terça-feira, 26 de janeiro de 2016
DIRECTO DC/FCPDD/SOCIEDADE CIVIL: "Não estamos aqui para julgar ninguém mas também pensamos que ninguém tem o direito de manchar o bom nome da casa do povo (ANP). A atitude de alguns deputados não abona em nada o bom nome dos deputados da Nação - porque é que esses 15 Deputados não recorreram ao tribunal?" Vicente Fernandes, presidente do PCD
ÚLTIMA HORA/CRISE POLÍTICA: O PRS acaba de confirmar a sua intenção de dar o Golpe do Estado, através das declarações do seu Secretário-Geral, Florentino Mendes Pereira, que afirmou à saída da audiência com o PR de que "solicitaram" a este "a confirmação da resolução por eles 'aprovada'" no parlamento durante a madrugada. AAS
ÚLTIMA HORA/FCPDD/Corpo Diplomático: Terminou há pouco a reunião dos cinco partidos do FCPDD com o corpo diplomático acreditado em Bissau. O corpo diplomático foi informado da situação actual do país e das manobras para o derrube do governo do PAIGC. Os diplomatas queriam saber se há uma queixa no fórum judicial, e ficaram a saber que a própria ANP já meteu uma acção em tribunal. AAS
FICHA LIMPA: A frase com que o ministro da Economia e Finanças, Geraldo Martins, fechou as suas declarações à imprensa, após a audição, esta manhã: "Eu tenho ficha limpa. Muitos daqueles que me acusam não podem olhar nos olhos do povo Guineense e fazer a mesma afirmação."
NOTA:10,5 SOBRE 10!!!...AAS
Presidente do PUSD - Um dia para esquecer
À saída da consulta dos partidos sem representação parlamentar com o PR JOMAV, Carmelita Pires, ex-ministra da Justiça e presidente do PUSD, deu indicação ao seu motorista para que fossem andando para o novo edifício do Palácio da Justiça, que foi hoje entregue.
Nessa viagem, a viatura em que viajava a presidente do PUSD foi ultrapassada pela comitiva do Presidente. Entretanto, convencida de que todos os carros do PR já tinham passado, Carmelita Pires sugeriu ao seu motorista que ligasse os intermitentes e seguisse a comitiva presidencial.
Nesse preciso momento, surge por trás um carro da ECOMIB, carregado de militares, que bate no carro da ex-ministra. Este desvia-se e atinge um toca-toca (veículo de passageiros) que estava estacionado à sua direita. Uma testemunha garantiu ao DC que se assim não fosse "teriam capotado."
Mesmo com todos esses contratempos, a ministra ainda conseguiu chegar a tempo à cerimónia de entrega do palácio da Justiça (na qual a própria teve trabalho para o firmar em 2007/2008 e em 20014/2015). A presidente do PUSD falou com o DC a propósito: "Estou muito grata de poder estar presente na sua entrega."
Adiante. Já no fim da cerimónia, a presidente do PUSD é informada que tanto o carro como o motorista, Sana, tinham sido presos pela tropa/segurança presidencial. DC sabe que começaram ali mesmo os bons ofícios da ex-ministra junto do pessoal da presidência, e quando avistou alguém que podia ajudá-la, tropeçou, caiu e magoou-se a sério. Bem disposta, Carmelita Pires adiantou: "Há quem diga que é um bom presságio!"
Felizmente, tanto o motorista, o senhor Sana, um 'velhote' foi já libertado e está na sua casa. O carro também, que por sinal emprestado. E por fim, deixou um recado: "Por favor, entendam que sou do PUSD!"
O editor do DC lamenta o sucedido e deseja as mais rápidas melhoras à presidente do PUSD. AAS
Carlos Gomes Jr, em pico de popularidade
Fonte: África Monitor
A sua popularidade interna atingiu níveis descritos como “manifestamente superiores” a outros momentos da sua vida política. O fenómeno, de verificação simples, tendo em conta a sua expressão, é considerado reflexo de sentimentos de nostalgia avivados por comparações entre os “bons tempos” da sua governação e a instabilidade em que o país entrou em Abril de 2012 no seguimento de um golpe de Estado de facto destinado a impedir a realização da segunda volta de uma eleição presidencial em que a sua vitória era amplamente esperada.
A grandeza da sua popularidade é tal que entra em jogos e cálculos políticos. O actual Presidente, JOMAV, terá reagido apreensivamente a notícias de uma reaproximação recente (em Lisboa) do antigo PM com Domingos Simões Pereira (DSP).
No seu suposto juízo, a iniciativa poderia prenunciar uma aliança entre ambos, capaz de vir a dar lugar a uma futura candidatura do ex-PM à Presidência, no quadro de um regresso do próprio DSP ao cargo de PM, de que foi afastado por JOMAV.
O antigo PM, considerado antes muito próximo de JOMAV, distanciou-se entretanto do mesmo por efeito de descontentamentos pessoais e políticos. Pelas mesmas razões afastara-se antes de DSP – de que agora se reaproximou.
Guiné-Bissau: Crise ao rubro mas com esvaziamento à vista
Fonte: África Monitor
1 . O Supremo Tribunal (ST) tende a declarar ilegal a acção que consistiu no chamado “golpe de estado institucional” que consistiu na “tomada” da Assembleia Nacional Popular (ANP) por parte de uma maioria de deputados representada pela totalidade do GP do PRS (41 assentos), mais 15 deputados dissidentes do PAIGC (estes privados dos respectivos mandatos).
Se a decisão do ST vier a confirmar as tendências que presentemente se esboçam (a independência do órgão é um dos elementos considerados nas conjecturas), tal constituirá um revés para alegados planos dos 15 dissidentes do PAIGC que, em aliança com o PRS, vêm tentando afastar do poder (AM 996) a ala maioritária do partido leal a Domingos Simões Pereira (DSP); os processos usados deram lugar a uma crise política marcada por instabilidade crónica.
A “tomada” da ANP, último episódio da crise, tinha por finalidade, conforme ilações simples, a aprovação pela maioria aritmética representada pelos deputados “rebeldes” de uma moção de censura ao Governo de Carlos Correia, com base na qual o Presidente, José Mário Vaz (JMV), procederia à sua exoneração – a que se seguiria a nomeação de outro apoiado na referida maioria.
2 . Análises apropriadas indicam que a ala contestatária da direcção do PAIGC constituída pelos 15 deputados, será forçada a recuar nos seus planos, e eventualmente a reconsiderar a sua linha, em consequência do desaire em que redundará uma declaração de nulidade/ilegalidade do seu expediente de “tomada” da ANP.
Principais factores considerados nas análises:
- Constituiria um fracasso da via parlamentar para prossecução dos seus fins – a aduzir a outros falhanços nas vias política e judicial.
- A suposta violação das leis e do regimento interno em que a “tomada” da ANP terá incorrido, será passível de procedimento criminal se o ST a considerar ilegal – uma eventualidade que pretenderão evitar.
- As Forças Armadas (FA) mantêm uma atitude respeitadora da lei e de não interferência na política que não se prevê possa vir a ser quebrada; só em tais circunstâncias poderia ser considerada a hipótese do recurso à via militar para tomada do poder; a presença no país de uma força regional da CEDEAO, Ecomib, constitui um elemento adicional de dissuasão.
- A persuasão dos contestatários para provocar novas dissidências no PAIGC de modo a alargar a sua representatividade, parece ter-se esgotado; à excepção de Manuel Saturnino, um veterano, não se registou nenhuma outra adesão.
- O Presidente, JMV, geralmente apontado como comprometido com o movimento de contestação (AM 994), continua a aparentar vontade de reconsiderar as suas posições.
- É dado crédito crescente a perceções segundo as quais os contestatários não se movem por razões de luta política, mas estimulados por interesses particulares ocultos, alguns dos quais relacionados com casos de corrupção em que estão implicados.
3 . Recentemente, o vice-CEMGFA, na ausência do CEMGFA (em Marrocos), ordenou que uma força militar assegurasse a protecção de Braima Camará, uma das principais figuras dos contestatários de DSP, então em jornada no L do território; a escolta foi prontamente desmobilizada face a protestos quanto à legalidade da medida.
Os principais parceiros externos da Guiné-Bissau e, no seu conjunto, as organizações internacionais presentes no país, mas também colectividades da sociedade civil, revelam uma atitude de inconformação e/ou censura ante a crise instalada no país e são correntes ideias que, em especial, responsabilizam JMV pela situação.
Numa audiência conjunta ao corpo diplomático JMV deixou transparecer incomodidade inquietação quando o representante da União Europeia, falando em representação de todos, o advertiu para a eventualidade de se estar a expor ao ónus da crise – o que evitaria promovendo a sua resolução.
ANP - NOTA DE IMPRENSA
Assembleia Nacional Popular
Assessoria de Imprensa do Gabinete do Presidente
A Assessoria de Imprensa do Presidente da Assembleia Nacional Popular vem tornar publico que o camarada Eng. Cipriano Cassamá recebeu, com efeito, o Senhor Braima Camará, ex-Deputado da nação, para uma conversa construtiva e dignificante e não para que houvesse uma sessão de pedidos de desculpas, como foi anunciado pelo blog “Progresso Nacional”.
Esta Assessoria de Imprensa quer esclarecer que havendo predisposição da parte dos ex-15 Deputados de manter um diálogo construtivo e virado para a busca de entendimentos, desejo esse que foi transmitido a pedido deste grupo pelo Deputado Mário Dias Sami ao Presidente da ANP e posteriormente, através de um telefonema do Senhor Braima Camará ao Eng. Cipriano Cassamá, este depois de dar conhecimento desses factos ao seu Gabinete de Conselheiros, e ao PAIGC, decidiu tomar a iniciativa de convidar o líder deste grupo para uma conversação.
Foi de novo solicitado ao camarada Mário Dias sami que tomasse a iniciativa de organizar esse encontro que se afigurava como de importante para a busca ou clarificação de alguns assuntos susceptíveis de proporcionar soluções que ajudassem a viabilizar o actual clima de crispação reinante no seio da ANP.
Foi na sequência destas acções que o Presidente da ANP, Eng. Cipriano Cassamá recebeu na sua residência o Senhor ex-Deputado Braima Camará com o qual manteve uma conversação, cujo teor foi posteriormente transmitido à Direcção Superior do PAIGC, centrando esse encontro numa busca de soluções com vista a ser encontrada novos caminhos de entendimento e de salvaguarda dos valores democráticos e constitucionais.
Em abono da verdade, o Senhor Braima Camará, ex-Deputado da Nação cujo mandato foi retirado por uma deliberação da Comissão Permanente da ANP, não foi à residência do Presidente da ANP pedir desculpas, mas sim foi para lá a convite de Sua Excelência eng.
Cipriano Cassamá, como consequência directa dos contactos avançados por vários grupos de pressão e pela manifesta vontade dos dois lados a que o Presidente da ANP deu sequência convidando por carta este ex-Deputado para uma conversação a bem da Nação e da democracia guineense, sendo esta a razão deste esclarecimento.
Bissau, 26 de janeiro de 2016.
A Assessoria de Imprensa
Dr. Inácio Tavares
Assessor
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