segunda-feira, 16 de setembro de 2013

ATENÇÃO - Às calúnias responde-se com os tribunais, com o desprezo ou com um par de estalos. Ou deixar ao meu humor vagabundo a decisão sobre qual destas formas de retaliação me trará mais prazer e menos incómodo. AAS

É a democracia, estúpidos!


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CPLP - Golpistas ficam à porta... Polícias da Guiné-Bissau não foram autorizadas a participar na reunião de Chefes de Polícias da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que decorre a partir de hoje em São Tomé e Príncipe. AAS

Kultura di mama taku


A proposta da Comissão Nacional de Planeamento e Coordenação Estratégica - nome pomposo para desviar fundos - para um Plano de Urgência para a Guiné-Bissau prevê um orçamento de 24,7 milhões de euros. O documento propõe 20 medidas para fazer face às principais carências do país e para a realização de eleições gerais na data marcada, 24 de novembro deste ano. A proposta foi entregue na semana passada ao governo de transição, que deverá agora aprová-la.

O plano prevê a criação de um fundo de 5,8 milhões de euros para pagar ordenados em atraso a professores, médicos e enfermeiros (esta é para rir...). Outros 12 milhões de euros estão reservados para a ajuda alimentar à população (esta é para chorar...), no âmbito do Programa Alimentar Mundial (PAM) e do apoio da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). Do orçamento total, 297 mil euros estão pensados para o combate à cólera, e 5,6 milhões de euros para equipar cinco blocos construídos (esta é para a gargalhada...)no âmbito de um projeto do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) no Hospital Simão Mendes...

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Abaixo Assinado para DESPEDIR o "general" ANTÓNIO INDJAI e o bando armado que mantém a Guiné-Bissau como refém. ASSINE

ONU quer INCLUSÃO e transparência nas eleições


O Conselho de Segurança concluiu que as eleições presidenciais e legislativas devem ocorrer de forma credível, transparente e inclusiva na Guiné-Bissau. Numa declaração divulgada quinta-feira, os 15 Estados-membros exigem a realização imediata das eleições gerais. O órgão pede também um esforço das autoridades guineenses para a promoção de um processo de reconciliação nacional. O pleito está agendado para 24 de novembro, mas corre o risco de ser adiado devido à falta de um acordo das autoridades locais sobre aspetos logísticos e de organização.

Na declaração, o Conselho afirma que as autoridades guineenses devem tomar as medidas necessárias para aprofundar o diálogo político no país. O pronunciamento do órgão segue-se a uma reunião, na semana passada, onde foi analisado o relatório do Secretário-Geral sobre a situação no país africano de língua portuguesa. O encontro contou com a presença do representante de Ban Ki-moon na Guiné, José Ramos Horta. Nesta entrevista à Rádio ONU, antes da reunião, Ramos Horta mencionou casos isolados de tensão.

"Na área de direitos humanos, a situação está calma. Há alguma tensão, continua a haver medos, inquietações devido à imprevisibilidade do comportamento dos militares, segundo alguns. Mas de uma maneira geral, posso dizer, a situação está calma, tranquila." A resolução 2048 prevê a restauração da ordem constitucional na Guiné-Bissau. Após o golpe de Estado ocorrido a 12 de abril do ano passado, o país foi administrado por autoridades de transição substituídas em junho por um governo inclusivo.

Os membros do Conselho voltaram a expressar preocupação com o que chamaram de uma "cultura prevalecente de impunidade e falta de prestação de contas" no país lusófono. A declaração também ressalta a necessidade de realizar uma supervisão eficiente das forças de defesa e segurança guineenses. O Conselho pede aos militares envolvidos na maioria de golpes de Estado do país, que não pratiquem atos que possam prejudicar o processo de diálogo e de reconciliação nacional.

O órgão das Nações Unidas elogiou iniciativas da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, Cedeao, para implementar reformas no setor de segurança além de apoio socioeconómico para a estabilizar o país. O Conselho de Segurança destacou ainda medidas do Escritório das Nações Unidas em Bissau, Uniogbis, com vista a restabelecer uma presença internacional para combater o tráfico de drogas na Guiné-Bissau também com a ajuda do Escritório da ONU sobre Drogas e Crime, Unodc.

domingo, 15 de setembro de 2013

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sábado, 14 de setembro de 2013

Com a alma em sangue

Pense. Como é que um país com quarenta anos de independência, com tanta história de mestria e valentia; como é que este país que lutou pela sua independência e de mais quatro (!) países atirou a toalha ao chão?

Este país é coisa pouca para alguém? Seja. Mas é nosso. Pode até ser uma coisa pouca, uma luz qualquer. Chega-nos. Deslumbra-nos. A Guiné-Bissau podia, hoje, ser um gigante entre gigantes mas nunca deixaram-na ter essa medida, esse sentido de proporção, a mínima mercê. E, no entanto, a Guiné-Bissau continua brilhante como se a noite não existisse.

Do que nos vale uma Nação sem nacionalismos? Que tal é a sensação desta alma colectiva que se desalma diariamente; esta idade sem qualidade, este tempo dessincronizado com a nossa natureza, onde já não há herói, figura, exemplo, esperança que nos empolgue ou nos sirva?
AAS

Comandante Pedro Pires: "Militares guineenses transfiguraram-se em instrumento de tirania e delinquência"

O ex-Presidente de Cabo Verde era, há 40 anos, um dos principais comandantes militares do PAIGC, em nome dos quais falou na proclamação da independência da Guiné-Bissau.

Volvidos 40 anos sobre a proclamação da independência da Guiné Bissau, as suas Forças Armadas transfiguraram-se "em instrumento de tirania e de delinquência". A acusação é feita pelo ex-Presidente da República de Cabo Verde, Pedro Pires, que lutou de armas na mão pela independência da Guiné.

Pedro Pires, de 79 anos é um dos mais respeitados dirigentes dos movimentos de libertação, fala com a autoridade reforçada de quem representou as Forças Armadas Revolucionárias do Povo (FARP) na cerimónia de proclamação da independência da Guiné-Bissau, no dia 24 de Setembro de 1973.

Numa entrevista concedida ao Expresso a propósito dos 40 anos da independência da Guiné-Bissau, Pedro Pires entende que o "objetivo principal" do PAIGC foi alcançado: "as independências das colónias da Guiné-Bissau e de Cabo Verde". Reconhece, no entanto, que "a segunda parte" do projeto - a unidade daqueles dois territórios - "fracassou". Sem nunca mencionar nomes, diz que a segunda dimensão do projeto do PAIGC e do seu líder, Amílcar Cabral, "foi interrompido pelo golpe de Estado que teve lugar na Guiné". Pedro Pires alude ao golpe militar de 14 de Novembro de 1980, em que o Presidente da República Luís Cabral (meio irmão de Amílcar) foi deposto por "Nino" Vieira, que assumiu então a chefia do Estado.

ASSASSINATO DE AMÍLCAR CABRAL E O RAPTO DE ARISTIDES PEREIRA

Para o antigo primeiro-ministro e Presidente da República de Cabo Verde, que foi um dos principais comandantes da guerrilha do PAIGC na Guiné, "não seria objetivo nem razoável pretender atribuir responsabilidades unicamente a Amílcar Cabral. O insucesso foi, em grande medida, da responsabilidade dos seus sucessores que não souberam construir as condições subjectivas e os mecanismos políticos para a viabilização do projecto".

O projecto de unidade entre a Guiné e Cabo Verde terá começado a ser posto em causa aquando do assassinato do próprio Amílcar Cabral, em Janeiro de 1973. Baleado por um dos seus guarda-costas, a morte do fundador do PAIGC acentuou a enorme tensão existente entre guineenses e cabo-verdianos. "Estou em crer que o assassinato do Amílcar" e o simultâneo "rapto e tortura do Aristides Pereira enfraqueceram, em boa medida, a confiança necessária" entre os dirigentes e militantes do partido.

Recusando-se a especular "sobre como faria Amílcar Cabral para garantir a realização do projeto unitário", prefere manifestar uma outra "inquietação", não tanto sobre o passado, mas sobre o presente: "Como foi possível a transfiguração das valorosas FARP em instrumento de tirania e de delinquência?"

OS EUA QUEREM CAPTURAR O GENERAL ANTÓNIO INDJAI

Como se sabe, as Forças Armadas da Guiné têm estado no centro da vida política e económica do país, promovendo sucessivos golpes de Estado pelo menos desde Maio de 1999, quando uma Junta Militar liderada pelo brigadeiro Ansumane Mané tentou depor o Presidente da República, Nino Vieira. Ansumane e Nino foram dois dos muitos militares que, desde então, foram assassinados pelos seus camaradas de armas, quase sempre em circunstância de extrema violência.

O atual poder em Bissau resultou de mais um desses golpes de Estado, consumado a 12 de Abril do ano passado. Um dos homens mais poderosos do país, o almirante Bubo Na Tchuto, foi detido em Abril passado em águas internacionais por forças da Agência Antidroga dos EUA (DEA), aguardando-se o início do seu julgamento. Os EUA estão mesmo decididos a capturar o atual Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, general António Injai, considerado o homem-forte do país. Injai é suspeito, tal como o seu camarada da Marinha, Na Tchuto, de tráfico de droga e de armas. EXPRESSO

Ditadura do Consenso - quem mais?!

Chegou-me. Que o Ramos Horta, representante do secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau, apelidou o meu blog de "Al-Jazeera" (a melhor cadeia de televisão do mundo, mas que Ramos Horta, aqui, confundiu com um canal fundamentalista...) na conferência da semana passada em Lisboa. E completou: "costumo ler, é muito bom, é bem escrito e tem boas fontes." Não fiquei deslumbrado sequer, pois isso para mim nem é novidade...não fui à conferência porque viajei nesse dia - e ainda que estivesse em Lisboa não iria. Acho até que pela primeira vez desde que está em Bissau o homem disse coisa com coisa..

Mas foi bom ter ouvido os tiros que o Ramos Horta deu nos próprios pés. Depois de dizer que não havia respeito pelos direitos humanos, que há medo na populaça... disse que a Guiné-Bissau era "um país tranquilo." Estou preocupado com o Ramos Horta - assumo. É que ainda nem estamos a 101% na época do vinho de cajú... AAS

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

CADOGO PRESIDENTE - Bilbao

Movimento de Apoio à Candidatura de Carlos Gomes Junior à Presidência da República da Guiné – Bissau
Espanha - Bilbao

Bilbao, 13 de Setembro de 2013

Os nossos melhores cumprimentos

A Fragilidade da situação politica e social que se vive no pais é do conhecimento de todos, a verdade e a transparência, pilares que devem alicerçar um Estado de Direito, devem igualmente suportar os principios de um novo conceito de cidadania que seja impulsionador de mudanças objectivas rumo à estabilidade.

A Guiné - Bissau vive um periodo de transição desde o golpe de estado de 12 de abril que afastou o Governo eleito e o presidente interino.

Entendemos por bem que, os órgãos de soberania devem promover uma política de promoção das relações humanas enquanto capital motor da sociedade, onde o combate ao divisionismo social e a todos os outros atributos degradantes que têm violentado a nossa sociedade devam ser linhas mestras de políticas sociais a adoptar, onde cada um se sinta parte integrante e participante na modernização das suas instituições, na certeza que os seus direitos serão garantidos na dimensão do cumprimento dos seus deveres.

A justiça, pilar de estabilização social, tem sido barbaramente violentada, ainda não tem sabido encontrar soluções viáveis para o combate à impunidade, assassinatos e espancamentos sem qualquer tipo de reacção das instituições competentes, onde a responsabilização criminal e política pelos acontecimentos parecem fazer parte de um outro ordenamento jurídico que não o nosso.


Pelo exposto, deliberamos os seguintes:

1. As forças Armadas Guineenses, principalmente algumas figuras das chefias militares nunca se conformaram submeter-se ao poder politico legalmente instituido e nunca tiveram perante o Governo legitimo do PAIGC, uma postura de Forças Armadas Republicanas como manda a nossa Constituição, foram varias as posturas de insubordinação pelos militares perante o Governo do PAIGC.

2. . Por razões que se depreendem com a essência e sustentação do Partido da Renovação Social (PRS), existe um posicionamento claro e indisfarçável, entre certas figuras de topo das nossas Forças Armadas com o PRS, não se eximindo em várias ocasiões de assumirem posições de claro favor ao lado desse partido, dos seus membros e militantes ou dos seus interesses.

3. A justiça deve basear-se em acções concretas, na garantia de se fazer cumprir com as leis em vigor no país e não em função dos interesses privados ou privatizados dos que conseguem manipular.

4. Assegurar um envio de uma força internacional de paz e de segurança para garantir o regresso incondicional à Guiné-Bissau de todos os responsáveis políticos e demais cidadãos no exílio a fim de participarem livremente nas eleições previstas para o dia 24 de Novembro proximo.
5. As Naçôes Unidas é a única organizaçao internacional capaz de garantir a segurança e transparencia durante o acto electoral na Guiné Bissau.
6. O governo deve criar condiçôes necesarias para que a diáspora pode votar nas eleiçôes legislativas e presidenciais.

7. Ninguém pode ser total ou parcialmente privado de liberdade, a não ser em consequência de sentença judicial condenatória pela prática de acto punido pela lei com pena de prisão ou de aplicação judicial de medida de segurança.

8. A Guiné – Bissau é a soma dos interesses de todos os guineenses e não dos interesses de um grupo ou de grupos de guineenses, Como bem dizia Fernando Casimiro ( Didinho).

Adão Nhaga
Cordenador do Movimento Cadogo Presidente em Bilbao

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Frase de génio


Ontem, um génio disse-me isto: "Aly, não há um único militar caboverdeano que tenha participado na luta armada na Guiné-Bissau, que esteja no activo em Cabo Verde."

NOTA: Foram dois murros: um no estômago, outro no orgulho. Obrigado, camarada! AAS

ONU: Conselho de Segurança quer eleições o mais breve possível


SECURITY COUNCIL URGES GUINEA-BISSAU ELECTIONS TO BE HELD ‘AS SOON AS POSSIBLE’
New York, Sep 12 2013

The United Nations Security Council has called on Bissau Guinean authorities to resolve any outstanding issues and allow the start of the electoral process in the shortest time possible.

In a statement issued late last night, the 15-member Council stressed that “it is imperative that the presidential and legislative elections be held as soon as possible,” taking into account the end of the transition period set on 31 December 2013.

Members called for any obstacles to be resolved, including by adopting a code of conduct and ensuring that all political actors can safely participate in the political process.

Its members also insisted that authorities in charge of the transitional period “take all appropriate measures to further deepen the internal political dialogue” and ensure that these elections are credible, transparent, inclusive and democratic.

Soldiers in Guinea-Bissau – which has had a history of coups, misrule and political instability since it gained independence from Portugal in 1974 – seized power in April 2012.

Constitutional order has still not been restored in the country, where a transitional government led by Transitional President Serifo Nhamadjo is in place until elections are held.

Earlier this month, UN Special Representative Jose Ramos Horta, who is also the head of the UN political mission in Guinea-Bissau (UNIOGBIS), briefed the Security Council, noting that a potential delay to the polls could “destabilize the political situation, undermining the efforts we have achieved so far.”

In its latest statement on the situation in the West African country, the Security Council welcomed the commitments of Guinea Bissau’s international partners, and called upon them to remain engaged in the political process.

“The support of Guinea Bissau’s partners is required to finance the electoral process,” the Security Council members said noting the need for financial support for the polls.

The Council also reiterated its concerns about the “prevailing culture of impunity and lack of accountability” in Guinea Bissau, and urged implementation of the National Conference on Impunity, Justice and Human Rights.

In July, the African Union had led a second joint assessment mission in Bissau involving the Economic Community of West African States (ECOWAS), Community of Portuguese Language Countries (CPLP), European Union, Organisation Internationale de la Francophonie, and the UN.

Choque e espanto


A única seleção africana que fala o português, e que sonhava ainda chegar ao Mundial-2014 acabou de ser castigada pela entidade que regula o futebol mundial - a FIFA. Motivo: a utilização de Fernando Varela na partida com a Tunísia, na sexta e última jornada do grupo B, que os "Tubarões" ganharam por dois a zero.

A decisão do organismo maior de futebol, não excluiu Cabo Verde de forma directa do Mundial-2014. Só que a penalização - uma derrota por 3-0 frente à Tunísia, terminou abruptamente com o sonho de chegar ao Brasil. Com este resultado, os insulares desceram para o segundo posto do grupo B, com 9 pontos, a cinco do agora líder na secretaria - ironicamente a Tunísia.

Em Cabo Verde, já se pedem responsabilidades. Outras vozes vão mais longe e chamam os bois pelos nomes: querem a demissão de toda a estrutura da FCF... AAS

Ditadura encapotada


"O comentador do programa semanal Caminhos para o Desenvolvimento da Radio Bombolom FM, Sr. Justino Sá, que começou a ser ouvido ontem pelo Serviço Central da Contra-inteligencia Militar, foi transferido hoje para o Tribunal Militar devido às suas declaraçoes sobre as recentes  promoçoes nas forças armadas.

A LGDH considera de ilegal estas audiçoes na justa medida em que o Justino Sá sendo um cidadão civil não está abrangido pelas jurisdiçoes das duas instituiçoes militares. A Direcção Nacional da LGDH está a acompanhar de perto estas manobras intimidatorias que atentam contra a liberdade de expressão na Guine-Bissau, ponderando reagir a qualquer momento sobre este acontecimento vergonhoso e inaceitavel num estado de direito democratico.
Se as opinioes do Justino ofenderam alguem, tem um unico caminho, que é o de apresentar uma queixa contra ele nas instancias competentes, nomeadamente Policia judiciária ou Ministério Público.

A Direcção Nacional da Liga Guineense dos Direitos Humanos"