sobre a Nigeria, o Mali, a Libéria e a Guiné-Bissau. A posição moderada/contemporizadora da Comunidade Economica dos Estados da Afrique do Oeste (CEDEAO) na resolução das crises no Mali e na Guiné-Bissau, segundo a opinião de Mathias Hounkpe de OSIWA, resulta de uma fraqueza dos actores desse orgão sub-regional. Segundo ele, os actores não se sentem capazes de seguir uma linha de conduta traçada por eles mesmos.

Efectivamente a CEDEAO, apos o golpe de estado ocorrido nesses dois paises, tinha tornado publico uma declaração de «Tolerancia Zero» contra os golpista que tinham derrubado os poderes legitimamente instalados. Se, de uma forma aceitavel essa tolerância zero foi aplicada ao Mali contra o grupo do capitão SANOGO, na Guiné-Bissau não foi esse o caso. A CEDEAO, validou nesse pais aquilo que julgou inaceitavel no pais de Modibo DIARRA, negociando com o comando militar a implimentação de um governo de transição na Guiné-Bissau.

Essa posição de contemporização da CEDEAO obedece em principio, segundo Vincent Fourcher, analista conceituado das questões da Guiné-Bissau junto à ICG, a uma logica revenchista dos actores deste orgão contra a Republica de Angola. De sua opinião, se a CEDEAO decidiu assumir a seu encargo exclusivo, toda a operação ligada à operação Bissau-guineense e reconhecer o governo de transição contestada por Angola e Portugal, mais não é do que um acto de vingança e revanchismo contra Angola, que decidiu unilateralmente de intervir na questão guineense sem os consultar.

Segundo ele, é dentro desse quadro que se inscreve a contemporização dos orgãos da CEDEAO na crise guineense. Porém, para o politologo Babacar Justin Ndiaye, «outros factores, tais como a posição do Senegal face a crise guineense e a zona geopolitica na qual se encontra o Mali podem justificar a falta de coerência na conduta da CEDEAO sobre estas duas crises sub-regionais. Para ele, «por razões de segurança na zona sul do pais, o Senegal não pode deixar a Guiné-Bissau mergulhar no caos, sendo porém que, no Mali a situação é totalmente diferente»

Fonte: SUDONLINE

Por: Nando Cabral Gomis

Vai com calma mas fode essa caterva


Quando alguem de qualquer país emigra (cai na diáspora) dificilmente se reintegra se regressar.

No caso da Guiné-Bissau, desde Luís Cabral, quem tinha alguma capacidade desistiu e não regressou mais; só o Nino Vieira mas foi o que se viu. Só vão ficando, por exclusão de partes os tribalistas, incultos, e a maioria tanto são guineenses como gambianos ou senegaleses e da outra Guiné, depende das ligações tribal-familiares. A Guiné-Bissau está sabotada por traidores e vendidos principalmente à França e Senegal (a conversa do cólon tuga, pequeno e atrasado, azar que nos calhou).

Vai denunciando o coro racista antigo à boca pequena que nem Amilcar Cabral tinha direito de ser Presidente da Guiné-Bissau. Como o Cadogo penso que não será de nenhuma tribo já o querem foder com outros argumentos, para disfarçar. Claro que eu digo isto, porque fui cólon em Angola e trabalhei na Guiné-Bissau na Tecnil no tempo do Luís Cabral e mais umas “chulices cooperativistas” e ouvi muita merda.

Como já sou velho, conheci muito caboverdeano que achava que Amílcar Cabral era parvo e eu também achava. Mas como a merda já foi feita não há nada a fazer. E provavelmente tu nunca passarás de jornalista sem jornal, trata de te defender aconselhando-te com guineenses destribalizados mas que sejam sérios.

Evita extremismos, porque com o que sabes pode fazer alguma coisa para ajudar a salvar aquelas fonteiras. Digo isto como português, que não gostava, como Amilcar não gostaria de ver aquelas fronteiras diluídas na francofilia. Os jovens de Casamança continuam a falar crioulo, ouvi eu, e isso pode sabotar aquilo tudo. Pode ser que a Gâmbia ajude alguma coisa, com aquele toque rectal no Senegal!

Coragem."

domingo, 22 de julho de 2012

Rir para não chorar: "Vocês riem de mim por eu ser diferente, e eu rio de vocês por serem todos iguais!" Bob Marley

Transparente



Sondagem DC - Pergunta: "Os membros do 'Governo' de transição devem ser sancionados pela CEDEAO, União Africana, União Europeia e Organização das Nações Unidas?"

Votos apurados: 1.159

Respostas:

SIM - 933 (80%)

NÃO - 189 (16%)

TALVEZ - 21 (1%)

NÃO SEI / NÃO RESPONDO - 16 (1%)

AAS

Aos (des)instalados


"Prezado Aly,

Desejo-te sossego e concentração no restaurar da tua saúde. Saúde essa a que tens direito como todo e qualquer ser humano feito à imagem de Deus, sinónimo da verdade e amor; Amor sim, você sempre amou esta terra; fizeste a vida militar aqui na Guiné-Bissau nos anos 80’s; partiste depois para "tugas"; e tiveste a coragem de voltar e viver o nosso calvário desde Cabo Roxo, até Pirada, passando por Cacine, Bolama e Tchon di Budjugus.

Ao contrário daqueles (alguns) cobardes (des)instalados na Europa e que sempre fugiram e negaram o carinho, amor e afecto que esse povo tanto exigia deles e de todos nós, mas que nesta hora estão a dar com a boca no trombone, com meras suposições, doseadas de ódio cego. Você sim, viveu e testemunhou o calvàrio desse povo, ficaste com sinal de brutalidade, cobardia e de ignorância para toda a vida, "aqueles" que pensam que morreste, estão enganados, porque você e o blog ditadura do consenso são como um leão, e um leão nunca morre, mas sim dorme.

Acorde o mais rápido possível.

Nevabamon, S. Tcharty"

Regresso


"Bom dia, Aly

Sei que estás a passar por um momento difícil, mas neste momento tens que te mentalizar que estás aí para te recuperares e voltares à tua vida normal o mais rapidamente possível. Desejo-te as rápidas melhoras durante este período de convalescença. 

Cumprimentos,

M. Djalo"

Infelizes e ignorantes



"Olá, tudo bem?

Estive a ver agora o teu blog com mais calma...digo-te que fiquei sem reacção...lamento muito o que se está a passar, mas peço-te que continues a ser superior como tens sido até então. Tu melhor que ninguem sabes como "nós" os guineenses somos... Eu não cresci em Bissau, mas nestes últimos 2 anos em que lá estive, posso afirmar que temos ainda um longo caminho a percorrer...sei tambem que ainda sou muito nova e que tenho muito para descobrir sobre o nosso país.

Não te conheço pessoalmente, mas pelo pouco que falamos e pelo que leio no teu blog, simpatizei muito contigo, admiro a tua coragem, intelegência e o teu amor incondicional pela Guiné-Bissau.

Quero deixar aqui o meu apoio, para que saibas que os "infelizes" que estão a tentar destabilizar-te não passam disso mesmo - são e serão sempre isso: infelizes e ignorantes...não gastes as tuas energias com gente como essa pois não merecem de todo que o faças!

Força ai e continuação de uma boa recuperação
beijos,

N.T"

Gâmbia: Agente da secreta é agora 'embaixador' em Bissau


Yaiah Djemeh acreditou um novo Embaixador da Gâmbia junto do Governo de Transição da Guiné-Bissau. A indicação recaiu num homem da secreta, há muito em Bissau - Abdou Jarjou foi oficializada no passado dia 20 de Julho, e entregou já as cartas credenciais ao Presidente de Transição, Manuel Serifo Nhamadjo. AAS

sábado, 21 de julho de 2012

Aos ignorantes



"‎António Aly Silva:

Combater a ignorância é uma tarefa absurdamente hercúlea. É uma praga intermitente que, quando num dia pensamos ter sido “quase” suprimida, no dia a seguir aparecem milhares de milhões sem nos apercebermos de onde ou quando chegaram todos ao mesmo tempo. Ao longo da minha infância, ouvi muitas vezes a minha falecida avó Aldonça repetir que “A conversa está entre duas pessoas” e na altura não percebia o verdadeiro sentido da palavra.

Hoje, cada vez mais constato que quando a pessoa A não tem a capacidade de compreender o que a pessoa B pretende dizer (por vezes algo tão simples) então não poderá haver diálogo. Respira fundo (sabes aquele símbolo em sânscrito, Om?) e cuida de ti neste momento porque amanhã, como de costume, irão aparecer às resmas, às paletes... uffff....milhares de milhões.

A. M."

Assassinatos vs Populismo - Basta!


"Aly,

Acho estas acusações de assassinatos e de presumíveis assassinatos tudo normal, mas o que não julgo coerente, é por exemplo um PODER Instituído legalmente ou não, mas com poderes para o efeito, não levar avante uma acusação formal e julgamento público isento, de todos os Indivíduos ou Grupo de Indivíduos que eventualmente estejam implicados nesses crimes.

Estamos fartos de acusações não formalizadas, de Conferências e Imprensa e Comunicados Populistas e queremos (povo Guineense) que todos os autores desses Crimes, quer material bem como moral, sejam levados a justiça e condenados. BASTA DE UTOPIA E DA IMPUNIDADE!
R.P."

Obrigado



"Olá Aly

Ainda não tive o prazer de te conhecer pessoalmente mas sou uma grande admiradora (entre os muitos que acredito teres) do trabalho que tens desenvolvido em prol da Guiné-Bissau. Eu nasci na Guiné, mas vivo em Portugal há 30 anos. Enquanto o meu Pai estava de vida fui á Guiné-Bissau algumas vezes, confesso que em cada uma das vezes que lá fui não demorei mais do que 15 dias. É muito pouco tempo para saber o que quer que seja acerca de um país principalmente um tão complexo como é a nossa Guiné-Bissau.

Sempre estive muito distanciada de tudo o que envolvia a Guiné-Bissau, amigos tugas, escolas (não digo turmas) em que era a única africana, e acho que a minha mãe também acabou por nunca nos incutir (a mim e à minha irmã) a proximidade que teríamos que ter com as nossas raízes… enfim. Após o golpe de estado de 12 de Abril e á medida que o teu nome ia surgindo na comunicação social fui espreitalhando (espreitar + vasculhar) o teu blog e percebi o quanto eu desconhecia sobre a Guiné-Bissau.

Hoje, quando acordo, a primeira coisa que faço é ligar o portátil e ir ao teu blog, ansiosa por saber informações sobre a Guiné. Agradeço-te verdadeiramente, Aly, por despertares em mim a vontade de conhecer mais sobre este País que me viu nascer e acima de tudo pelos pequeninos planos (estão a crescer) que agora começam a surgir no sentido de um dia rumar à Guiné, e contribuir com a experiência, conhecimento que todos fomos adquirindo,para tornar a Guiné no país que todos queremos e esperamos que seja.

Parafraseando o que alguém disse.

"Uma pessoa com convicção tem a força equivalente a 100 mil que tenham interesses apenas"- John Stuart Mill, filósofo inglês.

Muito Obrigada

P.S. se eventualmente quiseres publicar, agradecia apenas que o fosse de forma anónima."

Pois


"Se os que apontam números de telefone na parede são mais abundantes dos que os apontam no próprio telemóvel, como é que este país poderá ter avanços positivos? Faço esta pergunta em solidariedade contigo, pelo teu desabafo no blog.

M.S.B."

Guiné-Bissau, Mudanças de liderança de UA e CEDEAO potenciam reflexos na crise interna


1 . A eleição de Nkosazana Dlamini-Zuma, sul-africana, para o cargo de presidente da Comissão da União Africana e, adicionalmente, a próxima atribuição à Gâmbia da presidência rotativa da CEDEAO, estão a gerar reacções de cautela em meios comprometidos com o golpe de Estado de 12.Abr; de regozijo nos demais meios.

O carácter complacente da atitude da CEDEAO face ao golpe de Estado foi crucial para o desencadeamento da acção militar, de per se, e para a consolidação do status quo a que a mesma deu azo. Esta evidência foi propiciada pela conduta da UA de reservar aos agrupamentos regionais papel mais activo na resolução de crises de natureza afim.

Angola foi, depois da África do Sul, o país que mais activamente se aplicou na eleição de N Dlamini-Zuma; pôs à sua disposição, inclusive, fundos destinados a subvencionar a campanha eleitoral. São “plausíveis” expectativas segundo as quais a nova presidente definirá uma linha de conduta mais resoluta em relação a golpes de Estado.
As autoridades angolanas sentiram como uma “humilhação” as condições em que procederam à retirada da sua missão militar na Guiné-Bissau, Missang, no seguimento do golpe de Estado. Têm agido na linha de uma política considerada de “desforço” relativamente às novas autoridades e seus apoiantes regionais.

A passagem para a Gâmbia da presidência rotativa da CEDEAO também é considerada um “mau augúrio” em meios afectos ao golpe de Estado. Yaya Jammeh, Presidente da Gâmbia, assumiu-se como notório e constante adversário do golpe de Estado na Guiné-Bissau e há indicações de que faz tenção de manter intacta doravante essa conduta.
A Gâmbia, um país de diminuta dimensão territorial, não é considerado politicamente influente no contexto regional. A condenação pública do golpe de Estado na Guiné-Bissau foi vista no quadro de rivalidades com o Senegal; mas também reflexo de uma necessidade de protagonismo político capaz de compensar a exiguidade do país.
Nas últimas semanas têm vindo a notar-se em países como o Senegal e Nigéria atitudes interpretadas como menos contemporizadoras com o golpe de 12.Abr. Conjectura-se que tal realidade (no caso da Nigéria, situada no plano mais vasto da sua política africana), se destina a “antecipar” mudanças desenhadas para a UA e CEDEAO.

A ideia de que a CEDEAO se prepara para corrigir a linha da sua política face à crise na Guiné-Bissau, inspira-se em considerações tais como a de que só isso a poupará de eventuais embaraços. A estabilidade na Guiné-Bissau é considerada “precária” devido a fracturas internas e a um cerrado isolamento internacional, alargado a sanções.
A correcção delineada consiste em transferir a coordenação do processo relacionado com a crise na Guiné-Bissau para a UA. A CEDEAO manter-se-á no terreno, mas, por iniciativa da UA tendo agregadas forças originárias de outras organizações do sistema internacional, em especial a CPLP (representada pelos seus membros africanos).

2 . Rui de Barros, actual PM, manifestou a intenção de se demitir, para o que invocou razões como os “escassos poderes” que considera estarem de facto ao seu alcance para gerir/controlar as finanças públicas. Foi persuadido a não o fazer, na noite de 10/11.Abr, por intercessão de Serifo Namadjo, PR, e de Gen António Indjai, CEMG.
A ausência de controlo pelo Governo das finanças do Estrado é devida a uma prática de constantes apropriações pelos militares de fundos à guarda do Tesouro ou afectados aos ministérios (arrecadação de receitas fiscais e aduaneiras). As apropriações, por vezes coercivas, são efectuadas por oficiais “a mando” do CEMG, A Indjai.

3 . A posição preponderante de A Indjai na actual ordem política na Guiné-Bissau continua a ser referenciada em relatórios de situação de origem diversa. Detalhes do inside de uma reunião do Conselho Superior de Defesa, 12.Jul, convocada para fazer o balanço dos 3 meses decorridos desde o golpe de Estado:

- A subalternidade em relação a A Indjai mantida em toda a reunião pelo PR, Serifo Namadjo – que formalmente preside ao orgão; idem, mas de forma ainda mais notória, da parte do presidente interino na Assembleia Nacional, Sori Djaló.

- A Indjai revelou que as FA conseguiram recuperar 3 tanques T-54, prometendo para breve a recuperação de 2 baterias de lança foguteses múltiplos - Katyuska; como forma de assegurar munições para a “técnica” recuperada propôs, sem objecção ou reparo de nenhum dos presentes, a celebração com a Rússia e a China de acordos visando o fornecimento das referidas munições em troca da concessão de facilidades de pesca.
A Indjai, geralmente identificado pela “elementaridade do seu pensamento”, denota agora empenho especial em influenciar/promover acções que o próprio aparentemente avalia como podendo vir a esvaziar a persistente pressão política externa exercida sobre o regime – instalado através golpe de Estado.

Numa reunião recente para a qual o PM convidou todo o corpo diplomático acreditado em Bissau, apenas compareceram representantes de países da CEDEAO. Nenhum da União Eopeia ou de organizações internacionais. A China fez-se representar por um funcionário de menor categoria que os anteriormente despachados para tais missões.

No entendimento de A Indjai, o Governo e as novas autoridades devem começar a aplicar-se na realização de eleições gerais. Figuras com má reputação externa, como o Alm Bubo Na Tchute e Kumba Yalá, devem manter-se distantes da política e da vida pública. A Indjai não se inclui entre tais figuras.

O papel de inspirador e/ou concicionador do processo de decisão política, que A Indjai exerce, também se manifesta em abordagens que faz de temas como futuras eleições. P ex, o PAIGC só poderá candidadatar-se com nova direcção (ódio a C Gomes Jr); um bom candidato presidencial seria o advogado Domingos Kadé, bastonário da Ordem.

4 . Entre as divisões identificadas na sociedade em geral está a ser prestada atenção especial às de extracção étnica e às que estalaram entre os próprios balantas – tribo actualmente mais representada no poder e com o mesmo conotada.

- Os balantas, em geral, são vistos pelas restantes tribos, algumas das quais, como a dos fulas, de dimensão equivalente, como constituindo um grupo privilegiado; comumente apontado o facto de serem maioritariamente balantas os quadros superiores do Estado formados nos últimos anos (juristas, médicos, engenheiros, etc).

- Os balantas do S estão cientes de que são preteridos em relação aos do N, atribuindo a Kumba Yalá responsabilidades pela sua marginalização; apontado como exemplo o facto de serem do N os 84 generais balantas que desde o consulado de Kumba Yalá foram promovidos ao posto.

5 . Meios especialmente atentos ao narcotráfico que usa a Guiné-Bissau como placa giratória entre a sua origem, América Latina, e destinos como a Europa, notam que o à-vontade com que a actividade é agora praticada aumentou. O aeroporto do Bissau já foi usado em operações que normalmente se faziam em pistas remotas, como Cufar.