sábado, 24 de março de 2012
Água na fervura
"Caro Aly Silva,
É escusado alongar-me em elogios demasiados pois os factos demonstrados por si sao deveras inadjectiváveis tornando qualquer elogio numa mera repetiçao.
Com tudo, gostaria de inaltecer a forma equidistante com que se pautou aliás, como sempre, nestas eleiçoes assim como todos os jornalistas. Simplesmente brilante!
Diria que no meio de tanta podridao ainda subsiste pessoas de mente sä como a sua. Bem haja
Voltando ao propósito da minha intervençao, e antes de mais, gostaria de dizer o seguinte em geito de desabafo: o mal actual da Guiné-Bissau é também o excesso de políticos de todos os estilos e feitios. Por isso nao temos um défice de Carpinteiros, Pedreiros, Agricultores etc a alavanca de desenvolvimento de qualquer país.
Seguramente que todos nos lembramos a quando da auscultaçao do Presidente interino a todos os partidos com assentos parlamentar e seguida dos sem representaçoes parlamentar no sentido da marcaçao de uma data consensual para as eleiçoes. Lembro-me igulamente de ter visto muitos a gritarem alto e em bom som a imperatividade do presidente marcar as eleiçoes segundo o estipulado na Constituiçao, isto é, no espaço de tempo de sessenta (60) dias.
Recordo por outro lado de ver e ouvir algumas "mentes brilhantes" a questionarem esse mesmo factor temporal atendendo ao que é necessário fazer para cumprir com todos os preceitos legais pese embora a Lei apontar para a urgência no seu cumprimento " sessenta dias".
Posto isto, quero relembrar que nenhuma lei do mundo é estanque. Há sempre forma de contornar a lei desde que, para isso, haja vontade política para o fazer e em que os interesses do país sejam tidos como prioritários. O que nao é o caso.
Por motivos relacionados com a escassez do tempo, algumas das etapas do processo eleitoral nao foi possível cumprir. Isto é, nao se fez o recenseamento para permitir que alguns jovens com a idade de votar possam exercer os seus direitos.
Mesmo assim, todos os candidatos ditos DEPENDENTES ou INDEPENDENTES, quer sejam apoiados pelos seus partidos mas de forma INDEPENDENTE ou quer sejam apoiados pelos seus partidos sabiam claramente e de ante mao dessa "violaçao" isto é, a nao actualizaçao de recenseamento. Mesmo assim, aceitaram submeter-se ao sufrágio.
Estratnha-se porém o comunicado das outras candidaturas com fundamentos pouco convincente diria até com intençoes malévolas. Fundamentos velhos, repetitivos, caducos, nunca comprovadas geralmente denominada de FRAUDES.
Uma vez que o comunicado foi tornado público antes da publicaçao dos resultados finais por parte da CNE, faz-se a seguinte pergunta: Em que factos se sustentam esse comunicado? Sabiam que haveria segunda volta? - Aposto que nao. Duvido que se o Koumba Yalá soubesse que iria a segunda volta teria proferido o mesmo comunicado. E agora dá meia volta no disse que nao disse? A ver vamos.
Aquele que gostaria que fosse o meu presidente e da Guiné-Bissau nestas eleiçoes era Sr Henrique Rosa. Contudo nao gostei de o ver embrulhado neste tipo de jogatanas. Ele tem todo o direito de denunciar fraudes mas com provas. Seria bom que nao se misture a sua imagem e se mantenha neutral como tem feito até aqui. Acredito que todos nós temos a nossa vez e que um dia há-de chegar.
Caros concidadaos, quem procura chegar ao poder usando ameaças acabará por nao ser um bom presidente.
SEGUNDA VOLTA
Outro dia estava com um amigo meu a debater assuntos eleitoral da Guiné. No entender deste meu amigo o Henrique Rosa irá apoiar Koumba Yalá influenciando os seus apoiantes. No meu entender é preciso ver que o Sr Henrique Rosa nao tem tanto poder sobre os seus apoiantes. Isto porque à sua volta aglutina um eleitorado mais esclarecido e, portanto, maleável ao contrário do Koumba Yalá cujo um tipo de eleitorado de cariz mais étnico, fixo e pouco esclarecido comparativamente. O PAIGC embora fragmentado tem um tipo de eleitorado mais abrangente muito mais fixo que o PRS.
Diria que nesta segunda volta cerca de 90% dos que votaram no candidato do PAIGC irao manter os seus votos. Coloca-se aqui a questao sobre os eleitorados dos dissidentes do PAIGC, Sirifo Nhamadjo sobretudo. Para todos os efeitos o PAIGC vai querer manter no poder daí que qualquer recomendaçoes que venha ser tomado por Nhamadjo no sentido contrário terá uma forte resistência.
Por outro lado, é bom que paremos e auscultemos a vontade do povo. Neste momento, quer queiramos quer nao, a vontade e a conjuntura actual nao é própriamente de mudança si ao contrário das intençoes de alguns políticos cujo fim seja mais importante que os meios.
Talvez o cenário que se quer actualmente seja de reajustamento e de redimencionamento do partido no poder às necessidades do povo e do país sem turbulências.
Posto isto, e se for respeitada a vontade popular, nao tenho dúvidas que o candidato do PAIGC Sr "Cadogo" acabará por ter a segunda volta a seu favor alem do que dissipará um pouco nesta segunda volta a ideia da divisao interna no PAIGC. Quero lembrar que tudo nao passa de mero prognóstico que como tal, pode ou nao diferir-se.
Para terminar, gostaria de deixar o seguinte apelo: Seja qual for a vontade popular sobre um dos candidatos, que saiba que temos em maos um país para deixar as crianças de hoje, homens de amanha.
Nha mantenha.
Cassinifan L."
Entendam-se
"CARO ALY
MEUS SENHORES E MINHAS SENHORAS,
POVO DA GUINÉ-BISSAU,
É PRECISO QUE HAJA ENTENDIMENTO ENTRE NÓS!
Gostariamos de apelar que o momento de ódio, o momento de vingança, ficassem para a historia. Que se inicie uma nova era: de fraternidade, de irmandade, acima de tudo uma era de responsabilidade. Somos todos responsáveis pelo desenvolvimento desta terra. Nao guardemos nada nos nossos coraçoes sem conversar para chegarmos a um entendimento, evitando assim situaçoes que nos levem a medidas extremas. CHEGOU A HORA DE OS GUINEENSES ASSUMIREM AS SUAS RESPONSABILIDADES. VIVA GUINÉ-BISSAU E O POVO DA GUINÉ-BISSAU
Felicito o povo guineense e todos os candidatos, pelo civismo e espirito democrático demonstrado durante o periodo da campanha eleitoral, e faço votos que o mesmo espirito prevaleça até o dia em que a Guiné-Bissau, tenha o seu novo Presidente da República.
Mustafa Djalo, Marrocos"
MEUS SENHORES E MINHAS SENHORAS,
POVO DA GUINÉ-BISSAU,
É PRECISO QUE HAJA ENTENDIMENTO ENTRE NÓS!
Gostariamos de apelar que o momento de ódio, o momento de vingança, ficassem para a historia. Que se inicie uma nova era: de fraternidade, de irmandade, acima de tudo uma era de responsabilidade. Somos todos responsáveis pelo desenvolvimento desta terra. Nao guardemos nada nos nossos coraçoes sem conversar para chegarmos a um entendimento, evitando assim situaçoes que nos levem a medidas extremas. CHEGOU A HORA DE OS GUINEENSES ASSUMIREM AS SUAS RESPONSABILIDADES. VIVA GUINÉ-BISSAU E O POVO DA GUINÉ-BISSAU
Felicito o povo guineense e todos os candidatos, pelo civismo e espirito democrático demonstrado durante o periodo da campanha eleitoral, e faço votos que o mesmo espirito prevaleça até o dia em que a Guiné-Bissau, tenha o seu novo Presidente da República.
Mustafa Djalo, Marrocos"
Cerca de 1 em cada 4 leitores deste blog sofre de "burrice amnésica"
Caro Aly,
Não pude deixar passar a oportunidade de te enviar os meus '2 cents' para o blog, dado que hoje (ontem?) o blog é 'nosso'. Eu sei que sabes, mas volto a dizer-te que te admiro imenso não só pela tua coragem e convicção, mas pela pessoa que vejo que és. Estarei de volta a Bissau em breve, assim que terminar o mestrado, e espero que possamos conversar de vez em quanto.
Coragem e cuidado.
Beijinho,
A.S
-------------------------------------------------------------------------------------
Escrevo este texto para os guineenses que leem o Ditadura do Consenso – aqueles que, dentre os poucos que sabem ler e menos ainda que conseguem compreender, interpretar e refletir sobre um texto. Somos poucos. Muito poucos. Poucos demais. E é por isso – só por isso – que o nosso país está como está: entregue a bandidos corruptos e semianalfabetos.
Num estado de profunda tristeza que sinto sempre que leio notícias da Guiné-Bissau, digo-vos sinceramente que falta coragem aos guineenses que leem este blog, ao contrário daquele que o edita. Se cada um de nós tivesse um décimo da coragem do Aly, acredito que teríamos um país muito diferente. Um do qual teríamos motivos de orgulho, ao invés de desgosto.
A Guiné-Bissau é um projeto que até agora tem falhado sistematicamente; é um país mal governado e mal aproveitado, mas é, acima de tudo, uma pátria mal-amada pela maioria, apesar de constar o contrário no nosso hino nacional.
Na minha humilde opinião e com todo o respeito pela liberdade de escolha individual, aquelas 447 pessoas que, até este momento, escolheram a opção Koumba Yalá como resposta à pergunta do inquérito do blog (Quem será o próximo Presidente da República da Guiné-Bissau?) são do pior tipo de cidadão que a Guiné-Bissau pode ter. Se essa foi a sua escolha (sim, você que está a ler isto agora), saiba que você sofre de pelo menos uma das condições mentais graves comuns a muitos guineenses: amnésia e/ou burrice.
Amnésia: incapacidade parcial ou total de recordar experiências recentes ou remotas.
A amnésia pode levar a uma desorientação total e bloquear a recordação dos acontecimentos que tiveram lugar apenas há alguns anos. A perda de memória é muito grave.
Burrice: não é o oposto de inteligência: há pessoas inteligentes que, vez por outra, fazem o papel de burras. A burrice tem a peculiar vocação de se traduzir em ações, e por isso mesmo se torna perigosa.
Gostaria de deixar claro que não sou apoiante do Carlos Gomes Jr.; aliás, dentre os candidatos a estas EPA, eu preferia aquele que, a meu ver, é mais idóneo (entre outras coisas), apesar de não concordar com o acto de sabotagem dos resultados.
Um presidente é, acima de tudo, o representante de um país e do seu povo perante o mundo. Nenhum cidadão de bem merece ser representado por um palhaço confusionista e louco. Nenhum cidadão que já tenha dado provas da sua incompetência deveria ser considerado e muito menos elegível para ocupar cargos de alta responsabilidade.
“O mandato de Kumba Yalá como chefe de estado da Guiné-Bissau foi caracterizado pela destituição de ministros e outros altos oficiais, pela dissolução da ANP, pela prisão de juízes, por má gestão financeira, que levou o Banco Mundial e o FMI a suspenderem a ajuda económica.” (Wikipedia). Esta é apenas uma das inúmeras sandices que lhe podem ser atribuídas.
Desde então, o país tem tropeçado imenso, mas pelo menos sente-se alguma melhora.
Porque é que 26% guineenses que lêm este blog desejam regredir? Porquê escolher dos males o maior?
Sinceramente, meus senhores, é doloroso constatar que cerca de 1 em cada 4 leitores deste blog seja tão asnático. Errar é humano. Repetir o mesmo erro é burrice. Lembrem-se sempre disso e por favor tenham juízo, pois nós, que estamos fartos desta vergonha, estamos a tentar sair de um beco sem saída. Um abraço de uma guineense que não sofre nem de amnésia nem de burrice.
PS: Quando comecei a escrever este texto, eram 446. Ao terminar, já havia mais um ...
A.S."
Não pude deixar passar a oportunidade de te enviar os meus '2 cents' para o blog, dado que hoje (ontem?) o blog é 'nosso'. Eu sei que sabes, mas volto a dizer-te que te admiro imenso não só pela tua coragem e convicção, mas pela pessoa que vejo que és. Estarei de volta a Bissau em breve, assim que terminar o mestrado, e espero que possamos conversar de vez em quanto.
Coragem e cuidado.
Beijinho,
A.S
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Escrevo este texto para os guineenses que leem o Ditadura do Consenso – aqueles que, dentre os poucos que sabem ler e menos ainda que conseguem compreender, interpretar e refletir sobre um texto. Somos poucos. Muito poucos. Poucos demais. E é por isso – só por isso – que o nosso país está como está: entregue a bandidos corruptos e semianalfabetos.
Num estado de profunda tristeza que sinto sempre que leio notícias da Guiné-Bissau, digo-vos sinceramente que falta coragem aos guineenses que leem este blog, ao contrário daquele que o edita. Se cada um de nós tivesse um décimo da coragem do Aly, acredito que teríamos um país muito diferente. Um do qual teríamos motivos de orgulho, ao invés de desgosto.
A Guiné-Bissau é um projeto que até agora tem falhado sistematicamente; é um país mal governado e mal aproveitado, mas é, acima de tudo, uma pátria mal-amada pela maioria, apesar de constar o contrário no nosso hino nacional.
Na minha humilde opinião e com todo o respeito pela liberdade de escolha individual, aquelas 447 pessoas que, até este momento, escolheram a opção Koumba Yalá como resposta à pergunta do inquérito do blog (Quem será o próximo Presidente da República da Guiné-Bissau?) são do pior tipo de cidadão que a Guiné-Bissau pode ter. Se essa foi a sua escolha (sim, você que está a ler isto agora), saiba que você sofre de pelo menos uma das condições mentais graves comuns a muitos guineenses: amnésia e/ou burrice.
Amnésia: incapacidade parcial ou total de recordar experiências recentes ou remotas.
A amnésia pode levar a uma desorientação total e bloquear a recordação dos acontecimentos que tiveram lugar apenas há alguns anos. A perda de memória é muito grave.
Burrice: não é o oposto de inteligência: há pessoas inteligentes que, vez por outra, fazem o papel de burras. A burrice tem a peculiar vocação de se traduzir em ações, e por isso mesmo se torna perigosa.
Gostaria de deixar claro que não sou apoiante do Carlos Gomes Jr.; aliás, dentre os candidatos a estas EPA, eu preferia aquele que, a meu ver, é mais idóneo (entre outras coisas), apesar de não concordar com o acto de sabotagem dos resultados.
Um presidente é, acima de tudo, o representante de um país e do seu povo perante o mundo. Nenhum cidadão de bem merece ser representado por um palhaço confusionista e louco. Nenhum cidadão que já tenha dado provas da sua incompetência deveria ser considerado e muito menos elegível para ocupar cargos de alta responsabilidade.
“O mandato de Kumba Yalá como chefe de estado da Guiné-Bissau foi caracterizado pela destituição de ministros e outros altos oficiais, pela dissolução da ANP, pela prisão de juízes, por má gestão financeira, que levou o Banco Mundial e o FMI a suspenderem a ajuda económica.” (Wikipedia). Esta é apenas uma das inúmeras sandices que lhe podem ser atribuídas.
Desde então, o país tem tropeçado imenso, mas pelo menos sente-se alguma melhora.
Porque é que 26% guineenses que lêm este blog desejam regredir? Porquê escolher dos males o maior?
Sinceramente, meus senhores, é doloroso constatar que cerca de 1 em cada 4 leitores deste blog seja tão asnático. Errar é humano. Repetir o mesmo erro é burrice. Lembrem-se sempre disso e por favor tenham juízo, pois nós, que estamos fartos desta vergonha, estamos a tentar sair de um beco sem saída. Um abraço de uma guineense que não sofre nem de amnésia nem de burrice.
PS: Quando comecei a escrever este texto, eram 446. Ao terminar, já havia mais um ...
A.S."
sexta-feira, 23 de março de 2012
Desafios de um preocupado
"Caro Aly,
Agradeço a oportunidade que deu para com os que de longe queiram contribuir ou expressar-se sobre a situação politico do país. Não sou constitucionalista, para não ser atrevido, reservo direito aos especialistas da área os seus serviços. Como cidadão preocupado em encontrar melhor solução para o presente impasse, lanço um desafio aos seguintes:
Aos cidadãos apoiantes dos diversos candidatos (Henrique Rosa e Serifo Nhamadjo, e Kumba yala)
Vocês têm papel importante neste momento, caso não estejam de acordo com posição do seu apoiado, sejam corajosos e patriota, juntam aos seus colegas que durante a campanha lutaram juntos, mas que neste momento não estão de acordo com a posição dos vossos apoiados, e dirijam pessoalmente face a face aos vossos apoiados, e pediram ou manifestaram os vossos desacordos para com as suas posições.
Aos apoiantes de Cadogo,
Nunca é demais chegar junto a vosso apoiado, tentem arranjar melhor solução em conjunto, de melhor forma possível. A vossa opinião o vossa participação e mais-valia do que estão a pensar.
Tenho certeza de que caso conseguem juntar número considerável dos apoiantes, este gesto terá o efeito positivo, e será para o bem deste país. Porque a consequência advir é impossível.
Meus concidadãos, Para o bem deste país e para o futuro dos nossos filhos e irmão, o momento exige a participação cívica e interventivo de todos s de cada um de nos.
I Sani"
Agradeço a oportunidade que deu para com os que de longe queiram contribuir ou expressar-se sobre a situação politico do país. Não sou constitucionalista, para não ser atrevido, reservo direito aos especialistas da área os seus serviços. Como cidadão preocupado em encontrar melhor solução para o presente impasse, lanço um desafio aos seguintes:
Aos cidadãos apoiantes dos diversos candidatos (Henrique Rosa e Serifo Nhamadjo, e Kumba yala)
Vocês têm papel importante neste momento, caso não estejam de acordo com posição do seu apoiado, sejam corajosos e patriota, juntam aos seus colegas que durante a campanha lutaram juntos, mas que neste momento não estão de acordo com a posição dos vossos apoiados, e dirijam pessoalmente face a face aos vossos apoiados, e pediram ou manifestaram os vossos desacordos para com as suas posições.
Aos apoiantes de Cadogo,
Nunca é demais chegar junto a vosso apoiado, tentem arranjar melhor solução em conjunto, de melhor forma possível. A vossa opinião o vossa participação e mais-valia do que estão a pensar.
Tenho certeza de que caso conseguem juntar número considerável dos apoiantes, este gesto terá o efeito positivo, e será para o bem deste país. Porque a consequência advir é impossível.
Meus concidadãos, Para o bem deste país e para o futuro dos nossos filhos e irmão, o momento exige a participação cívica e interventivo de todos s de cada um de nos.
I Sani"
A PARTICIPACAO DOS MILITARES NA POLITICA E POR CONSEGUINTE A CRIACAO DE FACCOES
"Sem qualquer filiacão partidaria deixo aqui a minha consideracao. Os militares sao sempres considerados de faccoes, quando, ao inves de contribuirem para a defesa nacional e a garantia da seguranca interna, optam por um envolvimento na vida politica
nacional.
Os militares sao demasiados politizados, e sempre que se verificam devirgencias internas conflitos politicos etc; envolvem-se o pais devide-se em grupos rivais levando-se muitas vezes a consequencias graves como guerra civil assim como ao golpes de estado.
E certo que na Guine Bissau, muitos chegaram ao poder com apoio dos militares, assim como muitos foram derrubados do poder pelos militares. O mais grave e que no nosso pais sempre que acontecem actos eleitorais, os mesmos sao contestados, ou seja raramente sao aceites e os militares sao sempre quem se envolvem nesse jogo, considerando como uma postura antidemocratica.
Vejamos o exemplo de um caso em 2003 " O COMITE MILITAR DA GUINE BISSAU, autor do golpe de Estado que derrubou O entao presidente, opoe-se a devulgacao dos resultados das legislativas ate que sejam avaliadas as revendicacoes de todos os partidos. A posicao dos militares foi assumida pouco depois de o PRS, apontado como o segundo classificado ter anunciado que nao iria reconhecer os resultados.
Esta e uma realidade que tem marcado a cena politica guineense. A situacao e realmente tao preocupante, que quando qualquer lider politico faz uma declaracao politica de caracter hostil, comecam ouvir-se apelos da comunidade internacional, porque teme-se que os militares possam estar ao lado deste politico fazendo com que a turbulencia reine no pais.
Quem nao se recorda da afirmacao proferida no dia 15 de Maio de 2005 por um dos actuais 5 candidatos que regeitam a vontade popular, do dia 18 de Marco, afirmacao que depois foi concretizada no final do mesmo mes com a ocupacao do palacio presidencial com um grupo de homens armados durante cerca de quatro horas. No nosso querido pais os militares sao considerados como inimigos da Democracia. E necessario e urgente estabelecer uma reforma nas Forcas Armadas
Caros meus POLITIQUEIROS, ou meus ditos politicos, para que uma democracia funciona de uma forma consistente, convido-vos a transformar as sedes partidarias numa faculdade de e para a Democracia, e que os conflitos ou divergencias de caracter politico, sejam solucionados de acordo com os ditames estabelecidos, ou seja de acordo com as normas constituicionais consagradas e nao pela via da VIOLENCIA E DESOBEDENCIA AS NORMAS.
UM GRANDE ABRACO AO TODO O POVO HUMILDE DA GUINE BISSAU
UNIDOS VENCEREMOS
Antonio Tavares, Irlanda de Norte"
nacional.
Os militares sao demasiados politizados, e sempre que se verificam devirgencias internas conflitos politicos etc; envolvem-se o pais devide-se em grupos rivais levando-se muitas vezes a consequencias graves como guerra civil assim como ao golpes de estado.
E certo que na Guine Bissau, muitos chegaram ao poder com apoio dos militares, assim como muitos foram derrubados do poder pelos militares. O mais grave e que no nosso pais sempre que acontecem actos eleitorais, os mesmos sao contestados, ou seja raramente sao aceites e os militares sao sempre quem se envolvem nesse jogo, considerando como uma postura antidemocratica.
Vejamos o exemplo de um caso em 2003 " O COMITE MILITAR DA GUINE BISSAU, autor do golpe de Estado que derrubou O entao presidente, opoe-se a devulgacao dos resultados das legislativas ate que sejam avaliadas as revendicacoes de todos os partidos. A posicao dos militares foi assumida pouco depois de o PRS, apontado como o segundo classificado ter anunciado que nao iria reconhecer os resultados.
Esta e uma realidade que tem marcado a cena politica guineense. A situacao e realmente tao preocupante, que quando qualquer lider politico faz uma declaracao politica de caracter hostil, comecam ouvir-se apelos da comunidade internacional, porque teme-se que os militares possam estar ao lado deste politico fazendo com que a turbulencia reine no pais.
Quem nao se recorda da afirmacao proferida no dia 15 de Maio de 2005 por um dos actuais 5 candidatos que regeitam a vontade popular, do dia 18 de Marco, afirmacao que depois foi concretizada no final do mesmo mes com a ocupacao do palacio presidencial com um grupo de homens armados durante cerca de quatro horas. No nosso querido pais os militares sao considerados como inimigos da Democracia. E necessario e urgente estabelecer uma reforma nas Forcas Armadas
Caros meus POLITIQUEIROS, ou meus ditos politicos, para que uma democracia funciona de uma forma consistente, convido-vos a transformar as sedes partidarias numa faculdade de e para a Democracia, e que os conflitos ou divergencias de caracter politico, sejam solucionados de acordo com os ditames estabelecidos, ou seja de acordo com as normas constituicionais consagradas e nao pela via da VIOLENCIA E DESOBEDENCIA AS NORMAS.
UM GRANDE ABRACO AO TODO O POVO HUMILDE DA GUINE BISSAU
UNIDOS VENCEREMOS
Antonio Tavares, Irlanda de Norte"
Como muitos produtos expiram...
"Caro António,
Não há como pensar em ti sem lhe adicionar elogios. És simplesmente o lutador incansável pelo reino do saber, mérito e intransigência pelo caso mais nobre “a Guiné Guineense”. É triste que muitos ainda não entenderam e talvez nunca entenderão a mensagem que lança no tocante a vela acesa e posta para iluminar a escuridão que as fardas das tropas causam a todo o processo de desenvolvimento e descanso do país.
Perguntar desde quando é fazer alusão e apelo a reflexão sobre o tipo de país que se pretende fazer da Guiné Bissau em pleno século XXI, com toda a massa cinzenta que se produz nos bancos escolares e universitários.
Como muitos produtos expiram, muitos dos nossos ditos políticos são mais que expirados, são podres! Desconhecem que a regra democrática é ditada pelo povo e não pelo desejo pobremente calculada e calculista de candidatos que não conseguem ganhar nas mesas eleitorais postas mesmo ao lado de suas casas. Quem perde onde há luz, dificilmente encontrará o caminho da vitória onde houver escuridão.
Ainda por cima, com a “sabura” já conhecida, o povo jamais quererá comer “kintangu”. Nevar "kintangu" é,sim, democracia. Requererá juízo.
Juízo este contrariado por pessoas que entoam a paz, sem saber que o facto de a palavra ser formada de três letras alfabéticas, contem em si o pai - criador, a alma - que anima e o zás – de descanso. No tempo e velocidade que se vive hoje, está mais que chegado a hora do povo começar a descansar do mal feitio de pessoas cuja cobardia lhes mete a cobiçar o inalcançável.
Não se torna chefe “overnight”. Há todo um processo a seguir. Aprendam!
Cumprimentos,
Guiné Lanta"
Não há como pensar em ti sem lhe adicionar elogios. És simplesmente o lutador incansável pelo reino do saber, mérito e intransigência pelo caso mais nobre “a Guiné Guineense”. É triste que muitos ainda não entenderam e talvez nunca entenderão a mensagem que lança no tocante a vela acesa e posta para iluminar a escuridão que as fardas das tropas causam a todo o processo de desenvolvimento e descanso do país.
Perguntar desde quando é fazer alusão e apelo a reflexão sobre o tipo de país que se pretende fazer da Guiné Bissau em pleno século XXI, com toda a massa cinzenta que se produz nos bancos escolares e universitários.
Como muitos produtos expiram, muitos dos nossos ditos políticos são mais que expirados, são podres! Desconhecem que a regra democrática é ditada pelo povo e não pelo desejo pobremente calculada e calculista de candidatos que não conseguem ganhar nas mesas eleitorais postas mesmo ao lado de suas casas. Quem perde onde há luz, dificilmente encontrará o caminho da vitória onde houver escuridão.
Ainda por cima, com a “sabura” já conhecida, o povo jamais quererá comer “kintangu”. Nevar "kintangu" é,sim, democracia. Requererá juízo.
Juízo este contrariado por pessoas que entoam a paz, sem saber que o facto de a palavra ser formada de três letras alfabéticas, contem em si o pai - criador, a alma - que anima e o zás – de descanso. No tempo e velocidade que se vive hoje, está mais que chegado a hora do povo começar a descansar do mal feitio de pessoas cuja cobardia lhes mete a cobiçar o inalcançável.
Não se torna chefe “overnight”. Há todo um processo a seguir. Aprendam!
Cumprimentos,
Guiné Lanta"
Matchundadi...pa kê?
"Caro Aly!
Antes de iniciar gostaria muito de te agradecer e louvar pelo seu grande trabalho. Nós aqui na Suécia conseguimos acompanhar as eleições na Guiné-Bissau, nossa querida patria, graças a você. Você é um homem valente e corajoso.
Relamente aquilo que passa neste momento na nossa Guiné é preocupante e lamentavel. Fala-se muito de fraudes eleitorias. Queria perguntar, em que país do mundo não existem fraudes eleitorais? Não somos o primeiro e nem seremos os ultimos. Eu não sou militante e nem simpatizante de nenhum partido, porque é vergonhoso ver como os nossos politicos fazem a politica. Eles sempre mostram que são politicos de baixo nivel. Eles falam muito no povo, mais será que eles realmente se preocupam com povo?
É desta vez que eles devem mostrar a maturidade politica. Já estamos cansados das palhaçadas dos politicos e militares. Temos que respeitar o resultado publicado pela CNE e aprovado pelo Supremo Tribunal da Justiça.
Se os observadores internacionais em unanimedade afirmaram que as eleições foram livres, justas e transparentes, respeitando todas as regras e normas da democracia, então porquê os polticos reclamam fraudes? Eles querem mostrar valentia e "matchundade" para quem?
Por favor vamos todos unir e trabalhar para uma Guiné-Bissau melhor. Deixem os interesses pessoais de fora e pensam neste povo que não merece o que tem passado. Que governe o País quem Deus achar que é melhor, mas não quem está com o diabo nas costas.
Que Deus proteja e abançõe a Guiné-Bissau
Tomas D. P.
Cidadão guineense residente na Suécia
Obs: por favor Aly, publica esta minha mensagem"
Antes de iniciar gostaria muito de te agradecer e louvar pelo seu grande trabalho. Nós aqui na Suécia conseguimos acompanhar as eleições na Guiné-Bissau, nossa querida patria, graças a você. Você é um homem valente e corajoso.
Relamente aquilo que passa neste momento na nossa Guiné é preocupante e lamentavel. Fala-se muito de fraudes eleitorias. Queria perguntar, em que país do mundo não existem fraudes eleitorais? Não somos o primeiro e nem seremos os ultimos. Eu não sou militante e nem simpatizante de nenhum partido, porque é vergonhoso ver como os nossos politicos fazem a politica. Eles sempre mostram que são politicos de baixo nivel. Eles falam muito no povo, mais será que eles realmente se preocupam com povo?
É desta vez que eles devem mostrar a maturidade politica. Já estamos cansados das palhaçadas dos politicos e militares. Temos que respeitar o resultado publicado pela CNE e aprovado pelo Supremo Tribunal da Justiça.
Se os observadores internacionais em unanimedade afirmaram que as eleições foram livres, justas e transparentes, respeitando todas as regras e normas da democracia, então porquê os polticos reclamam fraudes? Eles querem mostrar valentia e "matchundade" para quem?
Por favor vamos todos unir e trabalhar para uma Guiné-Bissau melhor. Deixem os interesses pessoais de fora e pensam neste povo que não merece o que tem passado. Que governe o País quem Deus achar que é melhor, mas não quem está com o diabo nas costas.
Que Deus proteja e abançõe a Guiné-Bissau
Tomas D. P.
Cidadão guineense residente na Suécia
Obs: por favor Aly, publica esta minha mensagem"
"No fim vai dar tudo certo"
"Grande Aly silva, vocé é o cara!
PORQUE? Porque você é corajoso, determinado em defender os interesses da causa justa do país e os GUIGUIS na diáspora desejam saúde e mais sucesso ainda no seu trabalho. Eu confio nos guineenses, e isso no fim vai dar tudo certo. Deus vai nos ajudar, ele que é solução de todas as coisas, sempre ajudou esse povo não é agora que o senhor nos abandonara.
Para que as nossas MÃES durmam em paz: CADOGO, KUMBA, HNERIQUE, ALY, JOSE, BUNTCHÉ, voces todos são irmãos. E para você que é GUIGUI NA DIÁSPORA não desanima, levanta a cabeça, fala bem do seu país lindo,... conta as historias bonitas de Gabu, de Buba, de Farim, fala do vinho de palma de Caió e de Amilcar Cabral...
OBRIGADO!
JOSÉ B?"
PORQUE? Porque você é corajoso, determinado em defender os interesses da causa justa do país e os GUIGUIS na diáspora desejam saúde e mais sucesso ainda no seu trabalho. Eu confio nos guineenses, e isso no fim vai dar tudo certo. Deus vai nos ajudar, ele que é solução de todas as coisas, sempre ajudou esse povo não é agora que o senhor nos abandonara.
Para que as nossas MÃES durmam em paz: CADOGO, KUMBA, HNERIQUE, ALY, JOSE, BUNTCHÉ, voces todos são irmãos. E para você que é GUIGUI NA DIÁSPORA não desanima, levanta a cabeça, fala bem do seu país lindo,... conta as historias bonitas de Gabu, de Buba, de Farim, fala do vinho de palma de Caió e de Amilcar Cabral...
OBRIGADO!
JOSÉ B?"
Usem
"Caro aly,
Meus parabens pelo seu trabalho, principalmente a fazer-nos acompanhar de perto a situação da nossa Guiné-Bissau. Muitos perguntam até quando os nossos politicos vão ser politicos de verdade? Até quando as nossas forças armadas passam a respeitar e submeter-se a constituicao da República?
Eu pergunto até quando os ditos “juristas guineenses” passam a interpretar as leis de uma forma justa? Voltar a faculdade de direito não será tarde, muito pelo contrário, dara para aprenderem melhor! Consequência de uma interpretação errada pode gerar problemas sérios, porque para aqueles que não sabem, tudo está ok.
Boa sorte Guiné-Bissau!
J. Francisco"
Hoje, o blogue é vosso. Disponham! Aproveitem...
"Para comecar, agradeco-lhe pela informacao que nos faculta a tempo e horas no seu blog, e a sua coragem. Eu sinceramente nao concordo com algumas das suas criticas, porque muita das vezes sao viradas so para um lado e com a dimensao de blogueiro que tens, essas criticas deviam ser para todos os nossos politicos, porque de politicos estes nao têm nada -sao uma cambada de criminosos e de bandidos, cujos unicos objectivos sao: O DINHEIRO, BOAS CASAS, MULHERES, ETC..ETC. Pode crer que a juventude na sua maioria lhe admira e muitos querem aliar aos seus ideiais mas queremos ver-lhe imparcial.
Muito obrigada
Que Deus esteja sempre consigo.
M.B."
M/R: Afinal, em que ficamos?! AAS
Muito obrigada
Que Deus esteja sempre consigo.
M.B."
M/R: Afinal, em que ficamos?! AAS
"Estou com medo. Muito medo"
Caro irmao.
Mais uma vez agradeço ao nosso Pai para te proteger na sua dificil tarefa de trazer sempre a luz os acontecimentos da nossa querida patria. Obrigado. Irmão estou muito preocupado com a situacão actual do nosso país. Em que isto pode dar. Que Deus nos livre de mais uma confusão”matança” na Guiné.
A experiencia provou-nos sempre. A solução dos problemas pelo ditos “Matchus” é sempre Matar, Matar, Matar, e por ultimo prender. Estou com medo. Muito medo.
Deus abençoe a nossa terra.
Viva a guiné-Bissau
Abraço.
Gostaria imenso de um dia conhecer o senhor.
Ibraima B."
Mais uma vez agradeço ao nosso Pai para te proteger na sua dificil tarefa de trazer sempre a luz os acontecimentos da nossa querida patria. Obrigado. Irmão estou muito preocupado com a situacão actual do nosso país. Em que isto pode dar. Que Deus nos livre de mais uma confusão”matança” na Guiné.
A experiencia provou-nos sempre. A solução dos problemas pelo ditos “Matchus” é sempre Matar, Matar, Matar, e por ultimo prender. Estou com medo. Muito medo.
Deus abençoe a nossa terra.
Viva a guiné-Bissau
Abraço.
Gostaria imenso de um dia conhecer o senhor.
Ibraima B."
Juliano Fernandes, jurista: "Constituição não prevê substituição de candidatos à segunda volta"
O jurista guineense Juliano Fernandes disse hoje (sexta-feira) que a Constituição do país não prevê que o lugar do segundo candidato mais votado na primeira volta das eleições presidenciais seja ocupado pelo terceiro, em caso de desistência.
Fernandes, antigo Procurador-Geral da Guiné-Bissau e actual professor de Direito na Faculdade de Direito de Bissau, comentou para a agência Lusa a posição de Kumba Ialá, que se recusa a apresentar-se à segunda volta das presidenciais de domingo passado, alegando fraude na primeira volta do escrutínio. Kumba Ialá, segundo candidato mais votado, tinha de disputar uma segunda volta das eleições contra Carlos Gomes Júnior, o candidato mais votado na primeira volta.
"No que toca à Constituição, a disposição que consta no número dois do artigo 64º, diz que à segunda volta das eleições presidenciais só poderão apresentar-se os dois candidatos mais votados na primeira volta. Isso é o que está estabelecido na Constituição, simplesmente e é aqui que a Constituição se esgota nessa matéria", disse Juliano Fernandes. Para o especialista guineense, existe uma outra interpretação que se pode fazer a partir da lei eleitoral do país mas, na sua opinião, o que deve prevalecer é o que diz a Constituição.
"Na minha opinião, a Constituição parece indicar com alguma propriedade que à segunda volta não serão admitidos outros para lá dos dois candidatos mais votados na primeira", precisou Juliano Fernandes. "No caso de um dos dois candidatos habilitados a apresentar-se à segunda volta desistir, então ficará habilitado apenas um, aquele que não desistiu", sublinhou o professor de Direito.
Neste caso, o candidato terá de se sujeitar à votação para confirmar ou não a eleição, salientou. "Sendo essa a interpretação, no caso de desistência do outro candidato, o outro (o mais votado) concorre sozinho, ainda que se possa questionar a legitimidade democrática por se ter concorrido sozinho", destacou Fernandes. O jurista admitiu existir "uma certa divergência" entre a lei eleitoral e a Constituição, mas lembrou que a Constituição se sobrepõe às leis ordinárias.
"O numero três do artigo 112º da lei eleitoral diz que no caso de desistência de um dos candidatos admitidos à segunda volta serão chamados os outros candidatos, que se haviam apresentado na primeira volta e que se classificaram do segundo para baixo, de acordo com o critério decrescente dos resultados que obtiveram na votação da primeira volta", explicou.
o jurista disse que a divergência de interpretação terá uma solução quando o caso chegar ao Supremo Tribunal de Justiça, nas suas competências de Tribunal Constitucional. "O imbróglio jurídico terá que ter uma solução ditada pelo Supremo Tribunal de Justiça nas competências de Tribunal" PORTALANGOP
Fernandes, antigo Procurador-Geral da Guiné-Bissau e actual professor de Direito na Faculdade de Direito de Bissau, comentou para a agência Lusa a posição de Kumba Ialá, que se recusa a apresentar-se à segunda volta das presidenciais de domingo passado, alegando fraude na primeira volta do escrutínio. Kumba Ialá, segundo candidato mais votado, tinha de disputar uma segunda volta das eleições contra Carlos Gomes Júnior, o candidato mais votado na primeira volta.
"No que toca à Constituição, a disposição que consta no número dois do artigo 64º, diz que à segunda volta das eleições presidenciais só poderão apresentar-se os dois candidatos mais votados na primeira volta. Isso é o que está estabelecido na Constituição, simplesmente e é aqui que a Constituição se esgota nessa matéria", disse Juliano Fernandes. Para o especialista guineense, existe uma outra interpretação que se pode fazer a partir da lei eleitoral do país mas, na sua opinião, o que deve prevalecer é o que diz a Constituição.
"Na minha opinião, a Constituição parece indicar com alguma propriedade que à segunda volta não serão admitidos outros para lá dos dois candidatos mais votados na primeira", precisou Juliano Fernandes. "No caso de um dos dois candidatos habilitados a apresentar-se à segunda volta desistir, então ficará habilitado apenas um, aquele que não desistiu", sublinhou o professor de Direito.
Neste caso, o candidato terá de se sujeitar à votação para confirmar ou não a eleição, salientou. "Sendo essa a interpretação, no caso de desistência do outro candidato, o outro (o mais votado) concorre sozinho, ainda que se possa questionar a legitimidade democrática por se ter concorrido sozinho", destacou Fernandes. O jurista admitiu existir "uma certa divergência" entre a lei eleitoral e a Constituição, mas lembrou que a Constituição se sobrepõe às leis ordinárias.
"O numero três do artigo 112º da lei eleitoral diz que no caso de desistência de um dos candidatos admitidos à segunda volta serão chamados os outros candidatos, que se haviam apresentado na primeira volta e que se classificaram do segundo para baixo, de acordo com o critério decrescente dos resultados que obtiveram na votação da primeira volta", explicou.
o jurista disse que a divergência de interpretação terá uma solução quando o caso chegar ao Supremo Tribunal de Justiça, nas suas competências de Tribunal Constitucional. "O imbróglio jurídico terá que ter uma solução ditada pelo Supremo Tribunal de Justiça nas competências de Tribunal" PORTALANGOP
Desde quando? - Ainda mexe...
"Olá amigo Aly,
Sobre o texto e escrito acima, nem vou comentar. Não é fácil amar um País que mata a sua gente... Eu não quero deixar de amar essa terra e essa gente. Por isso, por favor proteje-te.
Por querer bem a essa terra e gente se calhar não tenho coragem para te pedir que pares... Mas por favor tem cuidado.
Um grande abraço.
J.Dias"
--
"Prezado Aly Silva,
há muito tempo vinha apreciando e admirando a sua coragem e determinação em defender os interesses e valores da República. O que na verdade poucos que dizem ser guineenses fazem, ou quando o fazem é porque não estão sujeitos a um perigo (i) mediato que é o teu caso. Infelizmente, a nossa terra tem sofrido com a cobiça dos seus proóprios Satanás e jagudis que desejam bicar os recursos que temos. Pior, aqueles que não entendem nada de nada têm tentado de forma infeliz interpretar as leis da República.
Aliás, alguns deles nem sequer são leigos, são simplesmente usurpadores (mas que dizem ser profissionais) e impostores que tentam manipular e escamotear os anseios do nosso povo. Haja o que houver, aconteça o que acontecer o bem triunfará sobre o mal! Estamos contigo e se um dia te abaterem covardemente como têm feito até hoje, saiba que a tua partida não será "morte macaca". Pois mereces repousar ao lado dos verdadeiros heróis nacionais.
Yalá na Man"
Sobre o texto e escrito acima, nem vou comentar. Não é fácil amar um País que mata a sua gente... Eu não quero deixar de amar essa terra e essa gente. Por isso, por favor proteje-te.
Por querer bem a essa terra e gente se calhar não tenho coragem para te pedir que pares... Mas por favor tem cuidado.
Um grande abraço.
J.Dias"
--
"Prezado Aly Silva,
há muito tempo vinha apreciando e admirando a sua coragem e determinação em defender os interesses e valores da República. O que na verdade poucos que dizem ser guineenses fazem, ou quando o fazem é porque não estão sujeitos a um perigo (i) mediato que é o teu caso. Infelizmente, a nossa terra tem sofrido com a cobiça dos seus proóprios Satanás e jagudis que desejam bicar os recursos que temos. Pior, aqueles que não entendem nada de nada têm tentado de forma infeliz interpretar as leis da República.
Aliás, alguns deles nem sequer são leigos, são simplesmente usurpadores (mas que dizem ser profissionais) e impostores que tentam manipular e escamotear os anseios do nosso povo. Haja o que houver, aconteça o que acontecer o bem triunfará sobre o mal! Estamos contigo e se um dia te abaterem covardemente como têm feito até hoje, saiba que a tua partida não será "morte macaca". Pois mereces repousar ao lado dos verdadeiros heróis nacionais.
Yalá na Man"
O ponto de não retorno
"Ola António Aly Silva,
Aproveito o ensejo para saudar-lhe, desejando que esteja de boa saúde, junto dos seus. Não vou aqui tecer grandes considerandos, em relação ao seu trabalho no blogue, por estar certo, que só mantendo um forte carácter, é-se capaz, ao fim destes anos todos, de continuar a informar e formar toda uma comunidade.
Ainda que aqui e acolá não concorde com algumas opiniões, há que reconhecer o mérito a quem de direito. Em relação ao seu "post" - Desde Quando?, agradecer-lhe a oportuna e esclarecida análise. Não sendo um especialista em direito, envio-lhe a minha análise, em forma de reacção.
Saudações desde Lisboa
Bem haja
"Realmente, estas eleições Presidenciais de 18-03-2012 que se justifica pela vacatura do cargo de Presidente da República, poderia ser objeto de um case study. A começar pelo posicionamento do atual primeiro-ministro, em declarar-se como o candidato natural do Partido no Governo, a todos os condicionalismos gerados dentro do mesmo Partido, passando pelos inúmeros artigos de opinião que se emitiram, a respeito da constitucionalidade ou não de tal candidatura.
Registo com alguma consternação, o facto de ler artigos de gente formada na área, que deveria ter o cuidado de exercer sempre a intelectualidade com o devido distanciamento, sob pena, de passar-se a ser visto como pseudointelectuais. Falou-se e procurou-se invocar inúmeros artigos da Constituição da República, nos art. 65º, art. 71º nº 4, para invocar e a meu ver, algumas vezes corretamente, a inconstitucionalidade da candidatura do atual primeiro-ministro, porquanto ser membro de um órgão de soberania, e derivar das limitações funcionais do Presidente República Interino em demitir ou aceitar a demissão do Primeiro-ministro.
Sem querer entrar em questões de índole jurídica, deixando-a para os entendidos, levanto as seguintes questões: Nos candidatos aprovados ao pleito eleitoral de 18-03-2012, não existe um candidato independente que é Presidente Interino da Assembleia Nacional Popular? Não é a Assembleia Nacional Popular outro órgão de soberania (art. 59 nº 1 CR)? Alguém questionou esse fato?
Não existe um candidato independente que é Ministro do atual Governo? Não é o Governo também outro órgão de soberania? Alguém o demitiu? Alguém aceitou a sua demissão? É constitucional a mesma? Quer me parecer que em questão de jurisprudência, para não dizer senso comum, se por razões de constitucionalidade, uma candidatura não deve ser aceite, todos os outros nas mesmas condições deveriam ser objeto do mesmo juízo.
Quero crer, que os nossos ditos especialista e formados em matéria de direito e de direito constitucional, teceram considerandos, baseado numa interpretação exclusiva de direito, com imparcialidade e sem prejuízo de qualquer dos candidatos. Ou não terá sido assim? “Ampus”.
Mas, eis que, o Supremo Tribunal de Justiça valida dez (10) candidaturas, rejeitando outras por manifestas ilegalidades. Enumerou-se as ilegalidades das candidaturas rejeitadas, mas alguém conhece algum acórdão, invocando as razões para a validação das outras dez candidaturas? Não houve uma providência cautelar contra uma candidatura? Alguém sabe do seu destino?
Votou-se pela candidatura do primeiro-ministro, havendo um empate dos Juízes do STJ. O desempate confirmou-se com o voto da Presidente do Supremo Tribunal de Justiça. Fundamentou-se o voto? Aquando da candidatura do malogrado Presidente Nino Viera, o processo não foi o mesmo?
Mas tudo continuou bem pelo Reino da Dinamarca, e entramos em Campanha eleitoral.
Alguém viu ou ouviu algum debate televisivo ou radiofónico entre os candidatos? Alguém viu algum conteúdo programático de algum candidato? Ouviu-se sim, uma mão cheia das baboseiras do costume, cada um reclamando ser o garante da estabilidade ou da paz, como se a estabilidade e a paz fossem um conceito em si, ou fossem, quiçá, dotados de alguma varinha de condão que nunca usaram antes nas funções desempenhadas, aguardando pelo momento certo, ou seja, o cargo máximo da magistratura, para salvarem o País.
De um lado, o candidato primeiro-ministro, justifica como pode, a razão de ser o candidato contra os malfeitores do partido. Dizer que se candidata às Presidenciais, para que as forças do mal não derrubem o governo do P.A.I.G.C. é no mínimo, redutor. No entanto, do outro lado da barricada, apesar de se esperar clarividência, foi o que se viu. Zero. Niente. Usou-se e abusou-se da crítica fácil, sem procurar debater alternativas credíveis. Quanto às propostas e promessas, outro desfasamento. O que se prometeu, em geral, tem mais a ver com funções governamentais do que com as presidenciais, o que com muita pena, demonstra a impreparação de muitos dos nossos, que se dizem políticos.
Por fim o dia do voto. Dia 18-03-2012. Abro aqui um parêntesis para saudar o povo pela sua forma ordeira e urbana em que exerceu o direito ao voto. Logo nas primeiras horas, candidatos houve, que acenaram com a bandeira de ilegalidades e suposta fraude. Ora, alguém apresentou alguma prova do que acabara de afirmar? Não tinham delegados nas mesas de voto? Não é normal haver um contacto com os delegados representativos de cada candidato a fim de alavancar do normal funcionamento das mesas de voto?
Essas irregularidades foram transmitidas por quem e com que fundamentos? Ou tratou-se do nosso velho “ouviu dizer”? Se houve irregularidades, apresentam-se queixas com provas. Criticar ou levantar suspeições sobre o ato eleitoral, sem apresentar dados que os fundamente, é no mínimo, constrangedor para quem o faz, porém revelador.
Os observadores internacionais deram o seu parecer, salientando a normalidade e legalidade das eleições, exortando os candidatos a assumirem postura democrática, aceitando e reconhecendo a vontade popular expressa no escrutínio.
E começam a surgir alguns dados sobre o resultado da consulta popular. E que dados!
Sabia-se, desde o início do processo, que o candidato primeiro-ministro teria uma votação expressiva, havendo no ar a possibilidade duma vitória clara. Dos restantes candidatos, esperou-se que fosse o candidato Henrique Rosa a fazer frente, beneficiando do dispersar de votos dentro do P.A.I.G.C em Serifo Namadjo. Kumba Yalá, foi por alguns, visto como corredor de fora, isso para não falar em Baciro Djá ou Afonso Té.
Que nem a tartaruga na fábula de Esopo, Kumba Yalá ultrapassa num ápice os candidatos Serifo Namadjo e Henrique Rosa, provocando uma segunda volta, tirando a vitória a Cadogo Jr. Surpreendeu muita boa gente. Chegamos então ao facto improvável para muitos, de ter Cadogo Jr. Vs. Kumba Yalá numa segunda volta.
Se quisermos analisar estas eleições presidenciais antecipadas, por vacatura, poderemos identificar e escrutinar de forma evidente a incomensurável lista de infelicidades, disfuncionalidades e irregularidades de todo um processo de transição, que poderia ter sido um sucesso. Poderia, se se tivesse observado as regras da democracia. Não o foi. Levantando-se agora as mais (i) legitimas suspeitas sobre todas as suas intrínsecas complexidades.
No entanto, chegamos ao Ponto de Não Retorno.
Urge saber, uma vez que, não poderão mais assobiar para o lado, muito menos adoptar a postura da avestruz, o que irão fazer os candidatos com maior expressão eleitoral. Irá Baciro Djá, mas principalmente Serifo Namadjo e Henrique Rosa apoiar que candidato na segunda volta? Dar-se á a mão à palmatória apoiando Cadogo Jr? Apoiarão Kumba Yalá? Será Kumba Yalá, a figura que entendem como capaz de gerar consensos, procurando ser o garante da tão propalada paz e estabilidade nacional, usando uma boa magistratura de influência? Kumba Yalá já foi Presidente da Republica com os resultados que todos conhecemos.
Afirma-se existir fortes indícios (indícios?) de irregularidades apontando o dedo acusador à C.N.E. Exige-se a nulidade da consulta popular, clamando por um novo recenseamento eleitoral. Por acaso, antes da apresentação das candidaturas, algum candidato desconhecia as condições excepcionais de todo este processo? Alguém foi coagido a apresentar a candidatura? Haja postura. O clima é tenso. Os dados estão certamente lançados. A ver vamos. Haja coragem. Haja esperança.
Jair A."
Aproveito o ensejo para saudar-lhe, desejando que esteja de boa saúde, junto dos seus. Não vou aqui tecer grandes considerandos, em relação ao seu trabalho no blogue, por estar certo, que só mantendo um forte carácter, é-se capaz, ao fim destes anos todos, de continuar a informar e formar toda uma comunidade.
Ainda que aqui e acolá não concorde com algumas opiniões, há que reconhecer o mérito a quem de direito. Em relação ao seu "post" - Desde Quando?, agradecer-lhe a oportuna e esclarecida análise. Não sendo um especialista em direito, envio-lhe a minha análise, em forma de reacção.
Saudações desde Lisboa
Bem haja
"Realmente, estas eleições Presidenciais de 18-03-2012 que se justifica pela vacatura do cargo de Presidente da República, poderia ser objeto de um case study. A começar pelo posicionamento do atual primeiro-ministro, em declarar-se como o candidato natural do Partido no Governo, a todos os condicionalismos gerados dentro do mesmo Partido, passando pelos inúmeros artigos de opinião que se emitiram, a respeito da constitucionalidade ou não de tal candidatura.
Registo com alguma consternação, o facto de ler artigos de gente formada na área, que deveria ter o cuidado de exercer sempre a intelectualidade com o devido distanciamento, sob pena, de passar-se a ser visto como pseudointelectuais. Falou-se e procurou-se invocar inúmeros artigos da Constituição da República, nos art. 65º, art. 71º nº 4, para invocar e a meu ver, algumas vezes corretamente, a inconstitucionalidade da candidatura do atual primeiro-ministro, porquanto ser membro de um órgão de soberania, e derivar das limitações funcionais do Presidente República Interino em demitir ou aceitar a demissão do Primeiro-ministro.
Sem querer entrar em questões de índole jurídica, deixando-a para os entendidos, levanto as seguintes questões: Nos candidatos aprovados ao pleito eleitoral de 18-03-2012, não existe um candidato independente que é Presidente Interino da Assembleia Nacional Popular? Não é a Assembleia Nacional Popular outro órgão de soberania (art. 59 nº 1 CR)? Alguém questionou esse fato?
Não existe um candidato independente que é Ministro do atual Governo? Não é o Governo também outro órgão de soberania? Alguém o demitiu? Alguém aceitou a sua demissão? É constitucional a mesma? Quer me parecer que em questão de jurisprudência, para não dizer senso comum, se por razões de constitucionalidade, uma candidatura não deve ser aceite, todos os outros nas mesmas condições deveriam ser objeto do mesmo juízo.
Quero crer, que os nossos ditos especialista e formados em matéria de direito e de direito constitucional, teceram considerandos, baseado numa interpretação exclusiva de direito, com imparcialidade e sem prejuízo de qualquer dos candidatos. Ou não terá sido assim? “Ampus”.
Mas, eis que, o Supremo Tribunal de Justiça valida dez (10) candidaturas, rejeitando outras por manifestas ilegalidades. Enumerou-se as ilegalidades das candidaturas rejeitadas, mas alguém conhece algum acórdão, invocando as razões para a validação das outras dez candidaturas? Não houve uma providência cautelar contra uma candidatura? Alguém sabe do seu destino?
Votou-se pela candidatura do primeiro-ministro, havendo um empate dos Juízes do STJ. O desempate confirmou-se com o voto da Presidente do Supremo Tribunal de Justiça. Fundamentou-se o voto? Aquando da candidatura do malogrado Presidente Nino Viera, o processo não foi o mesmo?
Mas tudo continuou bem pelo Reino da Dinamarca, e entramos em Campanha eleitoral.
Alguém viu ou ouviu algum debate televisivo ou radiofónico entre os candidatos? Alguém viu algum conteúdo programático de algum candidato? Ouviu-se sim, uma mão cheia das baboseiras do costume, cada um reclamando ser o garante da estabilidade ou da paz, como se a estabilidade e a paz fossem um conceito em si, ou fossem, quiçá, dotados de alguma varinha de condão que nunca usaram antes nas funções desempenhadas, aguardando pelo momento certo, ou seja, o cargo máximo da magistratura, para salvarem o País.
De um lado, o candidato primeiro-ministro, justifica como pode, a razão de ser o candidato contra os malfeitores do partido. Dizer que se candidata às Presidenciais, para que as forças do mal não derrubem o governo do P.A.I.G.C. é no mínimo, redutor. No entanto, do outro lado da barricada, apesar de se esperar clarividência, foi o que se viu. Zero. Niente. Usou-se e abusou-se da crítica fácil, sem procurar debater alternativas credíveis. Quanto às propostas e promessas, outro desfasamento. O que se prometeu, em geral, tem mais a ver com funções governamentais do que com as presidenciais, o que com muita pena, demonstra a impreparação de muitos dos nossos, que se dizem políticos.
Por fim o dia do voto. Dia 18-03-2012. Abro aqui um parêntesis para saudar o povo pela sua forma ordeira e urbana em que exerceu o direito ao voto. Logo nas primeiras horas, candidatos houve, que acenaram com a bandeira de ilegalidades e suposta fraude. Ora, alguém apresentou alguma prova do que acabara de afirmar? Não tinham delegados nas mesas de voto? Não é normal haver um contacto com os delegados representativos de cada candidato a fim de alavancar do normal funcionamento das mesas de voto?
Essas irregularidades foram transmitidas por quem e com que fundamentos? Ou tratou-se do nosso velho “ouviu dizer”? Se houve irregularidades, apresentam-se queixas com provas. Criticar ou levantar suspeições sobre o ato eleitoral, sem apresentar dados que os fundamente, é no mínimo, constrangedor para quem o faz, porém revelador.
Os observadores internacionais deram o seu parecer, salientando a normalidade e legalidade das eleições, exortando os candidatos a assumirem postura democrática, aceitando e reconhecendo a vontade popular expressa no escrutínio.
E começam a surgir alguns dados sobre o resultado da consulta popular. E que dados!
Sabia-se, desde o início do processo, que o candidato primeiro-ministro teria uma votação expressiva, havendo no ar a possibilidade duma vitória clara. Dos restantes candidatos, esperou-se que fosse o candidato Henrique Rosa a fazer frente, beneficiando do dispersar de votos dentro do P.A.I.G.C em Serifo Namadjo. Kumba Yalá, foi por alguns, visto como corredor de fora, isso para não falar em Baciro Djá ou Afonso Té.
Que nem a tartaruga na fábula de Esopo, Kumba Yalá ultrapassa num ápice os candidatos Serifo Namadjo e Henrique Rosa, provocando uma segunda volta, tirando a vitória a Cadogo Jr. Surpreendeu muita boa gente. Chegamos então ao facto improvável para muitos, de ter Cadogo Jr. Vs. Kumba Yalá numa segunda volta.
Se quisermos analisar estas eleições presidenciais antecipadas, por vacatura, poderemos identificar e escrutinar de forma evidente a incomensurável lista de infelicidades, disfuncionalidades e irregularidades de todo um processo de transição, que poderia ter sido um sucesso. Poderia, se se tivesse observado as regras da democracia. Não o foi. Levantando-se agora as mais (i) legitimas suspeitas sobre todas as suas intrínsecas complexidades.
No entanto, chegamos ao Ponto de Não Retorno.
Urge saber, uma vez que, não poderão mais assobiar para o lado, muito menos adoptar a postura da avestruz, o que irão fazer os candidatos com maior expressão eleitoral. Irá Baciro Djá, mas principalmente Serifo Namadjo e Henrique Rosa apoiar que candidato na segunda volta? Dar-se á a mão à palmatória apoiando Cadogo Jr? Apoiarão Kumba Yalá? Será Kumba Yalá, a figura que entendem como capaz de gerar consensos, procurando ser o garante da tão propalada paz e estabilidade nacional, usando uma boa magistratura de influência? Kumba Yalá já foi Presidente da Republica com os resultados que todos conhecemos.
Afirma-se existir fortes indícios (indícios?) de irregularidades apontando o dedo acusador à C.N.E. Exige-se a nulidade da consulta popular, clamando por um novo recenseamento eleitoral. Por acaso, antes da apresentação das candidaturas, algum candidato desconhecia as condições excepcionais de todo este processo? Alguém foi coagido a apresentar a candidatura? Haja postura. O clima é tenso. Os dados estão certamente lançados. A ver vamos. Haja coragem. Haja esperança.
Jair A."
Desde quando? - Reacção
"Caro Irmao
Antes de tudo os meus agradecimentos pela sua coragem em desafiar todos aqueles que nao sabem fazer e nao deixam os outros fazer. Essa sua coragem é fruto do amor que voce tem na sua querida patria, patria cujos filhos lutaram e muitos morreram pela sua independencia. Mas gostaria de perguntar ate quando os nossos politicos vao ser politicos de verdade? Ate quando as nossas forcas armadas vao passar a respeitar a constituicao e submeter-se ao poder politico?
Tudo isso, quanto a mim, sera possivel apenas quando a juventude se consciencializam que o que estao a hipotecar é o seus proprio futuro. Irmaos, esta na hora de arregacar as mangas e lutar contra esses delinquentes, usando todas as prerrogativas constitucionais e demais leis da Republica - pois somos cidadaos e futuros herdeiros desta Patria. Ha que lutar para repor a dignidade!
Aly, Unidos venceremos os terroristas, quer sejam politicos ou militares. Vivo na Irlanda do Norte E vou para a Guine-Bissau ainda este ano.
António T?"
Antes de tudo os meus agradecimentos pela sua coragem em desafiar todos aqueles que nao sabem fazer e nao deixam os outros fazer. Essa sua coragem é fruto do amor que voce tem na sua querida patria, patria cujos filhos lutaram e muitos morreram pela sua independencia. Mas gostaria de perguntar ate quando os nossos politicos vao ser politicos de verdade? Ate quando as nossas forcas armadas vao passar a respeitar a constituicao e submeter-se ao poder politico?
Tudo isso, quanto a mim, sera possivel apenas quando a juventude se consciencializam que o que estao a hipotecar é o seus proprio futuro. Irmaos, esta na hora de arregacar as mangas e lutar contra esses delinquentes, usando todas as prerrogativas constitucionais e demais leis da Republica - pois somos cidadaos e futuros herdeiros desta Patria. Ha que lutar para repor a dignidade!
Aly, Unidos venceremos os terroristas, quer sejam politicos ou militares. Vivo na Irlanda do Norte E vou para a Guine-Bissau ainda este ano.
António T?"
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