domingo, 1 de março de 2015
Um país chamado esperança
Por Mónica Ferro
E foi isso que vi nas minhas visitas ao terreno: um enorme potencial humano libertado com formação. Se investires nas pessoas é pessoas qualificadas que tens, dizem-me, eu oiço, verifico e acredito.
Há aqui na África Ocidental um país chamado esperança.
São 36.544 km2 [36.125 km2] com cerca de 1,6 milhões de pessoas [um pouco mais] cheias de esperança. Esperança na normalidade, no normal funcionamento das instituições, no normal acesso a água, energia, saneamento básico, educação, segurança alimentar e saúde.
Têm outras esperanças, mas estas aparecem no topo de qualquer conversa e todas elas assumem um caráter mais que urgente, pois todas estão interligadas, todas são estruturantes do desenvolvimento. O insucesso em garantir qualquer uma destas necessidades põe em causa qualquer conquista, por mais sólida que ela pareça.
E há muitas conquistas neste país.
Ontem numa comunicação sobre o abandono da Mutilação Genital Feminina pelo Comité Nacional para o Abandono das Práticas Nefastas (CNAPN), organizada pela Embaixada de Portugal, com o Camões, no Centro Cultural Português, e no qual participei, todos fomos testemunhas de muito trabalho, de muitos desafios, de tantas outras frustrações, mas de muitas mais realizações.
Quita Djuta (CNAPN) relatou-nos um combate pelos direitos humanos, desconstruiu os mitos associados à MGF, denunciou as suas consequências e mostrou que temos que levar a cabo uma abordagem multinível – comunitária, legislativa, judicial, de empoderamento das raparigas e mulheres e de saúde – mas que o país da esperança está a saber ganhar, porventura não com a celeridade que alguns desejavam.
O elevado número de pessoas, organizações da sociedade civil e organismos de comunicação social que disseram presente mostra que o caminho se faz em conjunto, para se ir longe. Mostra-nos também que é um combate que não tem género, não tem idade, não tem religião, etnia ou nacionalidade, é de todas as pessoas que se preocupam com as pessoas.
E foi isso que vi nas minhas outras visitas ao terreno: um enorme potencial humano libertado com formação, com equipamentos adequados às necessidades identificadas para cada comunidade, com uma aposta clara nos resultados pretendidos. Se investires nas pessoas é pessoas qualificadas que tens, dizem-me, eu oiço, verifico e acredito.
Nos centros de saúde e hospitais que visitei, na sessão de formação a que assisti, uma das várias ações levadas a cabo ao longo da duração do PIMI (Projeto Integrado para a Redução da Mortalidade Materno-infantil), o que vi foi pessoas formarem pessoas, capacitarem-nas para que possam ser os protagonistas do seu próprio desenvolvimento, para a sua autonomização.
Vi médicos e enfermeiros, e outros agentes, gerirem as suas unidades com profissionalismo, cuidando de farmácias abastecidas com os medicamentos necessários, aprendendo a usar os equipamentos de diagnóstico disponibilizados, ambicionando fazer mais e melhor com mais recursos. Esta é a chave da esperança.
Este é o racional da cooperação portuguesa no terreno, o modus operandi do PIMI e que o Instituto Marquês Valle Flor me desafiou a conhecer. Da teoria à prática vai a distância da realidade, e foi essa prática que pude acompanhar esta semana passada. Equipas de profissionais de muitas organizações, munidos dos seus conhecimentos, de medicamentos e equipamentos, de boas práticas para partilhar, a realizar o potencial destas pessoas que vivem com esperança.
Acredito, e não estou só, que cada pessoa conta, que contam as suas realizações, os seus projetos, a sua esperança. A Guiné-Bissau, o país de todas as esperanças, conta connosco. Não lhes podemos falhar.
Mónica Ferro, é Vice Presidente do Grupo Parlamentar do PSD, coordenadora do Grupo Parlamentar Português sobre População e Desenvolvimento, membro do Comité Executivo do Fórum Europeu de Parlamentares para a População e Desenvolvimento
"Desavenças" junta PR, PM e presidente da ANP (todos do PAIGC)
O PAIGC, partido no poder na Guiné-Bissau, vai juntar à mesma mesa o presidente do país, o líder do parlamento e o primeiro-ministro, para um esclarecimento sobre os motivos de alegadas desavenças entre os três. A informação foi avançada à Lusa por uma fonte da direção do Partido Africano da [PARA A] Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), como sendo uma das principais conclusões da reunião do ´bureau´ político realizada no sábado, em Bissau.
Os veteranos do partido auscultaram individualmente o presidente José Mário Vaz, o líder do parlamento, Cipriano Cassamá, e o primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, para saber se as alegadas desavenças entre os três têm fundamento ou não e quais os motivos.
Após estas diligências, os veteranos do PAIGC, que se dizem preocupados, fizeram a restituição das auscultações aos 91 membros do ´bureau´ político, que, por sua vez, sugeriram um encontro entre os três. "A ideia é juntar os três à volta da mesma mesa para esclarecer os eventuais mal entendidos que possam existir", assinalou a fonte da direcção do PAIGC.
Os três dirigentes do país são todos membros do ´bureau´ político, mas devido às funções de presidente do país, José Mário Vaz não presencia as reuniões do partido, ao contrário de Cipriano Cassama e Domingos Simões Pereira, que marcaram presença no encontro de sábado.
A fonte da direcção do PAIGC fez notar ainda que o encontro entre os três, a ser organizado pelos veteranos do partido, visa sobretudo esclarecer mal entendidos "e promover a coesão a bem do partido e da Nação", sublinhou.
O ´bureau´ político também fez uma menção honrosa ao desempenho do Governo de Domingos Simões Pereira, a quem encoraja a prosseguir com as suas acções, manifestando ainda "total solidariedade" quanto à mesa redonda com os doadores prevista para 25 de março em Bruxelas, Bélgica. Lusa
UM RECADO PARA A AGÊNCIA LUSA: Não é Partido Africano DA (mas sim PARA) a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde. AAS
sábado, 28 de fevereiro de 2015
PR JOMAV: 'Enquanto eu estiver como Presidente da República, não faltará refeição aos doentes deste hospital'
"Vou entregar ao Bispo um cheque de nove milhões de francos cfa. E enquanto eu estiver como Presidente da República a refeição de um milhão e meio de Fcfa [pouco mais de 1.500€] está garantida até eu sair do poder na Guiné-Bissau." Garantia dada pelo Presidente da República, José Mário Vaz, na visita que fez ao hospital de leprosos em Cumura
Presi ka sta na brinkadera
EXCLUSIVO DC/VERGONHA: Bandeira Nacional invertida...na nossa representação na ONU!!!
BANDEIRA...KABEÇA BAS...PÉ RIBA, com o Presidente a ver... Dá pena, dói. Agora também até na nossa representação diplomática junto das Nações Unidas, em Nova Iorque, vemos a nossa bandeira sendo enxovalhada vezes sem conta. Não há alguém do protocolo na representação?!
Uma SUGESTÃO: Porque não mudamos a bandeira para uma só cor? Por exemplo, toda vermelha com uma pintinha azul...em qualquer lado? Respeitem pelo menos a bandeira, porra!
P.S.: Essa mesa é uma merda. AAS
Justino Delgado cantou:
É fadjal di padja
É bistil di kansaré
É kalsal darnakô
Ala fidju di djinti na mankussa pa nasson
AAS
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
Banco Mundial e FMI apoiam a Guiné-Bissau
BM entrega memorando económico e FMI diz que arrecadação de receitas aumentou 60 por cento. O Banco Mundial apresentou esta semana o Memorando Económico da Guiné-Bissau ao Executivo de Domingos Simões Pereira, em que analisa as restrições de desenvolvimento de cada sector e recomenda opções sobre o caminho a seguir. Por seu lado, o Fundo Monetário Internacional revelou que a arrecadação de receitas em 2014 subiu 60 por cento, o que deixou o Governo satisfeito.
No documento, o Banco Mundial destaca que a Guiné-Bissau tem um enorme potencial de desenvolvimento, apesar de cerca de 70 por cento da população viver actualmente com dois dólares norte-americanos por dia. A organização realça que o país “está a mostrar sinais claros de apreciação da estabilidade”, tendo por isso prometido acompanhar o que chama de “embarque para um novo caminho para a prosperidade”.
O ministro guineense da Economia e Finanças Geraldo Martins disse que o documento expõe o que deve ser feito ao longo do próximo ano. Martins destacou que o memorandum deve ser usado no diálogo com doadores e parceiros para atingir os objectivos de desenvolvimento. A 25 de Março, o Governo participa numa reunião de doadores em Bruxelas, em busca do apoio
Por outro lado, o Fundo Monetário Internacional revelou ontem, 26, que as receitas fiscais da Guiné-Bissau em 2014 subiram acima das previsões da organização. "Comparando com as receitas de 2013, elas aumentarm 60%. Isto é um desempenho importante e muito encorajador", referiu o economista do FMI Félix Fischer, em conferência de imprensa, em Bissau.
A previsão apontava para um incremento de 40 por cento na arrecadação fiscal, mas o número foi superado e isso traz vantagens para a Guiné-Bissau, segundo o ministro da Economia e Finanças, Geraldo Martins. VOA
Economia cresceu em 2014 acima das previsões, diz FMI
As receitas fiscais da Guiné-Bissau em 2014 subiram acima das previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI), anunciou esta quarta-feira o chefe de uma comitiva daquela organização que visitou o país. "Comparando com as receitas de 2013, incrementaram 60%. Isto é um desempenho importante e muito encorajador", referiu o economista Félix Fischer, em conferência de imprensa, em Bissau.
O novo Governo tomou posse em Julho, após dois anos de crise que se seguiram ao golpe de Estado de 2012. A previsão apontava para um incremento de 40% na arrecadação fiscal, mas o número foi superado e isso traz vantagens para a Guiné-Bissau, referiu o ministro da Economia e Finanças, Geraldo Martins.
"Com estas receitas, [o Estado] liquidou os atrasados de dívida externa, o que é importante porque abre caminho para novos financiamentos dessas organizações, que, em alguns casos, já tinham fechado as portas à Guiné-Bissau durante vários anos", referiu.
Geraldo Martins ilustrou o cenário: "é como se tivéssemos roupa nova e pudéssemos agora apresentarmo-nos diante dessas organizações e dizer: temos projetos para solicitar financiamento". O aumento de receitas é atribuído a um controlo reforçado de mercadorias e à criação de um comité de tesouraria para as finanças públicas, entre outras medidas.
A avaliação positiva do FMI surge pouco tempo antes na mesa redonda de doadores, promovida pelo Governo da Guiné-Bissau, para o próximo dia 25 de março, em Bruxelas. No encontro em que o Governo vai procurar parceiros para a estratégia de desenvolvimento do país, "o FMI joga um papel informativo", referiu Félix Fischer.
A missão que quinta-feira termina a visita a Bissau serviu para apreciar a situação do país depois de em novembro ter recebido um empréstimo do FMI. Na altura, foi aprovado um montante de 5,4 milhões de dólares (4,7 milhões de euros) ao Governo da Guiné-Bissau para fazer face às despesas urgentes e para pagamento de parte da quota do país para com aquela organização.
Até final do primeiro semestre, uma nova missão deve deslocar-se ao país para preparar um plano de financiamento distribuído por vários anos. Lusa
COMUNICADO: PAIGC/PRS-Praia, Cabo Verde
COMUNICADO CONJUNTO DO PAIGC E PRS EM CABO VERDE
Comunicado de Imprensa
As comissões politicas dos partidos PAIGC e PRS em Cabo Verde, reunidos na sua última sessão de concertação no passado dia 25 de Fevereiro de 2015, na cidade da Praia, decidiram tornar ao público as suas posições relativamente a actual situação política na Guiné-Bissau, tendo em conta os trabalhos que estão sendo desenvolvidos pelo actual governo de inclusão, num contexto em que a normalidade do funcionamento das instituições é imperativa, para a ainda débil estabilidade política e governativa, em construção.
As partes consideraram que:
1. mais uma vez, estamos perante um novo governo eleito pelo povo e que está exercendo o seu mandato que lhes confiaram, fazendo o melhor de si, nas circunstâncias em que o aparelho do Estado e toda a administração pública está operando, com fragilidade e graves problemas tanto estruturais como funcionais;
2. já se passaram 25 anos desde abertura política e democrática no país, sem que se possa colher frutos satisfatórios que da mesma se esperava;
3. o povo nunca sentiu a verdadeira liberdade decorrente da democracia e nem tão pouco viu consolidadas as iniciativas de desenvolvimento do país de que todos almejam;
4. a Guiné-Bissau e o seu povo têm sido altamente prejudicados pelas constantes intrigas internas no seio dos partidos políticos, com o simples propósito de ocupação de cargos políticos susceptíveis de concorrerem para a satisfação de interesses meramente individuais;
5. a cada turbulência política provocada, coloca-se o país em situação de retrocesso e de grandes perdas humanas, financeiras, materiais e de oportunidades;
6. hoje em dia, é notório na Guiné-Bissau, que há uma espécie de Clube de “cabalidos”, organizado para desorganizar o país, que sistematicamente toma de assalto o poder executivo e assim vai prosseguindo mergulhado em águas turvas de sustentação da corrupção e de abuso de poder;
7. o Clube em referência deve merecer especial atenção de todos, acompanhando e denunciando suas manobras desestabilizadoras, tanto no seio da comunidade guineense, como junto dos seus parceiros de desenvolvimento;
8. é importante recordar alguns trechos dos ensinamentos bíblicos que aconselham: “os humanos devem ter sempre o pensamento de comunhão de bens para o sucesso e bem-estar de todos. Isto é, de que nunca devemos penalizar por completo o pensamento dos nossos governantes e nem tão pouco dos nossos vizinhos e amigos. Mas sim lamentar o mal e procurar sempre apresentar soluções que sirvam o interesse de todos”;
9. chegou a hora de se parar com intrigas e calúnias, pois, essas práticas nunca guiaram os países para o desenvolvimento, nem facilitaram o respeito pelos direitos humanos.
Assim, entendem as partes signatárias do presente Comunicado declarar o seguinte:
1. apelar a todas as organizações políticas e a sociedade guineense em geral, a reflectirem profundamente sobre as razões dos atrasos que o país tem tido ao longo dos anos da sua independência;
2. alertar os actores políticos para o estado vigilante em que estão todos os guineenses espalhados pelo mundo, e que acompanham a evolução política do país, a postura dos dirigentes e políticos que serão responsabilizados pelos seus actos, desvendando as acções dos promotores da instabilidade política, principalmente as do grupo de “cabalidos”, mas igualmente congratulando com os avanços promovidos na senda do desenvolvimento nacional;
3. exortar os demais órgãos do poder a darem o melhor de si, para que o governo ora eleito possa tranquilamente materializar o programa aprovado pela maioria parlamentar, até o fim do seu mandato;
4. encorajar o Governo da Guiné-Bissau a prosseguir com as reestruturações em curso, nomeadamente nos domínios da economia, da fiscalidade, da educação, da saúde, da defesa, da justiça, da agricultura e da administração pública;
5. felicitar e encorajar o Governo a prosseguir com suas diligências na organização da Mesa Redonda de Parceiros de desenvolvimento nacional;
6. felicitar as forças da defesa e da segurança pela postura que têm tido nesta etapa de estabilização do país, submetendo-se ao poder político e respeitando as leis nacionais;
7. apelar o Presidente da República a manter-se distante das querelas intrapartidárias e a assumir-se como guardião da Constituição da República e presidente de todos os guineenses, sem interferências nas atribuições do poder executivo que tem um Programa sufragado, com calendário próprio de sua execução, para cumprimento das promessoas feitas ao eleitorado;
8. aplaudir a postura dos Deputados da Nação que têm revelado sentido de Estado, observando suas prerrogativas constitucionais.
A união que faz a força!
Viva a democracia!
Viva a unidade da nação guineense!
Unidos, venceremos as batalhas da estabilização e do desenvolvimento!
MUITO OBRIGADO
A organização,
COMISSÃO POLITICA DO PAIGC & COMISSÃO POLITICA DO PRS
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O Representante do PAICG O Representante do PRS
Praia, 27 de Fevereiro de 2015
Contactos: PAIGC – (+238)923 22 15; e-mail: pedromadona@gmail.com
PRS – (+238) 9894058; e-mail: daudasano@hotmail.com
ESTATÍSTICA: Enquanto os cães ladram, desdentados, a caravana segue tranquila e faz o seu caminho. 15 milhões sempre são quinze milhões... AAS
Ditadura do Consenso. Paixão, Credibilidade, Alma. Mais tarde ou mais cedo, o seu blogue. Muito OBRIGADOS. AAS
AAS/OPINIÃO: Somos Todos Primos
"A revolução não é um convite um para um jantar, a composição de uma obra literária, a pintura de um quadro ou a confecção de um bordado; ela não pode ser assim tão refinada, calma e delicada, tão branda, tão afável e cortês, comedida e generosa. A revolução é uma insurreição, é um acto de violência pelo qual uma classe derruba a outra." Mao Tsé-Tung
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Sejamos verdadeiros. Se houve uma coisa que sempre existiu na Guiné-Bissau foi uma corrupção e uma utilização da calúnia muito marcantes. Fosse de uma forma isolada, através de lobbies ou ainda de compadrios por conveniência. E doses industriais de descaramento.
Aliás, se a Guiné-Bissau alguma vez fosse uma democracia a sério, muita gente – mas muita gente mesmo – teria sido julgada e condenada com base em provas irrefutáveis. Outros estariam ainda hoje a cumprir pena e quem ficava ganhar era o Estado - e o Povo.
Mas não. Hoje, quando sonho, é um pesadelo. Uns dias atrás, sonhei que numa madrugada qualquer uns Homens acabaram com o franco CFA e fizeram da corrupção a nova moeda nacional. Acordei sobressaltado, e limpei o suor que me escorria pela testa. «Trata-se apenas de oficializar uma realidade», admiti a custo.
Caros compatriotas,
Temos que cerrar fileiras, defender a custo, ainda que corram rios de sangue, a única coisa que temos como certo: o nosso País!, a nossa Pátria! A força do Povo é indestrutível e pode ser avassaladora! Se não for agora, quando será? Se não formos nós, quem será?
Não podemos consentir que nos voltem a assustar. Um golpe de Estado precisa apenas de uma coisa: ruas vazias. Enchamos as ruas, os becos, os cruzamentos. Não podemos permitir-nos mais atraso ainda. Quase 42 anos de independência, caramba! Toda metamorfose dói. António Aly Silva"
DENÚNCIA: A (des)Ordem dos Médicos da Guiné-Bissau
"Caro AlY
Desejo-lhe tudo de bom e que o seu regresso seja para breve. Envio-lhe este excerto para publicar no seu e nosso Blog Ditadura do Consenso.
Pensei que já tinha idade suficiente para não me surpreender com nada do que se faz em Guiné-Bissau mas enganei-me redondamente.
Há um mês atrás, numa conversa de vizinhos, um Pai muito irritado (e com razão) dirigiu-se a mim para desabafar do seguinte; O seu filho beneficiou duma bolsa de estudo da Fundação Calouste Gulbenkian atribuído a Estado da Guiné-Bissau, que consequentemente, distribuiu-as mediante um concurso público realizado em 2001 (de que muitos ainda se lembram), tendo ido cursar medicina em Portugal.
Este jovem Médico hoje de regresso ao País, segundo apurei junto dos meus sobrinhos que também beneficiaram da mesma bolsa para Portugal, foi UM DOS melhores Guineenses alguma vez formado naquele País irmão (não é todos os dias que se encontra um Médico formado em Portugal com distinção de MUITO BOM no seu diploma e inclusive inscrito na Ordem dos Médicos Portugueses.
Até aqui tudo normal, não fosse o caso da (Des)Ordem dos Médicos e dos Farmacêuticos da Guiné-Bissau não o reconhecer o exercício da Profissão Médica na Guiné-Bissau.
Vamos resumir isto. Um Jovem Médico guineense formado numa Universidade Pública de Portugal mediante uma bolsa de estudo que lhe foi atribuído pela Fundação Calouste Gulbenkian através do Estado da Guiné-Bissau, tendo resistido a tentação materialista da Europa e decidiu cumprir com a sua promessa de regressar ao País e dar o seu contributo como cidadão.
Contudo, ainda hoje não o pode fazer porque um grupo de “velhas guardas” apoderaram-se daquilo que devia ser uma instituição digna da designação “Ordem dos Médicos” acharem que reconhecer com brevidade exigível o seu Diploma e consequentemente permitir-lhe exercer medicina, seria incentivar o regresso maciço dos outros médicos o que aumentaria a concorrência e a qualidade do exercício médico e reduziria as suas cotas no mercado.
Ora, por que raio de água estamos sempre a choramingar pelo facto de Portugal reduzir o número de doentes que aceita para Juntas Médicas, para serem tratados pelos Médicos que estudaram na mesma faculdade com os que nós não reconhecemos?
Como é que é possível Guiné-Bissau solicitar bolsas para formação de quadros Médicos em Portugal, ao mesmo tempo que fecha os olhos estes atos da (Des)ordem dos Médicos da Guiné-Bissau que não os reconhece depois de terminarem a formação? Se não reconhecemos o nível da formação dada em Portugal, porque é que lhes pedimos ou aceitamos as suas bolsas?
Porque é que um Médico formado em Portugal tem de esperar em média 6 a 12 meses para que o seu diploma seja reconhecido pela (Des)ordem dos Médicos da Guiné-Bissau, quando os formados em Guiné-Bissau, na China, em Cuba, na Russia etc… esperam em média uma a duas semanas?
Quem, a não ser um verdadeiro patriota, deixaria Portugal onde já estava integrado a exercer medicina para vir meter-se nesta disfuncionalidade?
Peço a quem de direito, que tome medidas para pôr termo a estas práticas nefastas para o nosso sistema de saúde.
Um cidadão indignado."
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
Aly Silva na...ANP
"Bom dia, irmão
O nome do António Aly Silva foi hoje mencionado na Assembleia Nacional Popular (ANP) o parlamento guineense. O deputado Sola Na Quilim, do PRS (maior partido da oposição, que integra o governo de Domingos Simões Pereira) questionou o parlamento sobre o regresso de cidadãos guineenses que foram forçados ao exílio.
Pediu para "já" o seu regresso a casa. Ele disse ainda que deve ser um compromisso do governo, e da ANP, para o regresso entre outros do jornalista António Aly Silva, do Ex-Primeiro-Ministro, Carlos Gomes Jr. (CADOGO), do ex-CEMGFA, General Zamora Induta.
I. B."
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