terça-feira, 5 de junho de 2012
Ping-pong
Resposta ao Santana
Concordo plenamente consigo, quando defende que chamar as coisas pelo seu nome não pode ser considerado um insulto. Mas, quando faço o apelo aos apupos, sem insulto, estou apenas a tentar ser coerente com o apelo que sempre fiz e faço, de uma resistência pacífica sem que o povo seja depois acusado de incitar a violência, por isso haver mais justificações para espancamentos ou outras barbaridades cometidas pelos opressores... Apupos por uma pequena multidão, como quem assobia para o lado, permite manifestar o nosso repúdio à pessoa apupada, envergonha-o e, se tiver vergonha na cara, repensa a posição que lhe levou a ser apupado na praça pública.
É apenas uma forma fácil e barata do povo manifestar a sua indignação, sem terem que ser chamados a responder por isso, a não ser que tenham depois o desplante de emitir algum comunicado a proibir os apupos na rua…
Cumprimentos,
Jorge Herbert"
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Reagindo aos apupos
"Olá Aly,
Reagindo ao pedido do sr. Jorge Herbert "APUPAR OS MILITARES E POLITICOS GOLPISTAS.....sem insultos...". Gostaria de dizer o seguinte: Chamando um cão de cão não é insulto nenhum. Portanto chamando os golpistas e os seus bajuladores politícos de vagabundos, de traiçoeiros, vigaristas, alguns deles de piores burros alfabetizados, terroristas com o caracter completo de um terrorrista, mafiosos, mentirosos (entre outros, por causa das justificações falsas que continuaram a dar sobre a razão do golpe), e o porta-voz dizendo no passado "pelo que eu sei o António Indjai e o Kumba Ialá não estão metidos no golpe", etc., também não seria insulto nenhum.
O jornalista Aly foi masacrado porque logo no início acusou o Chefe dos terrorristas de estar metido nesse golpe. Não gosto de insultar, nem dos insultos, mas sim de fazer os tipos saberem quem são eles mesmos (um animal feroz, deve ser chamado animal feroz. Assim como um Homem deve ser chamado-um Homem.) Para aqueles que estão a confundir o problema pessoal com o problema do povo devem tomar cuidado, porque um membro da família de um deles já está metido na ilegalidade da usurpação do poder, ao aceitar o cargo dado pelos usurpadores e tudo isso graças a...
Santana"
A lista, afinal, era um 'flop'. Sai do País quem quiser!!!
O 'primeiro-ministro' do Governo de transição da Guiné-Bissau, Rui de Barros, disse hoje que foi anulada a lista de 58 pessoas que estavam proibidas de sair do país e que fora elaborada pelo Comando Militar. O Comando Militar, autor do golpe de Estado de 12 de abril na Guiné-Bissau, emitiu em meados de maio uma ordem que proibia a saída do país de 58 pessoas, entre as quais os membros do Governo deposto e dirigentes do maior partido, o PAIGC. Em declarações aos jornalistas, Rui de Barros disse que o governo decidiu acabar com essa lista, que "já não existe", e "quem quiser sair do país pode sair".
Exonerações em bloco: Califa Soares Cassamá foi exonerado do cargo de director-geral da rádio nacional (que acumulava com o de correspondente da RDP-África), Luis de Barros deixou a direcção geral da televisão da Guiné-Bissau, e António Monteiro segue-se-lhes: era o director-geral das Alfândegas. Quem é que se segue? AAS
O RECONHECIMENTO: "Nós estamos a viver uma situação de muita confusão"
O Secretário de Estado de Segurança Nacional e Ordem Pública do Governo de Transição concordou que a Guiné-Bissau vive uma «situação de confusão» a nível nacional. «Nós estamos a viver uma situação de muita confusão, que pode ter varias motivações», disse Sanca. Basílio Sanca falava numa cerimónia de soltura de doze jovens detidos nos últimos dias, em Bissau, que estavam envolvidos em cenas de violência urbana, concretamente nos bairros de Mindará e Bairro d,Ajuda.
De acordo com o governante, estas detenções são pedagógicas porque a Guiné-Bissau está atravessar um período de confusão e é preciso devolver tranquilidade às pessoas, lançando o apelo aos guineenses no sentido de fazerem do país uma sociedade mais tranquila e de paz, o que passa necessariamente pelos esforços dos pais e encarregados de educação dos jovens que haviam sido detidos.
Basílio Sanca disse ainda que a padrão da sociedade guineense não está familiarizado a este tipo de comportamentos. O ministro disse acreditar que a prática seja banida por estes jovens, perante uma situação de agressão com armas brancas e de fogo, tendo garantido que o seu Governo tudo fará para garantir a segurança as pessoas. O responsável condenou os comportamentos destes jovens, com idades compreendidas entre 17 e 23 anos. PNN
APUPAR OS MILITARES E POLITICOS GOLPISTAS
Insisto que a causa nacional actual não pode nem deve ser confundida com argumentos e sentimentos pró ou contra Cadogo Jr.. O que está em causa é a soberania nacional e o respeito pela vontade popular. Cadogo Jr. não passa de um simples representante que o povo legitimamente escolheu nas urnas. Alterar essa realidade é trair a vontade popular. Essa vontade deve ser respeitada e ser dada a oportunidade ao povo, de julgar o desempenho dos seus governantes, decorrido o tempo de uma legislatura, direito e oportunidade essa que tem sido ciclicamente subtraída ao povo guineense, com fortes responsabilidades de políticos incompetentes e incapazes de angariar a simpatia popular.
É lamentável e demasiado redutor, cingir a actual situação da Guiné-Bissau, à luta ou sentimentos pró e contra Cadogo Jr.. Mentalizemos de uma vez por todas que, o que está em causa é a actual usurpação da soberania nacional ao povo, por parte dos militares e de políticos incompetentes. Aqueles que apelam agora ao fim da resistência pacífica e ao entendimento, não dão conta que, neste momento, todo o povo guineense está refém dos militares que continuam com os abusos e violações dos direitos de alguns cidadãos, com a colaboração e subserviência do governo ilegítimo? Não dão conta que o nosso país está a ser governado por piores políticos da nossa praça!? Mesmo que supostamente sejam bons técnicos, não deixam de ser políticos frustrados, que nunca mereceram confiança popular…
Para aqueles que defendem que é impossível regressar ao “status quo” pré-12 de Abril, pergunto se já assumiram uma posição derrotista, aceitando de ânimo leve que a Guiné-Bissau jamais regressará a sua caminhada para a consolidação da democracia e do estado de direito? Porque o não regresso ao pré-12 de Abril, é aceitar a humilhação a que os militares têm submetido à população e aceitar sermos governados por piores políticos guineenses!
Não querendo defender Cadogo Jr. nos casos de assassinatos que houve durante o seu mandato, mas é de um autismo extremo, continuar a querer implicar Cadogo Jr. nesses assassinatos, querendo fazer esquecer ao povo que, os verdadeiros autores materiais desses crimes continuam livres, impunes e, pior que tudo, são eles que controlam hoje o poder na Guiné-Bissau!
Sejamos sensatos e lutemos pelo nosso país, pela nossa soberania, pelos direitos dos cidadãos e esqueçamos os interesses de Cadogo Jr. ou dos criminosos que povoam a fileira castrense guineense. O primeiro e mais perigoso alvo a eliminar são os indivíduos que transformaram as nossas forças armadas num bando de criminosos… Só depois de livrar desses criminosos armados, é que podemos iniciar o combate aos corruptos civis que querem fazer de um lugar no aparelho do estado o meio de enriquecimento fácil e não o lugar para servir ao povo.
CONSIDERO UM DEVER CÍVICO SER-SE HOJE SOLIDÁRIO COM A FRENAGOLPE E COM A LIGA DOS DIREITOS HUMANOS DA GUINÉ-BISSAU, CONTRA OS OPORTUNISTAS QUE ASSALTARAM O PODER. ESTEJAMOS ATENTOS E PROTEJAMOS A VIDA DO IANCUBA INDJAI E DE TODOS AQUELES QUE VERDADEIRAMENTE LUTAM PARA UM PAÍS VERDADEIRAMENTE LIVRE.
UMA FORMA DE LUTA PACÍFICA, É APUPAR, SEM INSULTOS, OS POLITICOS E MILITARES QUE ASSALTARAM O PODER, CADA VEZ QUE FOREM VISTOS A PASSAR NA VIA PÚBLICA. TALVEZ DESSA FORMA GANHEM DE UMA VEZ POR TODAS A VERGONHA NA CARA.
Jorge Herbert
sábado, 2 de junho de 2012
Guiné-Bissau: golpismo ou democracia
Fosse a Guiné no Médio Oriente ou no Magreb e a história seria seguramente outra.
Há uma maldição guineense? A sucessão de golpes e tentativas de golpes de Estado e eliminações de personalidades políticas parece avalizar essa leitura. Instalou-se no senso comum a tese de que a Guiné-Bissau está condenada a uma turbulência política e militar sem fim. Naquela terra, a paz não será senão a preparação da guerra que vem.
E, no entanto, talvez a única maldição guineense seja a do esquecimento e invisibilidade. Fosse a Guiné no Médio Oriente ou no Magreb e a história seria seguramente outra. Até agora, o único motivo de interesse que tem sido reconhecido à Guiné-Bissau parece ser o da sua localização estratégica para os fluxos de narcotráfico entre a América Latina e a Europa. Ele tem acentuado todos os fatores de trivialização de uma cultura de tomada de poder pela força na Guiné-Bissau.
Entretanto, e por paradoxal que seja, a Guiné tornou-se foco de disputa por agendas estrangeiras. Desde a oportunidade de o Senegal, com o envio de tropas, desativar o apoio aos rebeldes de Casamança até à invocação, por Angola (com os olhos em negócios como o da bauxite), do seu sucesso numa efetiva reforma do setor de segurança guineense - que a União Europeia financiou longamente sem qualquer concretização, como é manifesto - passando pela vontade da Nigéria de travar qualquer ascendente angolano na região, as razões para intervir na Guiné multiplicam-se. Mas os interventores refugiam-se em roupagens multilaterais: os interesses do Senegal, da Nigéria ou outros são veiculados pela CEDEAO, enquanto a estratégia de Angola tem o rótulo oficial da CPLP.
O golpe de 12 de abril só se compreende à luz desta combinação perversa entre poder dos barões da droga e choque de estratégias exteriores. A interrupção do processo eleitoral na véspera da segunda volta, quando tudo apontava para a vitória de Carlos Gomes Júnior, favorável a uma aproximação da Guiné com Angola, tem uma leitura clara. Reforçada aliás pelo golpe em cima do golpe perpetrado pela CEDEAO, ao impor a validação de um governo de transição contra a reposição da legalidade constitucional democrática.
Pelo meio fica o povo da Guiné. Um povo supérfluo para os interesses estratégicos. Sintomaticamente, conhecemos da Guiné os golpes e contragolpes mas não se noticia a deterioração dramática da situação humanitária, com o não pagamento dos salários, o ano escolar perdido, a campanha do caju (que é o principal sustento das famílias) comprometida pondo em causa a segurança alimentar da grande maioria da população pobre, a paralisia económica e a subida exponencial do preço dos bens de primeira necessidade, a situação de desesperança nas camadas mais jovens em resultado da associação entre desemprego e privação, a repressão de manifestações contra os golpistas e a circulação de listas negras para eliminação de quem seja incómodo.
É em nome das mulheres e dos homens da Guiné sem rosto nem nome nos grandes meios de comunicação internacionais, que se impõe uma posição de firmeza de quem se quer amigo da democracia e dos direitos humanos repudiando todos os golpes e ameaças e apoiando a prevalência da soberania popular. Foi essa firmeza radicada em princípios e não em alianças de conveniência momentânea com atores locais que faltou ao longo destes anos, diante da onda de assassinatos, de golpes e de chantagens que marcaram todos os dias da vida dos guineenses. Apesar disso, nunca é tarde para se ser digno e querer para esse povo o direito de decidir em paz, em democracia e em liberdade o seu futuro.
José Manuel Pureza
Dirigente do Bloco de Esquerda, professor universitário
www.esquerda.net
Obedecer, ou não - eis a questão
"Caro Aly,
Não queria deixar de mostrar a minha perplexidade pelo apelo à desobediencia civil feito pela FRENAGOLPE, a Frente Nacional Anti-Golpe. Que fique claro que uma alteração da Ordem constitucional por via da força é sempre condenável seja em que circunstâncias for. Porém acho que já é momento de enterrarmos o machado de guerra e "lambermos as feridas", porque de nada adiantará ao país esta luta cega e absurda de argumentos pró e contra Carlos Gomes Junior, uns defendendo nele a figura de um bom gestor de coisa pública e pessoa capaz de estabilizar e desenvolver a Guiné-Bissau e outros vendo-o como um oportunista, capaz de usar de todos os meios para permanecer no poder com vista a enriquicer-se a si e aos seus com os miseráveis recursos do Estado.
Contudo, uma coisa parece mais que certa, independentemente da nossa vontade e opinião: O retorno ao status quo antes do 12 de Abril é impossível! O leite está derramado e não vale a pena chorarmos sobre ele. É preciso sabermos caminhar para um objectivo em comum em vez de incentivos à desobidiencia civil e ao desentendimento nacional. Aliás, essas pessoas da FRENAGOLPE se são mesmo nacionalistas deveriam perceber que uma guerra nunca deve ser solucionada com outra guerra, pois todos sabemos que quem sofrerá com isso será a nossa pátria e o seu povo já de si muito martirizado...
A FRENAGOLPE que hoje existe em Bissau e que apareceu para fazer face ao golpe de estado e de reclamar a ordem constitucional, na minha opinião é uma ideia louvável, mas se calhar deveria ter sido antecipado de uma FRENAMORTE, por exemplo, pois se assim fosse de certeza não chegariamos onde estamos hoje... Lutemos pela Guiné-bissau, mas sempre ao lado do povo e defendendo os interesses do país, pois o interesse nacional é superior a todos os outros interesses mesquinhos. Saibamos trabalhar com base na união para tirarmos o nosso país no lamaçal em que se encontra.
Abraço,
Ismael F."
sexta-feira, 1 de junho de 2012
Só na Guiné Bissau...
Caro irmão, Bom dia,
MARIO PIRES, foi primeiro Ministro da Republica da Guiné-Bissau, agora é Director da EAGB...
ANTÓNIO ARTUR SANHA, foi primeiro Ministro da Republica da Guiné-Bissau, agora é Presidente da Cámara Municipal de Bissau...
Enquanto um dos candidatos a presidente, que fizeram depois o golpe, continua a mendigar entre os Ministérios para ser nomeado, este chama=se SERIFO BALDE...
Serifo Djalo
Saber ser cidadão
O conceito de cidadania sempre esteve fortemente "ligado" à noção de direitos, especialmente os direitos políticos, permite o indivíduo intervir na direção dos negócios públicos do Estado, participando de modo direto ou indireto na formação do governo e na sua administração, seja ao votar (direto), seja ao concorrer a um cargo público (indireto). No entanto, dentro de uma democracia, a definição de Direito, pressupõe a contrapartida de deveres, uma vez que em uma coletividade os direitos de um indivíduo são garantidos a partir do cumprimento dos deveres dos demais componentes da sociedade.
O direito que cada cidadão tem de exigir que os outros respeitem os seus direitos, que aceitem o Bem Comum como mais importante que os interesses individuais e que cumpram as obrigações que lhes são impostas pela lei;
O dever que cada cidadão tem de respeitar os outros, de aceitar que o Bem Comum é mais importante do que os seus interesses pessoais e cumprir com as obrigações que lhe são impostas pela lei;
Ser Cidadão, é poder votar em quem quiser sem constrangimento. É o direito de ser militante de qualquer que seja partido sem ser perseguido, de praticar uma religião sem ser descriminado.
Para se ser cidadão é muito importante, fazer valer os nossos direitos, respeitar os outros e o meio em que vivemos, saber viver em grupo ser participativo, ou seja, cidadão é ser chamado às responsabilidades para lutar pela defesa da vida com qualidade e do bem-estar geral.
O que faz um indivíduo ser cidadão, não é pisar a vontade da maioria, não é chegar governo por vias inconstitucional, não é superar do complexo de inferioridade por vias de força, é a maneira pela qual atua na história da sociedade, reagindo na tentativa de fazer melhorar, sem a violência.
"Ter escravos não é nada, mas o que se torna intolerável é ter escravos chamando-lhes cidadãos"
Ibrahim Abdul Sani
"SOS contra a Barbárie"
Recebi esta denúncia da parte do signatário
"Mais uma ameça à minha pessoa por parte de sr. Gal Antonio Injai: um grupo de homens a paisana vai à minha caça para me bater e torturar até à morte.
Fonte dessa informaçao: militar e partido PRS.
Agradeço transmitir essa informaçao ao bloco PS e outros amigos para denuncia.
Depois, a 2a ameaça:
Srs.
Na sequência da info fornecida anteriormente, aqui os nomes dos militares integrantes do grupo de tortura:
1- Alferes Buam Na Dum
2- Alferes Julio Na Mbali
3- Alferes Matcha
4- Segundo Sargento José Poquena
Peço vossa intervenção
Iancuba Djola Injai"
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