quinta-feira, 26 de abril de 2012
Que título dar a esta notícia, se no meio de tudo só existe o caos?...
Segundo o jornal caboverdeano 'A Semana', há um estudo que cita a Guiné-Bissau como sendo um modelo de gestão de recursos do mar. Numa altura em que a Guiné-Bissau só é notícia devido ao golpe de Estado militar e às suas repercussões na população já de si cansada, um estudo do Banco Mundial elogia o país "Pela Gestão dos Oceanos Mundiais". A Guiné-Bissau posiciona-se, assim, ao lado da Indonésia como modelos de gestão de recursos marinhos. O mesmo organismo pede agora um esforço concertado a nível mundial para melhorar o estado dos oceanos para que possam ser usufruídos benefícios para a economia global e o bem-estar humano. AAS
Bilbao em luta
Os imigrantes Guineenses Residentes em Espanha, concretamente em Bilbao, estão preocupados com o actual momento em que se encontra o pais. Assim, no dia 30 do corrente mês vamos orgnizar uma manifestação pacifica de “Apelo à Retoma da paz em Bissau”. O evento termina no consulado da Guiné-Bissau em Bilbao, com a entrega do manifesto ao cônsul honorário da Guiné-Bissau nesta cidade, onde apelaremos à Restauraçào da Ordem Constituicional.
A Comissâo
Adâo Nhaga
Petição/cidadãos lusófonos
Nós, Cidadãos Lusófonos, estamos fartos:
- estamos fartos de grandes proclamações retóricas, sem qualquer atitude consequente.
- estamos fartos de ouvir que “a nossa pátria é a língua portuguesa”, sem que isso tenha depois qualquer resultado.
- estamos fartos de escutar que a convergência lusófona é o nosso grande desígnio estratégico, sem que depois se dêem passos concretos nesse sentido.
Nós, Cidadãos Lusófonos, sabemos bem que a CPLP só faz o que os Governos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa a deixam fazer e, por isso, responsabilizamos sobretudo os Governos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa pela inoperância da CPLP, 15 anos após a criação. Muitos desses Governos parecem continuar a considerar que a CPLP só serve para promover sessões de poesia – nada contra: sempre houve na nossa língua excelente poetas. Mas a CPLP tem que agir muito mais – não só no plano cultural, mas também no plano social, económico e político.
A situação a que chegou a Guiné-Bissau é um dos exemplos maiores dessa inoperância. Como o MIL há vários anos alertou, teria sido necessário que a CPLP se tivesse envolvido de modo muito mais firme, para além das regulares proclamações grandiloquentes em prol da paz, proclamações tão grandiloquentes quanto inócuas. Como sempre defendemos, exigia-se a constituição de uma FORÇA LUSÓFONA DE MANUTENÇÃO DE PAZ para realmente pacificar a Guiné-Bissau e defender o povo irmão guineense dos desmandos irresponsáveis e criminosos de muitas das suas autoridades políticas e militares.
Dada a situação extrema a que se chegou, só agora a CPLP parece acordar, ao propor “uma força de interposição para a Guiné-Bissau, com mandato definido pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, em articulação com a CEDEAO – Comunidade Económica dos Países de África Ocidental, a União Africana e a União Europeia”, bem como a “aplicação de sanções individualizadas” aos militares envolvidos neste último golpe militar – nomeadamente, a “proibição de viagens, congelamento de bens e responsabilização criminal”.
Obviamente, nós, Cidadãos Lusófonas, concordamos com essas propostas. Apenas esperamos que não cheguem demasiado tarde. E, sobretudo, que não fiquem por aí. O apoio à Guiné-Bissau terá que se estender aos mais diversos planos – desde logo, ao da Educação, da Saúde e da Economia. É mais do que tempo que o povo martirizado da Guiné-Bissau possa viver em paz, com acesso à Educação e à Saúde e com uma Economia que lhe permita viver dignamente.
Nós, Cidadãos Lusófonos, exigimos isso. E por isso exortamos a CPLP a dar, finalmente, passos concretos nesse sentido.
Subscreva e Divulgue aos seus contactos!!
http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=cplpgb
MIL: Movimento Internacional Lusófono
www.movimentolusofono.org
Imposto pelos militares: Direcção Geral da Viação tem 'novo' director geral
LUCINDA AUKHARIÉ, directora geral de Viação, confirma que os militares pediram que devolvesse a chave, tendo recusado. Resultado: a porta principal da DGV foi violada, tendo os militares levado cerca de 12 mil euros (cerca de 8 milhões de Fcfa), que lá estavam depositados para o normal funcionamento da instituição e para o pagamento dos salários. Para o seu lugar, disse a DG, foi 'nomeado' alguém da confiança dos militares. AAS
quarta-feira, 25 de abril de 2012
A palavra é: vegetar
O tempo tarda a passar. Uma hora leva um século; um dia, uma eternidade. E entretanto já passaram 13 dias. Bissau adormece triste e acorda acabrunhada. Vive na incerteza. O corrupio de gente que se vê à volta de tudo o que mexe, não passa de uma ilusão. Um dia, contudo, tudo passará. Tudo se esbaterá, esqueceremos tudo. O que era ontem já não é hoje. Sei-o há muito. Aqui, tudo acontece e uma vez acontecidas, se fixam para sempre e se vão somando na eternidade até à plena consumação dos séculos. Sempre acreditei nisto - que piada.
Mas aqui, convém deixar bem claro: uma coisa é a memória, outra o sentir. Podemos pensar sem nada sentir, temos esse direito. Se não está na Constituição, isso agora pouco importa. Também já não existe a Constituição. Está na gaveta, fecharam-na lá - e quem terá mesmo a chave dessa gaveta? Bissau continua, nesta sua ausência de espaço e de tudo, assustada, porém serena. Bissau tornou-se na própria imagem da relativadade. Aqui, nada se concretiza. Vai-se adiando, atropelando tudo e todos.
Por cá, tudo é efémero. Até chorar os mortos. Chora-se baixinho, talvez com medo que alguém nos fixe o rosto. E nos denuncie. E por aqui estamos. Como sempre, tudo correu torto e no meio de enorme confusão. Quando o sol se põe, Bissau torna-se ruidosa. Tacteio entre as pessoas. Quero sentir-me vivo, quero ter alguém, ainda que desconhecido, com quer falar de coisas banais. O sol está quase a pôr-se. Por três horas, parece que esta cidade, estagnada e quase sem vida, vem para a rua. Vejo a angústia nos rostos dos mais velhos e a indiferença nos mais novos. Pressinto nuns a amargura dos dias difíceis por vir. Sente-se essa presença, que são bem mais palpáveis que a própria angústia existencial. Dói.
É evidente que perdemos uma certa dose de paz. A indiferença, consciente e responsável, está a conduzir-nos para um beco sem saída. A Guiné-Bissau está isolada, quase decapitada. Os funcionários públicos não receberão os seus vencimentos, e as empresas privadas despediram trabalhadores porque também não facturam. É o drama social que se aproxima a passos largos. Um tsunami! Devemos todos estar preparados.
Eu tenho medo, não por mim, mas pelos mais necessitados. Mas devemos ter medo, porque no fundo eu sei que tudo só vale a pena quando se sabe que nada vale a pena, quero dizer, quando aceitamos e não estorvamos, mas também não participamos, a não ser por acaso. E Bissau? Cá está, solarenga, quente como o inferno, a humidade cola-se-nos à pele. Mas continua a haver nas suas gentes uma doçura e simplicidade que me conforta. É na simplicidade que nos vemos melhor, nos avaliamos e o mundo torna-se, de repente, claro. Muito mais claro.
António Aly Silva
terça-feira, 24 de abril de 2012
Declaração da Presidente do Conselho de Segurança da ONU sobre a Guiné-Bissau
NOTA: Esta declaração foi emitida na capacidade dos Estados Unidos como presidente rotativo do Conselho de Segurança da ONU
O Conselho de Segurança relembra a sua declaração à imprensa SC/10607 de 13 Abril de 2012 e reitera a sua forte condenação ao golpe militar pela liderança militar e elementos políticos na Guiné-Bissau, que põe em causa a conclusão do legítimo processo eleitoral presidencial.
O Conselho de Segurança rejeita a criação inconstitucional de um Conselho Nacional de Transição pela liderança militar e os seus apoiantes.
O Conselho de Segurança exige a restituição imediata da ordem constitucional, bem como a reinstalação do governo legítimo da Guiné-Bissau. O Conselho de Segurança exige ainda a libertação imediata e incondicional do Presidente interino, Raimundo Pereira, do Primeiro Ministro, Carlos Gomes Júnior, e de todos os responsáveis detidos para que se possibilite a conclusão das eleições presindenciais e legislativas. Neste sentido, o Conselho apoia a decisão do Conselho de Paz e Segurança da União Africana em suspender, com efeito imediato, a Guiné-Bissau da União Africana (UA) até ao restabelecimento efectivo da ordem constitucional.
O Conselho de Segurança sublinha a necessidade de se garantir o bom estado de saúde e a segurança das pessoas detidas e que os indivíduos protagonistas da violência e actos ilegais sejam responsabilizados.
O Conselho de Segurança manifesta-se profundamente preocupado pelos relatos de repressão violenta contra manifestantes pacíficos, pelas pilhagens, limitação da liberdade de movimento, pela detenção arbitrária de civis e exige a sua libertação. O Conselho exorta a liderança militar para tornar público o número de detenções realizadas e os nomes dos detidos, bem como o seu paradeiro, e exorta ainda os militares a proteger os direitos humanos, incluindo os direitos de liberdade de movimento, de assembleia e de expressão.
O Conselho de Segurança congratula-se e apoia o engajamento activo e as medidas tomadas pela União Africana, pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), e encoraja a coordenação desses esforços que visam o restabelecimento imediato da ordem constitucional na Guiné-Bissau.
O Conselho de Segurança exorta os parceiros da Guiné-Bissau para fortalecerem ainda mais esses esforços e solicita ao Secretário-Geral para apoiar esses esforços, nomeadamente através do seu Representante Especial.
O Conselho está pronto para tomar possíveis medidas adicionais, incluindo sanções dirigidas contra os autores e apoiantes do golpe militar, se a situação não se resolver.
O Conselho de Segurança tomou nota da decisão da União Africana em iniciar consultas com a CEDEAO, a CPLP, as Nações Unidas e outros parceiros sobre possíveis meios adicionais necessários para a estabilização do país, em concertação com o governo legítimo da Guiné-Bissau.
O Conselho solicita ao Secretário-Geral para que mantenha este órgão informado sobre os desenvolvimentos na Guiné-Bissau e que submeta um relatório até ao dia 30 de Abril de 2012, em relação ao restabelecimento da ordem constitucional na Guiné-Bissau.
O Conselho de Seguran¬ça sublinha que a interferência ilegal recorrente dos militares na política contribui para a continuação da instabilidade e de uma cultura de impunidade, e dificulta os esforços convista a consolidação do estado de direito, a implementação da Reforma no Sector da Segurança, promoção do desenvolvimento e a implementação de uma cultura democrática. Neste sentido, o Conselho congratula-se com os esforços da Comissão de Configuração Específica de Consolidação de Paz do País e da Missão bilateral Angolana (MISSANG) na busca da paz e da estabilidade no país.
Os membros do Conselho de Segurança enfatizam a necessidade de se assegurar e respeitar a soberania, unidade e a integridade territorial da Guiné-Bissau.
O Conselho de Segurança vai manter-se activamente a acompanhar este assunto.
MISSANG: Deputados ficaram a saber sobre a 'linha de acção' da missão angolana na Guiné-Bissau
As linhas gerais do acordo de cooperação bilateral entre as repúblicas de Angola e da Guiné-Bissau foram dadas a conhecer hoje, terça-feira, em Luanda, aos deputados, durante a VIII sessão plenária ordinária da Assembleia Nacional. A informação foi prestada pela secretária de Estado das Relações Exteriores para a Cooperação, Exalgina Gambôa, que enfatizou o acordo militar no domínio da assistência técnica destinada à reformar as forças armadas e a polícia daquele país lusófono. Explicou que a cooperação bilateral assenta em dois pilares básicos: assistência técnico-militar (Missang), que privilegia o programa de reforma no sector da defesa e segurança, e o apoio orçamental e financiamento de programas a Guiné-Bissau, através de linha de crédito.
Devido ao clima de instabilidade que se instalou na sociedade e a atitude castrense e à reacção da ala militar, o Executivo da República de Angola decidiu suspender, unilateralmente, o protocolo para a implementação do programa técnico-militar com a Guiné-Bissau e, consequentemente, ordenar a retirada da Missang. Explicou que a atitude do Executivo angolano resulta do facto de ter havido alteração da situação política, quebra da confiança na ala militar guineense em relação as forças armadas angolanas e a falta de segurança para a continuidade do programa. Contudo, afirmou que Angola continuará a manter o mesmo nível das excelentes relações de amizade e cooperação com a Guiné-Bissau, alicerçadas na proximidade histórico-cultural desde a luta de libertação nacional dos povos dos dois países. Precisou que a República de Angola procurará contribuir no quadro bilateral e multilateral para a segurança, estabilidade e a consolidação do Estado democrático e de direito, bem como o desenvolvimento económico e social da Guiné-Bissau.
Quanto ao auxílio que Angola prestou a Guiné-Bissau no âmbito das recentes eleições presidenciais naquele país, Exalgina Gambôa explicou o mesmo circunscreveu-se no quadro institucional e não para apoiar um dos candidatos. Durante o debate em torno do relatório, o líder da bancada parlamentar da UNITA, Raul Danda, condenou a atitude golpista dos militares na Guiné-Bissau, porém, pediu explicações ao Executivo angolano sobre o eventual envio de material de guerra de grande porte para aquele país. Em resposta, o vice-ministro da Defesa, Silvino de Jesus Sequeira “Kianda”, esclareceu que o material que se encontra na Guiné-Bissau era necessário para a formação das forças de defesa e segurança locais. Sublinhou que a cooperação militar entre os governos de Angola e da Guiné-Bissau foi estabelecida através do general António Njai, chefe do Estado-Maior general das forças armadas daquele país, que se deslocou a Angola a propósito no dia 4 de Setembro de 2010.
Declarou que Angola não teve influência no golpe militar, pois a missão das suas tropas naquele país circunscreveu-se apenas naquilo que foi acordado, explicando que a retirada da Missang da Guiné-Bissau está a ser negociada com a CDEAO, por uma questão de segurança. A Missang foi instituída na Guiné-Bissau em 21 de Março de 2011, em cerimónia presidida pelo malogrado presidente da República Malam Bacai Sanha, acompanhado do ministro da Defesa de Angola, Cândido Pereira Van-Dúnem, entre outras individualidades nacionais e estrangeiras.
UE: Golpe deve servir de 'guia de acção'
O presidente da Comissão Europeia afirmou hoje em Bruxelas que a declaração do Conselho de Segurança da ONU sobre a Guiné-Bissau deve servir de "guia de ação" para a comunidade internacional, no sentido da restauração da ordem constitucional.
"A declaração presidencial aprovada pelo Conselho de Segurança no passado sábado deve servir de guia de ação para toda a comunidade internacional. A União Europeia estará sempre ao lado daqueles que procuram promover a paz, a democracia e a segurança na região", declarou Durão Barroso, depois de receber em Bruxelas o primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves.
O presidente do executivo comunitário apontou que o recente golpe militar na Guiné-Bissau foi um dos pontos abordados no encontro, havendo sintonia de posições quanto à condenação, de "forma veemente", do golpe militar de 12 de abril. LUSA
Força de estabilização: Brasil disponível
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antônio Patriota, afirmou hoje na Etiópia estar disponível para a criação de uma missão para a estabilização na Guiné Bissau após o golpe de Estado de 12 de abril.
"O Brasil manifesta a sua disponibilidade e vontade de continuar a trabalhar ao lado da União Africana, e sob os auspícios das Nações Unidas, para a produção de um processo de coordenação que irá levar a um esforço de estabilização, a uma missão de estabilização na Guiné Bissau", afirmou o ministro brasileiro durante o seu discurso na 319.ª Reunião do Conselho de Paz de Segurança da União Africana.
Patriota defendeu que a missão deverá permitir não apenas a conclusão do processo eleitoral, em conformidade com a Constituição do país, mas também a criação de um "Mapa do Caminho" que permita a estabilização interna, no longo prazo, "por meio de ações no campo militar e político". LUSA
PJ leva banhada
Com esta é que a polícia judciária não contava... Então não é que descobriram farinha em vez da droga? Tudo isto, depois de uma perseguição a alta velocidade, chiar dos pneus, culminando em tiros, de intimidação e depois rebentando dois pneus.
Com os supostos traficantes já neutralizados, e algemados, a carrinha segue para as instalações da PJ a alta velocidade. Uma vez chegados, toca a revistar tudo. Qual não foi o espanto da PJ quando, em vez de cocaína...descobriram farinha. Está por saber se a farinha é da marca 'Branca de Neve' ou outra... Mas o que é certo é que houve uma fuga de informação, e a PJ levou uma banhada! AAS
A democracia representativa
"A única forma de democracia possível no mundo moderno é a democracia representativa . Coisa que os nossos militares não sabem ou fingem não saber. O regime democrático é apenas um método para escolha dos governantes.Em primeiro lugar, um líder nacional popularmente eleito, é um meio de superar o particularismo regional e económico (...). Em segundo lugar, em uma época em que se faz necessária uma reestruturação económica importante no país, é vital uma figura de proa com autoridade para impor políticas frequentemente impopulares (...). Terceiro, um presidente plebiscitário irá oferecer o melhor mecanismo para assegurar liderança responsável, forte e pessoal na Guiné-Bissau.
A eleição feita na sala de aula para eleger um aluno como chefe de turma é mais importante do que as eleições presidenciais feitas na Guiné-Bissau.
Muitos jovens que terminaram os estudos têm medo de voltar ao país pra trabalhar justamente porque acham que não conseguirão um emprego digno e, ou, desses levantamentos que ocorrem de tempos em tempos. Preferem ir para o estrangeiro trabalhar como ajudantes de cozinha, babas de crianças, empregados de limpeza, ... porque sabem que, no final do mês, terão o salário prometido e dormirão tranquilamente sem ter que se refugiar no meio da noite.
Os empresários que acreditavam no país, estão desacreditado nela. São cada vez menos as ajudas que vem de fora. (...) Onde vamos parar?? Já caímos do abismo ou ainda não?
Já reflecti e racionei porque um país de uma extensão de 36.125 quilómetros quadrados não pode desenvolver-se na paz e tranquilidade!!?? "Nó cansa guerra" é a frase mais triste que eu li nos últimos 15 anos. Neste momento só lhe posso agradecer pelo trabalho que tem feito na Guiné-Bissau.
Alzira R.
Socióloga
Coimbra"
PJ em perseguição furiosa a traficantes de droga
Há pouco menos de duas horas, Bissau voltou a ser ensombrada por tiros de pistola e de gente armada com metralhadoras AK-47. Tudo começou com uma perseguição a alta velocidade pelas ruas de Bissau. Era a polícia judiciária no encalço de traficantes de droga, que, na iminência de perderem o rasto aos infractores, que viajavam numa viatura Renault Megane, dispararm, primeiro como intimidação e depois para os pneus, tendo acertado em dois.
O susto foi maior porque tudo aconteceu e acabou em frente ao hospital nacional 'Simão Mendes'. Mas em pouco menos de cinco minutos, estava tudo acabado. Enquanto a população, assustada, fugia em direcção a um sítio seguro, os agentes da PJ controlavam a situação. Os bandidos foram algemados, e enfiados nas viaturas. A polícia retirou uma embalagem de dentro da viatura, e tudo indica que se trata de cocaína pura. Os militares chegaram pouco depois dos tiros, mas assim que souberam do que se tratava, bateram em retirada. AAS
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Reflexão nacional
As Organizações das Nações Unidas como órgão estabilizador deve exercer sua autoridade
firme para por cobro a esta prática nefasta imposta à sociedade guineense, auxiliando de
forma verdadeira na promoção da Paz, Segurança, Justiça, Democracia, Valorização Intelectual
por meio das vantagens competitivas, estimulando a educação de qualidade como forma de
erradicação do nepotismo desqualificado e outras práticas absurdas que comprometem a
estrutura social e política do nosso país.
A Guiné-Bissau não precisa de mecanismos saneadoras a curto prazo mas sim de mecanismos
firmes e concretos de forma a reduzir conflitos de interesses entre diferentes setores da vida
social e política nacional.
A Guiné-Bissau só alcançara a paz quando os guineenses entenderem o verdadeiro significado
desta palavra. Paz.
Para que este sonho se torna realidade convido a todos os guineenses a refletirem de forma
consciente os 37 anos de retrocesso nacional.
Estamos no século XXI onde as decisões de mudanças devem ser tomadas baseadas no
intelecto e não da formas como é tradicionalmente conhecido.
É inegável que os problemas crônicos dos guineenses surgiram com o próprio nascimento da
nação que nunca teve oportunidade de experimentar o seu crescimento social e econômico
sem interrupções. Problemas esses que surgiram na luta de libertação nacional entre os
guineenses que nunca souberam discutir de forma republicana suas diferenças.
Perante os 37 anos de puro fracasso urge às seguintes indagações:
1) Será que não temos a capacidade de fazer o diferente?
2) Que tipo de ser constitui a sociedade guineense?
3) Até quando vamos viver a sombra dos constantes sobressaltos?
4) Este acontecimento é a última ou teremos mais no futuro? Qual é a causa?
5) Se as outras sociedades chegaram lá... Por que ainda ficamos no buraco?
6) Será que temos domínio dos nossos atos?
7) Temos representantes (governo/força armadas) com aptidão social, cultural, ético e
profissional a altura do cumprimento de suas atribuições?
8) Obtenção de um diploma universitário é condição suficiente para administrar com
dignidade o patrimônio Público?
9) Sem conhecimentos acadêmicos, mas com experiência profissional garante condições
administrativas e de liderança capaz de prover a mudança?
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10) Será que a sociedade guineense entende claramente os verdadeiros preceitos da
escolha e do desenvolvimento? Será que estamos preparados para a mudança que
tanto se refere? Por quê?
11) A proposta da comunidade internacional para o envio de força estabilizadora a Guiné-
Bissau é maléfico e ou benéfico? Por quê?
Os questionamentos acima mencionados estão abertos as discussões republicanas de maneira
a encontrar o ponto
cego
da situação que contribui para estagnação do país.
Diante do exposto estão convocados todos os guineenses de diferentes esferas sociais, cultural
e principalmente os experts residentes no mundo afora e os residentes em Bissau a
comungarem seus esforços e inteligência de forma a debater os principais problemas que
contribuiu para o fracasso da historia da Guiné-Bissau e propor alternativas diferenciado para
a mudança que a sociedade tanto aguarda.
Eis a minha contribuição, despertando a reflexão e não a distorção.
Vitória-ES/Brasil 20/04/201
Patricia B.
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