terça-feira, 4 de agosto de 2015

Violência policial continua


A violência policial continua a motivar queixas em diferentes pontos da Guiné-Bissau, disse hoje à Lusa o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), Augusto Silva.

O caso mais recente levou à prisão preventiva de cinco agentes da Polícia de Ordem Pública, depois de um homem ter sido espancado até à morte numa esquadra.

A vítima tinha 37 anos e foi encontrada morta a 06 de julho na esquadra de Bissorã, no interior do país. Um relatório médico confirmou que a morte se deveu a espancamento, acrescentou Augusto Silva. "Casos como este acontecem um pouco por todo o país. Há muito tempo que denunciamos a violência policial, sobretudo nas esquadras", alerta aquele dirigente.

"Este caso é mais um exemplo de tantos outros que já se passaram" e sem sequer serem julgados, acrescenta. A 20 de setembro do último ano, um grupo de agentes policiais espancou até à morte um cidadão guineense, Egas Mendes, no bairro de São Paulo, arredores de Bissau. "São exemplos de violência policial gratuita", referiu Augusto Silva.

O presidente da LGDH considera que a situação só será resolvida com uma "reforma profunda no corpo de Defesa e Segurança" do Estado. "É preciso preparar os agentes. É preciso fazer uma seleção rigorosa e criteriosa das pessoas que vão ser polícias", concluiu. Lusa