segunda-feira, 7 de abril de 2014

MORTE de KUMBA YALA: Presidente de Cabo Verde envia condolências


Mensagem de condolências de Sua Excelencia o Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, pelo passamento do Dr. Kumba Yalá, antigo Presidente da República de Guiné Bissau.

O Presidente da República enviou uma mensagem de condolências ao seu homólogo(*) Guineense, Senhor Manuel Serifo Nhamadjo , pela morte do Dr. Kumba Yalá. Solidarizando-se com os familiares de Kumba Yala e com o Povo irmão da Guiné Bissau , o Presidente da República escreveu assim:

"Nesta hora de luto, e em que o país passa por uma importante fase da sua história, aproveito a oportunidade para renovar a nossa solidariedade para com o Povo da Guiné Bissau, bem como a nossa disponibilidade para contribuir, na medida das nossas possibilidades, para que os guineenses encontrem os caminhos que os conduzam à estabilidade e ao desenvolvimento".  

NOTA: "Homólogo"???? Desde quando Serifo foi eleito??? Ou foi um golpe de Estado que o 'elegeu'?! Eu já nem sei a quantas ando. Nem nunca acertarei os passos com os tempos modernos... AAS

ELEIÇÕES(?)2014: LGDH capacita animadores


No quadro do micro projeto “Sensibilização e Educação Cívica sobre Eleições” financiado  pela União Europeia através da UE-PANNE, a Liga Guineense dos Direitos Humanos inicia hoje  até sexta feira dia 11 de Março, campanhas de educação cívica sobre eleições com o lema “ Balur di nô Votu” .  A realização desta atividade de sensibilização que decorre nas regiões de Oio, Gabú, Bafatá e Quinará envolvendo 80 animadores, foi antecedida de  uma importante ação de capacitação que teve lugar em Bissau no passado dia 4 de Março 2014.  
 
Durante esta formação foram abordados vários entre as quais, as técnicas de animação e educação cívica, o papel da sociedade civil no processo eleitoral,  a observação e acompanhamento do processo de votação e quadro legal do processo eleitoral.
 
Paralelamente as ações de educação cívica porta à porta, a LGDH já iniciou a difusão dos spots publicitários nas principais estações emissoras nacionais e comunitárias com vista a consciencializar os cidadãos sobre a  importância do exercício do dever cívico de voto no dia 13 de Abril.
 
No âmbito ainda desta iniciativa da Liga, 30 ativistas devidamente capacitados para o efeito, acompanharão o desenrolar do processo de votação nas diferentes assembleias de votos nas regiões acima identificadas, em estreita colaboração com as autoridades de administração eleitoral, por forma a ajudar suprir a tempo as deficiências e remover obstáculos rumo a um escrutínio livre, justas, transparentes e credíveis.
 
É  convicção da LGDH, que o retorno à ordem constitucional e consequente consolidação da paz e do estado de direito, dependem em grande medida, dos esforços e determinação dos homens e mulheres.
 
Nesta perspectiva, não irá poupar esforços para se associar com as iniciativas tendentes a concretização dos desígnios da democracia, do progresso e bens estar social os quais os guineenses tanto merecem.  
 
Pela Paz, Justiça e Direitos Humanos

ELEIÇÕES(?)2014: Depois de observados 3 dias de luto nacional pelo falecimento do presidente Kumba Yala, o candidato apoiado pelo malogrado fundador do PRS, Nuno Nabiam, regressa à estrada para queimar os últimos cartuchos. Amanhã, será a vez da região de Biombo, depois a de Bolama-Bijagós; Nuno regressa ainda a Bafatá, no Leste do País, e fecha na capital com um mega-comício na UDID, a sede nacional de campanha, na Av. Amílcar Cabral, em Bissau. AAS

domingo, 6 de abril de 2014

MORTE de KUMBA YALA: À mulher de César...


Eu acuso: Kumba Yala foi assassinado. SMS recebido às 02:33h da manhã do dia 4: "Não oficial mas informaram-me que o Kumba foi assassinado esta madrugada". E mais um, às 15:21h do dia seguinte: "Da morte do outro [do Kumba Yala], de fonte fidedigna, que foi injectado com substâncias mortíferas."

O editor do Ditadura do Consenso, desafia publicamente as autoridades (ilegítimas) da Guiné-Bissau e a comunidade internacional (particularmente ao Ramos Horta, o representante do Secretário-Geral da ONU na Guiné-Bissau) a permitir que cinco médicos legistas indicados pela CEDEAO, CPLP, UA, UE e ONU façam uma autópsia aos restos mortais do Presidente Kumba Yala para sabermos a causa da morte, e... com que substância mortífera foi injectado o fundador do PRS. Recorde-se que vieram médicos legistas do Senegal para fazer a autópsia ao corpo do 'Nino' Vieira.

E pergunto:

- Por que carca de água a tropa confiscou o corpo desde a sua morte até hoje? Kumba era militar??? O que esconde a tropa??? Porque é que, sendo muçulmano (converteu-se há anos) Kumba ficou por enterrar? Como se sabe, os muçulmanos vão a entrerrar no mesmo dia em que faleceram.

- O único médico legista guineense ainda nem sequer viu o corpo do antigo Presidente (aconteceu o mesmo quando 'Nino' Vieira foi assassinado...

Kumba Yala, para o bem e para o mal, foi Presidente da República da Guiné-Bissau, eleito com os votos do Povo guineense. Para dormirmos todos descansados, é bom que se saiba o que de facto matou Kumba Yala acabando assim com todas as dúvidas. Eu, não as tenho: sei, de fonte segura, fiável mesmo que Kumba Yala foi assassinado. As famílias querem a verdade. Eu também. E este é o meu desafio. A tropa sabe mais do que aquilo que diz, se é que disse alguma coisa...À mulher de César, não basta parecer séria... António Aly Silva

sexta-feira, 4 de abril de 2014

OPINIÃO: «Morreu Kumba Ialá, o grande 'perturbador' do passado recente da Guiné-Bissau»


Por João Manuel Rocha
FONTE: Público

Antigo Presidente da República, influente nas Forças Armadas, Kumba anunciou no início do ano o abandono da política activa. O dirigente do barrete vermelho teve papel central em várias perturbações vividas pelo país nos últimos anos.

Sob os holofotes ou nos bastidores, Kumba Ialá tornou-se, nas últimas décadas, nome incontornável da vida política da Guiné-Bissau, de que foi Presidente entre 2000 e 2003. Mesmo depois de ter sido deposto manteve-se como figura central da turbulenta situação político-militar e pré-anunciou o último golpe de Estado. Morreu esta sexta-feira, em Bissau, aos 61 anos, de paragem cardíaca. O médico pessoal disse que pediu para ser sepultado depois das eleições gerais marcadas para dia 13 de Abril.

O Presidente Kumba Ialá morreu. Morreu por volta da meia-noite, de paragem cardio-respiratória súbita”, informou um comunicado, citado pela Reuters, do Hospital Militar de Bissau, para onde foi transportado. Alfredo Malu, responsável pela segurança pessoal, afirmou à AFP que Kumba “sentiu-se mal na noite de quinta-feira” e morreu às primeiras horas de sexta-feira.

O político do barrete vermelho, sinal da sua importância entre os balantas, a maior etnia do país, com cerca 30% dos mais de 1,6 milhões de guineenses, distinguiu-se como defensor do multipartidarismo, no início dos anos 1990. Mas a imagem que deixa é a de orador de verbo fácil, populista, calculista. O seu nome fica associado a vários dos episódios de instabilidade vividos nos últimos anos pela Guiné-Bissau, o último dos quais o golpe de Estado que, em 2012, derrubou o Governo de Carlos Gomes Júnior, Cadogo.

Uma das frases do livro de pensamentos políticos e filosóficos que lançou em 2003 ajuda a compreender a imprevisibilidade, errância e capacidade de jogar nos bastidores quando não estava ele próprio no palco. “Em política, quando se adormece sossegado, acorda-se com tudo perdido”, escreveu.

Há dois anos, depois de, na primeira volta das eleições presidenciais, ter obtido 23,36% dos votos – contra 48,97% de Cadogo –, Kumba pré-anunciou o golpe de 12 de Abril, que deixou o país nas mãos de governantes não eleitos. “Não há segunda volta, nem terceira volta, porque não reconhecemos o resultado”, disse, dias antes da sublevação militar conduzida pelo chefe das Forças Armadas, o também balanta António Indjai. “Quem se aventurar a fazer campanha assumirá a responsabilidade por tudo o que aconteça”, declarou também.

Foi claramente instigador e preparador do golpe”, considera Xavier Figueiredo, director do boletim África Monitor, que classifica como “completamente perturbador” o papel de Kumba nos anos mais recentes da Guiné. “Politicamente comandou toda a situação entre o fecho das urnas da primeira volta e o golpe”, afirma Eduardo Costa Dias, investigador de assuntos africanos do ISCTE-IUL (Instituto Universitário de Lisboa).

Filho de camponeses, nascido a 15 de Março de 1953, perto de Bula, no Noroeste da Guiné, Kumba afirma-se politicamente na fase de abertura ao multipartidarismo, no início dos anos 1990. Antigo professor da escola de quadros do partido único, o PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), funda o Partido da Renovação Social (PRS), que se tornará na principal alternativa política. Dirigente em ascensão, vai ocupar um espaço de representação política balanta vago desde o fuzilamento, em 1985, de Paulo Correia, vice-presidente do Conselho de Estado.

O “trabalho de sapa” junto de chefes tradicionais balantas, a influência que ganhou sobre os militares da etnia e o apoio de alguns países da região, designadamente Marrocos, explicam, no entender de Costa Dias – que o descreve como “padrinho dos balantas” –, o peso adquirido na política guineense por Kumba Ialá.

Disputa sucessivas eleições presidenciais e chega a conseguir apoios que extravasam em muito a etnia de origem e não se esgotam no partido que criou. Em 2000 chega à Presidência. O seu mandato é marcado por agitação social e remodelações governamentais e acaba interrompido por um golpe militar, em Setembro de 2003.

Perda de peso eleitoral

Kumba não perde, mesmo assim, influência junto de vastos sectores da sociedade guineense. Continua activo. Mas os últimos resultados eleitorais indiciavam uma progressiva perda de influência eleitoral – entre as presidenciais de 2009 e as 2012 perdeu 6% do eleitorado, mas continua a ser ouvido, e seguido, incluindo nos sectores das Forças Armadas que fizeram o último golpe.

Em Dezembro passado, o político que gostava de viver no meio do povo, e há poucos anos se converteu ao islamismo, chegou a anunciar que concorreria de novo ao cargo de Presidente. Mas em Janeiro comunica o abandono da política activa. "Agora que me despeço não da política, mas de disputas e mandatos de cargos eleitorais, realço que não é necessário, que não é preciso, ter cargos para exercer a cidadania activa", disse.

OBITUÁRIO: Até lá, Presidente


Por: António Aly Silva

As divergências entre mim e o Kumba Yala eram um livro aberto. E colorido. Bom, às vezes eram a preto-e-branco, mas nunca, livra!, cinzentas. Nesse livro há muita filosofia, alguma barata com certeza, mas todas elas com a sua praticidade. Por exemplo, quem gosta de bricolage deve ter-se divertido de borla muitas vezes nestes últimos anos. Mas esse livro tem também coisas sérias. E divertidas. Porém, esse livro está agora fechado e nunca mais será aberto. Permanecerá um túmulo. Até lá, Presidente.

Koumba Yalá Kobdé Nhanca aka Mohammed Yala, foi uma figura. Ponto. Uma figura que se transformava em vários personagens que às vezes se tornavam incontroláveis. Mas Kumba era incontornável - uma das últimas, e talvez até a única figura 101% mediática da Guiné-Bissau. Para o bem e para o mal, talvez na mesma proporção, ou não. Qualquer selecção, já se sabe, é redutora.

Kumba foi um senhor doutor catedrático da controvérsia em pessoa. E excêntrico até no leito da morte, a julgar pelas palavras que terá proferido e que foram reveladas pelo seu médico e sobrinho: «quero ser enterrado só depois do resultado das eleições»... Mas Kumba era igualmente um manipulador nato. Mas era acima de tudo um homem inteligente. Um político astuto, populista e demagogo q.b. – bem ao estilo do Povo da Guiné-Bissau... Estávamos, por assim dizer, bem um para o outro.

Fui porta-voz da candidatura de Kumba Yalá nas eleições presidenciais de 2009, em que obrigou um Malam Bacai Sanha já de si desgastado, a uma estafante 2ª volta, mas que viria a perder para o candidato do PAIGC. Demite-me no dia em que os resultados da 1ª volta foram conhecidos e fiz questão de nem estar presente no Palace Hotel. Aguardei por ele no passeio da sua casa... Eu era porta-voz só no papel, e como eu não sirvo para papel de parede...e o resto é isso mesmo: história.

A intenção aqui não é lembrar nem o melhor e menos ainda o pior do Kumba Yalá. Todos temos defeitos e feitios - e é em vida que a batalha se faz. A intenção, aqui, é tão-somente homenagear um homem: Presidente Kumba Yala Kobdé Nhanca. Que faça a viagem da sua vida, com bom tempo ou com turbulência, mas com tranquilidade - a mesma que a Guiné-Bissau almeja há 40 anos. Porque a um morto nada se recusa.


MORTE de KUMBA YALA: PAIGC e o seu candidato às presidenciais, José Mário Vaz, suspenderam todas as acções de campanha estando a comitiva neste momento a regressar a Bissau. AAS

MORTE de KUMBA YALA: A partir da meia noite de hoje e até à meia noite de 2ª feira, o País observa três dias de luto nacional. AAS

MORTE de KUMBA YALA: Peter Thompson apela à calma

Peter Thompson, Coordenador do Grupo Parlamentar do Reino Unido para a Guiné-Bissau e Chefe da Missão de Observação Eleitoral Britânico, enviou as suas condolências para a família do ex-Presidente Kumba Yala.

Peter Thompson apela a todos os intervenientes nestas eleições que reflictam com calma sobre esta perda, com um sentido de dever nacional, acrescentando que “a melhor forma de prestar homenagem ao ex-Presidente seria ter uma campanha eleitoral pacífica e digna, onde a democracia é a vencedora”.

MORTE de KUMBA YALA: ONU mandou discretamente para casa todo o seu pessoal, mas entretanto pede calma...Eles lá saberão. AAS


MORTE de KUMBA YALÁ: «A maldição de ser presidente na Guiné-Bissau»


Apenas três dos dez Presidente e ex-Presidentes da Guiné-Bissau, entre eleitos, interinos, de transição, de unidade nacional em 40 anos de independência, estão vivos e dois deles permanecem afastados da política, num país que nunca viu concluir uma legislatura presidencial.

Com a morte, hoje, do ex-chefe de Estado Kumba Ialá, deposto em 2003 por um golpe de Estado militar após três anos na presidência na sequência das eleições de 2000, apenas estão vivos três políticos que se sentaram na cadeira presidencial. O atual, Serifo Nhamadjo, é apelidado de «presidente de transição» e assumiu a presidência após o golpe de Estado de 12 de abril de 2012; o homem a quem sucedeu, Raimundo Pereira, o único presidente interino que acabou deposto, e Carmen Pereira, há muito afastada da política. Lusa/CV

MORTE de KUMBA YALA/NOTÍCIA DC: Governo de transição decreta 3 dias de luto nacional pelo falecimento do fundador do PRS e antigo Presidente da Guiné-Bissau. AAS

MORTE de KUMBA YALA: Ramos Horta, Representante do secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau Bissau, «apela à calma e ao respeito pelo desenrolar do processo eleitoral em curso no País. Que ninguém politize a morte do Kumba Yala». AAS

MORTE de KUMBA YALA: Portugal lamenta e pede que «não interrompa processo eleitoral»


O Governo português lamentou hoje a morte do ex-Presidente da Guiné-Bissau, Kumba Ialá, e pediu que o processo eleitoral continue a decorrer normalmente até às eleições do próximo dia 13, disse fonte do ministério dos Negócios Estrangeiros. Em comunicado hoje divulgado pelo ministério de Rui Machete, o Governo português "formula votos de que este trágico evento em nada venha a afetar o normal desenrolar do processo eleitoral em curso, que deverá culminar na realização das eleições previstas para o próximo dia 13 de abril".

As eleições gerais (presidenciais e legislativas) são "consideradas decisivas, pela comunidade internacional, para a estabilização e o progresso daquele país", acrescenta a nota. O Executivo expressa ainda as suas "condolências à família enlutada". Guiné-Bissau vive um período de campanha eleitoral com vista às eleições gerais de 13 de abril, sucessivas adiadas desde o ano passado, que será o primeiro ato eleitoral desde o golpe de Estado de abril de 2012.

O ex-Presidente da Guiné-Bissau Kumba Ialá morreu hoje, aos 61 anos, devido a problemas de saúde. O corpo encontra-se na morgue do hospital militar de Bissau, vigiado por militares. De etnia balanta, o político guineense fundou o Partido da Renovação Social em 1992, a segunda maior força política do país, e foi Presidente da República entre 2000 e 2003, tendo sido deposto por um golpe militar.

Kumba Ialá, que fez 61 anos a 15 de março de 2014, renunciou à vida ativa política a 1 de janeiro deste ano, alegando "haver um tempo para tudo", decidindo apoiar o candidato independente às presidenciais Nuno Nabian. Lusa

MORTE de KUMBA YALA: PM de Cabo verde diz que o momento é de «busca de soluções»


"Kumba Yala foi um presidente da Guiné-Bissau. Será sempre uma perda para aquele país. O importante neste momento é que toda a classe política guineense pense no diálogo, na tolerância, na busca de pontes para um grande entendimento nacional. Para uma grande reconciliação nacional. De modo a que todos se orientem no sentido da realização do bem comum, na busca dos caminhos da liberdade, da democracia, da paz e da estabilidade e da reconstituição do Estado de direito democrático para que haja condições para que a Guiné-Bissau possa relançar os alicerces do seu desenvolvimento", disse José Maria Neves ao saber da notícia da morte de Kumba Yala.

"Apresento as minhas condolências à Guiné-Bissau e à família enlutada. E será sempre um momento de reflexão para a busca de soluções para que os guineenses possam estar à altura dos sacrifícios consentidos durante a luta da libertação nacional. E também à altura do contributo de Amílcar Cabral para a libertação da Guiné e de Cabo Verde", acrescentou em Lisboa.

Frisou ainda que "independentemente do percurso de Kumba Yala, o que é importante neste momento é que se reflicta sobre os bons e maus momentos da Guiné-Bissau e se possa encontrar o melhor caminho. Guiné tem um povo extraordinário. Tem gente extraordinária. Tenho uma admiração grande por Guiné-Bissau. E, sobretudo, nós cabo-verdianos que devemos muito à Guiné-Bissau".

MORTE de KUMBA YALÁ: Últimas imagens




Últimas fotos de Kumba Yalá, na campanha do candidato presidencial Nuno Nabiam

MORTE DE KUMBA YALA/NOTÍCIA DC: Existem rumores de que Kumba Yalá morreu na sua casa, e que terá sido ASSASSINADO. Segundo uma fonte do DC, «vários vizinhos ouviram gritarias e choros» por volta das 2/3 horas da manhã, e questiona a razão de o corpo «ter sido levado à socapa para o hospital militar, onde permanece fortemente guardado, com o acesso vedado.» É preciso uma equipa de medicina legal internacional e independente para se apurar a causa da morte do fundador do PRS. AAS

MORTE de KUMBA YALA: Nuno Nabiam, candidato suportado pelo malogrado Kumba Yalá, suspende hoje todas as acções de campanha, mas retoma amanhã «com mais ânimo ainda», conforme revelou ao DC. AAS

MORTE de Kumba Yala: LGDH envia condolências


NOTA DE CONDOLÊNCIA

O país foi surpreendido esta sexta feira, 4 Abril 2014, com a morte súbita e prematura do ex-Presidente da República, fundador do Partido da Renovação Social, Dr. Koumba Yala.

Koumba Yala esteve na origem de algumas conquistas democráticas alcançadas pelo povo guineense e, enquanto político, proclamava os valores da paz, da democracia e do estado de direito.

Com o efeito, a melhor forma de render a justa homenagem àquele que foi um dos propulsores de abertura ao pluralismo democrático, é continuar a trabalhar para que os valores da paz e democracia sejam uma realidade na Guiné-Bissau.

Neste momento de dor e de tristeza, a Direção Nacional da LGDH endereça os seus sentidos votos de pesar à família enlutada, ao PRS e ao Povo guineense em geral, na convicção porém, que os ideais pelos quais lutou ao longo da sua vida política serão uma realidade.

Feito em Bissau, aos 4 dias do mês de Abril de 2014


A Direção Nacional


ELEIÇÕES(?) 2014: ONU diz que devem abrir "etapa de paz e desenvolvimento"


As eleições na Guiné-Bissau devem ser seguidas por resultados produtivos e pela implementação de reformas essenciais para garantir a estabilidade duradoura e a consolidação democrática. O apelo, divulgado terça-feira, é da Comissão da ONU para Consolidação da Paz, PBC na sigla em inglês.

A entidade frisa que o pleito é apenas o primeiro passo, essencial para a restauração da ordem constitucional e democrática. A votação para as presidenciais e legislativas guineenses está marcada para 13 de abril.

O país está na segunda semana da campanha eleitoral para a corrida, que envolve 15 partidos políticos e 13 candidatos à presidência. A nota enumera os pontos que distinguem o ambiente do pleito deste ano da corrida realizada em 2012, quando ocorreu um golpe de Estado a 10 dias da segunda volta das presidenciais.

Para 2014, o destaque vai para o fim do recenseamento, além do que a PBC chama de importante presença no terreno da segurança da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, Cedeao. O comunicado realça ainda a melhor coordenação entre Guiné-Bissau e seus principais parceiros internacionais.

A Comissão apela a todas as partes envolvidas a estar à altura das suas responsabilidades históricas com o povo guineense e a cooperar para a realização de eleições livres e justas.

O comunicado destaca o bom encaminhamento do financiamento e do preparativos do processo apoiado pelos doadores. Timor-Leste é mencionado entre os contribuintes, ao lado da Nigéria, dos Países da Cedeao, da União Europeia e do Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud.

O papel determinante do representante do Secretário-Geral, José Ramos Horta, foi elogiado à frente do Escritório do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, Uniogbis.

A PBC revela a sua preocupação com recentes episódios de violência política, tendo condenado qualquer tentativa de empregar o medo e a intimidação como instrumentos políticos. O pronunciamento termina a destacar o objetivo de inaugurar um capítulo de paz e de desenvolvimento duradouro para a Guiné-Bissau.

Morte de Kumba Yalá: Detalhes


Kumba Yala morreu pouco depois da uma da manhã, diz-se que na clínica do médico e seu sobrinho, Martinho Nhanca. Primeiro informaram as chefias miltares que se reuniram para debater o assunto e só mais tarde, duas horas depois, o assunto comecou a circular nos meios mais restritos kumbistas, chegando depois ao povo.

Numa intervenção radiofónica, o seu sobrinho, o médico Martinho Nhanca, expressou o desejo do seu falecido tio: "ser enterrado após a vitória do candidato Nuno Na Biam" que apoiava na corrida para a Presidência da República. E se Nuno não vencer? Respondeu que está fora de questão pois este acabará por ganhar as eleições presidenciais.

Este desejo, aparentemente inofensivo, é fonte de preocupação para os resultados eleitorais para a Presidência da Republica nas eleições marcadas para 13 de abril próximo. Aliás, após o espancamento do candidato a deputado do PRS, Mario Fambé, que ocasionou uma reunião entre o CEMGFA, o general Antonio Indjai nao podia ser mais explícito para os dirigentes do PRS. Terá dito "não ter nada a ver com as legislativas, mas no que toca às presidenciais, o presidente tem que ser alguém da nossa inteira confiança e com quem podemos entender". AAS

MORTE de KUMBA YALA: Corpo do ex-presidente e fundador do PRS encontra-se na morgue do Hospital Militar, em Bissau, guardado por vários militares armados, mas não há qualquer esclarecimento adicional por parte desta unidade de saúde. Kumba Yalá, recorde-se, fazia campanha a favor do candidato presidencial independente, Nuno Nabiam. AAS


Morte de Kumba Yala: Ex-presidente do PRS foi vítima de uma paragem cardíaca, depois de ter regressado de Catió em acção de campanha eleitoral. AAS


Kumba Yala morreu esta madrugada. Tinha 61 anos. AAS

quinta-feira, 3 de abril de 2014

ELEIÇÕES (?) 2014: Manifesto Eleitoral - F.D.S. - Frente Democrátic​a Social


Para o DSP


«Passando isto ou não, eu não estou de acordo com o que li por parte deste senhor (Domingos Simões Pereira, acerca do Bruma e do Mané). Está informado sim, porque lê o teu blog e sabe do que abaixo me refiro.

«Quando ouvimos o nome de Carlos Mané a ser considerado um jogador revelação em Portugal e Bruma a marcar golos na Turquia ficamos todos orgulhosos»

Sr. Candidato a Primeiro Ministro,

Esteja mais atento e mencione também os que trazem e trouxeram recentemente medalhas verdadeiras para o País ( em competições individuais e não colectivos como o futebol a que se referiu) e deixaram esses mesmos potenciais eleitorados orgulhosos!!!

M.R.
»

P.S.: O Bruma e o Mané são guineenses...mas representam a bandeira portuguesa, por opção própria - por dinheiro, sabe-se- lá, mas é o mais provável. A Taciana PEDIU (TEM) a nacionalidade guineense e compete pelas nossas cores em detrimento da verde e amarela, ou amarelinha. O Holder e a Graciela, também! Eu, no lugar do DSP, deixava o Bruma e o Mané quietos no seu canto a comer bacalhau, a marcar golos, a ganhar e...a investir na Europa!!! Guineense, senhor DSP, é aquele que come o pão que o diabo amassou e não a massa que o branco fez (sem ofensa, pois também nos tratam por 'pretos') AAS

ELEIÇÕES(?) 2014: UA aprova missão de observadores


A presidente da Comissão da União Africana, Dlamini Nkosazana Zuma, aprovou o envio de uma missão de observação africana (AUEOM) para as eleições gerais na Guiné-Bissau, que se realizam no próximo dia 13 de abril.

A missão da União Africana (AUEOM) será liderada pelo ex-presidente de Moçambique, Joaquim Alberto Chissano, e contará com 50 observadores da União, incluindo membros do Parlamento pan-africano, de organizações dos direitos humanos e da sociedade civil em África. A AUEOM deverá chegar a Bissau esta quinta-feira, permanecendo no país até ao anúncio dos resultados finais.

A UA aprovou a missão na sequência de um pedido da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) da Guiné-Bissau, detendo ser apresentado um relatório preliminar logo no dia seguinte às eleições. O relatório final deverá estar concluído cerca de dois meses depois das eleições.

ÉBOLA: ONU recomenda encerramento da fronteira com Guiné-Conacri


O representante das Nações Unidas na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, emitiu uma recomendação às autoridades de transição da Guiné-Bissau para que encerre a fronteira com Conacri, de forma a prevenir a propagação do surto de ébola.

A recomendação ocorre depois de terem sido registados 122 casos de ébola na Guiné-Conacri, tendo 80 pessoas acabado por morrer. O vírus já foi detetado também na Libéria.

ELEIÇÕES?) 2014: Guiné-Bissau na recta final da campanha para as eleições gerais


FONTE: Voz da Rússia

Está a decorrer na Guiné-Bissau a segunda semana da campanha eleitoral que se iniciou no dia 22 de março. As eleições presidenciais e legislativas estão marcadas para o próximo dia 13 abril. Foi precisamente há dois anos, em 12 de abril de 2012, que um golpe de estado militar acabou com a ordem constitucional naquele país africano, iniciando um período de confusão e incerteza.

Enquanto a ONU, a União Africana e a União Europeia exigiam a recondução imediata das autoridades destituídas, a CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) impôs Serifo Nhamadjo, o então presidente do parlamento, como presidente interino do país, com um mandato limitado.

Passados dois anos de grande instabilidade, as eleições gerais na Guiné-Bissau, já várias vezes adiadas, parecem ser uma possibilidade real. Os golpistas têm sido objeto de pressões internacionais, especialmente da parte da União Europeia, que até excluiu a Guiné-Bissau da lista de países participantes na cimeira tradicional UE-África, que está a decorrer em Bruxelas.

A CPLP, Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, mostrou uma atitude mais flexível ao recusar-se reconhecer oficialmente o presidente de transição e o governo de transição, mas mantendo contactos com as novas autoridades. Seja como for, um grupo de 16 elementos da Missão de Observação Eleitoral da União Europeia (UE) já chegou a várias regiões no interior da Guiné-Bissau para acompanhar as eleições.

"Ao longo das próximas semanas, os observadores terão nas suas áreas de responsabilidade encontros com autoridades eleitorais, candidatos e partidos políticos, representantes da sociedade civil, meios de comunicação e eleitores", refere a UE em comunicado.

Os observadores, provenientes de diferentes países europeus, juntaram-se a seis elementos da UE, responsáveis pela coordenação da missão que já se encontravam na Guiné-Bissau. Note-se que, antes do arranque da campanha eleitoral, partidos políticos e candidatos às presidenciais tinham assinado no parlamento, na presença de representantes da comunidade internacional, um Código de Conduta Eleitoral.

O presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, recusou, numa declaração aos jornalistas, candidatar-se às eleições presidenciais invocando o compromisso assumido anteriormente. O antigo primeiro-ministro guineense Carlos Gomes Júnior, deposto em 2012 na sequência do golpe militar, vencedor da então corrida para a presidência, também se afastou da corrida eleitoral.

Na totalidade, estão a concorrer atualmente na Guiné-Bissau 15 partidos, apostados em conseguir lugares no parlamento local, a Assembleia Nacional Popular, e 13 candidatos presidenciais sendo um deles José Mário Vaz, economista e antigo ministro das Finanças do Governo deposto.

Este último é visto como um dos candidatos fortes e tem apoio do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) que liderou a luta de guineenses pela libertação nacional nas décadas 60 e 70 do século passado.

CIMEIRA UE/ÁFRICA: "Narcotráfico implodiu Estado da Guiné-Bissau", acusa Pedro Passos Coelho


O narcotráfico implodiu o Estado na Guiné-Bissau, afirmou, em Bruxelas, Pedro Passos Coelho. O primeiro-ministro discursava na sessão de trabalho sobre a paz e a segurança da IV Cimeira UE-África.

A Guiné-Bissau é um caso revelador pela forma como o narcotráfico concorreu para a implosão das suas frágeis estruturas de Estado, submergindo o país numa grave crise político-militar”, disse Passos Coelho. “Esperamos que as eleições sucessivamente adiadas e agora previstas para 13 de Abril se realizem em condições de justiça e liberdade, permitindo a normalização da situação política e abrindo caminhos para a submissão do poder militar às autoridades civis e à construção de um verdadeiro Estado de Direito”, destacou.

A referência à situação em Bissau surgiu no âmbito da análise ao aumento da insegurança marítima no Golfo da Guiné. “Preocupa-nos pelo seu impacto na região mas, também, pela sua correlação com outros fenómenos, tais como a actuação dos grupos extremistas no Sahel ou as rotas de narcotráfico que usam a África Ocidental como plataforma a caminho da Europa”, referiu o primeiro-ministro.

Assim, e dado o carácter transnacional deste fenómeno, Passos assinalou a vontade do seu executivo de trabalhar com os Estados e organizações da região tanto no quadro bilateral como no contexto da estratégia da União Europeia (UE) para a zona, aprovada em Março passado.

Essa cooperação poderá passar pelo reforço das capacidades das marinhas e forças aéreas nacionais e pelo fortalecimento das instituições jurídicas e policiais”, destacou o primeiro-ministro. Uma acção marcada pela prevenção, coordenação dos actores internacionais e pela procura de uma matriz africana de soluções.