sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
REPORTAGEM VOA nos EUA: Guineenses, entre a divisão e a saudade da terra
Um recenseamento feito há cerca de dois anos pela Associação da Comunidade da Guiné-Bissau nos Estados Unidos (ACGB-USA) registou cerca de 500 guineenses adultos, na sua grande maioria na Nova Inglaterra. Admite-se, no entanto, que o número seja muito superior, numa comunidade muito dividida, mas que continua a seguir o que se passa na Guiné-Bissau.
Espalhados por vários Estados, os guineenses estão presentes em muitos sectores, mas a grande maioria trabalha na construção. Daniel Miguel, presidente em exercício da ACGB, diz que metade ou mais “encontra-se em situação de ilegalidade, havendo, no entanto, muitos estão no processo de legalização”. Nos últimos tempos, têm chegado muitos guineenses de Cabo Verde por casamento com naturais das ilhas.
A Associação da Comunidade da Guiné-Bissau nos Estados Unidos, criada na década de 1980, enfrenta muitas dificuldades, entre elas a falta de meios e o afastamento dos imigrantes, como diz Daniel Miguel “Muitos se afastaram devido aos problemas que se registaram na associação no passado e, apesar dos nossos esforços, é muito difícil fazer qualquer trabalho”, explica Miguel, que justifica a falta de meios para “unir aqueles que não querem se unir”.
As novas tecnologias, na verdade, constituem hoje um aliado extraordinário dos imigrantes.
Tanto Silva como Miguel, “e muitos outros” não se cansam de procurar notícias “nos blogues, jornais digitais, redes sociais pessoais, apesar de não se ter acesso a muito informação do Governo”, lamenta o presidente da ACGB e técnico sénior de programação informática. Além da legalização, que afecta todas as comunidades, os guineenses enfrentam também o duro problema das deportações, principalmente de jovens que entram para o mundo do crime, “um estigma para a comunidade”, de acordo com Daniel Miguel.
Apesar de, como expressa a maioria dos guineenses, “estarmos muito tristes e preocupados com a situação do país", a vontade de regressar é uma realidade, mesmo para aqueles que se encontram bem integrados
Lígia Silva pensava regressar à Guiné-Bissau no verão passado, mas a nova crise que assola o país levou-a a adiar a decisão. "Vou ter de esperar um pouco mais", revela aquela professora uriversitária que reconhece ser "muito difícil uma pessoa devidamente instalada", regressar à Guiné-Bissau.
Além da ACGB liderada por Daniel Miguel, há uma outra associação de guineenses com o mesmo nome da ACGB, fruto de uma divisão no seio da comunidade. Não foi possível falar com os seus responsáveis.
Muitos dizem que essa divisão poder ser um reflexo do país, mas para outros a emigração tem caminhos vários que dificultam, às vezes, a aproximação das comunidades.
Ouça AQUI o capítulo dedicado à comunidade guineense da série Diáspora na América. Voz da América
PREPAREMO-NOS PARA O PIOR: Guineenses, a decisão que vai ser anunciada ao País pelo presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, pode não ser aquela que a esmagadora maioria dos cidadãos democratas espera...é triste e lamentável que nenhum Governo complete uma legislatura! Esta é uma luta desigual que nos foi imposta e que temos combater. É de bradar aos céus!!! Viva a democracia, viva a República. AAS
MANIFESTAÇÃO: EM DEFESA DOS VALORES DEMOCRÁTICOS
Amanhã, dia 30 de janeiro (Dia da Celebração da Mulher Guineense), às 15 horas, à frente do Palácio do Governo, na Praça dos Heróis Nacionais.
Vem defender a democracia ameaçada, dizendo Não à Tirania. O Presidente da República no fim de um encontro com a Direção do PRS, prometeu destituir o Governo de Carlos Correia e avançar com uma de sua própria iniciativa.
É hora de todos unirmos em prol da PAZ e da ESTABILIDADE!!!
Vem trajado com o que tiver de mais simbólico em relação ao seu compromisso e à verdade.
REPASSE ESTA MENSAGEM PARA QUANTOS CIDADÃOS PUDER!
Bissau, 29 de janeiro de 2016
Um grupo de cidadãos democratas
CRISE POLÍTICA: Chefes religiosos da Guiné-Bissau apelam ao PR que promova diálogo na classe política
Líderes da comunidade muçulmana e católica da Guiné-Bissau apelaram hoje ao Presidente guineense, José Mário Vaz, que promova o diálogo na classe política para ultrapassar a atual crise institucional.
José Mário Vaz reuniu-se hoje com os representantes do poder tradicional e os líderes religiosos no âmbito de consultas que tem estado a levar a cabo com as forças vivas da nação guineense para a busca de uma saída para a crise política.
O imã, líder religioso muçulmano, Bubacõr Djaló, e o padre Domingos da Fonseca, em representação da igreja Católica, adiantaram aos jornalistas terem recomendado ao chefe de Estado que "faça tudo para promover o diálogo" entre os políticos, no que dizem ser "a única forma de sair da crise".
Os dois líderes religiosos coincidiram ao afirmar que o diálogo que se pretende será no sentido de atingir um consenso, independentemente daquilo que diz a lei.
"Independentemente de todas as leis que se possam consultar, era bom que houvesse o bom senso em sintonia com o povo da Guiné-Bissau", defendeu o padre Domingos da Fonseca, notando que há momentos em que "é preciso deixar de lado a lei".
Para o imã Bubacõr Djaló, "não se deve minimizar" a crise que assola a classe política, tendo em conta as crises no passado recente do país. "É preciso aplicar a lei, mas promover sempre um diálogo que possa trazer o consenso logo a seguir", afirmou Bubacõr Djaló, frisando que o país "já está cansado de polémicas" entre a classe política. Lusa
CRISE POLÍTICA: Comunidade internacional diz que "até agora não há uma vontade política clara e inequívoca de estabelecer o diálogo"
A comunidade internacional apelou ao «diálogo franco e profundo» entre guineenses para ultrapassar a atual crise política vigente no país. O apelo partiu do representante do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Miguel Trovada, à saída de um encontro com o presidente da Republica, José Mário Vaz.
Trovoada reforçou que a solução para atual crise deve ser encontrada através do diálogo entre os guineenses. «Até agora não há uma vontade política clara e inequívoca de estabelecer o diálogo. Tenho recebido muitos representes dos partidos políticos, da sociedade civil e tenho mantido contacto com os titulares dos órgãos da soberania e a verdade é que esta dinâmica de diálogo em busca de soluções ainda não se desencadeou», afirmou Miguel Trovada, acrescentando:
"A comunidade internacional não vai solucionar os problemas da Guiné-Bissau, porque não foi eleita pelo povo guineense, pelo que não dispõe da legitimidade para os resolver", reforçou.
CRISE POLÍTICA: Igreja Católica pede «bom senso» entre a classe política
A Igreja Católica pediu, esta sexta-feira, «bom senso» entre a classe política face à crise institucional vigente na Guiné-Bissau, no final de um encontro com o presidente da República, José Mário Vaz.
Em nome da Santa Sé, o padre Domingos da Fonseca sublinhou que, independentemente das leis, «para haver paz e estabilidade na Guiné-Bissau, se necessário colocar-se-á de lado a Constituição da República».
SOBRE OS DISPARATES DO VAMAIN
Carlos Vamain: "Tribunal Regional de Bissau não pode substituir-se ao Plenário do Supremo Tribunal de justiça"
Responde:
João André da Silva
Formado em Ciências Jurídico-Políticas
Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC)
"O Tribunal Regional de Bissau, não se substituiu a coisa nenhuma. Nem ao Plenário do STJ, nem à Plenária da ANP. É preciso que se entenda o seguinte: alguns militantes do PAIGC foram expulsos do Partido por razões que não me interessam minimamente.
Limito-me a constatar um facto: a expulsão deles do PAIGC. Também não interessa ao raciocíonio que quero aqui desenvolver se deviam reagir assim ou assado ou ainda cozido, face à decisão do CNJ do Partido. E, também, não será agora que vou tomar posição sobre se é a CP da ANP ou a Plenária desta que deveria decidir sobre a (suposta) perda de mandato.
Como se pode ver são várias as questões e todas elas distintas umas das outras. O que é preciso é não confundi-las, por lapso ou propositadamente. No pressuposto de que o que a requerente da providência pediu ao Tribunal foi que impedisse a entrada dos deputados expulsos do PAIGC, partindo do princípio (não líquido) de que perderam os seus mandatos, o TRB é competente.
Não se tratava de saber se a declaração de perda de mandato é um ACTO POLÍTICO, portanto, insindicável em sede judicial, ou se o órgão que declarou a perda de mandatos é ou não competente para o efeito. Não.
Se o juiz, para decretar a providência devia ou não avaliar da legalidade da declaração da perda de mandatos, como pressuposto para que se entenda que a presença daqueles indivíduos no Parlamento constitui perturbação ao andamento dos trabalhos deste, são contas de outro rosário..."
APROVAÇÃO DO PROGRAMA DO GOVERNO DE CARLOS CORREIA
Gabinete do Primeiro-Ministro
Ontem, dia 28 de janeiro, depois de um período conturbado, o hemiciclo dos deputados, com base no despacho exarado pela Vara Civil do Tribunal Administrativo de Bissau sob a Providência Cautelar requerida pelo Presidente da ANP, Sua Excelência, Sr. Cipriano Cassamá, que deu razão à Mesa da Assembleia, reuniu em plenária.




Verificado o quorum, segundo o Regimento daquela instituição pela 2ª Segunda Secretária, Sra Dam Ialá, constatou-se que dos 5 partidos com assento parlamentar estavam presentes: o PAIGC, o PCD e a UM, agrupando 53 deputados na sala. Assim, não obstante, a ausência marcada dos 41 do PRS e 1 do PNP, após o empossamento de mais 6 da Bancada do PAIGC, passou a somar-se 59 deputados, confirmando assim as condições legais para o prosseguimento dos trabalhos.
A sessão foi presidida pelo 1ª Vice-Presidente da ANP, Presidente em Exercício, Sua Excelência, Sr. Inácio Correia (Tchim), que exortou aos deputados de que: “O povo guineense precisa de ver as instituições da República a funcionar. Ora, manter a situação do governo numa indefinição prolongada, acarreta prejuízos enormes à economia nacional. E provoca muita inquietação à população.”, Mais adiante, frisaria que: “Cabe, em primeira linha ao parlamento, através de nós os deputados de desbloquear a situação de impasse governativo que persiste no momento.”
Na Sua breve declaração, o Chefe do Governo, Sua Excelência, Sr. Carlos Correia, usufruindo do disposto, no artº 142, nº 2 do Regimento, que possibilita a reapreciação do Programa nessa magna Assembleia de deputados, fez questão de relembrar de que se trata de “Um Programa de continuidade a ser executado por um governo também ele de continuidade”; “sufragado pelo nosso Povo e aprovado, por unanimidade, pelos Digníssimos Deputados, há pouco mais de um ano”; que a Casa de Democracia merece toda a Sua Consideração e respeito, cujo “nosso sistema tem mecanismos adequados para resolver os diferendos que nos podem surgir, por isso, devemos recorrer as instâncias competentes sempre que é ferido o nosso direito.”
Durante o debate, os vários deputados do PAIGC, do PCD e da UM, que usaram da palavra, foram todos unanimes de que o Programa em causa, no I Governo da IX Legislatura, liderado pelo então Primeiro-Ministro, Sr. Domingos Simões Pereira, no curto espaço temporal (de um ano), deu mostras de ser adequado para a Guiné-Bissau, daí o seu impacto durante a apresentação da Mesa Redonda de Bruxelas, em março último. Recomendaram uma maior atenção para com o sector da justiça, da educação, da saúde, do emprego jovem, empresarial, da diáspora, apelando que os seus colegas deputados da bancada do PRS e PND regressem à Assembleia.
Foi ocasião, para também o deputado e Presidente do PAIGC, Sr. Domingos Simões Pereira felicitar o povo guineense, através dos seus legítimos representantes; recordar de que “a não aprovação do Programa do Governo, significa que a Guiné-Bissau retirou o compromisso que havia estabelecido para com a comunidade internacional”; e face aos impasses prestar uma declaração política, frisando de que houve várias tentativas de diálogo interno, que cada um dos 57 deputados eleitos da lista do PAIGC, subscreveram um termo de compromisso que encontra-se depositado no Supremo Tribunal de Justiça, no qual se compromete a respeitar escrupulosamente à orientação superiormente emanada pelo partido. Convidando todos a tomarem à devida nota, no sentido de se respeitar “a situação de reposição da verdade política nacional e não criarem perturbações ao desenrolar da vida política.”
No fim da sessão, o Programa do II Governo da IX Legislatura do Primeiro-Ministro, Sr. Carlos Correia foi aprovado por unanimidade, com 59 votos a favor; O (zero) votos contra e 1 (uma) abstenção, devido a ausência forçada do Presidente da Assembleia, Sua Excelência, Sr. Cipriano Cassamá, por motivos de convalescência.
Carlos Vaz
Conselheiro para Comunicação e Informação
AMANHÃ, TODOS PARA A MANIFESTAÇÃO
MANIFESTAÇÃO: "EM DEMOCRACIA O POVO É QUEM ORDENA"
Sábado, 30 de Janeiro, no Bairro D'Ajuda, As 17H. Na companhia de:
- Bihan Quimor,
- Big Carlos,
- Os Mecânicos
- Star Caninha Cândida Lopez Cassama.

Vamos todos juntos dizer a nossa Heroína Titina Silá, que a razão da sua luta e consequente morte estão a ser banalizadas por políticos gananciosos e ambiciosos que não se importam com o bem-estar comum.
O nosso futuro está nas nossas mãos, não nas mãos dos que têm filhos vivendo e estudando no estrangeiro e que não importam com a nossa pobreza, com o nosso cuntango. Junta-te a nós para falarmos em uma só voz “EM DEMOCRACIA O POVO É QUEM ORDENA”.
AMEAÇAS DE MORTE : O Juiz Injonalu Indi, que deu razão à ANP no caso dos 15 deputados expulsos pelo PAIGC, está a ser fortemente ameaçado de morte via telefone por pessoas anónimas, uma das frases constantemente repetidas é "Abo cu manda expulsa djintis no na mostrau bu lugar". DC sabe que hoje mesmo o juiz vai pedir protecção ao Ministério do Interior. AAS
quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
DSP: Reposta a tranquilidade do processo político
"O PAIGC vê repostas as condições de normalidade na sua bancada parlamentar e que se irão traduzir na estabilidade da sua participação nos atos legislativos e deliberativos da Assembleia Nacional Popular (ANP) e desta forma garantir a tranquilidade do processo político nacional", refere o documento assinado por Domingos Simões Pereira.
A ANP aprovou hoje o programa do Governo do PAIGC liderado por Carlos Correia.
Na declaração, o dirigente pede "às estruturas internas" do partido "e aos órgãos de soberania" que respeitem "a situação de reposição da verdade política", sem criarem "mais perturbações ao desenrolar da vida política nacional".
O Parlamento voltou hoje a reunir-se e o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) substituiu 15 deputados contestatários que em dezembro se abstiveram na votação do programa de Governo e que em janeiro ameaçavam ajudar a derrubá-lo.
A situação fez com que o grupo tenha sido expulso do partido, numa reunião do Comité Central, com 99% dos votos, realça Simões Pereira na declaração de hoje, em que recorda ter havido anteriormente um "longo processo de diálogo" para tentar sanar divergências.
Após a expulsão, foi requerida a perda de mandato dos deputados, deliberada pela Comissão Permanente da ANP a 15 de janeiro.
O presidente do PAIGC explica que, para "prevenir situações graves ocorridas no passado", cada um dos 57 deputados tinha assinado "uma declaração de compromisso na qual se compromete a respeitar escrupulosamente, exceto nos assuntos de natureza subjetiva - de consciência -, a orientação superiormente emanada. Lusa
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