quinta-feira, 7 de junho de 2012

Vento nefasto


Meu irmão,

Fiz este poema para, se possivel, publicares.
Um abraço
 
 
Sopra vento nefasto
vindo do norte,
sopra leve, com ar funesto
… trazendo, aragem de morte
morte fresca

Soam ameaças, vãs no vento
veladas de terror
quiçá, medos escondidos
em valentia acobardada
… senão, na arte
da morte traiçoeira

Grita surdo o tirano,
em pedestal virtual,
prenhe de poder, arrôto de sangue
rodeado de muita gente,
incrédulos de tanta arrogância

Botas ruins, enlamedos de sangue
traços das vitimas em série,
friamente caladas, para sempre,
na imparavel impunidade,
… Eis o general no seu melhor

Crê-se, olhando-o,
para além do horizonte
nada de bom, sem sombra
estou certo,
...o seu discurso de adeus

E, em breve,
lhe esqueceremos
e, nunca mais querer lembrar,
sem saudades e sem remorsos
dessa bestialidade da morte
Avé General

VFT

Esclarecimento


"Meu Caro Aly Silva,

Antes de mais as minhas felicitações pelo excelente trabalho que vens prestando para o bem da nossa querida Pátria, a Guiné-Bissau. Queria esclarecer de que, desde Janeiro de 2012 nenhum Combatente de Liberdade da Pátria recebe
14.000 FCFA, pois foram todos aumentados para, no mínimo, 30.000 FCFA.

Coragem e um abraço

Constantino C."

M/R: Está esclarecido. Um abraço, AAS

Sanções, ou... Futilidades?


Para a Comunidade Internacional

Era bom que a Comunidade Internacional (CI), deixe de ser naif e aceite compreender de uma vez por todas que o golpe de Estado de 12 de abril na Guiné-Bissau, não é mais do que uma simbiose perfeita, entre a acção militar sobejamente arreigados ao anarquismo e à impunidade institucionalizada ao nacrotráfico, com a cupidez dos nossos políticos de ascenderem ao poder por quaisquer meios, cultura suficientemente enraizada na mente de um grupo de políticos medíocres e pedantes rodados nessa prática que, fora do poder, proliferam, impunes, pela urbe de Bissau.

O nexo causal e o enquadramento entre estes dois pólos de interesses perigosamente convergentes na Guiné-Bissau estão e têm estado na génese da crônica instabilidade na Guiné-Bissau. A ligação dos políticos emergentes dessa situação da ordem constitucional no golpe de Estado último, é mais do que evidente. Aliás, de há um tempo a esta parte que sempre é assim. A realidade é inegável. Aliás, só um cego que...não quer ver, é que não sabia disso.

A postura de negação primária e sistemática orquestrada pelos cinco candidatos presidenciais derrotados na primeira volta das eleições presidenciais da Guiné-Bissau, persistindo na contestação infundada da verdade democraticamente expressa nas urnas pela vontade livre e consciente dos eleitores guineenses, não deixava antever um desfecho sereno e democrático para um processo que, no seu todo, foi reconhecido de forma unânime por todos os observadores internacionais e fontes nacionais, como tendo sido livres justas e transparentes.

Tendo Kumba Yala à cabeça, e como séquitos Serifo Nhamadjo, Henrique Pereira Rosa, Serifo Baldé e Afonso Té, muito cedo, mesmo antes da publicação dos resultados provisórios, esse grupo claramente deu sinais de que estava a preparar-sd o pior para a Guiné-Bissau. Havia indícios claros da cogitação, senão mesmo da preparação de uma sublevação que levaria à subversão da ordem constitucional na Guiné-Bissau. A eminência da vitória de Carlos Gomes Junior e do PAIGC punha em sentido de alerta toda uma estrutura pronta para a desestabilização e caucionamento da violência e deliquência com cátedra feita na Guiné-Bissau.

Assim, publicados os resultados ditos definitivos a nivel da CNE e, apesar de defenderem publicamente a recusa de quaisquer dos resultados eleitorais publicados, os supostos democratas apresentaram as respectivas reclamações e recursos legalmente previstos junto as instâncias competentes. Entretanto, igualmente, em instâncias próprias, foi-lhes negado as suas pretensões, primeiro na CNE e posteriormente, em última instância no STJ. Porém, hoje compreende-se que, a suposta capa de contestação legítima não era mais do que um pretexto para ganhar tempo e engendrar estratégias de força e de subversão para tentar inverter o irreversível: a humilhação e o fim político do 'ícone' e último lider em fase de declínio político sem retorno. Assim, a componente militar e criminal foi associada ao processo da subversão da ordem a fim de consubstanciar a inversão constitucional.

Ninguém, no seu perfeito juízo, duvidava de que Carlos Gomes Junior, apoiado pelo PAIGC e vencedor da 1a volta com 49% dos votos esmagaria inapelavelmente Kumba Yala, cujo partido, PRS, nem um congresso conseguira realizar, fruto da sua desorganização, tendo mesmo procedido à recolha de assinaturas para que Kumba fosse candidato... Seria, assim, o fim de um mito, cuja degradação física e o evidente senilismo não conseguem esconder... enfim, essas eleições seriam um golpe duro para as forças do mal e do anti-progresso da Guiné-Bissau.

Para atingirem esses maquiavélicos intentos, CGJ, foi «vendido» e catalogado de todos os nomes pejorativos e caluniosos possíveis, entre eles, como sendo defensor dos interesses coloniais e de Portugal, de colonialista, de ser contra os balantas e de querer erradicá-los das forças armadas, de possuir projectos maquiavélicos de eliminar as chefias militares, em particular as de etnia balanta, de ser contra os militares, ser o mentor de várias mortes de políticos e militares ao longo dos anos, de ter um acordo secreto com os angolanos e forças estrangeiras para aniquilamento das FA da Guiné-Bissau, de querer vender a soberania nacional a interesses estrangeiros... e, muitos outros infindáveis delírios baseados num complexo doentio, primário, eivado de complexado contra quem faz o bem e traz o desenvolvimento para o seu País e, consequentemente, para o Povo da Guiné-Bissau.

Todos esses boatos e calúnias falaciosas, foram ventiladas e vendidas ao longo dos tempos (com Malam Bacai Sanha e alguns assessores complexados à cabeça), que, sem credibilidade, sustentabilidade e muito menos provas, acabaram por cair no descrédito... apesar de todas as incidiosas campanhas e montagens feitas a todos os niveis e instâncias, sempre visando o seu aniquilamento politico e, até fisico, caso fosse necessário. Porém, Carlos Gomes Jr. sobreviveu a todas as tempestades e complôs urdidos contra a sua pessoa. Sofreria mais de quatro tentativas de golpe de Estado durante o seu mandato...Coisa pouca, pensariam...

Entretanto, a estratégia da 'Quinta Coluna' não se ficaria por aqui, pois esgotados os argumentos legais - reclamação junto à CNE e recursos para o STJ - que foram usados supostamente como simples fachada de aparência democraáica, passa-se à 2a fase do plano maquiavélico, montado de assalto ao poder pela força das armas com a inevitável cumplicidade dos militares, grupo castrense imbuído de um tribalismo complexado e exacerbado que têm destruido irresponsavelmente todas as bases sociais de uma convivência pacífica futura entre as várias etnias que compõem o mosaico socio-racial da Guiné-Bissau.

O mote para a subversão foi dada através de uma saída, tão surpreendente quanto fundamentalista, de um elemento do orgão de superintedência do processo eleitoral, a CNE, na pessoa do seu Secretário Executivo, que, contra a corrente das evidências e dos dados, vem, por pressão ou orientações do PRS, caucionar publicamente e sem quaisquer fundamentos as alegadas «fraudes eleitorais» propaladas patéticamente aos quatro ventos pela 'Quinta Coluna', no entanto, rejeitadas com argumentos validos pelas instâncias competentes. Como principal tenor dessa propalada "fraude", Antonio Artur Sanha... sintoma preocupante do radicalismo, sectarismo e violência do movimento..., enfim, ingredientes sujacentes à sua génese de inadaptado social de irreversível reencaminho.

Seguem-se as ameaças veladas feitas por Kumba Yala de que não heveria 2a volta das eleições. Assim dito, assim feito. Trinta (30) minutos depois das suas incendiárias declarações de 'interdição' da realização da segunda volta, a residência de Carlos Gomes Jr., candidato vencedor da 1a Volta das eleições presidenciais, foi atacada com armas pesadas, visando o seu aniquilamento. Porém, este, salvo miraculosamente do brutal assalto, foi detido, mantido em cativeiro em condições desumanas durante 15 dias até à sua saída para o estrangeiro, em condições que ainda se questiona. O resto é o que se sabe...

No entanto, internamente a participação directa dos políticos na subversão da ordem constituicional e participação no golpe de Estado, é mais do que evidente, senão inquestionável:

- O Comando militar, assume-se como parte prenante no processo do golpe, advogando a favor do PRS, dos dissidentes do PAIGC e dos partidos da oposição conjugados em coligações que perderam com os seus candidatos;

- Kumba Yala, Serifo Nhamadjo, Henrique Pereira Rosa, Afonso Té e Serifo Baldé, posicionaram-se de forma inequívoca e pública como os maiores e únicos interlocutores do Comando Militar em todo o processo do golpe de Estado;

- Kumba Yala como mentor, estratega político do golpe e líder balanta que a estrutura militar presta subservência, está pretorianamente 24/24 horas guardado pelos militares do Comando Militar e milícias fortemente armadas que cortam mesmo o tránsito na rua onde este mora;

- O PAIGC, partido maioritário e apoiante do candidato vencedor da primeira volta das eleições presidenciais, foi afastado e marginalizado de todos o processo negocial e de saída para a crise;

- Os cinco candidatos contestários da primeira volta das eleições - embora tenha começado ainda antes da realização da 1a volta... - associaram-se e apoiaram, declarada, aberta e descaradamente o golpe de Estado e o Comando Militar que o promoveu;

- As negociações foram sempre realizadas de forma pública e assumida entre o Comando Militar e os partidos políticos apoiantes do golpe de Estado;

- Está provado e comprovado que a escolha do 'primeiro-minisro' dito de transição foi uma escolha pessoal e directa de Koumba Yala, tendo rejeitado, pelo menos dois nomes inicialmente avançados para ocupar esse posto. Convém realçar que Serifi Nhamadjo não era o preferido de Kumba;

- Kumba Yala e Serifo Nhamadjo participaram em total sintonia com o Comando Militar na elaboração da lista do dito Governo de transição;

- Alguns politicos devidamente identificados, participaram activamente no golpe, alguns inclusivamente fardados, armados e com escolta militarizada. Por exemplo, o meu espancamento e prisão...foi ditada por civis, que eu, perfeitamente posso identificar...

Assim, perante estes e outros factos aqui enunciados, alguns não, ora por desconhecimento, ora por omissão, não se compreende que, até à data presente, certos políticos activamente envolvidos na alteração da ordem constitucional na Guiné-Bissau não constem ainda das listas, quer as publicada pela União Africana, quer na da União Europeia ou das Nações Unidas. Esses políticos têm nome e são, sem quaisquer duvidas: Kumba Yala, Serifo Nhamadjo, Henrique Pereira Rosa, Afonso Té, Fernando Vaz, Artur Sanha, Faustino Imbali, Umaro Embalo (Cissoko) e tantos outros que seria fastidioso enumerar.

Perante este perigoso «descuido» da CI, com respaldo gravemente nocivo no actual cenario político-militar na Guiné-Bissau, corre-se o risco de que todas as decisões que possam tomar em relação aos militares sejam uma perfeita «sinfonia para surdos»..., pois para esses, ser interditado ou sancionado é como se fosse NADA. Ao Bicho do Mato a cidade e as viagens não interessam para nada, pois como Bicho que é...gosta é de viver no mato, no meio da desordem e da anarquia.

E bom que a CI entenda de uma vez por todas que, sem se envolver esses politicos maliciosos e criminosos que estão comprovadamente envolvidos na situação de instabilidade na Guiné-Bissau, no lote das pessoas abrangidas pelas sanções, tais como os seus cúmplices militares golpistas, NADA SE RESOLVERÁ e tudo continuará na mesma na Guiné-Bissau, isto é... na passivel e pachorenta impunidade a que o nosso País, infelizmente, já está habituado.

Se a CI persistir em fechar os olhos e fingir não ver essa realidade tão evidente e escandalosa, deixando de lado os mentores morais e manipuladores do golpe de Estado e da instabilidade na Guiné-Bissau, livres de quaisquer constrangimentos ou medidas de limitação, de circulação ou de acesso aos seus bens de forma impune e criminosa.... a saga da desordem e desconstrução do Estado de Direito, continuará imparável e impune, até que a Guiné-Bissau acabe exanque... morto por abandono e omissão de auxilio da Comunidade Internacional.

Em suma, limitando a CI as suas sanções e restrições meramente aos militares já enumerados, nada mudará: esses não viajam para a Europa, muito menos para os EUA e, provavelmente, nem possuem contas bancárias no exterior, porquanto os seus rendimentos provindos de serviços de interposição, recepção e estocagem da droga trazidos pelos cartéis colombianos, venezuelanos, marroquinos, entre outros, no território da Guiné-Bissau e ou para o exterior, é pago a pronto 'cash', sem interposição ou intervenção bancária... tendo assim, muitos lugares e meios por onde guardá-los com total segurança.

Essas sanções, é bom que se diga, não aquecem nem arrefecem os militares (Antonio Injai disse-o ontem claramente no Repórter África), pois o seu ganha pão e o seu império da violência e da anarquia estão na Guiné-Bissau, onde são reis e senhores absolutos. Os descarregamentos e transposições de lotes de droga no interior (entre Cassolol e Varela) e as ilhas bijagós da Guiné-Bissau aumentaram exponencialmente desde fins de abril último. Os aviões já nem aterravam, lançam a mortífera carga... E, na falta de clientes para descarregar o lucrativo negócio da droga, os próprios militares metem maos à obra. E há, ainda, o suculento erário público para delapidar a granel...

Estou certo de que, a esses políticos citados, comprovadamente envolvidosao até o tutano no golpe de estado de 12 abril, far-lhes-ia diferença serem interditados de viajarem para o exterior, de terem acesso às suas contas bancárias no exterior congeladas, às suas casas corruptamente adquiridas confiscadas, não poderem visitar os seus filhos e as suas famílias principescamente instalados no estrangeiro... a esses, sim, ha interesse e objectividade em lhes serem aplicadas as sanções e restrições impostas aos militares.

Para se aplicarem essas sanções PROVAS NAO FALTAM: existem e são mais do que suficientes.

Às entidades que aplicam essas sanções, cabe ver a pertinência deste meu ponto de vista, senão, tudo o que se faça, dará inevitavelmente em NADA, tudo que se faça será FÚTIL e, inevitavelmente o Povo da Guiné-Bissau continuará a sofrer, a ser espezinhado e a ser violentado e estirpado dos seus direitos mais elementares por uma associação restrita, prenhe de malfeitores, e constituído por militares, alguns deles criminosos, outros ainda narcotraficantes e os seus acólitos de políticos de igual estirpe.

Deixem de lado, a diplomacia, sejam realistas, tenham dó de todo um povo que esta à mercê da bárbarie, ACUDAM o Povo da Giné-Bissau. António Aly Silva

Três, dois, um...zero!


A reunião promovida, ontem, pelo CEMGFA António Indjai no parlamento guineense com os antigos combatentes (da guerra colonial, do 7 de junho?) para justificar o golpe de 12 de abril, não tem memória na Guiné-Bissau. Foi, acima de tudo, deplorável. E é sinal de que a cadeira onde se senta o CEMGFA está podre, e que o fim do general está próximo.

Da reunião propriamente dita, retive dois pontos: as cerca de oito(!) vezes, seguidas, em que disse 'não' a Angola, e o ter chamado Cabo Verde e Portugal de colonialistas. "Angola nunca mais, angolanos nunca mais". Mas é aqui que a porca torce o rabo: afinal, quem manda na Guiné-Bissau, hoje? O 'presidente' e o 'primeiro-ministro', impostos por alguns fascistas da CEDEAO, ou o todo-poderoso general com pés de barro? Será que o mundo civilizado, assim mesmo e sem medo da expressão, vai continuar a tolerar o medo imposto pela classe castrense ao povo da Guiné-Bissau?

O 'governo' guineense tem andado com pézinhos de lã a tentar fazer pontes para retomar a cooperação com Angola, e o próprio 'presidente' da CEDEAO, Serifo Nhamadjo ESCREVEU uma carta ao Presidente angolano José Eduardo dos Santos, a pedir o retorno do relacionamento entre os dois estados... e vem o CEMGFA António Indjai dizer destas coisas? Onde está o bom senso?

Outra coisa que não se compreende: António Indjai aproveitou também para se atirar à RTP, mais propriamente ao seu delegado, dizendo que este nunca "beneficiou" o comando militar e que deve estar na Guiné-Bissau ao serviço de alguém... "O melhor é mandarmos esse gajo embora", disse ele... Pelo que conheço do meu País e das pessoas que estão à frente, esta é uma ameaça velada, que o delegado - e a RTP - devem levar a sério.

Outra barbaridade, dita pelo CEMGFA: "Angola está a injectar dinheiro na Guiné-Bissau para criar a confusão", tendo assinalado haver "um antigo combatente que está a receber esse dinheiro. Esse dinheiro está cá", barafustou, alegando que quando tiver os documentos comprovativos disso irá tomar medidas... Se eu morrer, outros Antónios se levantarão, disse, meio a tremer. António Indjai, e não estou nada enganado, tem o dia marcado no calendário. AAS

Descubra as diferenças


"Bom dia, Mestre Aly

Não podia deixar de comentar as palavras do CEMGFA Antonio Indjai durante o encontro com algums combatentes da libertadade da Pátria. Ele disse querer reformar-se dentro de 3 anos. Nisso, estou de acordo com ele, mas quando ele disse que tenciona ingressar ao PAIGC para fazer a política...tem o meu total desacordo.
Ele deve saber primeiro a diferença entre Político, Política e Militar antes de dizer que pretende fazer a politica. Na posicão em que o Indjai está e sobre o trabalho que tem feito para o país, ele merecia SER JULGADO E CONDENADO pelos crimes que ele cometeu e está a cometer contra este povo. Alguém de direito deve explicar ao Injai a diferença entre estas palavras. Mas, antecipadamente e como bom filho deste país, esta é a minha contribuicão para o CEMGFA António Injai.
 
- O político que representa realmente a população deve saber que a Política denomina arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados; aplicação desta ciência aos negócios internos de uma nação...

- O militar refere-se aos membros, instituições, instalações, equipamentos, veículos e tudo aquilo que faz parte de uma organização autorizada a usar a força, geralmente incluindo o uso de armas de fogo, na defesa do seu país.

Serifo Djalo"

Inquietude


Depois da reunião de ontem na ANP, foi convocada mais uma para o mesmo local, desta feita entre António Injai e as viúvas dos antigos combatentes. O António Injai terá substituído o Ibraima Sory Djaló na presidência da ANP? Falta, agora, marcar a data da reunião. AAS

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Abidjan acolhe próxima reunião dos parceiros da Guiné-Bissau


Os parceiros internacionais que tentam solucionar a crise político-militar na Guiné-Bissau vão voltar a reunir-se na quinta-feira, em Abidjan, na Costa do Marfim, disse à Lusa o secretário-executivo da Comunidade dos Países em Língua Portuguesa (CPLP). Domingos Simões Pereira já está na capital marfinense e informou que a reunião vai realizar-se às 16:00 locais [17:00 em Lisboa], sem adiantar, porém, mais detalhes sobre a discussão.

Desde o golpe de Estado de 12 de abril, têm-se sucedido reuniões das principais organizações internacionais e manifestado a diferença dos pontos de vista da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), que defende autoridades de transição, e a CPLP, que sustenta a reposição do Governo deposto e realização das eleições presidenciais, interrompidas pela ação militar.

Conselho de Segurança considera sanções a políticos


O primeiro-ministro deposto da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, afirmou hoje que o Conselho de Segurança vai considerar sanções a políticos com responsabilidades no golpe de Estado de 12 de abril no país.
Após um encontro com o subsecretário geral das Nações Unidas para os Assuntos Políticos, Lynn Pascoe, nas Nações Unidas, Gomes Júnior disse à Lusa que o Conselho de Segurança vai analisar "caso por caso" os políticos implicados no golpe, mas escusou-se a referir os nomes que pretende ver incluídos nessa lista.

"O Conselho de Segurança vai apreciar a nossa proposta. Pensamos que, para além dos militares, há civis que instigaram os militares e têm responsabilidade moral pelo que se passou. Essa gente tem de ser responsabilizada", disse à Lusa. A resolução de 15 de maio do Conselho de Segurança obriga todos os 192 Estados membros da ONU a bloquear a entrada ao chefe das Forças Armadas, general António Indjai, e outros oficiais da Guiné-Bissau, acusados de promover o golpe de Estado no país - Mamadu Ture, Ibraima Camará e Daba Naualna. A resolução exige ao Comando Militar golpista na Guiné-Bissau que abandone o poder e permita "um processo eleitoral democrático", mas deixou cair a exigência inicial de regresso do Governo guineense deposto. Foi criado um comité do Conselho de Segurança responsável por acrescentar ou retirar indivíduos da lista.

Os critérios de inclusão na lista são a "obstrução à reposição da ordem constitucional" na Guiné-Bissau ou "ações que minem a estabilidade" do país, em particular "aqueles que desempenharam um papel de liderança no golpe de Estado e que visam, através das suas ações, minar o Estado de Direito, limitar a primazia do poder civil e aumentando a impunidade e instabilidade". Gomes Júnior, que esteve na ONU acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné Bissau, Djaló Pires, reuniu-se na tarde de terça-feira com os países membros do Conselho de Segurança, depois de um encontro com a configuração Guiné-Bissau da Comissão para a Consolidação da Paz, presidida pelo Brasil.

Antes do golpe, Gomes Júnior era primeiro-ministro eleito e favorito à vitória nas eleições presidenciais, depois de ter ganho a primeira volta. Desde meados de maio, a Guiné-Bissau tem um chefe de Estado de transição e um governo de transição, apoiados pela CEDEAO e pelos militares golpistas, enquanto os principais dirigentes depostos se mantêm fora do país, exigindo o regresso à normalidade constitucional. A Lynn Pascoe, Gomes Júnior pediu hoje a ativação de uma comissão internacional que aborde "de forma mais profunda e mais inclusiva a situação na Guiné-Bissau", para além da comunidade regional da África Ocidental(CEDEAO).

"Essa proposta foi abraçada por todos e penso que o secretário-Geral [Ban Ki-moon] vai analisar o resultado destas reuniões a fim de tomar as medidas mais adequadas para restabelecimento da ordem constitucional, conforme a resolução da ONU", disse Gomes Júnior. "A CEDEAO é a organização regional, mas temos a ONU que sempre defendemos ter o seu papel, a União Africana, a CPLP. Devemos admitir esses parceiros de desenvolvimento que há vários anos têm a responsabilidade de ajudar no desenvolvimento do nosso país", adiantou. Antes da partida de Nova Iorque, Gomes Júnior reuniu-se ainda com alguns representantes da comunidade guineense local.

Dinamarca quer o fim do controlo do poder político por militares na Guiné-Bissau



O ministro dinamarquês dos Assuntos Europeus, Nicolai Wammen, sublinhou, terça-feira (5), em Bruxelas, a necessidade "de se pôr fim ao controlo do poder político por militares" na Guiné-Bissau, informa a AIM. Falando durante um debate no Parlamento Europeu, consagrado à situação na Guiné-Bissau, Wammen advogou o fim da impunidade para os que violaram os direitos humanos.

Ele apelou à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para intensificar os esforços de mediação entre as partes na Guiné-Bissau, em colaboração com a União Africana (UA) e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

O ministro dinamarquês dos Assuntos Europeus achou 'útil' a criação, pela comunidade internacional, de um grupo de contacto internacional encarregue de acompanhar o desenvolvimento da situação na Guiné-Bissau. A Dinamarca, recorde-se, exerce actualmente a presidência rotativa da União Europeia (EU).

António Indjai: «Pretendo reformar-me dentro de 3 anos»



O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, António Indjai, afirmou hoje que pretende reformar-se dentro de três anos para se dedicar à política no PAIGC, partido que diz ser «dos veteranos de guerra» como ele. António Indjai falava hoje na sede do parlamento para cerca de uma centena e meia de veteranos de guerra por ele convocados para uma explicação sobre os «verdadeiros motivos» do golpe de Estado de 12 de abril passado que ele próprio liderou.

«Toda gente sabia o que se passava no regime do 'Cadogo' [primeiro-ministro deposto, Carlos Gomes Júnior], mas muita gente que está no PAIGC [Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, no poder até ao golpe] não dizia nada. Ficava tudo calado porque recebiam dinheiro dele. Acham normal que um antigo combatente (veterano de guerra) ganhe uma pensão mensal de 14 mil francos CFA (21 euros) enquanto governantes ganhem um subsídio de milhões?», questionou Indjai
. LUSA

NOTA - Pretendo é diferente do vou... Mas, senhor General, é de hoje que a tropa ganha salários desses? Por amor de Deus. Ou seja, já nao será por causa da MISSANG, mas sim dos salários. Se nao é da doença, será da cura... AAS

Educação ao deus dará...



O sector do ensino na Guné-Bissau encontra-se à beira do colapso e os alunos arriscam perder o ano lectivo na sua totalidade, informa o correspondente da rádio estatal norte-americana Voz da América (VoA) em Bissau, Lassana Cassamá. Oficialmente não há greve mas, na prática, o sector do ensino guineense está paralisado. Alunos não frenquentam não frequentam as aulas e os professores comparecem apenas em número minimo que não é suficiente para assegurar o funcionamento das aulas.

Esta situação deve-se a uma combinação de diversos factores mas não tem saída à vista já que o governo de transição formado após o golpe de estado de 12 Abril não tem até agora feito qualquer promessa no sentido de resolver a crise e certamente que terá dificuldades para responder algumas exigências dos docentes, sobretudo das categorias de contratados e novos admitidos que têm entre quatro a cinco meses de ordenados em atraso. O presidente do Sindicato Nacional dos Professores, Luís Nancassa, disse que apesar de não haver qualquer ação reivindicativa formal, os docentes não estão em condições morais para ir as salas de aulas devido aos salàrios em atraso.

"Se as aulas não funcionam ninguém nos pode imputar responsabiolidades," disse o dirigente sindical. Nancassa acredita que há ainda a possibilidade de salvar o presente ano lectivo, se bem que isso a ser feito será com muita deficiência e com o claro incumprimento do programa. Mas, Rui Landim, perito em matéria educativa, disse que para salvar o presente ano lectivo, o Governo tem pouco mais de uma semana para resolver as questões. Mas para isso, disse, "é preciso que o governo tenha um plano ... para que se passe de cinco dias lectivos para seis dias .... no mínimo de cinco horas diárias". Landim fez notar que para além das consequências para os alunos na perca de um ano lectivo o governo irá tambem perder os ivnestimentos que fez para este ano em termos de salários já pagos e despesas com material didático. VOZ DA AMÉRICA

Adeus, e obrigado


Os primeiros 15 militares da missão angolana na Guiné-Bissau (Missang) deixaram o país na manhã de hoje a bordo de um avião da força aérea angolana, devendo durante a tarde efetuar-se mais um voo. A Missang começou hoje a retirar-se da Guiné-Bissau, uma decisão de Angola na sequência de atritos com as forças armadas guineenses, que acabou no golpe de Estado de 12 de abril último. Também hoje começou a ser carregado material militar angolano num navio acostado no porto de Bissau. Angola preve realizar oito voos para o repatriamento de todos os seus militares, e bens.

Depois, bom depois mamamos, das tetas da CEDEAO, o seu leite azedo... AAS, LUSA

King & King



Carissimo Aly,

Ca estou, para te dar um abraço e desejar-te melhoras e recuperação para o combate que se avizinha.

Vi-te ao lado do nosso eterno «King» e, até me arrepiei. Podes crer que, não ficastes mal na fotografia pois, também és, o «King» da resistência contra a barbarie na nossa Guiné-Bissau.

E, falando do ambiente de barbarie que se vive no nosso martirizado pais (graças aos interesses obscuros da CEDEAO, hoje esta, à mercê da deriva de politicos corruptos e desqualificados associados aliados a militares criminosos e associados ao narcotrafico), sobram neste intervalo que não se fala agressões, matanças e prisões arbitrarias, as bacorradas de politicos e dirigentes de instituições que deviam ser servidas por pessoas supostamente à altura dos seus designios. Porém, na Guiné-Bissau tudo funciona ao avesso e como tal pessoas inqualificadas ocupam postos que em situação normal nunca acederiam.

Ontem, mais uma tristeza atravessou-me a alma quando ouvi o Antonio Sedja Man (um dos principias promotores do Golpe Estado do 12 de Abril com a sua inopinada conferência de imprensa provadamente encomendada pelo PRS e Kumba Yala para desestabilizar e descrebibilizar o processo eleitoral em curso) na RDP-Africa a falar da CNE na sequência da visita do presidente virtual da CEDEAO na Guiné-Bissau serifo Nhamadjo.

Para justificar a ausência do Presidente em exercicio dessa instituição, Desejado Lima da Costa, Sedja Man, disse que o mesmo, retomaria as suas funções desde que lhe sejam criadas condições de segurança para o retorno ao seu posto, pois nesse momento ja esta em casa em segurança e brevemente retomara as suas funções, também em segurança (Sedja Man, dixit)...porém, eu pessoalmente duvido disso, pois o Golpe de Estado passa também pela extinção do actual corpo dirigente da CNE, para além de que, depois da carga de porrada com que foi brindado DLC quando quis legitimamente retomar o seu posto de trabalho, acho que, ele deveria pensar duas vezes... pois para a prôxima poderão até mata-lo, dado que essa gente é capaz de tudo porquanto vivem na impunidade total.

Na sequência, respondeu a uma outra pergunta do jornalista da RDP-Africa: «sera que, a CNE continuaria a funcionar com a mesma equipa ?». A pergunta, respondeu o asno em pessoa : «eventualmente que podera continuar a trabalhar com a mesma equipa »...mas, atendendo as «orientações da CEDEAO de se criar uma nova Comissão Nacional das Eleições (à CEDEAO) para realizar as eleições presidencias daqui a um ano, é provavel que se venha a criar um novo orgão para o efeito ». Tive um fricção de revolta e a raiva invadiu o meu corpo. E triste observar impune, ao que a ganância e a bestialidade de militares e de um grupo de politicos ignorantes levou o nosso pais... ao desrespeito, à humilhação à subservência e prostituição politica a favor de uns senhores que nada têm a nos ensinar, senão aprender. E triste, caros cidadãos !!

Resumindo : A CEDEAO ja nos impingiu um presidente fantoche, agora prepara-se para nos dar uma CNE à CEDEAO e à medida e do seu suposto candidato (que decerto ja escolheram, suponho HPR) amanhã nos instituira uma ANP, incluindo burkinabés, costa-marfinenses, nigerianos e senegaleses (estes seriam maioritarios)... e porque não, também mudar a nossa bandeira e passar a « mamar-nos » à todos.

Grato pela oportunidade do desabafo, meu irmão.

PRF

PS: o presidente fantoche da CEDEAO, bem podia mudar de indumentaria, pois desde que foi indigitado não tira o seu «chambrote» quiça para mostrar que é puramente muçulmano..., ou sera a farda da CEDEAO ?!.

Nos sabemos bem o que ele é, por isso, podia variar um pouco... e vestir-se preto (sinal de luto) e de preferência com os cordelinhos de "kincon-kinco" para a CEDEAO e o KY manipularem.

AJUDA PARA O HOSPITAL SIMAO MENDES


Amigos de Boa Vontade na diáspora em parceria com a Associação de Estudante em Lisboa, Coimbra, Porto, Algarve apelam a todos os Guineenses ou amigos da Guiné-Bissau á doação de Alimentos e, Medicamentos, em qualquer quantidade pois toda ajuda será bem-vinda. Os donativos serão entregues na embaixada da Guiné-Bissau em Portugal (Rua de Alcolena nº 17 A, 1400-004. Restelo/Lisboa). Agradecemos desde já o seu apoio, a participação de todos será fundamental para o sucesso desta iniciativa.


Para mais informações, contactar os responsáveis:

> Maria Armanda Monteiro 00351 964178787

> Luis Vaz 00351 969763246

> Braima Mané: 00351 961070342

> Elsa da Costa: 00351 969763246

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