terça-feira, 11 de novembro de 2014

EMBAIXADAS/NOTÍCIA DC: Para já, haverá mexidas em quatro países...AAS

OPINIÃO/Salário dos deputados: Deu nisto


"É o que dá, quando o saber e a competência são deixados de lado para pagar compromissos políticos. É preciso coragem, muita coragem, para mudar o rumo deste país.

A. T."

<<<<<<<<<< CIPRIANO CASSAMÁ (presidente da ANP), Deputados da Nação, PAIGC: Estejam atentos aos números da sondagem que está a decorrer neste blog...AAS

OPINIÃO/Salário dos Deputados: Vontade de insultar...


"Aly, agradecia que publicasse o texto que se segue.

Cipriano Cassama, presidente de ANP da Guiné-Bissau: eu, na qualidade de cidadão comum, e dado o respeito pelos órgãos da soberania, não vou lhe insultar, embora tenha essa vontade. Mas quero lhe implorar para não criar confusão no país, como tentou fazê-lo quando era ministro do Interior, de levar "aguentas" para guardar o então presidente Nino.

Eu pensava que aquela sua arrogância que demonstrou aos guineense no ato de passeção, quando saiu, tinha acabado. Seja mais humilde. o seu discurso e a sua postura pela TV demonstram uma arrogância exacerba. Não se esqueça que tem um Bilhete de Identidade como qualquer um; um passaporte, como qualquer um, embora seja diplomático. E não se esqueça também que os Homens que acham que eram super homens, já foram esquecidos. os humildes é que foram glorificados, não se lembra de Mandela.

um Cidadão comum descontente.
"

OPINIÃO: Aumento do salário dos deputados


"Aly,

Não posso me calar perante tamanha barbaridade proposta pelo Sr. Presidente da ANP e seus deputados. Gostaria de fazer minhas humildes considerações, se me permitires.

Salário é o valor pago a um determinado individuo pelo força de trabalho despendida.

O aumento de salário deve-se ao:

1. 1. Aumento proporcional dessa força, que pode ser chamado de mérito;

2. 2. Tempo de trabalho, que pode ser lido como gratificação pela lealdade; ou ainda

3. 3. Reajuste salarial, por conta da taxa de inflação no país ou do aumento de custo de vida devido a fatores externos.

Penso que em nada se enquadra os nossos caros deputados , que antes de servir ao povo já querem receber o dobro do que recebiam.

Existem critérios técnicos para elaborar o Plano de Carreiras e Salários que devem ser respeitados, e o básico é a criação de um comité com representante de cada orgão ligado a esse processo. No caso, alguns deputados (departamento ou partido), representante das finanças (quem paga) e representante do sindicato de base do funcionarios da ANP.

Foi assim?

Porquê do simples ao dobro?

Na Guiné-Bissau agora chove ouro?

Vergonha na cara é o que precisamos.

Para haver desenvolvimento há que haver mudança de comportamento, comportamentos que dignifiquem um povo.

A história da humanidade nos dá exemplos como do Japão pós IIª guerra mundial.

Um povo que abriu mão de riquezas pessoais, entregando ao cofre do estado o que possuiam, para reconstruir um país, criar oportunidades para que todos ganhem.

Um povo que arregaçou as mangas para fazer o Japão que hoje conhecemos, mas que um dia esteve devastada pela guerra, o que não é, não foi e nem nunca será o nosso caso, pois somos felizardos.

Deus ama a os guineenses e a Guiné-Bissau.

Olhemos para Correia do Sul, que comparado com as riquezas naturais da Correia do Norte nada possui, mas se concentrou no capital humano e é hoje o que sabemos todos que ela é, uma economia em franca ascenção com a sua SAMSUMG, KIA entre outros.

Kuma si bu ka sibi, bu ta punta, bu ta kopia kil ke sibi i pudi.

Kila ki sedu matchu.

Ninguin ka padidu i sibi tudu.

Nha mantenhas di rispitu pa kilis tan ke tenel.

Kilis ke misti dana terra, Deus ku no entrega elis.

Aly, Deus ten bu dia di riba na cthiga i Deus na kompensau pa bu lutas pa si pubis.

Economista,
M. S. G."

ÉBOLA: Uma observação pertinente


"As explicações dadas sobre o surto do ébola e os seus riscos eram elucidativas e convincentes. Várias vezes se referiu aos países onde a epidemia tivera maior expressão e, durante mais de uma hora, também focou os casos "surgidos na Guiné-Bissau".

Mas há ébola na Guiné-Bissau? Não, não há. O tal especialista "apenas" confundira a Guiné-Bissau com a República da Guiné. É um detalhe? Não é. Trata-se de um lapso que, nem pelo facto de ser involuntário, deixa de ter um impacto negativo na perceção subliminar que muitos milhares de pessoas passam a ter da situação na antiga colónia portuguesa, deitando assim por terra o considerável esforço de prevenção feito pelas novas autoridades daquele país, em estreita ligação com Portugal, no tocante ao surto de ébola naquela subregião."
Embaixador Francisco Seixas da Costa, in "Económico "

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

SALÁRIOS DOS DEPUTADOS/AFRONTA: Presidente da ANP pede a demissão do ministro das Finanças


O presidente do Parlamento guineense, Cipriano Cassamá, pediu hoje a demissão do ministro das Finanças, Geraldo Martins, por alegado desentendimento sobre questões orçamentais relacionadas com este órgão de soberania. Cipriano Cassamá não pôde conter a sua insatisfação em relação a Geraldo Martins e prometeu levar a assunto ao primeiro-ministro para mais explicações.

Recebemos uma carta da Comissão Especializada, interpelamos o ministro das Finanças, o secretário de Estado do Tesouro e a secretária de Estado do Orçamento e Assuntos Fiscais. Mas, qual foi o deputado que pressionou o ministro das Finanças? Nós ainda fomos indulgentes. Perguntamos ao senhor ministro, o nosso orçamento tem ou não cabimento no OGE? Ele deu autorização e disse que sim… Resta-nos só uma possibilidade – ou interpelar o senhor primeiro-ministro para vir aqui dar explicações – ou o ministro das Finanças vem e pedimos a sua demissão”, sublinhou o Presidente do palácio Colinas de Boé. Em reação ao mal-estar gerado, os líderes das bancadas parlamentares do PAIGC e do PRS pediram ponderação na análise e resolução do assunto. RDN

António Aly Silva na RDP África


Oiça AQUI

OPINIÃO: 3.000 euros di mufunessa


"Grande Aly,

Só você, de novo, para assumir a linha da frente nesta batalha patriótica para livrar a Guiné-Bissau de mais uma tentativa de assalto, de estupro e de delapidação do erário público, por parte de seus piores filhos!

É inacreditável que nesta altura do campeonato, com o País gatinhando para sair do lamaçal em que o golpe de 2012 a jogou, alguém tenha a coragem, a insensibilidade, a cara de pau e a desonestidade de propor um salário de 3.000 Euros para os deputados. Bardadi, n'fia, i tem djintis, barida largus, ki ca tem dur di Guinè!...

Mas partindo de quem partiu, a surpresa não é tamanha! Buli ki costuma balança, nim si bentu ca tem!... Este senhor representa a face mais perversa da velha política que destruiu durante décadas a Guiné-Bissau, a política dos "meus 20%"! É gente que pensa primeiro na sua barriga, no seu luxo pessoal, nos 3 Cs (Cumadre, Curu e Cumbú), em detrimento do povo martirizado. São aqueles que vivem para se servirem da Guiné-Bissau e não para servi-la.

Junto a minha voz ao do Aly Silva e desafio todo o povo a sair às ruas para protestar junto à Assembleia Nacional Popular, contra esta demonstração de prepotência, oportunismo e deslealdade com o país e com o povo da Guiné-Bissau.

Apelo aos próprios Deputados da Nação a não caírem nesta aventura desestabilizadora, antipatriótica, oportunista e insana de uma mente egoísta e descompromissada com o povo.

Rejeitem, senhores Deputados, este aumento que o Povo vos fará justiça!... Onde estão os 40 partidos da oposição para se apresentarem ao lado do povo nesta altura!?...

N.A.C.
'Bissiadur'
"

COISAS NOSSAS: Excesso de oficiais? Simples. Quem nomeou esses oficiais na mais completa ilegalidade/ignorância, deve simplesmente ser chamado para prestar contas à Justiça. Deixem de brincar com a Guiné-Bissau! Mas onde é que está o Estado? O que é que o ministério Público anda a fazer? Façam uma sindicância a esse 'governo de transição' de golpistas. Façam-no já! Responsabilizem quem tiver de ser resposabilizado! Que País é que tem umas forças armadas com mais oficiais que soldados? AAS

GUINEENSES, DEMOCRATAS: Organizem uma manifestação junto à sede da ANP, e mostrem a vossa indignação pelo AUMENTO em 100% do salário dos deputados!!! Digam NÃO, NUNCA! AAS

DISCO: Karyna Gomes lança disco em Lisboa


Guiné-Bissau tem uma nova voz: Karyna Gomes. Vem juntar-se a um lote de músicos que têm vindo a mostrar-se ao mundo, como Manecas Costa, Justino Delgado ou Eneida Marta. O seu disco de estreia, Mindjer, mistura com leveza e gosto a música urbana da Guiné com influências de outras sonoridades, do soul à música latina. O disco será apresentado ao vivo dia 27, no B. Leza, em Lisboa.

Karyna nasceu em Bissau, a 13 de Fevereiro de 1976, dois anos após a independência. "Sou daquela leva de bebés que nasceu dos filhos dos ex-combatentes". E foi em Bissau que fez os estudos, primários e secundários. Isto até 1994. "Depois trabalhei um ano, enquanto esperava uma oportunidade para prosseguir os estudos, porque não havia universidade em Bissau. Até que, em 1996, fui contemplada com uma bolsa do governo brasileiro, do Itamarati, para fazer um curso de jornalismo na Universidade Católica de São Paulo." E foi para o Brasil.

Nesse período, o seu país tremeu. "Houve a tal guerra de 98, que devastou a minha cidade e afectou a minha família, porque perdemos a nossa casa no conflito." Isso levou-a a ficar mais um ano no Brasil do que o previsto, para lá dos quatro anos que durara o curso. E isso abriu-lhe as portas à música. "Comecei a cantar num coro gospel, numa igreja evangélica de São Paulo, e fui convidada depois para ser solista. Foi aí que comecei a cantar. E não parei, até hoje."

Mas entretanto voltou para a Guiné, logo que pôde. "Lembro-me de ter recebido o diploma do curso e querer coltar logo. Eu sabia que havia muitas lacunas no sector da comunicação e queria ajudar. E acho que consegui dar algum contributo." Quando voltou, em 2001, foi para a delegação da RTP-África até o então presidente Kumba Ialá ter decidido fechá-la. Depois foi para a rádio e apanhou, é ela que o diz, "o bichinho da rádio". Antes, trabalhara como correspondente da Associated Press e colaborou com o jornal A Semana, de Cabo Verde. Na rádio atraiu-a a comunicação para o desenvolvimento. "Tinha uma abordagem específica que passava por ir ao terreno e criar uma forma de trabalhar em parceria com os comunicadores radiofónicos locais, porque há uma forma própria, específica, de fazer rádio em África."

Em termos de experiências paralelas à música, não iria parar por aí. Depois da rádio, onde esteve até 2008, ainda fez assessoria de imprensa na Unicef, mas sempre em Bissau. "Foi um trabalho interessante, aprendi muita coisa. Mas não fiquei mais porque senti que isso me iria tirar da música." Onde ela já estava, aliás, desde o seu regresso. "Houve um reencontro, meu, com a música urbana da Guiné. Dentro do contexto religioso, porque a igreja que eu passei a frequentar na Guiné já não tinha um coro gospel, no formato negro-americano, mas música sacra em crioulo e outras línguas da Guiné. E achei que isso tinha mais a ver comigo."

Primeiro começou a cantar num restaurante, em 2005, impulsionada por uma prima, depois foi convidada a integrar o grupo Super Mama Djombo. Mas não quis gravar logo. Achou que devia começar primeiro um processo de investigação na música. "Fui para a rádio nacional consultar as pessoas, o Super Mama Djombo foi decisivo porque é um grupo histórico da Guiné-Bissau. Aprendi muito com todos eles, sobretudo com a primeira geração do grupo."

Vozes do mundo

Mas é a sua ida para Lisboa, "cansada da rotina da comunicação" e desejosa de fazer um mestrado, que lhe abre o caminho para gravar o primeiro disco. Conheceu a Get!Records, hoje a sua editora, e apresentou-lhe uma "maquetezinha caseira". "Eles gostaram a acharam que tinham ali material para trabalhar." Por isso avançou com o disco e só depois completará a tese. "O tema que eu escolhi tem a ver com música, porque a música teve um papel fundamental na mobilização da juventude urbana para as grandes causas nacionais, a começar pela independência."

O disco de Karyna Gomes reflecte isso, em termos sonoros. "Quando medito no meu trabalho, vejo que este primeiro disco é essencialmente uma genealogia da música urbana guineense. Porque eu canto em crioulo e mesmo a música mais tradicional que eu fiz no disco, que é o Nha cunhada, é uma música da cidade, embora ainda não tenha nenhum instrumento ocidental. O único instrumento ocidental que entra na música urbana da Guiné é o acordeão, que está muito ressente no disco."

Por isso, ela insiste nesta ideia: "Aqui não vejo nada de étnico, mas sim da música urbana. Quando pego num tema que o Zé Manuel Fortes fez em 1978, ponho um pianoforte e faço uns improvidos de gospel, tenho um coro. E isso já tem a ver com os processos de identificação da minha parte. Porque eu nasci na Guiné-Bissau mas a minha mãe é cabo-verdiana, o meu pai é guineense, os meus tios-avós tinham uma estante cheia de discos cubanos e brasileiros, de bossa nova. Ora por causa dessas influências já lá de casa (o meu pai sempre ouviu muita música do mundo todo, cubana, brasileira, americana), em pequena ouvi muito Michael Jackson, Whitney Houston, Toni Braxton e esses nomes da música pop americana, mas também do soul, do jazz e do rhythm’n’blues e isso acabou por influenciar a minha musicalidade. Em Bissau, as pessoas da minha geração estão contentes, porque ainda não tinham encontrado ninguém que tivesse a ousadia de gravar um disco que trouxesse aquilo que nós ouvíamos: o funk, o soul, o groove americano, isso misturado com às outras coisas de base da nossa música." Público

SALÁRIOS DOS DEPUTADOS: E esta, hein?


"Sr. António Aly Silva,

É com prazer que o acompanho na sua luta diária, constante, de anos, que trava contra os desmandos no seu País. Eu sou um cidadão estrangeiro de um País que há anos se encontra empenhado em ajudar a Guiné-Bissa atravês de várias agências. Agora, olhamo-nos e questionamos: "Será que é de aumento de salário dos deputados que a Guiné-Bissau precisa neste momento?"

E os médicos, os enfermeiros, os professores, os engenheiros agrônomos - será que não merecem ver o seu salário aumentado? No meio de tudo isto, como se sentirão os próprios deputados? E o presidente da assembleia? Convenhamos que no seu País, que conheço de várias missões do FMI e do Banco Mundial, alguém, um servidor público ganhar quase 3 mil euros...é um escândalo!

Espero não ter excedido na linguagem.

Abraço fraterno,

C. S."

"Olá, muitos parabéns pela CORAGEM. Esta qualidade rara, normalmente só consta nos dicionários. Infelizmente nem toda a gente lê a folha em que está descrita. A."


Obrigado. AAS

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TIMOR LESTE: Tudo grandes corruptos


Os ladrões de Timor Leste, segundo a Transparência Internacional. Agora, percebemos melhor porque expulsaram os magistrados:

domingo, 9 de novembro de 2014

EuroAtlantic: Voo é ja na sexta-feira


sábado, 8 de novembro de 2014

NOTÍCIA DC/ENERGIA: Até ao próximo mês de dezembro, Bissau contará com mais 10 megawatts para distribuição de energia eléctrica na capital. De momento, a EAGB pode contar com apenas 7 megawatts. Para o efeito, o ministro guineense da Energia, Florentino Mendes Pereira, viaja amanhã para Dakar para tratar deste assunto com a sua homóloga senegalesa. AAS

Crispação pode levar a uma crise política desnecessária


Perante a crispação entre o Governo e a ANP, cujo Presidente decidiu unilateralmente aumentar mais de 100% os salários dos deputados; numa altura em que o salários dos membros do Governo foram cortados a meio e da função pública congelados, cabe ao partido PAIGC assumir a sua responsabilidade em manter a confiança política ou não ao seu mais alto representante nesta instituição.

Pois, de acordo com a Constituição da República da Guiné-Bissau, nada impede o partido, neste caso o PAIGC, em caso de perda da confiança, de proceder conforme o regulamento da ANP - ou seja, retirar a confiança política ao Presidente deste órgão, Cipriano Cassama, e indicar um novo representante para a maioria no parlamento. AAS

Isto, só visto: Árbitro pára jogada de golo para o arriar da bandeira na Guiné-Bissau


Aconteceu num quartel...:

Um árbitro de futebol mandou parar uma jogada de golo iminente num campeonato entre bairros na capital guineense, alegando que tinha soado o apito do arriar da bandeira num quartel militar onde se encontra o estádio.

O insólito aconteceu quando o avançado da equipa do bairro de Cuntum estava isolado depois de ultrapassar o guarda-redes do bairro de Sintra Nema, preparando-se para fazer o golo, altura em que o árbitro apitou para a paragem do jogo. Todos no estádio das Transmissões, no quartel do exército em Bissau, ficaram incrédulos com a decisão do árbitro, até os seus assistentes, que não compreenderam a decisão do chefe da equipa.

De facto, naquele momento, tinha acabado de soar o apito a avisar que a bandeira da república ia ser arriada, pelo que a lei guineense obriga que todos os que se encontrarem nas imediações do quartel devem ficar em sentido. Abordado pelos jornalistas no final da partida, disse que apenas fez respeitar a lei e os regulamentos do campeonato, que mandam parar o jogo quando for o arriar ou hastear da bandeira. Um comentador desportivo afirmou que o insólito aconteceu porque o desafio se realizava num campo militar.
LUSA

NOTA: É que, com a tropa, nunca se sabe como as coisas podem acabar...AAS


PRS na reunião da IDC/África


O partido cabo-verdiano Movimento para a Democracia (MpD) foi anfitrião de uma reunião do Comité Executivo da Internacional Democrata do Centro em África (IDC/África), em que o CDS/PP português foi um dos convidados.

Num comunicado, o MpD, o principal partido da oposição em Cabo Verde, refere que a reunião junta na Cidade da Praia uma dezena de partidos políticos africanos, três deles de língua oficial portuguesa: União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Ação Democrática Independente (ADI), vencedora das recentes eleições legislativas em São Tomé e Príncipe e o Partido da Renovação Social (PRS) da Guiné-Bissau está representado pela deputada Martina Moniz e pelo seu secretário geral e ministro da Energia, Florentino Mendes Pereira. O CDS-PP está representado pelo deputado Luís Queiró.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

ÉBOLA: Portugal oferece medicamentos


Portugal entregou à Guiné-Bissau medicamentos de prevenção ao vírus Ébola, avaliados em cerca de oito mil euros, disse uma fonte do Ministério da Saúde guineense. Os medicamentos solicitados pelo primeiro-ministro guineense em julho passado chegaram agora a Bissau e foram entregues pelo chefe da secção consular da embaixada de Portugal, João Neves, ao ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Baciro Djá.

Na sua intervenção, o cônsul de Portugal na Guiné-Bissau, salientou que a ajuda representa um esforço do seu Governo e entidades da área da Saúde em ajudar a colmatar “algumas falhas e carências” que o setor enfrenta no país africano.

Para Baciro Djá, a ajuda de Portugal “é uma resposta” ao programa de emergência do Governo de Bissau que prevê, entre outros, a prevenção ao vírus Ébola que afeta a Guiné-Conacri, país que faz fronteira com a Guiné-Bissau. “O gesto de Portugal chegou num momento crucial para nós. É um dos vários gestos de um país com o qual a Guiné-Bissau mantém uma relação de quase de sangue, de família, a partir de uma base cultural secular entre os nossos dois povos”, observou Baciro Djá.

O governante guineense disse que Bissau espera poder continuar a merecer o apoio de Portugal, sobretudo para ajudar na mudança da imagem negativa do país junto da comunidade internacional com base na estratégia elaborada pelo Governo. “Pensamos que nessa estratégia Portugal poderia ser o representante da Guiné-Bissau para vender uma nova imagem do país junto da comunidade internacional”, afirmou Djá, salientando que Portugal “em nenhum momento abandonou” a Guiné-Bissau.

O último balanço da Organização Mundial de Saúde, de 31 de outubro, indica que a atual epidemia da febre hemorrágica Ébola afetou 13.567 pessoas e causou 4.951 mortos desde o início do ano. Os países mais afetados são a Libéria, a Serra Leoa e a Guiné-Conacri. Observador

Agora...


No jornal EXPRESSO DAS ILHAS

ADEUS, CABO VERDE: Hora di bai


CABO VERDE, para mim, está a chegar ao fim. A gota de água? Não tanto o roubo em si, pois estamos sujeitos a ser roubados em qualquer lugar do mundo, mas, e é isso que ainda me dói e que não entendo e nem vou entender nunca, a completa indiferença, apatia, desleixo, omissão das autoridades (neste caso, da Polícia Judiciária).

A minha residência foi assaltada no dia 19 de agosto de 2014. Nesse mesmo dia, participei o roubo nas instalações da PJ, que enviou dois agentes para as diligências. Desloquei-me três vezes à PJ, deixei fotografias dos bens roubados. Consegui os dados de alguém que estava a usar o aparelho Nokia Lumia:


O nome (ADILSON PEREIRA NUNES)
A morada (CALHETA, SÃO MIGUEL)
O número de telefone (9262120)


Voltei à PJ, entreguei esses dados. Nada. Na PJ, foram ao computador e - eu vi - apareceu esse nome, com a morada e tudo. Só não tinha foto. E o agente até comentou "ou é comprador, ou trata-se de em ladrão novo, de quem não temos ficha.". Fiz lóbi, falei com pessoas que conheciam outras pessoas, deixa-te estar...falei com muita gente. "Aly, desiste, tu não és de cá, ninguém te ajudará." - Sabem que mais? Hoje acredito PIAMENTE que por não ser daqui nada farão para recuperar as minhas coisas. Que mal que vos fica!

Durante estes quase três meses, notei apenas uma coisa: indiferença total da parte de todos eles! Arrumaram comigo por Knock-Out. Muito bem.

Quando os dois polícias cabo-verdianos foram presos em Bissau, eu pus o meu pescoço na corda pela sua libertação - e foram libertados. A pressão que exerci sobre aquele governo de ladrões da transição deixou-os assustados. Hoje, aliás desde 19 de agosto, sou eu que preciso da polícia de Cabo Verde e viram-me as costas. Vivendo e aprendendo, como diz o outro.

Agora, cansei. E decidi partir. Não sei para onde vou, aliás, isso nem interessa aqui para nada. Desde que fui obrigado a fugir do meu País já vivi em Dakar, em Lisboa e estou há 14 meses am Cabo Verde. Passei um ano na Cidade da Praia a escrever o meu livro durante oito/nove horas por dia. Escrevi, escrevi, escrevi. Quando acabei, justamente quando acabei, a minha casa foi assaltada em plena luz do dia e ninguém viu nada. A câmara de vigilância que serve a entrada do prédio e que já contribuiu para apanhar dois assaltantes...de repente já não gravava nada!

Colegas jornalistas cabo-verdianos alertaram-me "cuidado que pode ser roubo encomendado, acontece muito por cá." Um advogado cabo-verdiano disse-me mesmo "tinham que te roubar, pois não és de cá...".

Custava muito à PJ ir ter com o ADILSON PEREIRA NUNES e perguntar educadamente: "Este telemóvel tem dono, temos o IMEI para o provar, queremos apenas saber porque é que está a usá-lo, como o conseguiu?". Nada, se o fizeram eu não fui informado. Se calhar a PJ quer que seja eu a ir falar com ele. NÃO VOU, e muito bom dia. Estou sem:

- Computador portátil ACER preto
- 4 telemóveis (2 BlackBerry, dois Nokia)
- Máquina de filmar JVC ULTRA HD
- Gravador de voz SAMSUNG
- 2 relógios (marcas Police e Tommy Hilfigger)
- Mochila-trolley 'Berg'


Até hoje. E é isso que me dói, e é por isso mesmo que decidi ir embora. Tenho problemas cardíacos e, para ser franco, não quero morrer aqui. Numa palavra: estou proibido, não posso cair em depressão.

Agradeço às pessoas que conheci e com quem que valeu a pena manter um diálogo.

António Aly Silva

DIGNIDADE: Dois magistrados cabo-verdianos demitiram-se em solidariedade com os colegas portugueses expulsos pelo Governo de Timor-Leste. AAS

BIDC anuncia financiamento de projectos a partir de 1 milhão de dólares


O Banco de Investimento e de Desenvolvimento da Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental (BIDC) anunciou ao setor privado da Guiné-Bissau a disponibilidade para financiar projetos a partir de um milhão de dólares.

Um responsável do banco reuniu-se ontem, em Bissau, com empresários de diferentes ramos de atividade no palácio do Governo guineense, aos quais explicou as modalidades de acesso ao referido crédito.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

ANP: Programa de Capacitação Parlamentar vai arrancar; ex-PM da Escócia visita Bissau


O Coordenador do Grupo Parlamentar Britânico para a Guiné-Bissau, Peter Thompson, anunciou o primeiro de uma série de programas de capacitação para deputados na Assembleia Nacional Popular. Entre os próximos dias 17 e 19 de Novembro, em ligação com a União Inter-Parlamentar e com a duranção de três dias, irá ocorrer uma sessão introdutória, para todos os deputados e funcionários do Parlamento.

Thompson adiantou ainda que convidou o ex-Primeiro-Ministro da Escócia, Jack McConnell, para participar nestas sessões. Actualmente Lorde (Senador) no Parlamento Britânico, McConnell foi Primeiro-Ministro da Escócia entre 2001 e 2007, tendo sido anteriormenter Ministro das Finanças e Ministro dos Negócios Estrangeiros. Foi igualmente Enviado Especial do Reino Unido para a Resolução de Conflitos. Thompson e McConnell têm tido oportunidade de intervir, na partilha da sua experiência em relação à Irlanda do Norte e a Escócia um pouco por todo o continente africano.

Fora do âmbito destas sessões para os parlamentares guineenses, McConnell e Thompson terão ainda outros compromissos, destinados a promover a reconcialiação nacional e a criação da nova Comissão de Ética na Assembleia Nacional Popular.

Basílio Mosso Ramos: Guiné-Bissau e Cabo Verde 'unidos na história'


O Presidente da Assembleia Nacional cabo-verdiana disse que a Guiné-Bissau e Cabo Verde são dois países unidos por sentimentos de irmandade, caldeados na história, na língua, nos laços de sangue do passado, distante dos dias de hoje.



Basílio Ramos fez as declarações à PNN durante a cerimónia de abertura da I Sessão Ordinária da Assembleia Nacional Popular (ANP) para o Ano Legislativo 2014/2015, destacando ainda que a dor, a alegria, as vitórias e os insucessos do povo da Guiné-Bissau são também vivenciados pelo povo cabo-verdiano como «a sua dor».

O Presidente da Assembleia Nacional cabo-verdiana destacou que juntos e imbuídos de coragem, de espírito de sacrifício e patriotismo, a Guiné-Bissau e Cabo Verde protagonizaram um dos capítulos mais brilhantes da luta dos dois povos pela liberdade e soberania.

«Aproveito para saudar o valoroso povo guineense dizendo o quanto admiramos a sua valentia, a sua capacidade de resistência e a sua indomável vontade de encontrar e trilhar o caminho da paz, do progresso e do desenvolvimento a que tem direito e almeja», considerou.

Dando como exemplo desta aproximação, o Presidente do Parlamento cabo-verdiano informou que a Guiné-Bissau acolhe, neste momento, uma boa parte da comunidade do seu país, assim como a comunidade guineense se encontra perfeitamente integrada ao ponto de muitos se considerarem cidadãos guineenses de ascendência cabo-verdiana.

«A presença dos cabo-verdianos na Guiné-Bissau e dos guineenses em Cabo Verde constituiu um importante capital a ser potenciado com ganhos para os dois países irmãos», referiu.
Em termos políticos, Basílio Ramos saudou o processo eleitoral que teve lugar este ano no país, sublinhando que o povo guineense mostrou mais uma vez a sua maturidade e o comprometimento com os valores democráticos.

«Ganhos políticos são obtidos pela legitimação das instituições democráticas, pelo que auguramos que as eleições ocorridas na Guiné-Bissau tenham marcado o início de um novo ciclo do país com uma opção clara pela paz e pela estabilidade governativa reflectindo-se no desenvolvimento, bem-estar e felicidade dos guineenses», destacou.

O responsável cabo-verdiano lembrou ainda que o Parlamento é um lugar, por excelência, para o debate do contraditório e confrontação de ideias. PNN