quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Quatro guineenses detidos por terrorismo


A Polícia Judiciária da Guiné-Bissau deteve dois guineenses suspeitos de cumplicidade na fuga de um 'jihadista' da Mauritânia, enquanto outros dois foram apanhados na Guiné-Conacri, disse à agência Lusa fonte daquela força de segurança. Saleck Ould Cheikh foi condenado à morte na Mauritânia, em 2011, por "atos terroristas", depois de liderar uma operação da Al-Qaida do Magrebe Islâmico (AQMI) para tentar matar o presidente Mohamed Ould Abdel Aziz com um carro-bomba.

A 31 de dezembro escapou de uma prisão de Nouakchott, capital da Mauritânia, e acabaria por ser detido na terça-feira na Guiné-Conacri, poucos quilómetros depois de sair de território sob jurisdição de Bissau. Por forma a compreender as implicações do caso, a PJ tem detidos e sob interrogatório na sede, em Bissau, dois guineenses que terão acolhido o fugitivo, disse à Lusa fonte daquela força de segurança.

Depois da fuga da prisão, "recebemos indicação de que Saleck teria contactado alguém no nosso país", acrescentou, informação que levou ao rastreamento através de contactos telefónicos de um guineense de 25 anos, residente em Bissau. Este alegado cúmplice foi detido no domingo e disse à PJ que queria apenas ajudar um amigo que o contactou a pedir ajuda a partir do Senegal, explicando que tinha escapado da prisão, na Mauritânia.

De acordo com a mesma fonte, o guineense recebeu-o na fronteira de Pirada, no leste da Guiné-Bissau, com o plano de o esconder longe da capital, onde Saleck já tinha estado em 2010, ligado a atividades comerciais - a comunidade maritaca tem uma forte presença no setor comercial de Bissau. "Ele queria evitar ser reconhecido pelos seus pares, que já estavam alertados pelas autoridades da Mauritânia para a fuga", disse à Lusa fonte da PJ.

Entretanto, o outro guineense também detido em Bissau, terá colaborado para esconder um segundo mauritano, um homem que ajudou o fugitivo a evadir-se e que também o acompanhava. Na terça-feira, os dois supostos cúmplices foram usados como isco numa operação da PJ para atrair Saleck, mas este e o mauritano que o acompanhava puseram-se em fuga rumo ao sul, com o apoio de outros dois guineenses.

Acabariam por ser todos detidos depois de alvejarem um guarda fronteiriço da Guiné-Conacri, após atravessarem a zona de Contabane.

Os dois mauritanos foram extraditados para o país de origem, enquanto os dois guineenses que os acompanhavam estão a ser interrogados em Conacri, onde também se encontra uma missão da PJ de Bissau. No total, há quatro naturais da Guiné-Bissau a ser investigados no caso, referiu a mesma fonte "Queremos apurar o grau de ligação [entre eles] e o percurso de todos", concluiu. Lusa

ALERTA PARA A CPLP/CEDEAO/UE/ONU: Depois de sucessivas e estrondosas derrotas a nível político, judicial e parlamentar, o presidente da República da Guiné-Bissau JOSÉ MÁRIO VAZ dá inicio ao seu 'plano C' - a caça às bruxas e uma onda de prisões dos membros do Governo. AAS


ANP diz que Baciro Dja arrombou a porta do hemiciclo


Segundo a ANP, o acesso ao hemiciclo foi sujeito a "arrombamento" por alguns parlamentares "comandados pelo ex-deputado Baciro Djá, apesar da suspensão da sessão", decretada na quinta-feira, sem data para o retomar dos trabalhos. "O Conselho de Administração da ANP deu conhecimento desta grave violação das instalações às autoridades competentes", acrescenta-se.

Dja negou o arrombamento, ao falar no hemiciclo, referindo que as portas da ANP abrem com qualquer chave. Baciro Djá é um dos 15 deputados expulsos do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e que perderam o mandato, têm-se recusado a ser substituídos no Parlamento, protestando e levando à suspensão dos trabalhos até que haja condições de segurança no hemiciclo.

À revelia da mesa da ANP, aquele grupo e a maior força da oposição, o Partido da Renovação Social (PRS), alegam ter formado uma nova maioria e ter dado continuidade à sessão que tinha sido suspensa na segunda-feira, tendo já enviado para promulgação do Presidente da República uma moção de censura ao Governo do PAIGC. Lusa

ÚLTIMA HORA/ALERTA/EXCLUSIVO DC: Querem prender o Ministro da Economia e Finanças, Geraldo Martins


O MINISTRO DA ECONOMIA E FINANÇAS DA GUINÉ-BISSAU, GERALDO MARTINS, está na iminência de ser preso pela Procuradoria Geral da República, a mando do PR JOMAV.

Ditadura do Consenso sabe que Geraldo Martins foi hoje mesmo notificado pelo Ministério Público, para comparecer no Tribunal da Relação, amanhã, pelas 10 horas para ser ouvido no âmbito do "processo 06/2016".

A ideia da PGR é, apurou o Ditadura do Consenso junto de uma fonte na PGR "prender o ministro GERALDO MARTINS até segunda-feira, apenas para o humilhar e, assim, tentar enfraquecer o Governo de Carlos Correia e obrigar o PR JOMAV a agir" contra o Executivo. AAS

Recados de um visionário


Domingos Simões Pereira, Presidente do PAIGC



"Hoje, infelizmente, para todos nós, nem o medo e muito menos o comodismo das nossas casas nos salvará, se não lutarmos pela observância e respeito dos valores que sustentam o Estado de Direito"

Palavras de um visionário


Domingos Simões Pereira, presidente do PAIGC:



No calar da noite, já sem a presença dos verdadeiros representantes do povo eleitos na lista do PAIGC, esses ex-deputados juntaram-se a outros grupos parlamentares para presumivelmente deliberarem e mesmo legislarem, para sustentarem o que pretendem que seja uma nova maioria e tentando forjar um nova solução governava”, acusou o presidente do PAIGC.

O líder do PAIGC, partido maioritário na ANP, exortou a todos os militantes e simpatizantes do partido e a população guineense em geral no sentido de se "mobilizarem em defesa das conquista revolucionarias a se erguerem, enquanto é tempo, contra todas as formas de tirania e ditadura que são ameaças que pendem sobre a Guiné-Bissau. Hoje, infelizmente, para todos nós, nem o medo e muito menos o comodismo das nossas casas nos salvará. Se não lutarmos pela observância e respeito dos valores que sustentam o Estado de Direito", prosseguiu.

Para DSP, um Estado Democrático é aquele "em que todos os titulares dos órgãos da soberania respeitam, cumprem e fazem cumprir as leis e os princípios e regras da sã convivência democrática, estaremos a entregar de forma gratuita aquilo porque lutaram e morreram os heróis que dizemos honrar”, apelou.

Considerou ainda de "uma tremenda falta de coragem e de patriotismo hipotecar as conquistas que o país tem feito ao longo do tempo, sucumbindo à vontade de uma dúzia de indivíduos que procuram a todo o custo assumir o controlo absoluto do país para assim apagarem os traços da sua conduta criminosa do passado e perpetuarem a sua voraz sagacidade."

Segundo Domingos Simões Pereira, apesar das enormes dificuldades e do clima de tensão permanente por que o país tem passado nos últimos tempos, "os órgãos competentes do partido têm sabido se erguer à altura das suas responsabilidades tomando as medidas que se impõem para a defesa da disciplina interna e coesão do partido."

PR SÃO TOMÉ: "Fragilidade de países africanos lusófonos enfraquece a sua posição na CPLP"


O Presidente de São Tomé e Príncipe, Manuel Pinto da Costa, defendeu hoje que a fragilidade na Guiné-Bissau e em Moçambique afeta a relação entre os países africanos lusófonos e enfraquece a sua posição na CPLP.

"Sabemos que se qualquer um dos nossos países estiver fragilizado isso afeta as relações entre os cinco países africanos lusófonos e [...] pode enfraquecer a nossa posição no seio da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa)", disse o Presidente de São Tomé e Príncipe, sublinhando a importância da coesão entre os cinco países africanos lusófonos para garantir a eficácia da sua ação na referida comunidade.

O chefe de Estado são-tomense falava hoje na cidade da Praia, no final de um encontro com o seu homólogo cabo-verdiano, no âmbito da visita de Estado que até domingo está a fazer a Cabo Verde.

Pinto da Costa disse ter feito já diligências junto dos dois países, mas ressalvou que a solução para os problemas terá que ser encontrada internamente.

"Temos estado em contacto com a Guiné-Bissau e com Moçambique, mas a verdade é que ninguém de fora pode resolver os problemas, nem da Guiné-Bissau nem de Moçambique. Têm que ser os guineenses e os próprios moçambicanos a fazer o esforço suficiente para poder resolver os problemas internos", disse Pinto da Costa.

A Guiné-Bissau está de novo mergulhada em instabilidade política com o parlamento a ter que suspender a sua atividade por questões de segurança e em Moçambique o líder da Renamo, Afonso Dhlakama ameaça tomar o poder no norte e centro do país, onde o movimento reivindica vitória nas eleições gerais de 2014.

Por seu lado, Jorge Carlos Fonseca, sublinhou que o encontro foi o início de uma conversa que se prolongará até ao final da visita, adiantando que foi possível começar a abordar a situação de Moçambique e da Guiné-Bissau.

A preocupação pela situação na Guiné-Bissau foi também manifestada pelo presidente da Assembleia Nacional, Basílio Mosso, durante o seu discurso na sessão especial para receber o presidente são-tomense.

Basílio Mosso manifestou "preocupação pelo clima de tensão política que a Guiné-Bissau tem experimentado nos últimos tempos" e formulou votos de que "o quanto antes, no quadro da legalidade democrática, a normalidade regresse ao quotidiano" do povo guineense.

MILAGRE: O imóvel moveu-se...


Dívidas às representações diplomáticas? Esta vai ao cuidado do PR JOMAV...


"Aly,

Mais uma coisa: a mim não me estão a dever 14 meses de salários; é muito mais do que isso: desde 2003 a esta parte. No Governo de CADOGO Jr., o atual PR JOMAV, na altura Ministro das Finanças ficou por pagar 8 meses de salários às nossas representações diplomáticas. 8 MESES.

O Governo de Transição ficou por pagar 2 anos. Fazendo as contas 24+8=32 meses. Mais os 4 meses deste atual Governo prefaz um sub total dos 36 meses.

Parsim kuma é nô colega Diplomata ku fali suma mi pali i ntrumpi tok i ka sibi fasi conta kkkkk

Leitor identificado
"

ESCLARECIMENTO: Dívidas às nossas representações diplomáticas(*)


"Aly,

Não queria estar a meter-me nisso, mas a verdade é que os sucessivos Governos do nosso país têm dívidas avultadas com o pessoal das embaixadas. Contudo, este Governo vinha pagando regularmente, mas desde o mês de Agosto (inicio da crise pelo PR) as coisas complicaram...
"

(*) Leitor identificado

ÚLTIMA HORA/PROVIDÊNCIAS CONTRA ATITUDE DO BACIRO DJA: Depois de, à socapa, ter violado a porta do hemiciclo hoje de manhã, DC sabe que as autoridades da ANP estão neste momento a tomar as devidas providências...AAS

FACTO: Se houve Governo que PAGOU todos os atrasados das nossas representações diplomáticas, todas as dívidas do Estado da Guiné-Bissau nas organizações internacionais, FOI ESTE GOVERNO. Por causa da insanidade do presidente JOMAV, que meteu o País nesta crise, ficou tudo parado! Receberam todos os atrasados - todos!!! Aliás, um deles até brincou comigo dizendo que estava cheio de dinheiro!!! AAS

EXCLUSIVO DC: Baciro Dja tem a chave do hemiciclo da ANP...mas como???


Fotos: Rádio Jovem


BACIRO DJA chega, mete tranquilamente a chave...


...abre a porta da plenária - mesmo com a sessão suspensa!!! Como é que o BACIRO DJA teve acesso a essa chave???? Aconteceu tudo esta manhã...AAS

Comunicado do Conselho de Ministros


quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

GOLPE DE ESTADO: Governo da Guiné-Bissau responsabiliza o chefe de Estado pela crise no país


O Governo da Guiné-Bissau responsabilizou hoje o Presidente da República, José Mário Vaz, pelo "clima de instabilidade" no país e denunciou uma alegada intenção de deter os membros do atual executivo, sem indicar por parte de quem.

Em comunicado, distribuído após reunião do Conselho de Ministros, o executivo diz ser estranho o silêncio de José Mário Vaz perante a crise que assola o país nos últimos dias, lembrando que o chefe de Estado é "o símbolo da unidade nacional e garante da independência".

"Este silêncio do Presidente da República pronuncia, para o Governo, uma atitude não só de cumplicidade, mas também de apoio a uma tentativa de golpe institucional orquestrada pelos dirigentes expulsos do PAIGC e que, em consequência, perderam o mandato de deputado", no Parlamento, refere o comunicado. Lusa