domingo, 18 de outubro de 2009

E agora, algo para descomprimir

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Quem quer um diploma FALSO como Judas, vai a Marrocos

"Caro compatriota

Felizmente encontrei o teu e mail. Ouvi falar do teu blog e por isso decidi escrever para te contar uma história. Quero que pulique o conteúdo deste e-mail no teu blog.

“Quando a embaixada dá o visto, vendem-no aos clandestinos congoleses. A embaixada recusa dar mais vistos e, agora, falsificam diplomas para serem vendidas em Bissau. ATENÇÃO: A maioria dos diplomas de Marrocos a circular por Bissau são FALSAS. Até as de Medicina – que fique claro isto: nenhum guineense cursou Medicina em Marrocos. Há gente que vem de Dakar, estudam um ano, falsificam o diploma e vão para Bissau exercer. Até o presidente da associação está metido na rede de venda de vistos (ele e o vice-presidente).
Fale disto no teu blog e talvez párem. Os estudantes de Marrocos que estão sempre em Bissau não fazem mais do que vender vistos, passaportes e diplomas fasificados.

Por favor, investiga mais sobre este assunto.
Saudações.
SF
"

OBS: Aponte, chame nomes - e, sobretudo, mande provas. Eu trato do expediente... AAS

Vergonha

"Aly,

Informo que os estudantes guineenses já estão em Marrocos, mas foram eles que custearam as respectivas viagens. O governo liquidou os títulos mas os familires foram obrigados a custear a viagem. Obrigado.
SF
".

Obrigado eu. Treta de Estado, é o que é. Aos bolseiros, uma palavra de encorajamento e votos de muito boa sorte nos estudos. Ah, e quando regressarem ao vosso País os governantes serão outros, com outra visão do mundo e das coisas. AAS

ÚLTIMA HORA (ou, afinal, 'não há fricção'): Guiné-Bissau envia contingente militar para a fronteira Norte com o Senegal... AAS

sábado, 17 de outubro de 2009

Que chatice!, já não vamos dar uma coça ao Senegal

- "Está tudo bem, não houve fricção nenhuma entre a Guiné-Bissau e o Senegal", disse o Presidente da República, Malam Bacai Sanha, momentos antes de deixar Bissau com destino a Abuja, na Nigéria, onde participará na cimeira extraordinária da CEDEAO.

- 3 de Novembro, é a data para a 1a sessão da Assembleia Nacional Popular 2009/10. AAS

Onde páram os 18 milhões da viagem dos estudantes para a Argélia?

Corre por Bissau o seguinte: o Ministério das Finanças terá, de facto, desbloqueado a verba, mas contra todas as indicações do Governo, e do 1º ministro, o secretário-de Estado da Educação, Besna na Fonta tê-lo-á usado para pagar a professores.
É assim: bu ta kapli na um lado, ma bu ta tchapadu na utru lado. Se aconteceu mesmo isto, so há uma solução: o secretário de Estado deve dar explicações aos pais e encarregados de educação dos estudantes bolseiros, e, depois, pedir a sua demissão. Seria de homem. Ou, como uma espécie de bonus, o 1o Ministro poderia demiti-lo. AAS

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

'Dia mundial da lavagem das mãos' esquece os pés

Conselhos práticos do ditadura do consenso:

- Lave as mãos antes de comer;
- Lave as mãos antes de ser comido;
- Lave as mãos antes e depois de cagar;
- Lave as mãos antes de cagarem em si;
- Lave as mãos antes de fazer um manguito a qualquer ministro;
- Lave as mãos antes de cumprimentar o Aly, e ... o Muitaboba. O Muitaboba?! AAS

Rebeldes de Casamança raptaram ontem cidadaos guineenses; e Exército senegalês invade territorio guineense. AAS

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Segurança do Estado mete mao na bola

Priiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! Alto e para o baile. Os serviços da Segurança do Estado mandaram deter ao fim da manha de hoje, um jornalista do jornal 'catolico' (sai quando Deus quer) 'Donos da Bola', por causa de um artigo sobre a suposta prisao do chefe dos rebeldes de Casamança.

OBS.: Nao sei por que diabo um jornal chamado 'Donos da Bola' fala de politica e de militares, e da prisao deste ou daquele. Ainda assim, a detençao esta mal e prova que os jornalistas na Guiné-Bissau têm total liberdade de expressao. AS

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Falta de Educação desespera bolseiros

O ano lectivo 2009/10 começou há muito, mas ainda permanecem em Bissau os 36 estudantes com bolsas de estudo universitário para a Argélia. Um dos estudantes garantiu mesmo que o ministério da Educação pediu a cada bolseiro que pagasse a quantia de 364.000 fcfa com vista a custear a viagem entre Bissau e a capital argelina. Os encarregados de educação exigem que o ministério das Finanças liquide o título. A questão que agora se põe é: os estudantes devem ter mais medo do ministro da Educação, ou da Educação do ministro? Em semelhante situação estão também duas dezenas de bolseiros que vão (não sei se vão...) estudar para a Rússia AAS

Vamos a isso?! Está muito frio para o meu gosto...

"A revolução não é um jantar social, um acontecimento literário, um desenho ou um bordado; Não pode ser feita com elegância e delicadeza. A revolução é um acto de violência" - Mao Tsé-Tung

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Oh Lopes, estava a ver que nunca mais, pá!

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Decreto Presidencial nomeia o Dr. Octávio Lopes (Octávio un son dê!) Conselheiro para os Assuntos Jurídicos e Constitucionais do Presidente da República - cargo equiparado a ministro. Tudo manera son pa fassi arte! AAS

Com papas e bolos se enganam tolos

Bom, lá está ele de novo: o arroz. Não há nenhum outro produto (cereal ou não) que mereça tamanha atenção do Governo guineense. Desta vez, não houve recepção ao navio, mas houve muito barulho por causa de 2 mil toneladas deste cereal. Dois ministros (da Função Pública, e do Comércio), e jornalistas. Muitos, que depois trataram de tudo para que o tema arroz fosse abertura de jornais informativos. Como foi.

Fernando Gomes, o reformador, abriu as hostilidades: "Este produto não é do Governo, mas sim de um empresário". Ai não é do Governo? Hummmm... Então porque fala o ministro? Ah, para enganar tolos. Funcionários Públicos: "O arroz é para os funcionários da administração pública. Quem levantar um saco, será descontado no fim do mês, se levar dois, também.". Como? Em que fim do mês mesmo? Ok, percebi. E passo a explicar: Como o Governo nao paga os salários, nem tem dinheiro para gastar com gente que finge que trabalha, então arranje-se um empresário do regime, junte-se-lhe dois ou três telefonemas para os bancos comerciais, depois misture tudo, agite bem e... bingo!: O esfomeado funcionário da administração que recebe mal e sobrevive porcamente, ainda chega ao fim do mês e, zás!!!, salário ka tem!

Falou ainda o ministro do Comércio, mas...não percebi nada do que disse o sujeito (acho mesmo que nunca o perceberei). Ah, e falou também o secretário-geral por qualquer coisa sobre 'danos'e não-sei-que-mais, para dizer "eu mesmo aprovei o arroz (sic). Comi-o ontem e é bom". Portanto, caso o arroz fosse uma porcaria (olá, Cancan) lá teríamos danos a mais e um secretário-geral a menos. A reforma agradecia. Ainda esperei por um directo telefónico com Cuba, mas nada.

- Importa-se de repetir?

- Depois da audiência com o Presidente da República, Malam Bacai Sanha, o embaixador de Portugal na Guiné-Bissau, António Ricocca Freire, deixou um oportuno alerta: "Para a mesa redonda/conferência (a realizar brevemente) é necessario que o Pais apresente projectos concretos". Trocado por batatas: que o Governo tenha a lição bem estudada; que mostre que sabe, que seja ambicioso. Depois fiquei - e não me perguntem 'porquê' -, com pele de galinha quando o ouvi dizer "Portugal seria o interlocutor da Guiné-Bissau junto da comunidade internacional". É que isso nunca aconteceu... AAS

Lamento que se sente

Os enfermeiros guineenses estao em greve. É um direito que lhes assiste. E ainda bem. O problema, isso sim, é: Porque é que os enfermeiros estao em greve? Porque trabalham para um Estado paria e trapaceiro. Um Estado que lhes suga até ao tutano, e depois nao lhes paga. Nem o salario, nem os subsidios de vela, que fara os de insularidade. Esta tudo votado ao abandono.

Outro (grande) problema é: Quem paga? Nos, os cidadaos guineenses. Hoje, num lamento que me tocou fundo, na alma e no peito, Agostinho Semedo, o director do hospital Simao Mendes, soltou tudo o que lhe ia na alma: "Eles têm a sua razao e estarao no seu direito, mas os guineenses nao têm o direito a morrer assim porque nos, os médicos e os enfermeiros nao recebemos". Amigos, isto doeu. AAS