domingo, 30 de setembro de 2012

Nhelen perfumado


O ministro dos Negócios Estrangeiros de Moçambique afirmou que a Comunidade da África Ocidental (CEDEAO) apenas "defendeu a sua dama" minando na ONU o governo deposto da Guiné-Bissau, e que, dos contactos entre os dois blocos, sai uma "dinâmica" positiva. Segundo o ministro, o processo da Guiné-Bissau entra agora numa "nova fase", questionado pela Lusa no final de uma semana diplomática intensa na ONU, em que o presidente guineense deposto, Raimundo Pereira, foi impedido de falar no debate da Assembleia Geral, após queixa da CEDEAO. "A CEDEAO defendeu a sua dama da melhor forma que fez, mas isso remete para a necessidade de os guineenses falarem entre si; não devíamos ser nós a decidir quem fala" na Assembleia Geral, disse Balói.

Já sobre o argumento apresentado pela CEDEAO, Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, de que uma intervenção do governo deposto na Assembleia Geral elevaria as tensões em Bissau, o ministro afirma que é "sensível e eventualmente pouco prudente" ser utilizado. "O protagonismo excessivo que CEDEAO, e eventualmente a CPLP estão a ter resulta do facto de os atores nacionais não estarem a desempenhar o seu papel. O diálogo interno é fundamental, os guineenses têm de falar entre si", adiantou. LUSA