O edifício do Bissau Palace Hotel, comprado por Angola - ou, se preferirem, vendido pela Arezki - tem poucos anos mas já leva muita história.
Já foi sede da Assembleia Nacional Popular, um Hotel de 5 estrelas (?!) e agora transformar-se-á num quartel - uma espécie de base militar de Angola na Guiné-Bissau. Consta que até terá celas para detenção...
O edifício, de uma arquitectura duvidosa, foi palco de uma jogada oportuna, de um jogador oportuno: Tarek Arezki.
Assim que calhou à Guiné-Bissau a realização da Cimeira da CPLP, Tarek viu ali uma oportunidade de negócio. Estava a jogar a sua cartada, um póquer de alto risco. De uma assentada, e em três páginas apenas, fez ajoelhar o Estado da Guiné-Bissau: ficava com o edifício, construiria oito suites presidenciais para albergar os chefes de Estado da CPLP (Lula da Silva, Fradique Menezes e Xanana Gusmão não compareceram)...e, depois, bingo: obrigava o Estado a pagar-lhe a dívida de vários biliões de fcfa.
O mínimo que se pode esperar, agora, é que a Arezki pague o imposto devido pela venda do Bissau Palace Hotel, ao Estado da Guiné-Bissau... AAS